Um Destino A Dois escrita por Laura Marie


Capítulo 18
O socorro




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Remy estava desaparecido há dois dias. E isso, de certa forma, não era novidade para Vampira, já que ela tinha colocado um fim em seu relacionamento. No entanto, a surpresa foi o fato de Henri ter ido procurá-la para pedir ajuda.

- Remy desapareceu? – Vampira ainda estava incrédula.

- Ouí!

- Eu acho que você ainda não sabe, mas eu e o Remy terminamos há dois dias... Então, se eu soubesse onde ele está eu diria a você.

- Não é esse tipo de ajuda que eu quero de você – Henri fazia rodeios para que a garota não se assustasse quando revelasse a sua suspeita.

- Então o que você quer?

- Eu sei quem você é, mademoiselle, e também sei sobre os X-Men.

Vampira arregalou os olhos e começou a entender o que Henri queria dizer.

- Você quer que os X-Men o ajudem para procurar o Remy?

- Digamos que sim... Aliás, você disse que rompeu com ele há dois dias. Foi exatamente nesta data em que Remy desapareceu.

Ao ouvir esta informação, tudo parecia fazer mais sentido para Vampira. No entanto, ela chegou a uma conclusão precipitada, e seu olhar espantoso deu lugar a uma expressão de raiva e ciúmes.

- Sinto muito em lhe dizer isso, mas o senhor está apenas fazendo uma tempestade num copo d’água!

- O que está dizendo? Você sabe de alguma coisa? – Henri ficou surpreso e confuso com a fala de Vampira.

- Você não pensou na hipótese de que Remy pode ter ido embora com a ex-mulher? – Vampira desviava o olhar para que o seu “ex-cunhado” não notasse a sua decepção.

- Belladonna!?  Isso é impossível! – Henri ficava cada vez mais confuso.

- Como não? Exatamente há dois dias eles estiveram juntos no próprio apartamento de Remy! – Além da tristeza, Vampira também tentava camuflar a sua raiva.

- Belladonna está aqui?? – Henri falou em voz alta e se aproximou bruscamente de Vampira.

- Sim... Você não sabia? – Vampira se assustou com a reação de Henri.

- Non...! – Henri se virou de costas para a Vampira, e parecia estar desorientado pela excessiva preocupação – Então, isso quer dizer... Que o que eu suspeitava está acontecendo!

- O que está acontecendo? – Vampira começou a se preocupar.

Henri se virou novamente a ela e a encarou profundamente em seus olhos.

- Remy, sem dúvidas, foi seqüestrado pelos assassinos.

Vampira engoliu seco. Por algum motivo, ela acreditava nas palavras de Henri. O homem que amava poderia está passando por maus momentos nas mãos de cruéis assassinos. Vampira começou a se sentir mal por ter pensado em tal possibilidade absurda.

- Remy é forte e habilidoso, mas a última vez que ele lutou contra um assassino foi há muitos anos... O clã se fortaleceu muito, com certeza Remy não teve chances contra eles – Henri havia se acalmado um pouco, mas a sua preocupação ainda era evidente em seu rosto.

Vampira continuou calada. Ela começou a sentir muito pelo seqüestro.

- Então é por isso que eu preciso da ajuda de vocês!

- Olha, não que eu não queira ajudar, mas vocês também não são um clã poderoso? – Apesar de o motivo ter sido esclarecido, Vampira ainda não entendida exatamente o porquê daquele socorro.

- Desde que Remy foi embora e o meu pai adoeceu, o clã dos ladrões foi perdendo o seu poder... Estamos em menor número agora.Sozinhos jamais conseguiremos resgatar o meu irmão – Henri abaixou a cabeça e uma expressão de tristeza surgiu em sua face.

Vampira sentia que as palavras de Henri eram autênticas. No entanto, apesar da preocupação pelo seu ex-namorado, uma dúvida ainda permanecia em sua mente.

- E como você pode ter tanta certeza que Remy foi levado pelos assassinos?

- Belladonna... Aquela mulher nunca esquece! – Henri dizia com um olhar raivoso.

- O quê?

- Você acha que uma mulher aceitaria facilmente ser abandonada após o casamento? – Henri levantou a cabeça – Eu já devia ter desconfiado disso! Ela queria vê-lo de qualquer maneira, com certeza estava planejando alguma coisa há tempos! 

Vampira ficou em silêncio novamente. Ela começou a considerar a proposta em ajudá-lo, apesar de que ainda havia chances de sua suposição ser verdadeira.

- Então mademoiselle, você vai me ajudar ou ainda desconfia de minha palavra?

Antes que Vampira pudesse responder, Logan e Ororo chegaram apressadamente à sala.

- Vampira, o que está acontecendo? – Logan ia direção aos dois, encarando friamente a imagem do estranho na sala.

- Logan, está tudo bem! Ele é Henri LeBeau, irmão do Gambit, e...

- Como é? – Wolverine interrompeu a Vampira, e segurou o visitante pelo colarinho da camisa, enquanto a outra mão já estava preparada com as suas garras.

- Logan! – Vampira e Tempestade se assustaram com o brusco comportamento de Wolverine.

- Se você veio enviar algum recadinho daquele verme a ela, então é melhor engoli-lo! – Logan o ameaçava friamente.

Henri não conseguia reagir ou dizer uma palavra para a sua defesa. Apenas olhava assustado para as três lâminas que estavam bem próximas de seu rosto.

- Logan, para! Ele veio aqui para me pedir ajuda! – Vampira reagiu imediatamente, impedindo que Wolverine fizesse alguma loucura.

- Como é que é? – Logan soltou Henri e escondeu as suas garras enquanto olhava para Vampira com uma expressão de desentendido.

- Remy foi sequestrado pelos assassinos e ele precisa de nossa ajuda!

- Sequestrado por quem? – Tempestade também não entendia o que estava acontecendo.

- Pelos assassinos! São os rivais da família do Remy! – Vampira começou a se desesperar.

- Vampira, é melhor você explicar esta história direito! – Logan ficou ainda mais confuso e impaciente.

- Pode deixar, mademoiselle. Eu mesmo farei o favor de explicar a história de minha família – Após o susto, Henri finalmente conseguiu falar. Então, ele começou a contar a história dos clãs dos ladrões e assassinos.

Após finalizar, todos ficaram perplexos e em silêncio. Agora, Ororo e Logan descobriram a misteriosa história do ex-namorado de sua amiga.

- Então é isso que vale aquele traste? Nada? – Logan zombava.

- Logan! – Ororo tentava o corrigir.

- Sinto muito, Vampira, mas isso é problema desta gente! – Logan se acalmou e se virou para Vampira – Nós não temos nada a ver com isso.

- Logan, por favor, a vida de Remy pode estar em perigo!

- A melhor coisa que você fez foi ter terminado com aquele cara! Eu sei que você ainda sente alguma coisa por ele, mas você se esqueceu do que ele te fez?

- Logan, eu não posso o deixar assim! Eu... eu... jamais me perdoaria! – Vampira começou a implorar.

- Não se preocupe, Vampira! – Tempestade preferiu intrometer – Pode contar comigo! Eu entendo os seus sentimentos, e também nós somos os X-Men, é o nosso dever ajudar.

- Obrigada, Ororo! – Vampira sorria para a amiga, mas não demorou muito para que ela voltasse a olhar para Wolverine – E você Logan? Pensei que você havia prometido cuidar de mim...

As últimas palavras de Vampira o comoveram. Agora, definitivamente, não havia outra saída além de ajudar.

- Tudo bem... Mas eu vou fazer isso por você!

- Obrigada! – Um grande sorriso surgiu no rosto de Vampira.

- Eu não quero intrometer ou parecer abusado, mas eu sugiro que comecemos a procura rápido! - Henri dizia enquanto se aproximava.

- Mas como começaremos a procurá-lo? – Disse Tempestade.

- Eu posso dar um jeito nisso. Digam-me onde aquele rato mora – Logan deu um passo à frente enquanto apontava uma solução.

- Eu vou com você! – disse Vampira.

- Eu também devo ir! – Henri também se mostrou prestativo.

- Não! Vocês ficam aqui. Apenas me digam o endereço!

Ninguém teve coragem de passar por cima da ordem de Logan. Apesar de estar preocupada, Vampira se convenceu rápido, pois confiava nas habilidades e promessas do amigo. Já Henri não ousou a desafiar Wolverine. Então, em seguida, Vampira disse o endereço do apartamento de Gambit. E assim que recebeu as coordenadas, Logan, imediatamente, pegou a sua motocicleta e foi em rumo ao apartamento.

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Logan achou o apartamento de Gambit facilmente. Assim que chegou, Wolverine percebeu que a porta não estava trancada. Após entrar, ele começou a farejar pelo apartamento. Ele conseguiu identificar vários cheiros, mas os mais recentes eram do próprio Gambit, Vampira e do Henri. No entanto, ele detectou o cheiro de uma pessoa desconhecida, mais possivelmente de uma mulher. Imediatamente, Logan desconfiou daquele odor. Então, decidiu seguir os rastros desta pessoa desconhecida para fora do apartamento.

Quando desceu do prédio, o cheiro desconhecido se perdeu no ar, mas o de Gambit ainda permanecia forte. Em seguida, Wolverine decidiu seguir com a motocicleta. Aparentemente, o rastro parecia que ia em direção à mansão. Mas quando chegou a um cruzamento, o cheiro de Gambit se esquivou para outro sentido, levando Wolverine para outra rua. Logan continuou seguindo o percurso que Gambit poderia ter feito antes de desaparecer. O caminho parecia incerto, sempre entrava e saía de becos, parecendo que Gambit, na ocasião, estava perdido ou em estado de fuga.

Logan continuou seguindo o cheiro até que ele se deu conta de que estava quase saindo da cidade. De repente, Logan parou em uma pista ao lado da estrada. Ele rapidamente desceu da moto e começou a farejar o lugar. O cheiro de Gambit estava fortemente marcado ali, mas agora também havia o rastro de mais quatro indivíduos. Wolverine familiarizou aqueles novos odores com o da estranha pessoa que tinha estado no apartamento. No entanto, o que foi mais preocupante era que Logan começou a sentir cheiro de sangue no local. Certamente havia tido uma luta por ali.

Quando achou que tinha terminado de detectar tudo, Logan começou a sentir novamente o cheiro de Gambit vindo de um grande arbusto.

- Não me diga que você está aí? – Disse ele consigo mesmo enquanto caminhava em direção ao arbusto.

Chegando lá, Logan cortou os galhos, e assim que limpou o matagal, ele teve uma surpresa: lá estava a moto de Gambit escondida. O veículo estava todo amassado e arranhado, além da roda da frente que estava contorcida.

Por incrível que pareça, Logan começou a ficar preocupado com a situação. A história de Henri realmente fazia sentido. No entanto, Logan não estava preocupado com o estado de Gambit em si, mas sim como Vampira reagiria ao saber que o homem que ama está em sérios apuros.

O cheiro de Remy começou a desaparecer, mas os das estranhas pessoas ainda estavam muito evidentes. Sem perder muito tempo, Logan subiu em sua motocicleta e deu continuidade ao percurso. Os cheiros o levaram até a um aeroporto particular não muito longe de onde estava. Assim que chegou à pista de vôo, Logan não conseguiu farejar mais nenhuma pessoa. Remy não estava mais em Nova York.

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Todos na mansão já estavam ansiosos e preocupados pela demora de Wolverine, principalmente a Vampira.

Tempestade, Henri e Vampira estavam inquietos na sala quando Logan, finalmente, retornou.

- O que descobriu? – Vampira corria na direção dele.

- O cajun está certo. Remy foi seqüestrado – Wolverine optou por ser mais direto – Eu segui o rastro deles até um aeroporto fora da cidade. Certamente não estão mais aqui e levaram o Gambit para outro lugar.

Vampira sentiu o seu corpo tremer ao ouvir a confirmação vinda de Wolverine. Seu ex-namorado está em perigo.

- Você conseguiu detectar o rastro de outras pessoas? – Tempestade se aproximava.

- Havia mais cinco pessoas. Apenas uma delas esteve no apartamento de Gambit, e depois a identifiquei de novo no aeroporto.

- Deve ser a Belladonna... – Vampira desviava o seu olhar preocupante.

- E certamente o levaram para Nova Orleães – Concluía Henri.

- Afinal, o que aquela mulher pode fazer? Obrigá-lo a se casar de novo? – Logan estava confuso, mas não perdeu a oportunidade para usar os seus sacarmos.

- Você não sabe o que aquela mulher é capaz! – Henri não aprovou a brincadeira de Wolverine, e o respondeu com seriedade.

- Então temos que partir imediatamente! – Disse Tempestade.

- Temos que ir para a Louisiana agora! Eu vou arrumar as minhas coisas e já volto! – Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, Vampira saiu correndo apressadamente para o seu quarto.

- Wolverine, chame a Kitty, Homem de Gelo e o Colossus. Enquanto isso eu vou preparar o X-Jato – Ordenou a Tempestade.

- Acha que tudo isso será necessário? – Logan estranhou a escalação da equipe feita por Tempestade.

- Pelo o que Henri disse, não sabemos com o que iremos lidar. Mas um deles terá que ficar aqui para cuidar da mansão. Vamos andar logo com isso! – Assim que a ordem foi novamente decretada, Tempestade foi embora da sala juntamente com o Henri.

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Vampira arrumava as suas coisas apressadamente. Ela já havia vestido o seu uniforme, e quando ela pegou a sua mochila de cima da cama, uma carta de baralho caiu no chão. Vampira apanhou a carta e viu que ela era a Dama de Copas que Remy havia lhe presenteado.

Vampira começou a encarar a carta em sua mão, e um flesh back passou em sua cabeça.

“É a minha favorita. Sempre me deu sorte!”, as palavras, junto com a voz de Gambit, soaram na mente de Vampira. O coração dela começou a apertar ao imaginar que Remy poderia estar sofrendo. Ela o amava, e se tivesse dado uma chance a ele para se explicar, eles nunca estariam nesta situação.

Vampira começou a se sentir culpada, e ela jamais se perdoaria se algo de grave acontecesse a ele. No entanto, agora já era tarde para arrependimentos.

Assim que se despertou do transe, Vampira guardou a carta dentro de sua mochila. Afinal, talvez ela daria sorte na missão. Em seguida, Vampira foi embora de seu quarto para se encontrar com os outros X-Men.

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Todos já estavam reunidos em outra sala do instituto quando Vampira apareceu. Henri e Tempestade também já tinham explicado a situação.

- Precisamos partir agora. Acho que precisamos apenas um de vocês para a missão. Os outros dois terão que ficar aqui para cuidar dos alunos – Disse Tempestade.

- Eu sugiro que o “homem de lata” vá conosco – Logan apontava para o Pete.

De repente, Bobby e Vampira se encararam. Vampira não se sentia constrangida com a situação, pois estava muito concentrada na missão.

- Eu também vou! – Bobby disse alto.

- Bobby? – Vampira se surpreendeu com a decisão de seu ex-namorado, agora amigo.

- Eu também quero ajudar! – Kitty se pronunciou logo em seguida.

- Vocês também poderão ajudar ficando aqui – Advertiu Tempestade.

- Mas vocês não podem partir sem a equipe atual dos X-Men completa. Trabalhamos juntos, certo? – Bobby tinha razão. Com esta formação (agora com a Vampira), os X-Men haviam conseguido derrotar o mais poderoso inimigo já enfrentado por eles.

- E quanto ao Fera, ele não vai? – Kitty perguntou ao seu lembrar que um membro estava faltando.

- Ele deve estar cuidando dos negócios do Ministério – Disse Pete.

- Mas ele está na mansão, talvez ele possa cuidar de tudo enquanto estivermos fora – Bobby continuava insistente.

Bobby estava realmente interessado em ajudar, e Vampira começou a admirar isso.

- Tempestade,deixe eles irem! – Por fim, Logan se deu por vencido.

- Mas Logan ...

- Você mesma disse que não sabemos o que iremos enfrentar, então acho que dois membros a mais na equipe não serão problema.

- Não quero me aproveitar da situação, mas toda ajuda será bem-vinda! – Henri parecia impaciente pela demora.

- Tudo bem... – Tempestade acabou aceitando a nova escalação da equipe – Então se preparem o mais rápido possível, pois partiremos agora! Eu só vou avisar ao Hank sobre a nossa missão. Encontro com todos vocês no avião.

Assim que Tempestade saiu da sala, todos também começaram a se mover para se prepararem o mais rápido possível. Agora, cada segundo será precioso.

Após se arrumarem, todos foram juntos para o X-Jato. No caminho, Bobby, enquanto caminhava, viu que Vampira começou a andar ao seu lado.

- Obrigada, Bobby! – Vampira agradeceu timidamente.

- Não se preocupe, Vampira – Bobby também parecia um pouco sem jeito – Eu não só estou cumprindo o meu dever de X-Men, mas também estou fazendo isso pela nossa amizade. Eu sei que isso muito significa pra você...

Vampira apenas o respondeu com um sorriso. As palavras de Bobby, assim como os seus sentimentos, eram verdadeiras. Vampira ficou feliz ao ouvir isso. Ela sabia que Bobby ainda sentia algo que estava além de uma amizade. Talvez aquela fosse uma forma para ele se redimir e reconquistar a confiança de Vampira. Mas apesar dos pesares entre eles, Vampira só poderia retribuí-lo com a sua amizade.

Em seguida, todos já estavam dentro do X-Jato, prontos para a partida.

- Wolverine, você será o meu co-piloto desta vez! – Tempestade já estava em seu posto de piloto quando viu Wolverine indo em direção a um dos assentos dos passageiros.

- O quê? Eu? – Logan não acreditou no que acabara de ouvir.

- Ande logo! Já é hora de você perder essa fobia de voar!

- Quem disse que eu tenho medo de voar? – Logan retrucava.

- Eu assumo, Tempestade! – Bobby se levantou rapidamente de seu assento, e logo se sentou ao lado de Ororo.

Logan não se sentiu muito à vontade ao ver que um garoto assumiria o seu cargo de co-piloto. Mas ele não preferiu discutir, pois, além de seu medo, Logan tinha menos experiência em aviação do que o Homem de Gelo.

Logo em seguida, não demorou muito para que eles dessem a partida, rumo à cidade de Nova Orleães.

Durante a viagem, Vampira não dizia nenhuma palavra. Ela apenas observava a vista da janela ao lado enquanto estava mergulhada em sua preocupação. De alguma forma, Vampira se sentia culpada pelo o que aconteceu com o Remy. Ela jamais suportaria vê-lo sofrer.

De repente, Vampira abriu a sua mochila, retirando a carta da Dama de Copas de lá. Ela começou a observe-la com um olhar de tristeza. Na época em que a tinha ganhado, Vampira e Gambit estavam juntos e felizes. Agora, além da separação sentimental, um terrível e perigoso obstáculo estava entre eles. Apesar de conhecer superficialmente o poder dos assassinos, Vampira estava determinada a lutar com todas as suas forças para salvar o homem que ama.

Enquanto admirava a carta, uma voz fez com que Vampira se dispersasse de seus sentimentos.

- Pardon, mademoiselle! – Disse Henri, que estava sentado em uma poltrona ao lado.

- O quê?

- Eu ainda não me desculpei pela confusão que causei entre você e o Remy. Eu sinto muito. Eu realmente não tive esta intenção...

- Não se preocupe com isso, Henri. Você não teve culpa... Eu descobriria a verdade de qualquer jeito, sendo mais cedo ou mais tarde – Vampira desviou o olhar.

- Vampira, o meu irmão gosta muito de você!

Ao ouvir tais palavras, Vampira o encarou timidamente, mas preferiu não dizer nada.

- Eu nunca o vi daquele jeito por uma mulher...

- De que jeito? – Vampira ficou curiosa.

- Ele nunca ficou desesperado por uma mulher. Ele já foi um galanteador no passado, mas nunca se entregou totalmente por alguém... Você é muito especial para ele, Vampira!

Vampira ficou em silêncio e pôde sentir o seu coração acelerar. Ela ficou alegre ao saber que os sentimentos de Remy eram evidentes.

- Você também o ama, não é?

- Hum? – Vampira fingiu de desentendida. Ela o amava e não tinha vergonha de assumir. Mas ela não planejava se abrir agora para um homem que acabara de conhecer.

- Eu sei que você não está fazendo isso por mim ou pelo clã. Mas sim pelo Remy – Henri percebeu a inquietação de Vampira com a sua última pergunta.

- Remy também é muito importante para mim. Não vou permitir que ninguém faça mal a ele. Nem Belladonna, nem ninguém! – Vampira ficou séria e cerrou os seus punhos.

Henri sorriu ao ver a determinação nos olhos de Vampira. Apesar de que ele nunca havia a visto lutar, ele acreditava que ela seria muito útil no resgate de Gambit.

- Pessoal, estaremos sobrevoando sobre Nova Orleães daqui a 10 minutos! – Disse Bobby na cabine de comando.

- Eu vou passar as coordenadas para onde devemos pousar – Henri se levantou e foi em direção à Ororo.

A ansiedade em Vampira aumentava cada vez mais. Fazia um bom tempo em que ela não enfrentava alguém ou praticava. Mas apesar disso, ela não sentia medo. No momento, a sua única preocupação era descobrir logo o que estava realmente acontecendo com Remy. 


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