Elena POV

Ouvi a voz de Damon por trás de mim, quando me virei e o vi, tudo que eu podia pensar era: "Vai dar merda".

Puxei meu braço, Lucas não resistiu simplesmente me soltou.

Damon passou um dos baços por minha cintura me puxando mais pra perto, como se...se quisesse me proteger.

Me vire de frente par ele.

–Damon, vamos embora. -tentei ser firme, mas ele não tirava os olhos de Lucas.

–Damon, por favor. -eu disse mais uma vez.

Ele me ignorou novamente.

–Apenas um aviso. -ele disse e apontou para Lucas-Não toque na MINHA namorada outra vez, entendeu?

–Ah namorada?-debochou Lucas.

Droga! Porque ele não podia simplesmente sumir, e me esquecer?

–Então eu estava certo, não é Elena?

–Não Lucas, nosso término não tem nada a ver com Damon, VOCÊ não confiava em mim.

–E estava certo, porque olha só agora, vocês estão juntos, há quanto tempo? Antes de terminarmos, obviamente.

–Não te devemos explicações. -Damon disse, eu sabia que ele estava tentando controlar a raiva, sua voz estava carregada de ódio.

Passei a mão pelos cabelos.

–Mas é claro que não.... o idiota aqui não precisa de explicações enquanto eu estava em casa, minha namorada me traía, não pensei que fosse desse tipo quando te conheci Elena.

–Não fale assim dela. -Damon gritou.

Puxei o braço de Damon para irmos antes que as coisas ficassem feias, mas ele nem se moveu.

–Estou apenas falando a verdade, me desculpe se a verdade dói. Você não passa de uma vad..-ele não completou pois Damon se soltou de mim e pulou em cima dele acertando um soco em seu olho, os dois rolaram no chão.

Eu não sabia o que fazer.

–Parem!-gritei.

Eles não pareceram ouvir.

Damon estava em cima de Lucas e dava vários socos na cara dele, com um golpe rápido ele conseguiu virar e acertou um soco no queixo de Damon.

Droga! O rosto de Lucas sangrava um pouco, e o de Damon também. E não sabia o que fazer, não podia deixar que Damon se machucasse.

Me aproximei mais e dei tapas nas costas de Lucas.

–Solta ele!-gritei.

A moça da cantina ouviu os gritos e saiu de dentro da pequena cozinha horrorizada ela pegou o telefone.

–Lucas para!-eu puxei o cabelo dele com força o fazendo inclinar a cabeça pra trás.

Ele tentou se soltar e acabou acertando o cotovelo no meu rosto, a pancada foi tão forte que cai no chão.

Vi Lucas parar de bater em Damon e olhar para mim assustado.

Damon me olhou preocupado e com raiva ao mesmo tempo, ele derrubou Lucas, e começou a bater com força nele.

–Seu filho da puta! Nunca mais chegue perto dela.

Damon só parou de bater quando o inspetor o tirou de cima do Lucas.

Ele estava bem machucado.

Acabamos os três na diretoria. A diretora quis falar com cada um de nos separadamente.

–Então senhorita Gilbert, isso tudo é por sua causa.

Eu corei.

–Não exatamente.

–Conte-me o que aconteceu.

–Lucas não superou nosso término de meses atrás, ele provocou Damon falando coisas sobre mim, praticamente me chamou de vadia, então eles começaram a brigar. Eu tentei separar e acabei levando uma cotovelada na cara.

–E então Sr. Gerald chegou. -concluiu ela.

–Sim.

–Damon não tem culpa nisso, eu já havia dito a Lucas que não tínhamos nada pra conversar e ele insistiu.

–Lucas alega que Damon o acertou primeiro.

–É verdade, mas foi porque Lucas ficou provocando.

–Então está dizendo que nada teria acontecido se Lucas não provocasse?

–Isso.

Ela me acompanhou até a porta, Damon estava sentado no banco do lado esquerdo da sala e Lucas no banco do lado direito.

Sr. Gerald estava em pé próximo a porta, evidentemente para o caso dos dois começarmos a brigar outra vez.

–Certo, para ser justa, os três pegarão suspensão. Seria de uma semana, mas com o ano está acabando receio que não possam perder as matérias, portanto será apenas um dia.

Concordamos com a cabeça.

Dei uma rápida olhada em Lucas e pude ver um corte pequeno em sua sobrancelha e um abaixo do olho, seu nariz sangrava, e havia um corte em seu lábio inferior. Ele passou a manga do blusa no nariz e saiu andando pelo lado oposto ao nosso.

Damon estava com um corte no lábio e o nariz sangrava.

O estacionamento estava vazio, não havia mais ninguém na escola e isso explicava o porquê de ninguém ter separado a briga, todos estavam indo embora, não havia ninguém no refeitório além de nós três e a moça da cantina, deduzi que ela quem havia avisado ao inspetor sobre a briga, a agradeci mentalmente por isso, não sabia o que poderia ter acontecido caso alguém não os separasse logo.

–Droga!-Damon disse e encostou-se ao carro.

Ele segurava o pulso.

–Tudo bem? -perguntei, não havíamos trocado uma palavra desde que fomos para a direção.

–Sim, só meu pulso que está doendo um pouco. E você? Aquele idiota te machucou?

Bom, fora minha bunda estar dolorida pela queda não havia sentido nada.

–Não, eu estou bem.

Ele tocou a maçã do lado esquerdo do meu rosto.

–Aí. -protestei. Não havia reparado nisso.

–Está sangrando. - ele disse.

–Não foi nada Damon é só um arranhão, estou bem. Vamos embora, você precisa se limpar.

Damon queria dirigir, mas eu não deixei.

Ao chegarmos a casa dele fui a banheiro que havia no escritório e peguei a caixa de primeiros socorros.

Limpei seu nariz e lábio com um lenço é passei a pomada.

–Agora você. - ele disse fazendo eu me sentar no sofá e se sentando a minha frente na mesinha de centro.

–Não Damon. Eu estou bem.

–Shh- ele disse - deixa cuidar de você.

Fiquei em silêncio enquanto ele limpava o sangue do meu rosto e colava um curativo.

O lábio de Damon estava um pouco inchado.

–Obrigada- eu disse quando ele terminou-por me defender.

Normalmente eu seria contra a briga, mas Lucas mereceu, com ele podia me insultar daquele jeito?

Damon sorriu, mas logo o sorriso se desfez e ele deu lugar a uma expressão de dor.

–O que foi? -perguntei.

–Nada, só que rir faz doer.

Dei um selinho nele.

–E isso?-perguntei. - com um sorriso travesso.

Ele resmungou um pouco.

–Posso suportar essa dor. – disse ele me beijando.

Não forcei muito, não queria vê-lo sentir dor.

Damon se sentou no sofá a meu lado e me puxou para seu colo. Fiquei com uma perna de cada lado de seu corpo e passei minhas mãos para sua nuca e segurei levemente seu cabelo.

Ele afastou nossos lábios e um sorriso apareceu.

–Precisa aprender a brigar.

–O que?-perguntei sem entender.

–Puxar o cabelo não causa dano algum.

Ah, agora estava começando a entender.

–Quando o vi te batendo, não sabia o que fazer. -confessei.

Damon acariciou meu rosto.

–Da próxima vez pegue uma cadeira.

É fazia sentido, quem sabe se eu tivesse batido com a cadeira nas costas dele eu não tivesse me machucado.

Sorri e voltei a beija-lo, por apenas mais alguns minutos.

–Tenho que ir. Já devem ter ligado para minha mãe....

–Nem me fale, minha mãe vai me matar. -Damon disse rindo.

–Te ligo depois. -eu disse dando um selinho nele e pegando minha bolsa.

Fui para casa, minha mãe e Jeremy estavam sentados na sala me esperando.

–Elena Gilbert desde quando se mete em brigas?-disse minha mãe brava assim que entrei.

–Eu não briguei mãe! Estava apenas separando, e acabei me machucando.

Me sentei na poltrona perto deles.

–Damon e Lucas é que brigaram.

–Como isso acontece?-perguntou Jeremy curioso.

–Bom, Lucas fazendo cagada como sempre, ele disse coisas sobre mim que irritou Damon, e ai já sabe....-deixei a frase não ar, não precisava completar.

–O que ele disse?-minha mãe perguntou

Suspirei, esse assunto já estava me cansando.

–Me acusou de estar ficando com Damon enquanto namorávamos.

–Oh, mas que menino atrevido.

–Ele estava prestes a me chamar de vadia.

No fim, sabendo de tudo minha mãe não ficou tão furiosa assim, "foi merecido"– ela me disse.

Jeremy riu quando eu disse que puxei o cabelo do Lucas, e se for parar pra pensar, foi engraçado mesmo. É verdade o que dizem, "vamos rir disso depois".