Todas as vezes que eu me aproximava de uma mulher, tudo dava errado. Primeiramente porque elas sempre se aproximavam de mim por causa de meu dinheiro. E depois, não conseguia simplesmente ficar com alguma que me aturasse, ou que aturasse minha família. Começando pela minha querida mãe: nenhuma garota era boa para os filhos dela. E nenhum homem era bom o suficiente para Rebekah, minha irmã mais velha. Mas quando Rebekah anunciou a familia que estava namorando a Stefan Salvatore, minha querida mãe Esther quase surtou de alegria. Claro, já que Stefan vinha de uma rica família.

Meu irmão Elijah não teve muita sorte como Rebekah, quando ele anunciou que estava noivo de Katherine Gilbert, minha mãe quase os matou. Simplesmente porque os Gilbert são os órfãos que não tem onde cairem mortos. Palavras de Esther. A mesma faz de tudo para destruir o relacionamento de meu irmão com Katherine. Infelizmente eu tenho que concordar com minha mãe dessa vez. Katherine era uma mulher muito interesseira, aproveitou que meu irmão tinha perdido a esposa e o seduziu. Elijah ama Katherine de paixão. Um amor que não entendo, mesmo ele sabendo que a gemea de Elena Gilbert era aproveitadora. Elijah e Finn são os unicos casados. Finn, é o filho mais velho de meus pais. Ele é casado com uma estilista Sage. Ambos tem dois filhos. Eles moram em Londres. Elijah e Katherine não tem nenhum filhos, já que a morena odeia crianças. Isso, foi triste para Elijah, que sempre quis ter filhos, mas ele aceitou. Meu irmão mais novo Kol está na faculdade, assim como nossa irmã Rebekah, ambos tem 19 e 22 anos, respectivamente. Kol faz faculdade de engenharia e nossa irmã de medicina. O caçula da família, Henrik, tem apenas 14 anos e está ainda no colegial.

Agora eu: sou um dos diretores da empresa The Originals. Junto com meu pai, o dono, e Elijah. Desde pequeno, ELijah, Finn e eu fomos instruidos a seguir o caminho de Mikael. Nós querendo ou não. Isso não era de se esperar vindo de nosso pai. Um homem severo e frio, que tudo para ele tem de ser da maneira que ele quer.

Depois de mais um dia naquela empresa, meu irmão Elijah e eu resolvemos ir tomarmos uma bebida no Mystic Grill. Quase sempre fazíamos isso no fim da tarde. Depois de um dia chuvoso, o Mystic Grill estava um pouco movimentado. Elijah e eu escolhemos uma mesa já próxima e distante das outras. Uma garçonete veio nos atender, fiquei surpreso por saber que não era a gêmea de Katherine, mas pouco lhe dei trela. Antes de entrarmos no Grill, Elijah e eu estávamos discutindo sobre mulheres. Sobre todas que eu já tinha saído, e não foram poucas. Eu estava pensando em sossegar um pouco, como diz Esther. Elijah sugeriu para eu me casar. Só que escolher entre um casamento como o dele e ficar solteiro, a segunda opção me é a mais adequada. Foi então que logo fizermos nosso pedido, a garçonete escorregou e caiu em meu colo.

Assustei-me a segurando firme, a coitada ficou de olhos fechados, provavelmente pensando que cairia no chão humilhantemente. Quando a chamei, seus lindos olhos azuis se abriram assustados.

 - Oh, meu Deus! Me desculpa! - disse pondo a mão em sua boca - O chão está meio molhado, eu perdi o equilíbrio... Por favor, me desculpe! - implorou - Eu juro, não foi minha intenção.

- Nossa, calma! - disse incrédulo, ela deveria ter pensado que eu gritaria ou a xingaria fazendo-a perder seu emprego? - Você está bem? - a olhei um pouco preocupado.

- Sim, foi apenas um tombo...

- Ótimo, então pode sair de meu colo?

Após sair imediatamente de meu colo e se desculpar novamente, a garçonete loira saiu as pressas. Eu e meu irmão nos olhamos e ele riu.

- Está vendo, só? - ele disse - As mulheres caem aos seus pés. Você deveria arranjar alguém, Niklaus. - ele disse revirando os olhos e neguei incrédulo.

- É apenas uma bela garçonete que caiu sobre mim, Elijah, fique quieto. - digo revirando meus olhos e ele ri novamente. Vejo Elena se aproximando de nós meio confusa - Olha só: a cópia boa. - digo divertido. Elijah olhou para Elena que ficou a nossa frente.

- Elijah. Klaus. Pensei que hoje vocês não viriam. - ela disse sorrindo gentilmente, um sorriso que nunca vi no rosto de Katherine. As duas eram identicas, mas sinceramente, qualquer um saberia distinguí-la, apenas pelo o olhar de ambas. Katherine tinha um olhar malicioso e Elena um olhar humilde e gentil.

- O tempo está bom, para uma bebida. - digo sorrindo de leve. Ela concorda e começa a secar o chão - Quem é essa nova garçonete? - pergunto rindo de leve. Ele olha para a loira no balcão e ri virando-se para mim.

- É a Caroline. Chegou na cidade faz poucos dias. - disse sorrindo - É uma ótima pessoa. - sorriu amigável - O que aconteceu?

- Ela caiu em cima de Niklaus. - Elijah disse rindo de leve e ela riu novamente.

- É o primeiro dia dela, deve estar nervosa. - Elena disse negando e sorriu - Vou voltar ao trabalho, nos vemos por ai.

- Até mais, Elena. - digo sorrindo.

- Mande um abraço a minha irmã. - ela diz a Elijah que concorda enquanto ela já sai.

- Por que você não se apaixonou pela irmã certa? - digo incrédulo e ele revira os olhos.

- Elena já é noiva de Damon. - ele diz negando.

- Que é irmão de Stefan, noivo de nossa irmã. Mundo pequeno esse. - digo rindo baixo.

Após Caroline trazer nossos pedidos, e sair pisando firme incomodada com meus quinze dólares de gorgeta, Elijah e eu começamos a falar agora sobre a empresa. Não se passou nem dois minutos para Caroline voltar, irritada, devolvendo meus quinze dolares, dizendo para eu não lhe tratar feito uma prostituta. Confesso que isso me deixou surpreso, e ao mesmo tempo intrigado. Nunca tinha visto alguma mulher agir de tal maneira. Aquilo me intrigava e muito.

Elijah e eu ficamos por mais algum tempo, discutindo coisas normais sobre a empresa. Logo resolvemos ir embora para casa. Para meu azar, Elijah e Katherine moravam juntos comigo, Rebekah, Kol, Henrik e nossos pais. E para minha sorte, Finn, sua esposa e seus demonios moravam em Chicago.

Assim que chego em casa, deparo-me com aquela animação costumeira. Henrik novamente trancado em seu quarto, Esther no jardim, Rebekah já na faculdade igualmente a Kol. E Mikael ainda provavelmente na empresa, ou traindo mamãe com a secretária.

- Onde está Katherine? - Elijah perguntou para uma das empregadas, que rapidamente disse que ela estava dormindo no quarto deles. Desde quando casou-se com Elijah, Katherine só tinha o trabalho de ir gastar dinheiro com roupas, no salão de beleza e fazendo caridade ao seu irmão mais novo.

Aquele dia já tinha se acabado finalmente. Esta noite provalmente Kol, Stefan e eu sairíamos, mas hoje eu não estava nada a vontade de sair de casa. Simplesmente fiquei descansando para o outro dia cansativo na empresa. Logo que amanheceu aquela casa já estava agitada. Esther dando ordens nas empregadas, Kol e Henrik discutindo como duas crianças, Rebekah e Katherine quase saindo nos tapas e Mikael impondo ordem em mim e Elijah. Essa minha família era tão linda.

O dia já tinha amanhecido chuvoso, assim como no dia anterior. Não quis tomar café da manhã naquele lugar e antes de partir para empresa resolvi ir ao Grill. Com meu carro fiz o caminho de costume ao Grill. As ruas estavam vazias, e já era nove e meia da manhã.

Algo no meio daquela chuva não me passou dispercebido, o que fez-me sorrir e diminuir a velocidade de meu carro. A loira andava em passos rápidos em baixo de chuva, eu aproximei meu carro dela e businei enquanto já abaixava o vidro da janela. Ela virou-se para mim confusa e se assustou quando me reconheceu.

- Uma carona? - perguntei em bom tom.

- Não... Obrigada! - ela disse revirando seus olhos e voltando a caminhar, meu carro também foi na mesma direção numa lenta velocidade.

- Vamos, assim você pode pegar um resfriado! - digo sorrindo de lado e Caroline me ingora - Prefere pegar um refriado do que aceitar minha carona? - digo rindo.

- Você é um estranho, por que eu aceitaria sua carona? - ela pergunta retoricamente sem deixar de andar.

- Fala sério? Eu tenho cara de quem vai te estuprar, te matar ou outra coisa? - pergunto incrédulo. Novamente ela me ignora e a chuva tende a piorar. Ela para de andar e também paro o carro. Caroline respirou fundo e então entrou rapidamente. Dou-lhe um sorriso enquanto ela fica envergonhada e coloca o sinto - Para o Grill?

- Para o Grill. - ela responde suspirando e tremendo de frio.

Dei a partida novamente, dessa vez um pouco mais rápido. Caroline ficou olhando para suas mãos trêmulas e sabia o quanto ela estava um pouco incomodada.

- Desculpe-me, vou ligar o aquecedor. - digo reparando que a loira tremia a olhos nu. Ela sorriu concordando e então liguei o ar quente, fazendo-a suspirar aliviada - Eu sou Niklaus, ou apenas Klaus. - digo de olhos na estrada chuvosa.

- Caroline. - apresenta-se.

- Desculpe-me se lhe deixei chateada ontem. - digo após alguns segundos de silencio. Ela me olha um pouco surpresa e respiro fundo.

- Tudo bem. - deu de ombros - E novamente, sinto muito por ter caido sobre você. - ela sorriu acanhada.

Ri revirando meus olhos e dei de ombros.

- Foi até divertido. - digo sorrindo.

- Foi constrangedor. - ela disse negando.

- Essas coisas acontecem. - eu a olho sem me importar.

Caroline dá um lindo sorriso sincero e percebo que já chegamos. Deixo meu carro na area coberta e então tiro meu terno. Caroline se assusta quando coloco o terno em suas costas.

- Não precisa! - ela negou constrangida.

- Olhe só para você, está ensopada e tremendo de frio. - digo incrédulo e ela nega ainda constrangida - Vamos descer.

Assim que desço, faço questão de abrir a porta para ela e Caroline me olha grata. Dou-lhe um simples sorriso e então caminhamos para dentro do Grill, enquanto meu carro se travava. Logo que entramos no Grill, algumas das pessoas nos olharam intrigados e outros confusos. O balconista loiro, conhecido por Matt, nos olhou surpreso, Elena estava atendendo a uma mesa e quando nos viu ficou boquiaberta.

- Bom... Você ficará aqui? - Caroline me pergunta timidamente.

- Sim, vou tomar um café rapidamente. - digo dando de ombros novamente.

- Eu vou me secar. - ela diz com a intenção de tirar meu terno.

- Hey pode ficar. - digo rindo.

- Obrigada. - ela agradece sorrindo gentilmente - Obrigada pela carona e... - apontou para meu terno.

- Não fiz nada de mais. - disse sem me importar e ela sorriu - Acho melhor você ir se secar, não?

Caroline concordou silenciosa e começou a caminhar em direção aos fundos do Grill. Escolhi uma mesa qualquer e não demorou até que Elena viesse me atender. Ela logo me perguntou o que tinha ocorrido, e lhe disse que não foi nada de mais. Eu apenas tinha dado uma carona a Caroline. E aqueles poucos minutos tinham me sido excelente ao lado de Caroline.