Percy Jackson E A Filha De Hades escrita por Jenny Felton


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei a postar, mas enfim, adiantei e já escrevi até o capítulo 8.
Para compensar a demora esse vale por dois, assim, tendo mais de 2000 palavras.
Não se esqueçam de comentar dando um sinal da sua existência. Talvez eu poste um outro capítulo ainda hoje, fiquem atentas. Mas como eu disse: TALVEZ.



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- Deixa eu ver se entendi, minha mãe transou com um Deus e BOOM! Eu nasci. – Perguntei à Annabeth, minha vida já não era lá a mais normal agora ela vem com esse papo de que sou semideusa? Poxa, estão querendo foder comigo mais ainda.

- Basicamente.

- Legal. E isso me dá alguma vantagem? Eu vou ganhar super poderes ou vou ter que me virar como o Batman, sem eles mesmo?

- Dependendo de quem seja seu pai você pode ter certas habilidades...

- E quem são seus pais?

- Meu pai é um professor e minha mãe, bem, eu sou filha de Atena.

- Ah, então você faz os planinhos legais?

- Mais ou menos.

- Pera, o seu chalé tem menos pessoas. Que injustiça! Por que eu tenho mesmo que ficar no chalé 11?

- Por que ainda não sabemos quem é o seu pai. E o chalé de Hermes é o mais acolhedor.

- É, mas lá também é cheio de ladrõezinhos. Ontem mesmo meu celular desapareceu. E eu juro que quando eu descobrir quem foi essa pessoa já pode se considerar morta!

- Vamos logo, temos que ir ao Sr. D. provavelmente Percy acordou e teremos de mostrar a ele onde irá ficar.

- Você tem que ir com ele, não eu. Fala sério, ele baba enquanto dorme! – Falei à Annabeth.

- Você realmente não vai me deixar sozinha com a Bela Adormecida, né?

- Tá. Vamos logo.

É, por incrível que pareça eu me socializei com alguém no acampamento. Annabeth, filha de Atena e garota loira que eu não fui muito com a cara quando a vi pela primeira vez. Eu estava alojada no chalé 11, o chalé dos filhos Hermes. Os semideuses indefinidos (Que ainda não sabem quem é seu pai ou mãe.) iam para lá. Por isso lá era sempre tão cheio.

Percy estava desacordado há dois dias. Grover é metade cabra. Sr. Brunner na verdade se chama Quíron e é um centauro. Dioniso, Deus do vinho, é conhecido aqui no acampamento por Sr. D e me chama de Nathalia ou Natasha, qual a dificuldade em dizer Nicole? Não sei. Muita informação para minha cabeça, muita.

Annabeth entrou no chalé e eu fiquei esperando do lado de fora. Percy chegou acompanhado de Grover, que entrou junto com ele. Annabeth Percy saíram do chalé e analisaram um ao outro, Percy carregava um chifre de minotauro, e Annabeth sussurrou um “Você baba quando está dormindo.”, cara, sou fã dela, minha diva.

- Nicole! – gritou ela e me puxou pelo braço. Nós estávamos correndo pelo gramado deixando Percy para trás.

Enquanto ela ainda me puxava eu aproveitei para desamassar minha blusa do acampamento, sim eu ganhara uma blusa do acampamento, igual à de Annabeth, ela era laranja e tinha escrito na frente “Acampamento meio sangue” e eu simplesmente odiava aquela blusa devido ao fato de eu ficar horrível de laranja.

 Ao chegarmos ao chalé 11 ela se sentou no chão e começou a ler um livro qualquer, me sentei no chão também e esperei. Já falei que às vezes eu tenho a impressão que Percy me persegue? Não? Pois é, eu tenho. Eu estudava em Yancy, ele também. Eu vim para o acampamento, ele também. Eu me alojo no chalé 11, ele também irá se alojar.

Logo, Quíron chega acompanhado de Percy, se dirige a Annabeth e diz:

- Annabeth, eu tenho aula de arco e flecha para mestres ao meio-dia. Você cuidaria de Percy a partir daqui?

- Sim, senhor. – Ela responde e eu cruzo os braços frustrada, por quê? Por que ela vai me arrastar junto, obviamente.

- Chalé 11 – Diz Quíron se dirigindo a Percy e fazendo um gesto em direção à porta. – Sinta-se em casa.

Percy abriu a porta e se espantou com o tanto de gente, o pessoal lá presente ao verem Quíron fizeram uma reverencia respeitosa.

- Então tudo bem – Disse Quíron. – Boa sorte, Percy. Vejo você no jantar.

- Tudo bem? – Perguntou Annabeth à Percy, se levantando. – Vá em frente.

Percy entrou, mas tropeçou ao passar pela porta, eu rolei os olhos e ouviram-se risadinhas dos campistas, mas nenhum deles fez nada.

- Percy Jackson, apresento-lhe o chalé 11.

- Normal ou indeterminado? – Perguntou alguém.

- Indeterminado. – respondeu Annabeth.

Todos ali gemeram e Luke se pôs a frente, ele era mais velho ali. Era alto e musculoso, com cabelo cor de areia aparado curto e um sorriso amigável. Usava a regata laranja do acampamento, calças cortadas, sandálias e um colar de couro com cinco contas de argila em cores diferentes – como o de Annabeth.

- Esse é Luke. – Disse Annabeth. – Ele é seu conselheiro por enquanto.

- Por enquanto? – Perguntou Percy.

- Você é indeterminado. – explicou Luke. – Eles não sabem em qual chalé acomodá-lo, então você está aqui. O chalé 11 recebe todos os recém-chegados, todos os visitantes. Naturalmente. Hermes, o nosso patrono, é o deus dos viajantes.

- Quanto tempo vou ficar aqui? – Perguntou Percy.

- Boa pergunta. Até você ser determinado.

- Quanto tempo isso vai levar?

Todos os campistas riram.

- Venha – Disse Annabeth. – Vou lhe mostrar o pátio de vôlei.

- Eu já vi.

- Venha.

Ela agarrou o pulso dele e o puxou para fora, assim puxando o meu também. Pude ouvir o pessoal do chalé inteiro ainda rindo de Percy.

- Jackson, você precisa fazer melhor do que isso. – Disse Annabeth quando já estávamos longe do chalé 11.

- O quê?

Ela revirou os olhos e murmurou baixinho:

- Não posso acreditar que achei que você fosse o cara.

- Qual é o seu problema? – Perguntou Percy já ficando zangado. – Tudo o que sei é que matei um sujeito-touro...

-Não fale assim! – Disse Annabeth. –Você sabe quantos neste acampamento gostariam de ter tido a sua chance?

- De ser mortos?

- De enfrentar o Minotauro! Para quê você acha que nós treinamos?

-Olhe, se a coisa contra qual eu lutei era realmente o Minotauro, o mesmo das histórias...

-Sim.

- Então só existe um.

- Sim.

- E ele morreu tipo, um zilhão de anos atrás, certo? Teseu o matou no labirinto. Portanto...

- Monstros não morrem, Percy. Eles podem ser mortos. Mas não morrem.

-Ah, obrigado. Agora entendi tudo.

- Eles não têm alma, como você e eu. Você pode bani-los por algum tempo, talvez até por toda uma vida, se tiver sorte. Mas eles são forças primitivas. Quíron os chama de arquétipos. No fim, eles se reconstituem.

- Você que dizer que se eu matei um, acidentalmente, com uma espada...

- A Fúr... Quer dizer, a sua professora de matemática. Está certo. Ela ainda está lá fora. Você apenas a deixou muito, muito zangada.

- Como você sabe da Sra. Dodds?

- Você fala dormindo. – Disse rapidamente antes que Annabeth me dedasse, sim, eu contei a ela sobre o acontecimento com a Sra. Dodds.

- Você quase a chamou de alguma coisa. Uma fúria? Elas são torturadoras do Hades, certo? – Pergunta Percy e Annabeth olha nervosamente para o chão.

- Você não deve chama-las pelo nome, mesmo aqui. Se acabamos tendo de falar nelas, nós as chamamos de Benevolentes. – Explicou Annabeth, isso é uma coisa que não entendo, um nome só vai fazer com que a pessoa crie mais medo de algo, se quer o enfrentar não precisa temer o nome.

- Puxa, existe alguma coisa que se possa dizer sem que haja trovões? Por que tenho que ficar no chalé 11, afinal? Por que fica todo mundo tão amontoado? Há uma porção de beliches vazios logo ali.

Percy apontou para os primeiros chalés e Annabeth empalideceu, mas que garoto resmungão.

- A gente não escolhe simplesmente um chalé, Percy. Depende de quem são seus progenitores. Ou... O seu progenitor.

- Minha mãe é Sally Jackson. Trabalha na doceria da Grande Estação Central. Pelo menos trabalhava.

- Sinto muito por sua mãe, Percy. Mas não é isso que eu quis dizer. Estou falando sobre o seu outro progenitor. Seu pai.

- Ele está morto. Não cheguei a conhecê-lo. – terminou Percy e Annabeth suspirou, estava acostumada a lidar com casos assim.

- Seu pai não está morto, Percy.

- Como pode dizer isso? Você o conhece? – Pergunta Percy, essa conversa já estava enchendo o saco.

- Não, é claro que não.

- Então como você pode dizer...

- Porque eu conheço você. Você não estaria aqui se não fosse um de nós.

- Você não sabe nada a meu respeito.

- Não? Aposto que você ficou passando de escola em escola. Aposto que foi expulso de uma porção delas.

- Como...

- Teve diagnósticos de dislexia. Provavelmente transtorno de déficit de atenção também.

- O que isso tem a ver?

- Tudo junto, é quase um sinal certo. As letras flutuam para fora da página quando você lê, certo? Isso é porque a sua mente está fisicamente programada para o grego antigo. E o transtorno de déficit de atenção... você é impulsivo, não consegue ficar quieto na classe. Isso são os seus reflexos de campo de batalha. Numa luta real, eles o manterão vivo. Quanto aos problemas de atenção, isso é porque enxerga demais, Percy, e não de menos. Seus sentidos são mais aprimorados que os de um mortal comum. É claro que os professores querem que você seja medicado. Eles são em maioria monstros. Não querem que você os veja como são. – Explicou Annabeth, ok agora ela me impressionou.

-Você parece... você passou pelas mesmas coisas?

- A maioria das crianças daqui passou. Se você não fosse um de nós, não poderia ter sobrevivido ao Minotauro, e muito menos à ambrosia e ao néctar.

- Ambrosia e néctar.

- A comida e a bebida que estávamos dando a você para curá-lo. Aquilo teria matado um garoto normal. Teria transformado seu sangue em fogo e seus ossos em areia e você estaria morto. Encare os fatos. Você é um meio sangue.

Annabeth finalmente acabara de explicar e uma garota que eu ainda não conhecia ( devido ao fato de eu não gostar muito de sair, e quando saía era por causa de Annabeth e seus escândalos.) chegou. Ela era grande, vinha do chalé 5, o chalé de Ares. Ela vinha acompanhada de mais 3 garotas como ela, grandalhonas. Eu acho que eu sou a única do acampamento que é magrela e baixa, sabe, Annabeth é mais alta que eu.

- Ora, ora! Novatos!

- Clarisse – Disse Annabeth. -, por que você não vai polir sua lança ou algo assim?

- Claro, Srta. Princesa – Respondeu Clarisse. – Para poder atravessar você com ela na sexta-feira à noite.

- Erre es korakas! – Exclamou Annabeth, e eu entendi como um “vá se danar”, embora tivesse parecido com algo pior. – Você não tem chance.

- Vamos transformá-la em pó. – Finalizou Clarisse e se dirigiu à Percy e a mim. – Quem são os nanicos?

- Percy Jackson e Nicole Thompson, esta é Clarisse, filha de Ares.

- Nanica? Querida, prefiro ser nanica a ser uma cópia mal feita de hipopótamo. – Falei e ela fechou a cara, desculpa sociedade, não levo desaforo para casa.

- Tipo... Deus da guerra? - disse Percy.

- Você tem algum problema com isso?

- Não. Isso explica o mau cheiro. – Disse ele sem pensar e eu abafei uma risada.

- Nós temos uma cerimônia de iniciação para novatos, Persiana.

- Percy.

- Seja o que for.  Venham, vou lhes mostrar.

- Clarisse... – Annabeth tentou dizer.

- Fique fora disso, espertinha.

Annabeth pareceu ofendida, mas ficou de fora. Percy entregou a Annabeth o chifre de Minotauro que ainda carregava e Clarisse agarrou-o pelo pescoço, continuei no meu lugar até ela me pegar pelos cabelos e arrastar a mim e a Percy em direção ao banheiro. Eu arranhava e batia no braço dela para que me soltasse, mas ela nem sequer mudava de posição.

Ela me colocou de joelhos em frente a uma privada e eu prendi a respiração enquanto ela empurrava minha cabeça lá para dentro. Ela levantou minha cabeça e disse algo como “Ela com certeza não é de uma dos ‘três grandes’”, se preparou novamente para mergulhar minha cabeça, mas eu a chutei e me livrei de seu braço.

Mas suas amigas me seguraram, uma de cada lado enquanto ela lutava para enfiar a cabeça de Percy na privada e ela repetiu a mesma coisa que disse pra mim à Percy, mas dessa vez complementou: - Como se ele fosse dos “Três Grandes”, certo. O minotauro provavelmente caiu na risada, de tão bobo que ele parecia. – As amigas abafaram o riso.

Clarisse ainda lutava para enfiar a cabeça de Percy no vaso, mas foi aí que aconteceu. Era como se a cena com Nancy Bobofit se repetisse. Um jato de água saiu da privada, desviando por Percy e atingindo Clarisse no rosto, fazendo-a cair de bunda no chão, ela gritou e tentou tirar o excesso de água do rosto. As meninas me soltaram praticamente jogando-me no chão, elas foram ajudar Clarisse, mas foram impedidas com jatos de água. Os chuveiros também entraram em ação expulsando as garotas do banheiro.

O banheiro inteiro estava inundado, Annabeth que estava no canto também não fora poupada. Estava toda molhada e pingando, mas não fora empurrada para fora. Estava em pé olhando para Percy em estado de choque. Percy estava sentado no único ponto seco em todo o banheiro, havia um circulo de piso seco em volta dele, não havia nem uma gota d’água em suas roupas. Nada. Ele se levantou ainda olhando a situação e Annabeth disse, ou melhor, gaguejou:

- Como você...

- Eu não sei.

- Vocês estão brincando, certo? – Falei, torcendo o cabelo tentando tirar o excesso de água. – Fala sério, isso foi demais! Vocês viram a cara da brutamontes? Eu estava torcendo para junto da água vir um pedaço de fezes na cara dela! 


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