Um Destino A Dois escrita por Laura Marie


Capítulo 15
Revelações




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Os dias se passaram cada vez mais rápido. Já era até possível sentir os ares do inverno. Enquanto isso, Gambit e Vampira faziam os seus planos para as férias. Eles ainda não haviam se decidido o que fariam no Natal e no Ano Novo. Na verdade, Gambit nunca foi animado para comemorações de fim do ano. Geralmente passava o Natal sozinho em casa ou em algum bar. Na noite de fim de ano, ele também costumava passar em algum bar ou então tentava viajar para a Paris, mas neste caso, sempre estava acompanhado por uma mulher.

Vampira o convidou para passar a ceia de Natal no instituto, pois as festas lá sempre foram animadas e aconchegantes. Já quanto ao ano novo, ela aceitou a idéia de eles viajarem para algum lugar, ou então, simplesmente passarem no centro de Nova York, como a maioria das pessoas faz.

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Naquela manhã de sábado, o futuro não parecia ser o importante para os dois. Gambit e Vampira estavam dormindo, deitados e abraçados entre as cobertas, enquanto o vento frio uivava lá fora do prédio. Tudo parecia tão calmo e perfeito até que, de repente, a campainha tocou. Gambit e Vampira despertaram, mas não abriram os olhos. Ao ouvirem o som, os dois murmuraram baixo, e Vampira se aproximou ainda mais de Gambit. No entanto, a campainha parecia insistente. O barulho começou a ficar irritante, então Gambit decidiu ir atender à porta.

- Já volto, chérie! – Disse ele que, em seguida, lhe deu um beijo na testa, e se levantou.

Vampira continuou de olhos de fechados, e após Gambit se levantar, ela se escondeu por debaixo das cobertas. A campainha ainda tocava incansavelmente. Assim que se levantou, Gambit vestiu uma cueca e um roupão, e foi em rumo à porta da sala.

Gambit ainda estava sonolento, e também irritado com a campainha. No entanto, assim que ele abriu a porta, ele se despertou completamente.

- Bonjour, mon frère! – Disse o visitante.

- Henri !? – Gambit não acreditava no que estava vendo. Após tantos anos, ele finalmente se reencontrou com o seu irmão.

- Não vai me convidar para entrar ? – Henri estava encostado ao lado da porta, impaciente pela demora de Gambit em o atender.

- Ouí ! s'il vous plaît ! – Gambit abriu mais a porta e deu passagem ao  irmão.

Era um sentimento confuso. Remy estava feliz em rever o irmão após tantos anos. No entanto, parecia que ele não tinha aprovado a visita supresa, pois só havia um motivo para o seu irmão ir procurá-lo : cobrar as suas antigas responsabilidades.

- Não me lembro de ter-lhe passado o meu endereço. Como me achou? – Disse Remy, após fechar a porta.

- Você se esqueceu de quem sou eu? – Henri caminhava enquanto observava os detalhes da sala – Você não atende mais o telefone. Então eu decidi procurá-lo.

Gambit não gostava do tom de seu irmão. Aliás, ele nunca desconfiou que, em algum dia, Henri viesse até ele.

- Vamos direto ao ponto, Henri: o que você quer?

- O que eu quero? Remy, por favor! Eu fiquei te ajudando por todo este tempo...

- Espere! – Remy o interrompeu após se lembrar que Vampira estava em seu quarto – Você não chegou a uma boa hora para falarmos sobre isso...

- O quê!? Aah, claro! – Henri, imediatamente, entendeu o que Remy queria dizer – Eu já imaginava que você estaria acompanhado por aqui. Mas eu preciso falar com você agora, então mande a vadia ir embora!

- Não fale assim dela...! – Gambit, sem perceber, quase partiu para cima do irmão.

Henri se assustou com a brusca atitude de Remy. Aliás, ele nunca havia visto o irmão defendendo uma mulher daquele jeito. Mas, mais uma vez, Henri compreendeu rapidamente o porquê daquela raiva.

- Acho que estou lhe entendendo agora, Remy. Mas é inacreditável...!

 Remy encarava o irmão com um olhar impaciente. Ele sabia que Henri sempre foi bom em descobrir as coisas rapidamente.

- Então foi por causa de uma mulher que você ainda está aqui? – Henri perguntou surpreso.

Remy, novamente, não respondeu. Desta vez, ele apenas desviou o seu olhar, fazendo com que Henri confirmasse a sua suspeita.

- Eu não acredito nisso! Remy LeBeau apaixonado! – Henri disse sarcasticamente – Então você ficou brincando de casinha por todo este tempo, enquanto nós quase deflagramos uma guerra em Nova Orleães por sua causa!

- Eu não tenho mais nada com vocês! Assim que tive a oportunidade de sair de lá, eu só desejei levar uma vida normal! – Gambit reagiu novamente, falando alto e impulsivamente.

- Remy, nós dois sabemos que isso não é para você...

- Eu não pertenço a nenhum lado mais, Henri!

- E quanto ao nosso pai? Você não se preocupa mais com ele?

Ao ouvir sobre o seu pai, Gambit recuou e se acalmou um pouco. No entanto, ele se virou de costas ao irmão.

- Como ele está?

- O estado dele não melhorou muito depois que você partiu – Henri desviou o olhar quando começou a falar sobre o pai – Ele já não tem mais condições de liderar como antes. Por isso queremos que você volte.

Remy, ao ouvir tais últimas palavras, se virou novamente. Ele engoliu seco e seus olhos arregalaram. Sem dúvidas ele foi pego de surpresa, ainda mais se tratando de um passado que tinha sido enterrado por ele mesmo.

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Enquanto isso, Vampira começou a se despertar, até que ela percebeu que Remy não estava na cama.

- Remy? – Disse ela, após se levantar rapidamente.

Ainda um pouco sonolenta, ela conseguiu se lembrar de que alguém estava batendo incansavelmente na porta do apartamento, e Gambit decidiu ir atender. No entanto, ele ainda não havia voltado. Com isso, Vampira concluiu que ele estava recebendo uma visita importante, já que ele não havia retornado para o quarto.

Sendo assim, Vampira se levantou e foi se arrumar no banheiro. Quando terminou de se vestir, ela lavou o rosto e escovou os dentes, e em seguida, penteou e amarrou o seu cabelo. Já que o seu namorado estava recebendo alguém em sua casa, ela deveria estar apresentável.

Assim que terminou de se arrumar, Vampira foi em direção à sala. Mas quando estava se aproximando, ela conseguiu ouvir uma discussão. Ela não sabia com quem Remy estava discutindo, mas parecia que estava nervoso. Vampira começou a ficar preocupada, e também não querendo interromper, ela preferiu ficar atrás de uma parede do corredor, apenas escutando a conversa.

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- Henri, eu sinto muito em lhe dizer isso, mas não vou voltar! – Gambit ficava sério cada vez mais.

- Mas caso você tenha esquecido, a sua anistia foi concedida pelos assassinos há muito tempo!

“Assassinos!?”, disse Vampira consigo mesma, enquanto espionava de trás do corredor.

- Eu sei, Henri! Mas eu vou repetir o que já disse: não pertenço a nenhum lado mais! Não sou mais do clã dos ladrões, nem se quer dos assassinos!

Ao ouvir isto, Vampira se lembrou de quando Gambit mencionou sobre o clã dos assassinos com ela uma vez. No entanto, ele apenas havia lhe contado que os assassinos eram rivais de seu clã, mas não disse que possuía algum outro relacionamento com eles.

- Remy, mas você tinha me dito que iria voltar! – Henri começou a ficar mais impaciente.

- Sim, eu disse, mas isso foi há muito tempo! Os planos mudaram!

- Você está falando sobre a garota? – Henri, novamente, entendeu rapidamente o que o irmão quis dizer.

Remy preferiu não responder. Ele desviou o olhar e tentou se acalmar mais uma vez.

- Por acaso ela sabe alguma coisa sobre os clãs?

- Apenas o suficiente sobre mim... Não se preocupe, ela não é nenhuma ameaça. – Remy o respondeu de cabeça baixa.

- Então ela sabe sobre Belladonna?

Ao ouvir este nome, Remy imediatamente levantou a cabeça, engoliu seco e voltou a encarar seriamente o irmão.

“Belladonna? Quem é?”, Vampira estranhou. Aliás, Remy jamais tinha pronunciado esse nome a ela. Por fim, Vampira percebeu que esta pessoa poderia estar relacionada ao misterioso e complexo passado de seu namorado.

- Assim que assumiu a liderança, ela lhe concedeu a anistia, decretando um acordo de paz com o nosso povo – Henri continuou – E você ainda nem se quer retornou para agradecê-la.

- Eu sei – Remy abaixou a cabeça novamente – Belladonna e eu não temos mais nada, você sabe disso...

Ao ouvir isso, Vampira começou a sentir o seu coração gelar.

- Eu não vim aqui só para te convencer a retornar ao clã...

- O que quer dizer? – Remy voltou a encará-lo.

- Ela quer te ver, Remy. Belladonna ficou me cobrando isso por todo este tempo.

- O que ela quer de mim?

- Eu não sei... – Henri abaixou o tom de voz.

Vampira começou a sentir algo estranho. Talvez fosse ciúmes, já que uma outra mulher exigia a presença de seu namorado.

Remy já não sabia mais o que dizer ou fazer. Ele coçou a cabeça, e se sentou no sofá.

- Merde!

- Eu não quero me intrometer, mas acho que você deveria dar um crédito a ela. Aliás, apesar do que você fez a ela, Belladonna aceitou a se casar com você. E eu creio que ela não fez isso só por obrigação ao clã, assim como você...

“O quê?”, Disse Vampira que, em seguida, tampou a sua boca com a mão. Ela não acreditou no que acabara de ouvir. Então este era o mistério que Remy não queria lhe revelar. Ele era um homem casado e estava fugindo disto. Imediatamente, os seus olhos lacrimejaram, seu coração acelerou e um calafrio percorreu pelo seu corpo. Vampira não podia suportar mais espionar aquela conversa, então, em um impulso, ela decidiu se revelar.

- Remy! – Disse ela após finalmente entrar na sala.

- Marie! – Gambit se levantou do sofá imediatamente. Seus olhos arregalaram quando viram a presença repentina de Vampira. O seu segredo havia sido revelado pela pior forma.

Vampira nem se quer prestou atenção à imagem do Henri ali na sala. Já ele se assustou com a sua aparição, mas também pôde perceber que ela era uma garota bonita, sendo a razão de impedir o retorno de Remy à sua terra. Vampira apenas encarava Remy com um olhar arrasado. Ela não sabia o que dizer, então decidiu voltar ao quarto.

- Chérie, espere! – Remy foi atrás dela, ignorando a presença de seu irmão.

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Vampira retornou ao quarto incrédula. O homem que ela amava era comprometido, de cuja mulher estava o esperando em sua terra natal. Definitivamente, aquilo foi demais para ela.

- Marie! – Disse Remy após entrar ao quarto.

- Então era isso que você não queria me contar?

- Marie, por favor, eu posso explicar...

- Eu ouvi tudo, Remy! Você é casado! – Vampira, sem perceber, começou a gritar.

- Não, eu não sou! – Remy a segurou desesperadamente pelos braços.

- Remy, não minta! Aquele homem disse tudo! – Vampira tentou se soltar enquanto se segurava para não começar a chorar.

- Por favor, deixe-me explicar o que aconteceu. Já estava na hora de eu lhe contar a verdade! – Remy olhou profundamente para dentro de seus olhos.

Vampira conseguiu se soltar, mas também se acalmou um pouco, permitindo Gambit a lhe contar sua história.

- Como havia lhe contado uma vez, o clã dos ladrões e assassinos eram rivais em Nova Orleães. Eles se odiavam há anos! Mas, certo dia, ao perceberem finalmente que aquela rivalidade não os levaria a lugar algum, eles propuseram uma aliança – Remy fez uma pausa e desviou o olhar, enquanto Vampira o ouvia atentamente – A união consistia no casamento do filho do líder dos ladrões com a filha do líder dos assassinos. Ou seja, o meu casamento com Belladonna Boudreaux.

Ao ouvir isso, Vampira se sentou na beira da cama. Ela ainda não estava conformada com o fato de que o seu namorado havia sido casado e não tinha revelado sobre isso.

- O nosso relacionamento foi minuciosamente  planejado pelos clãs desde a nossa infância. No entanto, Julien, o irmão de Belladonna, nunca aceitou esta idéia da pacificação. Então, minutos após o casamento, ele me atacou – Remy, em seguida, fez uma pausa, suspirando fundo – E eu acabei o matando...

Os olhos de Vampira se arregalaram ainda mais. Ela podia esperar qualquer coisa de Gambit, exceto que ele havia matado uma pessoa.

- E foi por causa disso que eu tive que fugir de Nova Orleães. Eu restaurei a discórdia entre as duas famílias. Eu tive que abandonar Belladonna. E foi durante a minha fuga que eu fui capturado pelo Stryker. E como eu lhe contei antes, após passar dois anos naquele inferno, eu consegui sair e tentei retornar à Louisiana – Remy sentia o seu corpo tremer quando contava os detalhes – Quando voltei, eu soube que Marius Boudreaux, pai de Belladonna, havia morrido. Então ela assumiu a liderança do grêmio, e a primeira coisa que fez em seu mandato foi instaurar um acordo de paz entre as nossas famílias, e com isso também veio a minha anistia. Mas eu nunca voltei a vê-la... Só continuei mantendo contato com o meu irmão enquanto perambulava pelo mundo até que, certo dia, eu vim parar aqui no estado de Nova York.

Vampira continuava sem voz. Após ouvir o fim da explicação, ela abaixou a cabeça, soltou um longo suspiro, tentando controlar a tremedeira pelo seu corpo. Aquilo tudo parecia um pesadelo naquela manhã.

- Sobre o casamento... – Remy prosseguiu – Ele não foi válido devido à morte de Julien.

Neste momento, Vampira finalmente voltou a olhar para Gambit, apesar de que ela tentava esconder os seus olhos carregados de lágrimas. Mas não demorou muito para que ela desviasse o olhar novamente. Ela não queria vê-lo e também não queria que ele a visse sofrendo por ele. Mas, ainda com uma voz trêmula, ela finalmente falou:

- E quando você planejava me contar isso?

- Eu não sei... – Gambit se sentia mal consigo mesmo. Ele passou a mão em seus cabelos e se sentou ao lado de Vampira.

Um breve silêncio permaneceu entre eles. Ambos não sabiam o que dizer, até que Vampira se lembrou de outra coisa que Henri também havia dito na sala.

- E o que você fez a ela?

- O quê? – Gambit levantou a cabeça, não entendendo ao certo a pergunta de Vampira.

- Eu ouvi aquele cara dizer que a Belladonna aceitou em se casar apesar de alguma coisa que você fez... – Vampira o encarou novamente, mas não se sentia preparada para ouvir a próxima história.

Ao entender o que Vampira quis dizer, Gambit sentiu um calafrio pelo corpo e se levantou imediatamente, ficando de costas a ela. Finalmente eles haviam chegado ao ponto mais crítico do passado. Remy pensava que Vampira o deixaria para sempre quando descobrisse tal parte de sua história. No entanto, naquele momento, não havia mais escapatória.

- Remy, o que aconteceu? – Vampira se levantou e ficou apreensiva ao ver que Gambit havia ficado em silêncio.

Após o seu breve silêncio, Remy decidiu, enfim, contar o resto de sua verdade:

- Alguns meses antes do casamento, eu conheci uma garota... O nome dela era Genevieve Darceneaux. Ela pertencia a uma rica família francesa, e na época estava de férias em Nova Orleães. Eu me envolvi com ela, planejando em dar lhe um golpe – Gambit percebia o olhar assustado de Vampira, mas preferiu continuar – Ela era jovem, bonita e muito inocente. Genevieve havia se apaixonado por mim, e estava até planejando em abandonar a sua família para poder ficar comigo.

Gambit fez uma pausa. Já Vampira apenas o observava enquanto lhe contava a história, e sentia o seu coração gelar em cada pausa que Remy fazia. Ela já não sabia mais o que poderia esperar dele.

- Em um dia apareceu um homem chamado Victor Creed. Eu não fazia idéia de quem era, mas por algum motivo ele estava atrás de mim. Mais tarde eu descobri que ele era um dos capangas do Stryker – Gambit prosseguia a sua história –Victor sabia do meu relacionamento com a Genevieve, então a seqüestrou e me propôs um acordo: ele a soltaria se eu me entregasse... Mas eu recusei... Eu simplesmente fugi, e deixe  Genevieve ser morta por ele.

- O quê !? – Vampira ficou extremamente assustada com esta história. As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Ela jamais pensou que o seu namorado tivesse sido tão covarde assim.

- Eu não tive escolha! Eu não sabia o que fazer! – Gambit finalmente se virou e se aproximou de Vampira – Eu era um irresponsável e covarde naquela época!

- Remy, isso não justifica nada! – Vampira se afastou enquanto enxugava as suas lágrimas.

- Eu sei, chérie! Nada pode justificar esse meu erro. Mas agora, por favor, me perdoe! – Remy começou a ficar desesperado.

- Você mentiu pra mim por todo este tempo! – Vampira começou a andar pelos lados.

- Não... Por favor, chérie! Eu não menti...

- Não! Você apenas escondeu a verdade de mim... Assim como todo mundo fez! – Vampira não suportava mais ficar naquele lugar. Então, por um impulso, ela pegou a sua bolsa e saiu imediatamente do quarto.

- Marie, espere! – Gambit soltou um suspiro e foi imediatamente atrás dela.

Vampira passou rapidamente pela sala e até se esqueceu da presença de Henri por lá. Já ele havia ouvido toda a discussão dos dois, e se surpreendeu pelo estado em que a garota saiu do apartamento. Em seguida, Gambit saiu apressadamente do apartamento, mas Vampira havia sido mais rápida que ele, e já tinha pegado um elevador. Ele tentou chamar o elevador, mas não conseguiu. E quando decidiu descer as escadas, ele percebeu que só estava de roupão.

- Merde! – Disse ele consigo mesmo enquanto voltava para o seu apartamento.

O que Remy mais temia acabou acontecendo. Ele estava guardando este segredo justamente porque previu esta reação de Vampira, apesar de que ele planejava revelar o seu passado a ela em algum dia. Assim que voltou ao apartamento, ele começou a andar sem rumo pela sala, enquanto passava as mãos em seus cabelos.

- Remy, eu sinto muito... – Disse Henri ao reparar o estado de seu irmão – Eu não tinha a intenção de causar tudo isso!

- Não se preocupe... A culpa é minha! A culpa é toda minha! – Remy já estava quase em ar.

- Aquela garota é realmente importante para você, não é?

- Eu a amo, Henri! – Remy ficou sério e, de repente, começou a encarar o irmão – Eu a amo mais do que tudo nesta vida, mas agora eu a perdi!

Henri começou a se preocupar. Realmente ele não queria ter provocado esta situação. Ele jamais tinha visto o Remy naquele estado, principalmente por causa de uma mulher.

Gambit já não tinha mais forças. Ele se sentou no sofá e abaixou a cabeça, evitando que seu irmão mais velho o visse chorando pela primeira vez.

Enquanto isso, Vampira também chorava dentro de um taxi. Ela tentava conter as suas lágrimas, mas os seus sentimentos eram mais fortes. Sentimentos confusos e perturbadores permeavam em sua cabeça. Ela sentia raiva de Remy, e também sentia raiva de si mesma por ter acreditado nele. Assim como todo mundo, o homem que amava também havia mentido para ela, além de ter cometido erros irreparáveis em seu passado.

Vampira sentia uma dor imensa em seu coração. Remy, novamente, a fez chorar, mas desta vez por um motivo árduo e concreto. Agora, o único homem que podia tocá-la, o único homem que ela amou e se entregou não se passava de um covarde. Vampira, mais uma vez, estava sofrendo.


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