Eu acordei,tomei meu banho.Como estava muito frio,escolhi uma roupa confortável,me vesti e fui à cozinha.Meus pais estavam lá.-

- Olá,nova mamãe. –Benny falou passando por mim.-

- Aonde ele vai? –Perguntei a Charlie me sentando numa banqueta.-

- Está indo trabalhar.

- Legal,as crianças ainda estão dormindo?

- Não.Eu acordei-os.

- Obrigada.

- Garota,você vai ser mãe agora.Precisa ser mimada.

- Não preciso não. –Nós rimos.-

- Hey. –Olhei pra trás,era o Sam.-

- Oi. –Charlie respondeu.-

- Podemos conversar,Aria? –Eu concordei,nós fomos até a sala.- Nós vamos voltar,certo?Quero dizer,pelo bebê.

- É,mas se não funcionar podemos ser pais separados. –Ele abaixou a cabeça não muito animado.-

- É pode ser... –Ele levantou-se e saiu pela porta.Eu voltei pra cozinha.-

- Mãe,eu vou ficar louca.

- O que foi?

- Não sei se devo voltar com o Sam...

- É claro que deve.Não seja egoísta.

- Eu sei.Esse bebê vai precisar de um pai,mas e se não funcionar?

- Para tudo se tem um jeito,Aria.Só acho que agora,essa é a coisa certa a fazer. –Ela estava certa.Essa era mesmo a coisa certa a fazer.-

- Ei,cadê o James? –Eu perguntei olhando em volta.-

- Lá fora.Por quê?

- Ele está me pondo contra a parede.

- Que parede?

- A do quarto dele. –Ela riu.-

- Isso não é certo.

- Eu sei e já disse a ele,mas parece que ele não se importa.

- Resista!

- Eu sou uma mulher,sem um homem.Eu não acho que consigo resistir por muito tempo. –Ela riu.James apareceu na porta sem camisa.- Cadê a sua camisa? –Perguntei tomando um copo d’água.-

- No sofá.Eu estava muito suado.

- Estou vendo. –Ele sorriu.- Ah,meu Deus.O que foi que eu disse?

- Vem cá,por favor. –Ele falou puxando minha mão e,querendo ou não,ela tocou o corpo dele.Ele me pôs contra a parede embaixo da escada.- O que é?

- O que?

- Por que está olhando pro meu corpo? –Ele falou sorrindo.-

- Você está tirando vantagem!Você não presta.

- Eu não presto,mas gosta,certo?

- Certo.Quero dizer,Não!Eu só estou em crise,só isso. –Eu empurrei-o e voltei à cozinha.Eu o vi subindo as escadas.-

- O que você fez?

- Nada...ainda.Estou resistindo.

- Certo.Então,acho que é melhor o Sam vir morar aqui.

- Estou começando a achar que sim. –Estava indo pro quintal.- Ei,Charlie,não faça sexo hoje.Eu não quero desaparecer. –Ela riu.-

Eu fui ao quintal procurando o Cas,ele não tinha aparecido ainda,estava começando a ficar preocupada.Vi o Dean chegar com uma garota.-

- Hey,Dean.

- Hey,Aria essa é a Jô.Jô,Aria.

- Oi,ahn,Dean você viu o Cas por aí?

- Não.Achei que ele estivesse aqui.

- Bem,ele não está.Você quer procurá-lo comigo?

- Vamos lá.

- Ahn,Jô,tem duas crianças e um cachorro espalhados por aí.

- Sério?Eu amo crianças e cachorros. –Ela falou começando a procurá-los.-

Dean e eu entramos no Impala e começamos uma conversa.-

- Você está estranha desde que deixou o Sam.Na verdade,vocês dois estão estranhos.

- Sério?

- É.Ele evita toda mulher que entra no Banker.

- Bem,não estou te evitando.

- Mesmo assim,você está estranha.

- Ok,lá vamos nós...Eu acho que não vou agüentar muito tempo sem fazer sexo ou beijar alguém.

- Você quer beijar alguém agora?

- Quem,você?

- Sim?

- Não.Estou resistindo porque é errado.Eu não posso,estou grávida...do Sam...Eu não posso.

- O que acontece se eu...

- Se você o que? –Ele parou o carro.- Dean... –Ele me beijou.Eu não podia pará-lo,meu corpo não respondia.Quando vi,já estava no colo dele,meu corpo finalmente respondeu e pude pará-lo.- Ah,meu Deus. –Eu desci do carro,respirando.Ele desceu também.- Não.Fique longe de mim.Poderia ter acontecido um desastre.

- Um desastre?

- É.Eu amo seu irmão... Não acredito que disse isso depois do que ele me fez.- E isso só deixou isso mais claro pra mim.

- Ok.Se você quiser voltar pra casa...Eu vou continuar procurando o Cas.

- Ok.

- O que você vai fazer?

- Vou pro Banker.Tomara que o Sam esteja lá.

- Só não deixem as roupas espalhadas pelos cantos,ok? –Nós rimos.-

Eu cheguei ao Banker cansada.Sam abriu a porta.-

- O que você faz aqui?

- Checando se você sente o mesmo.

- O que?

- Se você também não agüenta mais ficar longe de mim.

- Ah... –Ele abaixou a cabeça e passou a mão no cabelo.- Eu sinto. –Ele levantou a cabeça olhando pra mim.-

- Ótimo. –Eu o beijei e nós esbarramos no corrimão da escada.- Sabe,viver sem você é uma maldição.

- Concordo plenamente. –Ele sorriu.-

- Então,o que vamos fazer?

- Eu não sei.O que você acha?

- Eu pensei em sair...Sabe,tentar começar de novo.

- Legal.Vamos. –Nós íamos saindo pela porta ele me puxou de volta.- Espera.está frio demais lá fora. –Ele correu até uma cadeira e pegou um casaco que estava jogado por cima dela.- Aqui.Pega.

- O que?

- É pra você. –Eu sorri sem jeito.-

- Não.

- O que?

- Só se você pegar outro pra você também...

- Ok. –Ele sorriu,eu peguei o casaco das mãos dele.Ele foi até os quartos e voltou já envolto no casaco.- Vamos. –Ele segurou minha mão e saímos.-

Nós caminhamos um pouco e então ele me puxou pra dentro de um Starbuck’s.Nós sentamos numa das mesas.-

- Desculpa por ter te batido.

- Isso só machucou naquele instante.

- Ok.Se você diz... –Uma garçonete se aproximava-se,Sam fez um sinal pra ela não vir.-

- As palavras,são elas que doem.

- Desculpa.

- Não peça desculpas,porque eu não vou esquecer. –Ficamos em silêncio por alguns minutos.Ele foi buscar os chocolates e trouxe-os.-

- Você quer canela no seu chocolate quente?

- Não. –Eu peguei meu chocolate e tomei um gole.-

- Eu devia saber...Não devia ter começado essa conversa.

- O que?Não.foi bom.Muito bom.Cartas sobre a mesa.Essa conversa fez eu me perguntar “Por que eu realmente estou aqui?”

- E qual foi a resposta?

- Esta criança.Você pode me machucar,mas não vou deixá-lo machuca-la.

- “Machuca-LA”?

- É.Eu acho que vai ser uma garota.

- O que?Não.Eu nunca deixaria minha filha caçar.

- Então,não deixe. –Eu falei sarcástica.Meu celular tocou.-

- Hey.

- Hey.Sou eu,Cas.

- Por que você está ligando pra mim,Cas?

- Eu não queria deixar as crianças.Estamos nos divertindo.

- Certo.Onde você esteve?

- No Céu.

- E o que aconteceu por lá?

- Eu preciso conversar com você e com o Sam.

- Por quê?

- É sobre a criança.

- Tudo bem.Estamos indo. –Eu desliguei.-

- Sam,temos que ir pra minha casa.

- Por quê?

- Cas quer conversar conosco sobre a criança.

- Certo. –Nós fomos pra casa.Entramos.-

- O que é,Cas? –Sam perguntou sentando-se no sofá.-

- Está criança é especial.Ela não pode morrer.

- Certo,mas por que ela é tão importante? –Eu perguntei.-

- Como você sabe que é uma garota?

- Eu não sei,Cas.Eu só espero que seja. –Ele olhou estranho pra mim.-

- Certo...Ela vai trazer a “Ordem das Letras” de volta.