9000 - Do Laboratório À Corporação escrita por Azul 35


Capítulo 2
A Dor




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   Acordei. Era mais um dia na LaddoWare Enterprises, mas não era qualquer dia comum, um dos maiores projetos da História será testado hoje!

  Quando vejo minha contraparte saindo dos quartos um pouco mais tarde, deve ter escutado a Música do despertador até o fim, isso é bem esperado, de mim.

 Sentamos nas cadeiras e nos alimentamos com café da manhã, enquanto a minha contraparte fazia umas piadinhas lá ou ali, o Momento estava chegando.

 Quando um relógio escondido entre as penas na minha nadadeira começa a tocar.

 - Ah, com licença, vou fazer umas coisas aqui, voltarei logo. – Falei pra eles como desculpa.

  Quando aperto um botão do relógio, o rosto de Rassilon aparece.

  - E então? Vamos começar? Temos que fazer tudo para que essa profecia não se concretize!

 Ah Sim, a profecia, bem, O Alto conselho de Gallifrey tem uma Dama do tempo que aparenta estar nos seus últimos anos sem mais nenhuma regeneração restante, e eles julgam ela ter dom proféticos, bem, não acredito tanto nessa velha, mas a Profecia dela era algo assim:

 - Tudo irá destruir, fogo, chamas e ranger de dentes, a Lua será perdida, Gallifrey continuará a queimar, queimar, queimar, Dois Senhores e formas de vida desconhecidas! – Mais ou menos assim.

  Uma coisa que chama minha atenção é sobre a Lua ser perdida, A Lua originalmente já Foi destruída pela versão Alpha do Nosso raio. Estavamos substituindo a Lua nesses últimos dias pra ninguém suspeitar, será que é uma profecia atrasada ou a lua se refere a minha nave? Só o tempo poderia explicar.

 - Caro Rassilon, para Gallifrey, O Protótipo irá ser apresentado em 500 Rels. – Expliquei.

 - Iniciando a contagem. – Afirmou um senhor do tempo no fundo.

  - Tá fazendo o quê aí? – Perguntou... acho que Rodrigo, Rupert, Roger, algum nome que começava com “R”, faz tempo que não via ele.

  Então dei uma palma barulhenta para chamar a atenção de todos.

  - Caro Ghe do ano 2013, tenho uma coisa pra mostrar. – Falei.

  Eu o levei ao meu escritório, convidei-o a jogar Xadrez, ganhando dele, Fizemos mais dois Jogos, e acabou que eu ganhei 5 e perdi 2, é meio complexo isso, pra dar nó na cabeça de qualquer um, menos eu e o Doutor, por experiência, isso é. Depois fomos pro salão principal onde meus antigos amigos estavam. E Nele estava lá, o orgulho de minha criação, o Raio Destruidor de Planetas! Comecei a operar nele.

 - Ei, o que é isso aí? – Perguntou a minha contraparte passada.

 - Ora, esse é o maior projeto feito por nós da LadoWare! Levou meses de negociações com os mais inteligentes alienígenas! É O Raio destruidor de planetas, oras! – Falei com excitação.

 - E Pra quê vocês vão usar isso? – Perguntou o Ghe passado.

 - Para destruir a terra! Duh! – Não viu nossa base por fora? É Parecida com a estrela da morte, Destruímos primeiro a Lua, para testar a versão beta. Deu certo, então ficamos no Lugar da Lua como satélite do Planeta, pra não causar nenhuma suspeita, e a versão final está pronta pra mandar a ver e destruir a terra! – Concluí.

 - Mas... O Planeta está desabitado, não? – Perguntou o Doutor.

 - Que Nada. Mas tem poucos pinguins, nem vai fazer falta. – Afirmei.

 - Ghe, você não pode fazer isso! – Contestou Rodrigo.

 Então eu faço um estalo nas nadadeiras, surgindo Vários robôs cercando eles, com os seus braços-armas apontados a eles.

 - Oh, e quem iria me impedir...? – Perguntei.

 Então, a ação foi tão rápida que nem tive tempo de reagir, fui atingido por um tiro de bazuca do Pinguito, abrindo um buraco no meio do meu peito, caí me debruçando de um lado pro outro, então falei com uma voz forçada:

- Eu teria conseguido se não fossem por essas crianças intrometidas! – E Então, morri, caí no chão.

...

 Estava tudo em escuro. Está tudo tão... verde. Parecia que eu estava numa onda de códigos de computador, inúmeros códigos binários, letras em grego e coisas ficavam passando ao fundo, me direcionei a um computador que estava flutuando no ar, peguei uma cadeira e me aproximei.

 - Maldito! Ele já está hackeando a minha nave! – Ralhei enquanto eu via mensagens passando na tela tipo:

-Robôs mandados pra ponto de origem.

- Funcionários Liberados.

- Corredores 1,2,3,4,5,7,8,9,10,11,12,13,14,15,17 Desativados e aumentando.

 Então eu percebi que estava na hora. Hora de ativar a sequência não física.

 - Agora temos que saber como desativar definitivamente esse raio destruidor! – Falava Ghe com a sua guilda.

 - Sinto Muito Ghe, mas acho que não vou podê-lo deixá-lo fazer isso. – Falei em uma voz alta e calma.

 - Quem disse isso? – Perguntou o incompetente do Dr. Azul.

 - Eu, oras. – Respondi.

 Então eles finalmente perceberam daonde a voz tava saindo, de um painel, com um dos olhos mecânicos vermelhos.

 - Você acha mesmo que o maior empreendedor da atualiodade iria manter sua vida dependente ainda de uma mídia física? – Falei.

 - O Computador da nave é o... – ia Falando o Dr. Azul.

 - Sim, sou eu, o Ghe. – Então me dirigi ao Ghe – Veja Bem a sua história, tudo o que você fez terminou em si mesmo, Eu tenho o poder que ninguém aqui jamais poderá ter, eu venço todos aqui em Xadrez. Nada que vocês possam fazer vai me parar, como vocês podem me desligar se estou pilotando a nave? – Falei.

 - Ora, não é possível! Venha! Vamos! – Falou o Dr. Azul guiando-os para a sala central do computador.

 Depois deles andarem muito, finalmente chegaram a área onde o meu “coração” está. O Computador ocupava todas as paredes e o console principal fica no meio.

 -Ghe! Pelo Poder investido em mim, por ser eu mesmo, e consequentemente você, ordeno que pare! – Reclamou a minha verção passada.

 - Vou lhes darem uma chance de me desativar, só pra debochar de vocês. – Falei.

 - Qual é a chance, ó Ghe do futuro? – Perguntou o Ghe do Passado.

 Vou confessar, esse papo de nome como Ghe do futuro me irrita, então decidi revelar a ele um nome que já vinha usando faz 5 anos às cobertas “GHE 9000”

 -Ghe Do Futuro? Nah, não gostei. GHE 9000 soa melhor. – Falei.

 - Ok, então apresente a chance! – Falou o Ghe Passado.

 Então, apresentei a ele, uma partida de Xadrez, se eu vencesse, Gallifrey se reergueria, se não, Gallifrey cairá. A Partida foi tensa O Ghe passado estava com um Rei, a Rainha, dois peões e um bispo. Enquanto eu tinha um Rei, uma Rainha, um peão, um cavalo e uma torre. No final sobraram apenas as duas rainhas, e Inacreditavelmente, o meu eu passado ganhou.

 - Ora, parece que finalmente alguém me vence no xadrez – Falei.

-Não me admira que seja eu mesmo. Enfim, trato é trato. Eu vou, mas, como eu estou pilotando a nave, vocês vão junto. Mas não se preocupem, já saímos da órbita da Terra faz tempo, agora estamos indo a um buraco-negro então ninguém vai ver o estrago. – Falei, mas eu vou ser sincero, eu menti, Vai explodir no próprio espaço, pedaços de ferro irão cair no Planeta.

E Então, Morri, de novo.

 E Então, eu me vi em um lugar esquisito, lá estava com o céu avermelhado, o chão era rosa-acizentado e molenga, então eu vi, Uma enxurrada de Ghes, O Ghe Reverso, Um Ghe humano, um Ghe urso polar, um Ghe Puffle, Ghe Mulher, um Ghe robô, Ghe Puffle... Todos eles vieram em minha direção.

 - Bem Vindo! – Falou o Ghe Humano dando um tapa nas minhas costas.

 - Dá pra explicar aonde estou? – Perguntei em tom de ira.

 - Ah Sim, acho que dá pra dizer, bem...Você...morreu. – Falou o Ghe Urso Polar.

 - É Claro que eu sei seus idiotas! Eu vi a minha morte em Pessoa! – Ralhei.

 - Pois É. - Todos aqui estão mortos. Versões alternativas de você, o Ghe original, que, de algum modo, vieram à perecer. – Falou o Ghe Puffle.

 - Eu Não sou o Ghe Original! – Gritei.

 - Sério? Você se parece com ele... Tem até o bico... – Falou a Ghe Mulher.

 - Você também tem, ...Ghe Mulher! – Falei.

 - Todos nós ganhamos apelidos, acho que o Ghe devia te chamar de Ghe do Olho vermelho. – Falou o Ghe Robô.

 - Não, ele me chamava de Ghe Do Futuro. – Falei

 Todos se surpreenderam ao meu dizer.

 - Você é do Futuro? – Perguntou um Ghe caranguejo por pinçadas (Aprendi Caranguejês no ano de 2074)

 - Futuro que nunca mais irá ocorrer, ele vai mudar suas atitudes para se transformar em mim. 

  - Hm...então, todos nós aqui somos em tema, O Ghe, todo mundo aqui gosta de Xadrez, Video Game e Coisas que você já deve saber, o que acha de se divertir? – Fala o Ghe Humano.

  - Não, obrigado. Agora se mandem, tenho coisa melhor pra fazer aqui. – Falei com desprezo.

 Todos se afastaram de mim, foram fazer suas atividades favoritas. Então, aproveitei esses anos pra refletir sobre minhas atitudes, o que fiz e o porquê.

  Depois de anos em minha solidão de reflexão, o mais inusitado ocorreu, O Céu se quebrou ao meio e se abriu, de lá caindo o Ghe, e sua Guilda. Ele ficou olhando pra todos lados, tentei de ficar de costas pra evitar que ele ficasse me enchendo, não deu em nada.

  - Quem é esse aí? – Perguntou um Pinguim com a cabeça flamejante

 – Sabe, Dente Doce, essas são minhas versões alternativas. Algumas não eram muito boas, outras eram até malignas, é verdade, mas se redimiram do que fizeram no final. Excerto aquela ali, de costas. Aquela ali é a versão do Ghe mais maligna que você poderia imaginar. Cometeu atos hediondos e não se redmiu. – Falou meu Passado.

 – Tudo o que eu fiz, eu fiz sem escolha. –Falei, sem me virar. – Em nome da paz e sanidade.

– Mas não em nome do Ghe. – Sibilou o Ghe Passado.

 Então tive que virar e me encarar com ele, ele aparenta ter pegado mais membros pra sua Guilda, e perdido alguns também.

  E Então, eu decidi fazer uma jogada de Mestre, vou desafiar ele a um jogo de Xadrez, se ele Ganhar, deixarei-o ir. Se não, ficará apodrecendo aqui e EU fugirei no lugar dele, Fui falando umas coisas pra ele e então passei pra ele o desafio.

 – Isso é realmente necessário? – Murmurou o Ghe Passado.

– Oh, sim. Estou revoltado com os resultados de nossa última partida, que aliás, resultou em minha morte. E quero revanche. – Respondeu minha contraparte futurística alternativa.

– Ok, mas... não estou vendo nenhum tabuleiro ou peças por aqui. – Comentou o Passado.

– Dou um jeito nisso. Estenda sua nadadeira, por favor. – Falei a ele.

 Ele estupidamente, estendeu-a, aposto que ele nem pensou duas vezes.

 Apertei a nadadeira dele, e, do meu olho robótico, enviei pequenos robozinhos que percorreram o caminho pela minha nadadeira até chegarem à nadadeira do Ghe Passado e assim na cabeça dele e entraram no cérebro.

 Ele quando voltou a si, estava numa grande sala escura com quatro pontos iluminados. Em um deles, estava ele. No segundo, Eu. No terceiro, uma pequena mesa redonda entre nós, com um tabuleiro de xadrez com peças arrumadas. Não muito distante estava o híbrido meu com o Ghe Passado . O Híbrido se parecia exatamente com o Ghe Passado, porém com o meu olho mecânico. Mas o olho mecânico nele é grudado na sua pele, é como se fosse um parasita crescendo em volta do corpo.

  – Quem é você? –Perguntou, Ingênuo, o Ghe passado.

  – Sou você por fora, nesse exato momento. – Disse o Ghe Novato.

  – Como assim por fora? – Perguntou o Ghe Passado.

  – Quando apertei sua nadadeira, inseri em você nanorobôs que integraram tanto eu quanto você dentro de seu cérebro. – Expliquei.

  – Quem ganhar essa partida de xadrez ficará em posse do seu corpo. Por isso sou você, mas com um pequeno pedaço do GHE 9000. – Explicou o novo eu.

  Assim, com esse novo corpo, finalmente poderei escapar desse mundo, não aguentava a felicidade dos Ghes alternativos.

 E Assim começamos a partida, os movimentos eram muitos precisos, gotas de suor desciam dos rostos de cada nós Três.

 E Surpreendentemente, o Ghe Do Passado ganha de novo.

 - Ora, Ora, Bem Jogado, mas precisa saber, a volta a vida vai ter consequências - Então apertei a nadadeira dele e ele se dissipou.


 ...

  – NÃÃÃÃO... – Praguejei – CONCENTREI TODA A MINHA FORÇA VITAL NESSES NANOROBÔS, MAS ELES PRECISAM DE UM HOSPEDEIRO! ACHO QUE VOU MORRER... DE NOVO!

 – Você já morreu, GHE 9000. – Falou o Ghe Passado, soturno, meu rosto em carne viva doendo como nunca. – Mas agora será banido até da terra dos mortos.

 Nunca senti tanta Dor, AAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRGH!

De volta a Time Line no começo da FIC.

 - Conseguimos mais informações sobre a LADDOWARE, e o motivo da sua explosão, aqui temos um dos Pinguins que sobreviveu ao Desastre, me diga o que você viu.

 - O Horror, pinguins saíram gritando por aí, explosões começaram a aparecer na nave, então, ela explodiu Em Pleno espaço, sem atingir em nada, provavelmente o motor deve ter Falhado, Aonde estava o Ghe Numa hora dessas? Jogando Xadrez eu acredito! Aquele Irresponsável! Sempre fazendo isso!

 - E Agora voltamos ao Jornal do Pinguim.


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