POV Kol

Bonnie estava com a cabeça em meu ombro, Elena, Damon, Jeremy e Anna estavam com a gente sentados na areia da praia, os outros estavam na casa e Ric caminhava com Meredith.

Já fazia alguns meses que estávamos juntos e eu nunca senti por nenhuma garota o que eu sinto por ela.

Eu não era muito bom em demonstrar sentimentos, nunca fui, mas eu sentia que precisava dizer a Bonnie como a amava.

Sempre fui mulherengo, nunca liguei muito para relacionamentos eu só queria curtir, até o dia em que conheci Bonnie.

Minha mente vagou rapidamente até aquela lembrança.

"Meus irmãos e eu havíamos nos mudado com nossa mãe ha dois dias, não conhecíamos ninguém, apesar de termos nascido aqui, nos mudamos ainda crianças, nosso pai era das forças armadas por isso nunca ficávamos muito tempo em um lugar.

Ele morreu em combate ha menos de três meses, e como sua vontade, nos mudamos para nossa cidade natal.

–Porque não vão conhecer a cidade? - perguntou minha mãe. - Aproveitem o resto das férias.

Rebekah a estava ajudando a botar tudo em ordem, eu e Klaus jogávamos vídeo game na sala.

–Porque parece chata. - disse Klaus.

–Vocês deviam ir, tem lugares muito legais por aqui.

–Tipo o que?- Rebekah perguntou, parando de tirar o pó de um porta-retratos e o colocando próximo à lareira.

–Tem o shopping.

–Estamos cansados de shopping mãe - eu disse.

–Bom, tem outro lugar que eu e seu pai costumávamos ir para nos divertir quando éramos jovens.

Rebekah sentou- se no sofá prestando atenção, sempre adorou quando nossa mãe contava histórias e aventuras da adolescência.

–Não sei se ainda está aberto, faz tanto tempo, mas era legal e costumava ter muitos jovens lá. - ela riu com um brilho no olhar que eu não via desde a morte do nosso pai. - É uma casa de jogos. Tenho certeza que vão gostar.

–Quem sabe outro dia, mãe?- Rebekah disse. - Temos tanta coisa pra arrumar ainda.

–Ah, mas que bobagem, podem ir, vocês estão de férias, vão e divirtam-se.

Eu e Klaus nos entreolhamos.

–Tá bom. - ele disse se levantando e indo para as escadas.

Logo subi para meu quarto e tomei um banho rápido, me vesti e passei perfume, quem sabe não encontro umas gatinhas por aí...

Desci as escadas e Klaus estava impaciente.

–Anda logo, Rebekah!- ele gritou.

–Já estou indo Nik. Mãe! - ela gritou aparecendo ao topo da escada. - por acaso viu meu celular?

–Está aqui, querida. Na bancada.

Rebekah desceu e foi até a cozinha pega-lo.

Logo depois que nossa mãe nos deu o endereço, nós fomos até lá.

O estacionamento estava completamente lotado, foi difícil achar uma vaga.

Por dentro não era diferente, estava cheio de adolescentes rindo e conversando.

Confesso que foi meio estranho entrar em um lugar onde não conhecíamos ninguém.

Alguns garotos olhavam para Rebekah, nunca tive ciúmes da minha irmã, mas aquela situação com certeza era constrangedora, e ao contrário de mim, Niklaus era muito ciumento em relação à Rebekah, ele lançou um olhar raivoso para alguns caras que logo trataram de voltar ao que estavam fazendo.

Eu ri da cara dele e Rebekah revirou os olhos.

Nos dirigimos a parte da lanchonete de onde era possível ver a pista de boliche onde um grupo gargalhava.

Eu pedi um refrigerante, Klaus também, e Rebekah um milk shake, nós já estávamos na mesa esperando que Rebekah chegasse e se juntasse a nós, quando a vi conversar com uma garota de cabelo castanho claro e curto.

A garota sorriu para ela e continuou esperando ser atendida enquanto Rebekah se sentava ao meu lado.

–Quem era? - Klaus perguntou.

–Uma tal de Rose. - ela deu de ombros. - meio doidinha, do nada veio falar comigo.

–Pelo menos um de nos já fez amigos. - eu disse.

–Há quanto tempo não jogamos boliche?- Rebekah perguntou.

–Faz bastante tempo. - Klaus respondeu disperso olhando para uma loira que jogava.

–Vamos jogar?- Klaus não respondeu, eu também não. - Ah, qual é, pensei que tínhamos vindo pra nos divertir!

Rebekah era mimada demais para aceitar um não e além do mais talvez até fosse divertido.

–Vamos então! - eu disse me levantando.

Ela então olhou para Klaus, com o olhar suplicante.

–Okay. Vamos logo antes que eu desista. - ele resmungou.

Andamos em direção à entrada da pista e um homem nos entregou os sapatos.

–Hey, Rebekah!- gritou a mesma garota de cabelos curtos, acenando freneticamente em nossa direção. Rebekah acenou de volta.

–Vamos até lá, irmãzinha, não faça uma desfeita dessas a menina. - Klaus disse, foi aí tive certeza que ele estava afim da garota loira que estava olhando minutos antes.

Nos aproximamos do grupinho em que a garota se encontrava.

–Gente essa é a Rebekah.

Todos olharam para ela esperando que continuasse e dissesse de onde a conhecia, mas ela deu de ombros. - Acabamos de nos conhecer na lanchonete. Então, essa é Elena, Damon, Caroline, Matt, Tyler, Anna, - ela apontou para cada um deles. - Ric, Lexi, Stefan e Bonnie.

Todos sorriram e algo me chamou atenção na pequena morena que tinha um sorriso angelical.

–Ah, esses são meus irmãos, Klaus e Kol. - mal percebi ela nos apresentar, estava interessado demais na garota, era extremamente atraente, ela pareceu envergonhada com meu olhar e o desviou olhando para o chão.

–Então... Juntem-se a nós. - disse o tal Damon. - Meninas contra meninos, quem perder paga as pizzas.

Após ele dizer isso meu sorriso se alargou e senti que iríamos nos dar bem, eu adorava competições, apostas ou qualquer coisa do tipo."

Me lembrei que no momento em que a vi tudo que eu podia pensar era em ficar com ela, eu insisti muito, e ela sempre disse não até certo dia.

"Já nos conhecíamos há alguns meses, e Bonnie sempre ignorou minhas cantadas, eu estava deitado no sofá da sala pensando em um jeito de tê-la para mim, eu tinha um desejo inexplicável de tê-la em meus braços e a cada rejeição aumentava mais, isso me incomodava, fui tirado desses pensamentos quando ouvi passos leves descendo as escadas, e me deparei com ela.

–Ah, oi. - ela disse meio sem jeito a me ver na sala, não fazia muito tempo que eu havia chegado, eu não fazia ideia de que ela estava em minha casa.

–Oi. - eu disse sorridente a ela, que apenas abaixou a cabeça e fui até a cozinha eu a segui.

Ela estava com um copo de água nas mãos e quase o derrubou a me ver tão próximo.

Pousei minhas mãos uma de cada lado apoiada na pia de forma que ela não pudesse escapar.

–K... Kol - ela disse me olhando nos olhos, por um momento achei que ela desmaiaria ali. - Me deixe ir, Rebekah está me esperando para terminar o trabalho.

–Porque a pressa? Tenho certeza de que ela não se importaria se você demorasse um pouquinho.

Ela recuperou a postura e ficou seria.

–Kol, por favor. - ela disse fria.

–Não até você me dizer o porquê.

–O porquê do que?- ela perguntou confusa.

–Porque não quer ficar comigo.

Ela suspirou e revirou os olhos, não deixe que ela começasse a desculpinha de sempre, e a calei com um beijo, ela tentou resistir, mas logo desistiu e levou as mãos para o minha nuca e me puxou para mais perto.

Instintivamente retirei minhas mãos da beira da pia e deslizei uma para suas costas e a outra em seu cabelo.

Estava tão envolvido pelo fato que depois de meses de desejo eu estava finalmente beijando Bonnie Bennet a garota certinha e tímida da turma, que mal percebi a presença de Rebekah na cozinha até ouvi-la pigarrear e logo em seguida sorrir."

Eu certeza que naquela época não havia percebido o porquê de tanto quere-la, mas agora estava claro para mim, era porque eu a amava.

Sorri com esse pensamento, mas ao mesmo tempo fiquei tenso, eu nunca havia dito as "três palavras" para uma garota antes.

Decidi esquecer isso por enquanto e apenas olhei a lua refletida na água, naquele lugar era fácil sentir-se em paz, relaxar.

–Devíamos vir aqui mais vezes. - eu disse pra Damon. - É um ótimo lugar. Afastado de toda loucura da cidade.

–Não sei por que nunca pensei em trazer vocês aqui antes. -Damon disse.

Um vento suave soprou e Bonnie se aconchegou mais a mim, dei um beijo em sua cabeça.

–Quer que eu pegue uma blusa pra você?- perguntei.

–Não precisa.

–Vamos entrar então. -me levantei e a puxei. - Está frio aqui, você pode ficar doente.

Ela revirou os olhos e me olhou nos olhos.

–Não me olhe assim. - eu disse

–Porque não? - ela cruzou os braços e arqueou a sobrancelha, ela sabia muito bem que quando ela me olhava daquele jeito eu não conseguia pensar muito bem.

Pisquei algumas vezes e uma ideia me passou pela cabeça, a peguei no colo e ela soltou um gritinhos de surpresa.

Corri em direção ao mar e só parei quando a água já estava em minhas coxas.

–Kol! Me solta!- ela gritou batendo no meu ombro, me desequilibrei e quase caímos.

–A água tá uma delícia Bonn.

–Kol eu não quero, por favor, me solta.

–Então diz que me ama e que eu sou o melhor namorado do mundo.

–Minha mãe me ensinou a não mentir. - ela disse rindo.

– Ah é? - ameacei solta-la e ela segurou firme no meu pescoço e gritou:

–Você é o melhor namorado do mundo e eu te amo.

Parei e a apertei firme contra mim.

–Eu também te amo Bonnie. - sussurrei olhando nos olhos dela e dei um selinho rápido antes de leva-la de volta para areia.

A deixei no chão em pé e ela não disse nada, apenas caminhou em silêncio até nossos amigos que riam de nós.

O silêncio dela me incomodou, talvez eu tivesse me precipitado ao dizer que a amo.

Bonnie sentou-se, e ia me sentar com ela, mas me senti estranho, um idiota apaixonado.

–Eu vou... Ah... Tomar um banho. Volto logo. - disse rápido e corri para dente da casa.

Passei pelo pessoal na cozinha rápido e corri para um dos quartos, me sentei na cama e fiquei pensando.

–Posso entrar?- ouvi Rebekah dizer e levantei o olhar para vê-la parada a porta.

Eu não respondi, mas ela entrou assim mesmo e se sentou ao meu lado.

–O que houve?- ela perguntou.

–Eu disse a ela.

–Disse o que pra quem?- ela perguntou totalmente confusa.

–Eu disse pra Bonnie que a amo.

Ela sorriu para mim.

–Mas isso é bom, não é?

–Acho que não.

–Por quê?

–Ela ficou toda estranha.

–Me conte o que aconteceu.

Contei a ela tudo a parte da brincadeira, e de eu ter dito que a amo, tudo do jeitinho que Aconteceu.

–Mas ela disse que te ama. - Rebekah disse quando terminei de contra.

–Claro! Depois que eu praticamente a obriguei. Era uma brincadeira, ela não falou sério, mas eu falei.

–Não se preocupe com isso, Kol. Ela apenas deve ter ficado surpresa.

–Então você não acha que eu me precipitei?- perguntei, e logo em seguida me dei conta de que eu estava pedindo conselhos amorosos para minha irmã mais nova que além de tudo estava meio bêbada.

–Mas é claro que não, vocês se conhecem há quase um ano estão juntos a meses, e se gostam. Ela só precisa de um tempo. - ela disse se levantando e indo em direção à porta.

–Obrigado. - eu disse e ela apenas sorriu.

Rebekah tinha razão se a amo não tenho motivos para não dizer isso a ela.

Me levantei e peguei algumas roupas limpas na mochila antes de entrar no banheiro e tomar um banho rápido, eu já havia tomado antes, foi só pra tirar a areia.

Quando sai peguei o celular e vi que já se passava de três da manhã. Fui para sala e vi Rebekah dormindo ao lado de Matt num colchão inflável, Klaus e Caroline em outro Rose e Tyler ao lado deles, os móveis haviam sido afastados e dado espaço aos três colchões infláveis.

Sai pra fora e Bonnie continuava lá no mesmo lugar.

–A sala já está cheia. - eu disse me sentando.

–Eu e Elena estamos no quarto dos meus pais, Lexi está com Stefan em outro, sobram dois.

–Eu não me importo em dividir. - eu disse dando de ombros.

–Certo, tem um colchão inflável no meu carro, Jeremy e Anna ficam com vocês então, e deixamos um quarto para Ric e Meredith. Acho que eles precisam de um empurrãozinho. - Damon terminou a frase sorrindo maliciosamente.

Eu e Jeremy nos entreolhamos e rimos dele.

–Bom, se me dão licença eu já vou indo então. - eu disse e me virei para Bonnie. - Você vem?

Ela assentiu e levantou.

Anna e Jeremy se levantaram também e entramos na casa.

–Cabe mais um colchão aqui. -disse Jeremy. - Podem ficar com o quarto.

Ele não esperou eu responder e pegou as chaves do Damon na mesinha no canto da sala.

Bonnie ainda estava quieta e me seguiu até o quarto que a poucos minutos eu estava.

Fechei a porta e me virei, ela estava sentada na cama.

Deixe meus chinelos de lado, logo em seguida tirei a camisa e me deitei.

Ela deitou ao meu lado e ficou de frente pra mim olhando em meus olhos.

–Kol... - ela começou.

–Não precisamos falar sobre isso agora, se não quiser. - eu disse.

Ela hesitou e suspirou antes de responder.

–Olha, não quero que pense que não sinto o mesmo por você, porque eu sinto, só não disse nada porque, você me pegou de surpresa, nunca imaginei que você me diria isso, não tão cedo, pelo jeito que você é, pensei que fosse demorar mais e... Eu também te amo. - ela deu um fraco sorriso ao dizer aquelas palavras.

Senti a sensação de completa felicidade e sorri involuntariamente.

–Já te disse que você é a melhor namorada que já tive?

–Você nunca teve namoradas, Kol. - ela me lembrou rindo.

–Porque eu estava esperando por você.

Ela corou, e eu a beijei...