Renê vai até a casa de Helena para busca-la pro passeio como prometido.
–Nossa, como você está linda, acho que vou até aproveitar e te levar pra jantar.
–Ain Renê, você é um bobo mesmo. –Helena da um selinho em Renê.
–Vamos?
–Vamos!
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Depois de tomar sorvete como de costume, os dois vão dar uma volta pelo parque.
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–Olha só Helena! –Renê aponta pro céu.
–O que amor? Não estou vendo! –diz Helena olhando para o céu.
Renê começa a fazer cocegas em Helena.
–Te peguei –grita renê.
– kkkkkkkk , ai Renê para , kkkkkkk , para Renê –Helena sai correndo.

~Helena Narrando~
Consegui correr de Renê mais ele é muito rápido.
–Vai insistir em fugir de mim? –diz Renê me puxando pela cintura colando os nossos corpos.
–Vou! -eu falei com a respiração um pouco ofegante.
–Não vai não! –Renê acaricia meu rosto, e me beija, eu quase me esquecia que estávamos no parque.
–Calma amor, esta todo mundo vendo.
–Helena nós só estamos namorando um pouquinho, e outra não tem ninguém aqui. –Renê aponta pro parque, realmente não tinha ninguém...
–Renê?! -Eu disse quando avistei uma garotinha deitada no chão toda encolhida. Eu não pude deixar de lembrar da minha filha.
–Que foi Helena? Por que você está com essa cara? –Renê me olhava preocupado.
–Olha lá aquela garotinha, vamos lá. –nem esperei Renê responder e andei em direção a menina.

Na medida que fui me aproximando, percebi que as suas roupas estavam rasgadas e sujas. Ao me ver indo em sua direção ela se assusta e se levanta e prepara pra correr.

–Não precisa se preocupar, eu não irei te fazer mal nenhum, só quero conversar. –ela parou e ficou me olhando –Está tudo bem com você mocinha ?
–Tudo –ela responde meio desconfiada.
–Você está com fome?
–Estou sim –ela passou as mãos em sua barriga –não como desde ontem.

Comecei a chorar sem parar, de repente a imagem da minha filha tomou minha mente, e a dor de ter perdido–a invadiu meu coração, ao perceber que eu chorava ela me abraçou, me deixando sem reação.

–Não chora –ela disse quando se afastou.
–Me desculpe, eu não vou chorar mais –sequei minhas lágrimas e olhei pra Renê, que me olhava preocupado.
–E como você se chama –pergunta Renê.
–Meu nome é Anna Vitória.
–Lindo nome, igual você –elogia Renê.
–Anna espera só um momento –eu disse puxando Renê pro canto –Amor eu preciso que você me ajude. Compra um sorvete, e uns lanchinhos e leva pra minha casa. E liga pras meninas e pedem que elas levem algumas roupas e sapatos que elas não usam mais. Você faz isso por mim ?
–Claro que faço, com maior prazer. –Renê me da um selinho e sai.
–Anna, eu sei que você acabou de me conhecer, mas você aceita ir até a minha casa para tomar um banho, comer alguma coisa e brincar com algumas alunas minhas?
–Você é professora? –ela me pergunta com brilho nos olhos.
–Sou sim! –eu sorri e ela retribuiu o sorriso.
–Claro que eu aceito. –me abraçou.

Fomos pra casa.

–Mãae? Vem aqui na sala fazendo favor? –falei assim que entrei em casa.
–Aconteceu alguma coisa filha? Cadê o Renê?
–Na verdade aconteceu mãe, o Renê já está chegando –eu olhei pra Anna e minha mãe acompanhou meu olhar –eu achei essa mocinha linda na rua, e a troce pra tomar um banho e brincar com as meninas que já devem estar chegando.
–Ei lindinha qual o seu nome? E porque você estava sozinha na rua? –minha mãe pergunta, me deixando curiosa também.
–Anna Vitória. Eu sai com papai e mamãe, e eles discutiram, eu fingi que estava dormindo e ouvi papai dizer que eu era um problema pra eles, foi quando o carro parou e ele me tirou de lá de dentro, eu ouvi mamãe gritar e chorar, mas ele nem ligou e me deixou sozinha na rua. –Anna falou aquilo e eu não me segurei e chorei novamente mais dessa vez eu não permiti que ela visse e fui pro meu quarto.
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Helena se acalma e volta pra sala, Renê já havia chegado e Anna já tinha tomado banho. As meninas chegam com roupas, sapatos e alguns brinquedos. Cristina põe a mesa e todas as crianças lancham juntos com Anna.

–Quantos anos você tem? –pergunta Maria Joaquina.
–Tenho 8 anos.
–Você tem namorado? –pergunta Valéria fazendo todos rirem.
–Ain Valéria como você é boba –Fala Maria Joaquina.
–Eu não namoro. –Anna diz sorrindo.

As meninas brincam com Anna, que diz nunca ter se divertido tanto. Helena as observa.
–Amor, o que você pretende fazer? –pergunta Renê.

~Continua~