ReNa: "Mesmo assim ainda TE AMO" – Capítulo 82

~Helena Narrando~

Dois meses de gravidez e eu não vejo a hora de descobrir se é menino ou menina, acho que essa ansiedade e nervosismo explica os desmaios e crises de choro, pelo menos foi o que o Doutor Miguel me disse. Ainda não tive os enjoos e nenhum desejo estranho, só uma vontade louca de comer chocolate a cada segundo. Renê está ainda mais carinhoso e olha que eu achava que isso era impossível, mas ele sempre me surpreende. Pensei que a Carol fosse ter ciúmes, mas muito pelo contrário, ela está mais ansiosa que eu. Minha mãe não se aguenta de felicidade e mesmo que meu pai não esteja mais aqui entre nós, sinto que ele está feliz. As crianças vem me ver sempre, e eu amo estar com elas. Esses dias tem sido incríveis!

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Renê, Helena e Carol passaram o dia juntos, foram ao cinema assistir o filme que a Carol não parava de falar um segundo dele, “A Culpa é das Estrelas” e vocês já podem imaginar o que aconteceu, isso mesmo, saíram todos chorando de lá. E como de costume eles foram na soverteria e depois se divertiram em casa montando quebra cabeça. A noite chegou, Helena e Renê saíram com alguns amigos e deixaram Carol com dona Cristina.

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~Helena Narrando~

–Você é um idiota, Renê. –estávamos num churrasco com alguns amigos e Renê fez uma ceninha de ciúmes ridícula porque achava que Danyel um primo de um dos nossos amigos, estava olhando demais para mim.

–Quer dizer que é normal você ter ciúmes de mim e quando eu tenho sou um idiota? –ele me puxou fazendo-me olhar pra ele.

–Me deixa em paz, já chega por hoje. –falei com raiva.

–Por favor, a gente não vai brigar por causa de uma besteira.

–Acorda Renê, já estamos brigando! Quer saber, esquece. –comecei a subir a escada e me virei quando percebi que ele me seguia. –Se você acha que vai dormir comigo hoje está muito enganado, ou dorme no sofá ou no quarto de hospedes.

–Ta brincando né?

–To com cara de quem ta brincando? –não esperei pela resposta e fui pro quarto, pra minha surpresa ele não me seguiu.

~horas depois~

–Aiiii! –levantei para ir ao banheiro e acabei pisando em falso, não foi nada demais, mas quando assustei Renê já estava ajoelhado em minha frente.

–Meu amor, o que aconteceu? Machucou?

–Não, eu to bem, só pisei em falso. Não precisava ter vindo.

–Ouvi você gritar, fiquei preocupado. –disse ele. Não falei nada, apenas o olhava. –Vai ficar me olhando desse jeito?

–Não fale assim comigo!

–Ok, desculpa.

–Desculpa pelo quê? Pelo seu chilique na festa ou por ter sido grosso comigo há pouco segundos?

–Eu não fui grosso com você!

–Está sendo grosso de novo. –ele bufou baixinho e se aproximou, puxando-me lentamente pela cintura.

–Eu realmente não tive intenção nenhuma de te magoar, talvez eu tenha exagerado sim, mas não fiz por mal. Você é linda e vai atrair olhares sempre, eu é que nunca saberei lidar com isso. Me perdoa?

–Claro que perdoo! –ele sorriu, me abraçando e em seguida colou nossos lábios, iniciando um beijo lento e cheio de perdão. Admito, não consigo ficar brava com ele durante muito tempo. Ficamos ali abraçados por um bom tempo. -Amor, espera só um pouco que já volto.

–Quer dizer que não vou precisar dormir no sofá?

–Não provoca que eu mudo de ideia.

–Ops, nem falei nada.

–Mas é um bobo mesmo. –sorri pra ele e fui pro banheiro que ficava no fim do corredor tomar banho. Assim que eu ia fechar a porta um pé me impediu, Renê entrou rapidamente e trancou a porta depressa. Antes que eu pudesse falar algo ele me prensou contra a parede e começou a me beijar. Entrelacei os braços no seu pescoço e o beijava com o mesmo desejo que ele me dava, logo ele abandonou minha boca e passou a beijar o meu pescoço, segurando firme em minhas coxas e possibilitando que eu as entrelaçasse em seu quadril. Renê me fez sentar na borda da banheira e começou a acariciar meu corpo, ele tinha suas cartas na manga sabia que aquilo me deixava louca. Voltou para minha boca dando beijos e mordidas. Desci meus beijos por sua barriga e senti arrepiar quanto mais meus lábios desciam.

–Não tortura amor –Renê falou baixinho, com uma voz tremula que confesso, foi bom ouvir. Voltei a beijá-lo e nossos beijos foi ficando cada vez mais intenso, sentia seu coração acelerando e seu corpo começava a estremecer. Nossos corpos se uniram, entre gemidos e carícias, provocações e muito amor, chegamos ao ápice praticamente juntos. Ficamos ali, abraçados em silêncio por um bom tempo, apenas trocando carinhos e sorrindo, eu realmente não sei o que seria de mim sem esse homem.

Dia seguinte...

~Renê Narrando~

Acordei primeiro e fui o mais silencioso possível para cozinha, preparei o café e fui levar na cama para o meu amor, mais quando cheguei no quarto ela já tinha acordado, e veio até mim saltitando e aos beijos.

–Bom dia!

–Bom dia princesa. –ganhei um beijinho, sentamos e comemos em silêncio até que a Helena resolver dizer algo.

–Mas por favor, nada de brigar de novo! –aproximei de Helena lentamente e a envolvi em meus braços, um abraço que ao poucos foi ganhando vida, se transformando em caricias, beijos, com a respiração ofegante sussurrei em seu ouvido...

–Mudando de assunto cê ta tão bonita, que cheiro gostoso que vem de você. E se eu te contar você nem acredita, se eu tava brigando, eu nem lembro porque... –Helena me encarou sorrindo, e uniu nossos lábios.

–Se todas as vezes que brigarmos você quiser fazer as pazes assim eu juro que aceito.

–Não precisa brigar pra ter isso, mais se for assim eu também aceito. Sabe o que isso me fez lembrar?

–Da ilha?

–Nossa, acertou em cheio, merece um prêmio! –lhe dei um breve beijo, que se transformou em vários selinhos e terminou com um sorriso maravilhoso da Helena, como eu amo esse sorriso.

–Ontem foi incrível...

–Amor, com você tudo é incrível!

–Que lindo você.

–Sei disso, mas mudando de assunto de novo, vamos fazer um almoço aqui hoje?

–Vamos, mas é por algum motivo especial?

–Só pra se desculpar com o pessoal, e pra comemorar a barriguinha que ta crescendo.

–Você é um fofo Renê! Liga pro pessoal, vou avisar a Brenda pra ela fazer algo especial e vou pra Carol chamar umas amiguinhas.

–Pode deixar.

~Continua~