Ao chegar em casa Gabriel percebe que havia uma foto de Helena junto com Carol dentro da bolsa, e se emociona ao ver, mas não se arrepende de ter tirado a filha da mãe.
1 mês depois

~Helena Narrando~
As coisas não estão fáceis mesmo, como se não bastasse o desaparecimento da Carol, acabo de descobrir que meu pai está com diabete avançada e que escondia isso de mim e de minha mãe á anos.
–Pai, por que o senhor não nus contou? Sinceramente, não consigo entender.
–Helena minha filha, eu só quis poupar as duas pessoas que mais amo nessa vida, você já tem os seus problemas, não queria que tivesse mais um pra se preocupar.
–Mais pai?! O senhor não devia ter escondido.
–Desculpa querida.
–Claro que sim pai. Minha mãe já deve estar voltando, ela foi marcar uma consulta pro senhor.
–Eu disse que vocês não precisam preocupar comigo, eu estou bem.
–Não está não. E nada de reclamar, viu senhor Henso (risos)
–Fazer o que né (risos)
–-
2 meses depois
Helena começa a faculdade de Pedagogia. Dona Cristina começa trabalhar na Creche. E Henso começa o tratamento para sua doença, porém ele se encontrava em um momento muito crítico, pois a doença já estava bastante avançada. Helena mesmo afundada nos estudos não descuidava do pai, e era ela mesmo quem aplicava as injeções nele. Os meses foram passando e Henso tinha várias recaídas, mas sempre melhorava.

1 ano se passa.

~Helena Narrando~
Nossa o dia hoje foi bastante cansativo na faculdade. Acho que vou tomar um banho pra relaxar um pouco.
–Helena? –diz minha mãe enquanto eu caminhava distraída para o banheiro.
–Oi mãe, aconteceu alguma coisa?
–Na verdade sim. Seu pai está bastante fraco, e mais cedo ele teve dois desmaios –pude ver lágrimas escorrendo pelo rosto de minha mãe – e ele não consegue dizer muita coisa, mas quando diz, ele chama pelo seu nome.
–Ai meu Deus, cadê meu pai mãe? Está no hospital? – disse correndo para abraça-la.
–Não, está lá no quarto, ele é teimoso e não quis ir, o médico saiu daqui á uns 20 minutos.
Abracei minha mãe um pouco mais forte, e fui até o quarto para ver meu pai. Ele parecia estar dormindo, então sentei ao seu lado.
–Ei pai, eu vou cuidar de você, eu te amo. – peguei a mão dele e abaixei a cabeça, mais logo a levantei quando percebi que meu pai tinha apertado minha mão.
–Pai me desculpe por ter te acordado.
–Eu não estava dormindo querida. –disse praticamente sussurrando.
Minha mãe entrou no quarto, ela já estava mais calma e forçou um sorriso ao sentar do outro lado da cama, deixando meu pai no meio de nós duas. Ele então estendeu a outra mão para que minha mãe a pegasse, e assim ela fez.
–Vocês são os meus tesouros. Amarei vocês pra sempre – sussurrou.

Olhei pra minha mãe, e ela retribuiu o olhar. Assim que voltamos a olhar para ele suas mãos amoleceram e seus olhos fecharam, sua respiração parou, sua cabeça amoleceu e caiu para o lado. Eu fiquei sem reação, meu choro saia como uma cachoeira, o chacoalhei para acordar, mas não adiantava mais, ele se foi e pra sempre.Minha mãe deitou sobre ele e chorou, eu estava muito assustada, gritei o mais forte que podia.
–Nãaaaaaaaaaaaaaoooooooooooooo! -Cai de joelhos no chão chorando.

~Continua~