Forget Me In October escrita por Fernanda Lopes


Capítulo 7
POV ANNA- Primeiro encontro falso.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse é o último por hoje, talvez demore um pouco para eu escrever pois estou voltando as aulas e tudo o mais, mas prometo que não irei abandonar vocês por muito tempo.
Não esqueçam dos reviews!
Beijos!



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Saí da casa do Peter não acreditando no que eu fiz, eu o beijei, na verdade só fingi que o beijei, apenas colei meus lábios nos dele, nada mais que isso. Tudo bem, hoje nada poderia estragar meu dia, eu estava feliz com o primeiro beijo falso. Era um grande passo.

Ontem à noite eu e Rosalie conversamos sobre o casamento de Sophie, e que ela tinha convidado Rosalie, pois Rosalie estudou com ela, na verdade, Rosalie nem falava com ela direito, e deduzimos que isso era para colocar vontade no Peter, para ele querer ir ao casamento.

– Prenda esse Peter no dia do casamento. – disse Rosalie enquanto Peter e Emmett caminhavam para cozinha – mesmo ele namorando você, não quer dizer que ele superou a queda pela Sophie, né?

– Verdade Rose. – eu disse.

– Uns dias atrás eu escutei ele conversando com Emmett sobre isso, Emmett pediu pelo amor de Deus que era para Peter parar de falar de Sophie, que ela já passou dos limites.

– Peter mesmo pegando todas as mulheres do mundo não a esquecerá. – eu concordei – mesmo eu sendo a atual namorada dele, e como melhor amiga dele, eu o conheço como se fosse a palmatória de minha mão.

Rosalie apenas concordou com a cabeça quando eles voltaram, a pizza estava sem a calabresa e nós duas reclamamos bastante com os meninos, até mesmo o coitadinho do Bob que seguiu a onda do pai e do tio.

A noite foi engraçada, Emmett pirou quando Bob decidiu dormir na casa dos avós, e Emmett comemorou, pois, ia poder andar pelado pela casa. Rosalie não curtiu muito a gritaria de Emmett dentro do carro

Depois deles irem embora, eu ajudei Peter lavar a louça da casa, não custaria nada, até porque eu não iria atrapalhar tia Esme no quarto com o Carlisle. Quando seguíamos o caminho para o quarto, escutamos ela gemendo e a cama mexendo, uma coisa terrível.

– Coitado do Bob. – sussurrei pelo corredor.

– Ele já está acostumado, coitado. – ele disse como se isso fosse natural.


Quando entramos no quarto de Peter, arrumei minha cama no chão junto com os cobertores.

– Ah, que pena, não vamos transar. – ele disse rindo.

– Não vou nem falar nada, me empresta uma blusa grande sua?

– Toma. – ele pegou a camisa grande dele e jogou para mim.

– Seus peitos. – ele disse fitando os mesmos e eu me assustei

– Olha para lá, agora. – falei apontando para a parede.

– Ah, ta bom. – ele virou – não sei porque essa palhaçada de virar para parede, te conheço desde pequena, eu fui um dos primeiros a saber, que você menstruou.

– Pára de drama. – eu ri – já pode virar


Peter é muito bobão, vai ver que é por isso que eu gosto dele, ele é um bom amigo, e pelo jeito dele, ele parecia ser um ótimo namorado, queria tanto que isso fosse real.

Quando eu cheguei em casa, minha mãe estava gritando com Bora, eu não entendi nada, e perguntei o que estava acontecendo.

– Pergunte a sua irmã – disse minha mãe ofegante. – A garota que não é mais virgem.

– QUÊ? – eu disse chocada.

– Vai gritar comigo também? – disse Bora entediada.

– Não, eu só... COM QUEM FOI? – eu perguntei rindo.

– Ai vocês duas, VOCÊ COMO IRMÃ MAIS VELHA DEVIA ME APOIAR E... É, com quem foi? – perguntou minha mãe como se aquele assunto fosse a fofoca do dia

– Foi com... O Jake.

– MEU DEUS! – eu gritei desesperada – A MINHA IRMÃZINHA...

– Eu preciso de água. – disse minha mãe perdendo a voz.

– Só não contem ao papai, gente. Pelo amor de Deus.

– Devo como mãe, manter a formalidade absoluta e contar ao seu pai, que te colocará de castigo por dar esse aparelho aí.

– Mãe, você não falou coisa com coisa. – admiti

– EU SEI! – ela disse rindo – Filha, me diga uma coisa, você usou camisinha?

– Usei né, mãe! Que pergunta! – respondeu Bora entediada.

– Tenho que ter uma conversa muito séria com o irmão de Rosalie. – eu disse enquanto subia as escadas de casa.

– Pode deixar! – gritou minha irmã lá de baixo.


Troquei a roupa com o pensamento em Bora, lembro da vez que eu contei a minha mãe que eu tinha transado pela primeira vez e a reação dela foi a mesma. Ela era tipo uma melhor amiga, só que mãe, mesmo ela sendo desnaturada e desastrada ao mesmo tempo, ela é uma mãe e tanto.

Saí de casa atrasada para o trabalho, dei um abraço em Bora e um beijo na minha mãe, e saí de táxi até o prédio da Seattle Weekly. Chegando lá, escutei os gritos do meu patrão contra mim pois eu tinha chegado bastante atrasada.

– VOCÊ SABE QUE HORAS SÃO? – o velho gordo gritou.

– Sim senhor.

– ENTÃO QUE HORAS SÃO?

– São 10 horas da manhã, senhor.

– DA PROXIMA VEZ EU TEREI QUE LHE DAR UMA ADVERTÊNCIA, SRTA. SWAN.

– Certo

– Vá trabalhar! Agora! Eu quero que você me escreva um artigo sobre os ataques homofóbicos! Agora! – ele ordenou como se fosse um rei.


Assenti com a cabeça e saí da sala dele, xinguei baixinho ao sair, fui até a máquina de café, enchi um copo e fui escrever na minha parte de uma sala cheia de computadores e divisória.


“Um artigo sobre ataques homofóbicos” pensei “lá vou eu”


Liguei o computador e abri o Word para escrever, mas nada me veio na cabeça. Entrei na internet para ler sobre isso e ver se alguma coisa me inspirava, mas... Nada.

Meus pensamentos estavam em Peter, tudo o que eu podia escrever naquele momento era sobre Peter, ah... Peter, Peter, Peter e Peter. Um texto só com o nome Peter, o Sr. Hawkins podia me pedir isso.

Até que veio uma inspiração, comecei a escrever muito feliz sobre o assunto na hora, liguei a impressora e imprimi o artigo na hora, no caminho tomei outro cafezinho e bati na porta do Sr. Hawkins, nada de ninguém me responder. Eu só escutava uns grunhidos como “Isso aí”, “Só um pouquinho”, “Vai cachorrona”, “Merece um bom aumento”.

Abri a porta e me deparei com a cena mais nojenta da minha vida, acontece que o meu chefe estava nu deitado na mesa, e a secretária dele por cima dele.

– Ahn, Eu... Só vim entregar o... Artigo.

– Srta.Swan... Você não sabe bater na porta antes de entrar? – ele disse tentando ser calmo.

Fechei meus olhos e respondi:

– Sim senhor, acontece que eu bati na porta e ninguém atendeu, então abri a porta para deixar o artigo em cima da sua mesa, como eu sempre fiz.

– Certo, não conte isso a ninguém e pode abrir os olhos, eu e Helena já estamos vestidos.

– Pode deixar, senhor. Não contarei a ninguém. – ainda de olhos fechados, deixei o artigo em cima de uma poltrona de couro que tinha ao lado da porta, e me retirei


Quando bati a porta, eu ri demais, ri tanto que fiquei sem ar, ri tanto que eu fazia as pessoas que passavam por mim me olharem estranho, pois, eu estava rindo sozinha.

Na volta para casa eu também ri, ri demais, contei isso para minha mãe e nós rimos mais ainda.

– Quem diria hein, aquele gordo safadinho! – ela disse sem ar de tanto rir.

– É mãe, eu tenho que te contar uma coisa. – eu voltei a ficar séria.

– VAI DIZER QUE VOCÊ TRANSOU COM ELE?

– NÃO MÃE, PELO AMOR DE DEUS, QUE NOJO! – eu ri e depois fiquei séria, ela também ficou.

– Pode falar.

– Eu estou namorando.

Ela riu.

– Com quem? Qual é o nome dele? Onde ele mora? Conheceu ele aonde?

– Estou namorando Peter Cavasin, ele mora do outro lado da cidade, eu conheci ele no parquinho, na gangorra.

– O QUÊ? VOCÊ ESTÁ NAMORANDO... PETER? GENTE.

– É mãe! – eu disse rindo.

– Ai filha, estou muito feliz, até que enfim hein! Desencalhou! – ela disse – temos que marcar de ir jogar golfe, como nós sempre fizemos com os seus namorados.

– Mãe... Porque diabos você escolhe golfe?

– Ah filha, nós passeamos e conversamos entre os buracos, entende?

– Sim, é claro.

– O.k o convide para jogar com a gente, é claro que ele vai aceitar, pode ser esse domingo.

– Está bem mamãe, irei convidar.

– Então ótimo! – disse mamãe cantarolando, ela cantarolou até a cozinha e provocou Bora, que pediu constrangida para ela parar de dançar e cantarolar de um jeito tosco.

Agora era só chamar Peter, e escutar perguntas do papai, que era pior. Mas tudo bem, vai dar tudo certo, eu espero.

Mandei uma mensagem para ele via WhatsApp:

“O QUE ACHA DE JOGAR GOLFE COM A FAMÍLIA? JÁ CONTEI PARA MINHA MÃE, ELA VAI LIGAR PARA O MEU PAI E VAMOS JOGAR GOLFE! UM DETALHE: EU DIRIJO O CARRINHO! KKK :D

Ele respondeu depois:

“EBA! ESPERO QUE O SEU PAI NÃO ME OLHE ESTRANHO, MAS COMO ELE ME CONHECE DESDE OS CINCO ANOS... TUDO BEM!”.

Depois ele me mandou outra mensagem:

“QUE TAL INTERPRETAR UM POUCO COMO A MINHA NAMORADA NA FRENTE DE ROSE E EMMETT? VAMOS TOMAR UM CHOPP COMO O COMBINADO”.

E eu respondi:

“CLARO! NÃO PERDERIA VER SEU IRMÃO LOUCO POR NADA!”

“TE PEGO ÁS 21H00”

“O.K”



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