Forget Me In October escrita por Fernanda Lopes


Capítulo 5
POV PETER- A chegada de Sophie.


Notas iniciais do capítulo

Gente primeiramente eu vim pedir desculpas por demorar para escrever o novo capítulo da fic. É o seguinte, eu fiquei sem internet durante uns dias, mas calma calma EU VOLTEI! E hoje até vou postar mais dois capítulos que eu fiz nesses dias sem internet!
Aproveitem!



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  No caminho de casa, eu vim lembrando de todos os momentos felizes que eu passei com Anna, bons momentos, no caminho da festa da Bora, a gente veio lembrando de quando ela nasceu e tudo o mais.

     Naquele dia, chegamos no hospital fedendo a fumaça de cigarro e vodka, tinha uma enfermeira lá que não foi muito com a nossa cara, por pouco ela não deixa a gente entrar para ver Bora nascer, mas já era tarde demais, Bora já tinha nascido e era muito linda, eu me imaginei engravidando uma garota na época e ter que aturar fraldas fiquei nervoso e comecei a rir sem parar, minha risada ecoava pelo corredor do hospital.

    Quando eu paro para lembrar da minha adolescência, eu lembro dos problemas que eu arrumava para os meus pais, nunca fui um filho bom, na minha opinião, tanto que eu atrapalho meus pais, morando na casa deles, como se eu fosse um largado na vida, mas na realidade eu não sou, eu não gosto de ficar sozinho.

 Tive que parar o carro, pois alguma coisa ruim estava acontecendo, um cara estava gritando com uma mulher loira, se bem que a voz dela não me estranhava, mas não pude reconhecer a moça.

-Olha o que você fez, sua vadia loira. – o cara gritava com a mulher que parecia estar arrancando os cabelos.

-Eu posso mandar concertar, olha, meu noivo tem dinheiro, eu posso pagar o prejuízo do seu carro, senhor, me desculpe!- ela estava a prestes a chorar com tanto insulto do homem, aquilo me comoveu, então saí do carro para resolver o problema, ou ajudar.

-Hey, mano, isso é jeito de tratar uma moça? Ela não disse que ia pagar com o dinheiro do noivo dela? – gritei de longe cansado de tanta gritaria.

   A mulher se virou sorrindo, e adivinha quem era? Sophie, sim a minha ex-namorada.

   Minha sensação foi de que o mundo tinha parado de girar por um momento, e a sensação parou quando ela parou de sorrir e fez uma cara de “Ah, você de novo” e voltou a pedir desculpas ao homem.

-Escute, eu posso te dar o dinheiro agora.- ela disse tirando a carteira do bolso.

-Não preciso do teu dinheiro vadia, eu posso pagar sozinho, passar bem, e oh! Vê se aprende a dirigir, porque olha. – entrou no carro, bateu a porta forte e saiu correndo com o carro batido.

-Sophie? – eu chamei quando ela estava preste a entrar no carro.

-Peter? Uou, você mudou!

-Você me reconheceu? Ou eu continuo o mesmo? – rimos juntos.

-Você continua o mesmo. – ela sorriu – Olha tenho que ir vamos marcar um dia para nos encontrar, eu e meu noivo, e você e sua namorada, o que acha?É claro, se você estiver namorando.

-Oh sim parece que conversar no meio da estrada não é muito bom, então a gente se vê por aí. – tentei me fazer de indiferente.

-Então até - disse ela acenando e entrando no carro.

-Até. – respondi olhando o carro partir.

-Ei cara, a vida é curta demais para você ficar parado no meio da rua, babacão.- gritou um cara da janela de um Sandero vermelho.

-Pode deixar! – respondi entrando no carro e dando a partida no mesmo.

   Quando cheguei em casa e deitei na cama, pensei no que Sophie devia ter pensando ao ver que me fiz de indiferente, será que eu consegui mexer com o coração dela? Francamente, ela deve ter pensado alguma coisa, não é possível, ela deve ter pensado “puxa vida, como Peter está lindo com aquele cabelo castanho claro e aquelas esmeraldas no lugar dos olhos de tão verde que é”, ou não.

    Ela continua linda como sempre, confesso que, quando ela era mais jovem ela era mais bonita, e parece um pouco acabada com a chegada dos 30, mas isso não vem ao caso, agora chegou a hora de eu e Anna partir para cima. O problema é que: se Sophie não ficar com ciúmes, o contrato terá ido em vão e todos os planos também, e provavelmente Anna ficará puta comigo de novo e nós vamos ficar brigados, e eu não quero brigar com a minha melhor amiga, nunca quis brigar feio com ela.

  O próximo passo do plano é: descobrir com quem Sophie vai se casar, pode ser um daqueles caras loiros e de olhos azuis e bem ricos, Sophie sempre era interessada no dinheiro, talvez isso deve ter chamado atenção nela.

   Senti meus olhos fecharam e cai no sono.

  O despertador apitou seis vezes, estava na hora de trabalhar, eu estava me sentindo tão cansado durante a caminhada até o trabalho, a preguiça era tanta que eu estava até com preguiça de dirigir.

  Chegando lá, me disseram que Anna passou por lá e deixou um presente.

-Que presente?

-Não sei, doutor Cavasin, não abri.

-O.k vou trabalhar, é o melhor que eu faço aqui nessa empresa.

 Peguei o elevador e apertei o botão que me levava ao andar onde eu trabalhava.

 Chegando lá, resolvi todos os problemas que eu tinha que resolver e foi quando eu percebi uma caixinha em cima da impressora do computador. Abri a caixinha e nela estava uma foto nossa de quando nós éramos pequenos, mas nós éramos tão miúdos que nossos cabelos eram loiros na época, pois com o tempo eles escureceram.

   Eu ri lembrando que no dia em que tiramos a foto, Anna estava tentando pegar a bola que ficou grudada nos galhos da árvore e eu estava carregando ela na corcunda. Esse dia foi hilário. Ás vezes tenho lembranças tão profundas da minha infância e adolescência que tenho vontade de ter aquele tempo em que eu reclamava para completar logo 18 anos e sair da casa dos meus pais, e acabei não saindo, mas um dia eu tenho a absoluta certeza de que eu vou me casar com Sophie ou quem quer que seja.

     Fiquei contemplando a foto por um instante infinito, eu tinha um amor que parecia arder dentro de mim toda vez que eu pensava na risada de Anna. Eu gosto bastante dela, mas não sei se ela é a perfeita, Sophie ainda mexe bastante comigo, e se eu dissesse para Anna que eu amava a risada dela e que eu estava quase amando ela mesma, Anna iria rir tanto da minha cara e fazer piadinhas comigo que eu sei lá, acho melhor guardar esse quase amor por ela para eu mesmo.

    Se Anna me namorasse com 15, 16, 17, 18 ou com 19 anos, acho que estaríamos juntos até agora, mas pensar namorar sua melhor amiga é meio careta.

     Em relação a Sophie, nós sempre nos paquerávamos nas baladas que tinha na época, até quando eu completei meus 19 anos que tomei coragem e pedi para namorar ela, mas Anna ficou um pouco chateada porque eu não tinha contado nada para ela, dias depois ela apareceu com o Mike Newton, um menino cobiçado por todas as gurias da época do colegial.

  E assim ficou acho que durante 10 anos, eu com Sophie e ela com Mike, mas Sophie terminou comigo primeiro, quando fizemos oito anos de namoro, mas durante dois anos eu ainda ligava para ela, perturbava ela o dia inteiro mandando mensagens pedindo para ela voltar comigo, eu seguia ela por todo o lugar.

     Mike terminou com Anna quando eles fizeram 10 anos de namoro, estavam quase casando, pelo visto ela ficou muito mal quando se sentiu traída por uma mulher desconhecida. Eu até que tentei consolar ela, mas com o tempo nós nos afastamos um do outro e assim foi, eu para um lado e ela para o outro. Isso foi durante oito meses, até eu decidir fazer esse contrato, e foram oito longos meses.

    Puxei o celular e vi o horário, nossa, já eram 17h00, meu expediente tinha acabado há meia hora atrás e eu nem percebi, sai do trabalho exausto de ficar na frente do computador, peguei um táxi dessa vez porque na ida do trabalho eu fui andando, e agora eu estava com preguiça de andar e dirigir. Chegando lá, eu vi a mesma cena de sempre, mamãe sentada fazendo tricô, eu pai bebendo cerveja na poltrona, e meu sobrinho esperando seu pai chegar no trabalho para busca-lo.

-Oi família. – eu disse ao chegar em casa - teu pai ainda não veio te buscar, Bob?

-Ainda não, tio Peter. – ele respondeu entediado por estar vendo futebol americano com a sala no extremo silêncio.

-O Emmett é um panaca mesmo.

-Concordo com você, tio. – ele disse rindo.

-E aí meu filho, como foi o trabalho? – perguntou o meu pai, enquanto eu sentava ao lado da minha mãe dando um beijinho na bochecha dela.

-Tedioso como sempre, pai. – respondi - é tanta coisa chata para resolver.

-Anna ligou aqui para casa, perguntando se você chegou, meu filho. – minha mãe disse – ela conversou comigo e me contou uma novidade que me fez ficar muito feliz!

-Que novidade?

-Vocês dois estavam namorando e você nem se deu ao trabalho de me contar! – ela disse rindo.

-Tio Peter e Tia Anna estão namorando, vovó? – perguntou Bob rindo.

-Puxa vida, filho!

-É... Eu ia te contar, mãe. – eu disse rindo, Anna fez um ótimo trabalho contando para minha família, o primeiro passo do contrato estava feito.

-E já estava na hora, né! Vocês se conhecem desde pequenos, desde novinhos, brincaram no meu quintal como se fossem dois irmãos!

-É mãe...

-Parabéns meu filho! – disse o meu pai sorrindo – espero que os dois se casem e me dê lindos netos.

-E me dê lindos netos também, Pet. – disse minha mãe – eu quero mimar bastante essas crianças.

-Tudo bem gente, sem exaltações, estou cansado. Bob quer jogar videogame comigo até teu pai chegar?

-Por mim, beleza. – disse ele.

-Então ta, vai ligando o console lá e escolhendo o jogo enquanto eu tomo um banho.

-Valeu.

   Ao caminho do chuveiro eu escutei minha mãe dizendo feliz:

-Esse menino mesmo namorando ainda não perde esse vício de videogame, ah esse meu Peter.

 E assim depois que eu tomei banho, fiquei jogando videogame com Bob até o pai dele chegar do trabalho, mas é claro que minha mãe e meu pai iriam falar a novidade.

-Peter? Namorando? Com a gostosa da amiga dele Anna? – disse ele enquanto recebia um beliscão de Rosalie por ter chamado Anna de gostosa – Essa eu quero ver.

-Gostosa, é? – disse Rosalie debochando de Emmett.

-É uma brincadeira meu amorzinho.

-Acho bom mesmo.

-Até logo, mãe e pai, amanhã de manhã cedo eu passo aqui para deixar Bob.

-Tudo bem meu filho.

-E Peter!

-O que é?

-Vamos marcar um dia de nós irmos a um lugar como um encontro de casais, seria uma boa, irmão.

-Valeu, pode deixar, eu te ligo assim que puder.

-Meus parabéns, Peter! – disse Rosalie entrando no carro.

-Obrigado, Rose.

-Até amanhã, tio Peter! Toca aqui. – disse o pequeno Bob fazendo um aceno com a mão, eu fiz o toque e ri.

-Até amanhã, Bob.

-Não esquece hein, Peter. – disse Emmett.

-Pode deixar.

E ele e Bob entraram no carro e saíram em direção ao norte, onde ficava a casa deles.

 - Vamos entrar, Pet. – disse minha mãe. – Já está tarde.

  E eu obedeci à mamãe com sempre, estava realmente tarde, e eu estava precisando dormir.


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