O submarino havia deixado todos no Havaí, era um ótimo lugar para passarem despercebidos, e como Kurt os fizeram prometer, ninguém ia saber da existência da ilha. E era isso, provavelmente os últimos momentos antes de todos pegarem aviões diferentes para lugares diferentes do mundo. Quinn, Sam e Beth, iam para Londres, Sam ia tentar uma carreira solo, finalmente, mas com seriedade. Brittany teria que voltar para o Canadá, Vancouver era o último lugar onde sua madrasta a procuraria, E além disso, era um ótimo lugar para se tornar uma dançarina profissional. Santana iria voltar pra Los Angeles, seu lar. Talvez voltasse a ser policial, mas estava mais interessada em construir uma vida. Puck não tinha bem para onde ir, não queria voltar pra casa, mas optou por ir para a Europa, quem sabe viajar um pouco. E Finn iria para New Haven, Connecticut, não queria ir para a casa de sua mãe, ter que explicar tudo, pelo menos não agora, iria para a casa de seu tio, Will.

– Acho que isso é um adeus. - Finn disse quebrando o silêncio. - Meu voo sai daqui dez minutos. - Ele pegou sua única mala, com alguns pertences. - Esse mês foi incrível pra mim, adorei conhecer vocês.

– Ah... Vem cá grandão! - Britt disse dando um abraço em Finn. - Se cuida.

– Você também Brittany.

– É bom você voltar pra buscar a Rachel. - Puck disse. - Ela é uma garota especial.

– Pode deixar, cara... Eu vou. - Finn disse dando um abraço rápido em Puck. - Se cuidem galera. - Finn disse começando a correr em direção ao avião. - Me adicionem no Facebook. - Gritou.

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As horas foram passando, e Puck partiu, logo depois, Quinn, Sam e Beth. Deixando Brittany e Santana sozinhas sentadas no banco do aeroporto. A loira folheava uma revista COVERGIRL enquanto Santana a observava pensando em como sobreviveria sem Britt ao seu lado. Sim, tinham começado apenas com atração física. Mas todos os sentimentos estavam mais fortes.

"Última chamada para o voo da Ajira, número 316, com destino a Vancouver." - Escutaram a chamada.

– Acho que eu tenho que ir agora. - Brittany disse.

– Espera, preciso te dizer uma coisa. - Santana abraçou a loira pela cintura, colando seus corpos. A latina estava com lágrimas nos olhos.

– Diga. Não chora. - Britt disse acariciando os cabelos negros de Santana.

– Eu não quero me separar de você. Sei que não demonstrei muito meus sentimentos enquanto tivemos a chance, mas, eu te amo. Brittany, eu te amo.

– Eu também te amo, Santie. - Britt começou a chorar e Santana a beijou.

– Vamos voltar a nos ver, prometo. Agora vá antes que perca seu voo.

– Até mais. - Britt disse indo em direção ao avião.

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Era mais ou menos onze horas da noite quando Santana chegou em casa, apenas se jogou nos braços de sua mãe e começou a chorar.

– Ah, minha filha, você está viva.

– Sim... Estou.

– Como?

– Eu gostaria de poder contar. Mas não posso.

– Sou sua mãe, não vou contar pra ninguém.

– Você não acreditaria.

– Depois desse milagre de você ter sobrevivido, acredito sim. Quando vi que o avião não tinha chegado em LA, eu chorei durante dias, mas sabia que você estava bem. Enfim, me conta...

– Bem, tudo começou depois de umas quatro horas de voo... - Santana contou sobre tudo, a queda, a cachoeira, Kurt, o submarino, e sobre Brittany.

– E onde ela está?

– Achei que depois de tudo você ia me julgar pela minha sexualidade.

– Sou sua mãe. Nunca te julgaria. E depois de tudo o que você passou, você precisa de alguém que a ame, e que você ame também.

– Ela foi pra Vancouver, se viesse para LA teria que ir morar com sua madrasta.

– Então, Santana Lopez, ache algum jeito de se comunicar com ela.

– O que você vai fazer?

– Arrumar o quarto de hóspedes.

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– Finn estava na sala de seu tio em Connecticut. Estava vidrado procurando em seu IPad procurando o tal Brody de quem Rachel havia falado. Seu tio estava do outro lado da sala, fazendo o mesmo, Will Schuester era um detetive, era como um pai para Finn.

– Finn... Achei.

– Nossa, bem rápido pra quem tinha apenas duas informações sobre ele.

– Só isso foi o suficiente pra descobrir isso.

– O que achou?

– Brody Weston, 29 anos, mora em Nova York, recentemente foi pra Sydney. - Will disse e Finn arregalou os olhos. - Ah não.

– O que foi?

– Voo da Oceanic 815, de Sydney pra LA.

– Ele estava no voo.

– Será que está morto? - Will questionou.

– Eu espero. Tio, consegue localizar uma ilha?

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– Rachel andava pelo meio da floresta, sozinha, era sua segunda noite sem o Finn. Na primeira havia tomado chá com calmante e apagou rapidamente, mas não queria que toda noite fosse assim.

Escutou uns ruídos vindo da mata. Primeiro achou que poderia ser Kurt, Blaine ou Shelby, depois pensou que poderia ser alguns dos outros sobreviventes, mas estava longe demais do acampamento da praia, e não escutou ninguém da vila vindo atrás dela quando saiu.

– Bom te ver, Rachel Berry. - Disse um homem, roupas rasgadas, cabelo bagunçado, e aquela voz maligna.

– Brody. - Rachel disse, começou a ficar ofegante, seu coração batia forte, e tudo foi ficando preto.