Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 20
A Caçada – Parte 2: Em Território Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Por enquanto o maior capítulo da Fic, mas garanto que vai valer a pena ler.
Sinto muito pela demora, mas por causa da escola só vou postar no fim de semana. Então... Até semana que vem. Tomara que aguentem a curiosidade.

Já estou trabalhando nesse capítulo a dias e não aguento mais. Só copiei e colei mesmo então já peço desculpas se tiver erros ortográficos. É só avisar que eu corrijo.
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A batalha está cada vez mais difícil, os inimigos cada vez mais próximos, o vencedor cada vez mais incerto.

"Não há tempo pra dizer adeus ele disse
Enquanto ele desaparecia
Não ponha sua vida nas mãos de alguém
Elas são presas pra te roubarem
Não esconda seus erros
Porque eles irão te encontrar, te queimar
Então ele disse

Se você quer sair vivo
Corra pela sua vida"
Música: Get Out Alive - Three Days Grace



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Sophie prendeu o cabelo, colocou uma peruca castanha curta e lentes verdes. Vestiu caça jeans, botas de cano alto, um casaco bege e luvas marrons. Levou uma mascara e escondeu uma adaga na bota. Watari a deixou duas quadras da casa de Maisy. Ela colocou no ouvido o fone no qual manteria contato com Watari.

– Parece que houve atraso na viajem dos senhores Mogi e Aizawa. Sendo assim sua visita fica para depois do almoço.

– Certo. Vou tentar terminar tudo até lá. – respondeu disfarçadamente enquanto caminhava.

Arrombou a porta e entrou por um corredor que levava, de um lado a sala de estar e do outro a sala de jantar e cozinha. Colocou a máscara.

Ao chegar na sala notou a enfermeira deitada sobre a mesa.

– Qual a situação? – perguntou Watari.

– Entrei. Ela está desacordada. Deve ter sido drogada ou sedada. – a jovem abriu a maleta dela e começou a mexer nos frascos. – Vou tentar acordá-la.

Pegou um pires na cozinha e despejou uma mistura de líquidos nele e deixou sobre a mesa perto do nariz da mulher para que ela inspirasse e acordasse. Voltou então para o corredor. Mais a frente havia o escritório do pai que era um empresário de tecnologia. E finalmente as escadas.

Subiu os dois lances e viu cinco portas. Haviam quatro quartos sendo um de hospede e o do casal uma suíte. Encontrou o quarto de Maisy e entrou. Observou que a cama estava desarrumada. Se aproximou e viu que estava quente. Levantou o travesseiro e passou a mão por baixo. Sorriu. Mesmo com a luvas sentiu o calor.

Que truque mais baixo.

Viu o termômetro na mesinha de cabeceira junto ao abajur.

Faz sentido. Os pais se desesperam tanto com o fato dos filhos ficarem doentes que não percebem o que está bem diante de seus olhos. Por isso costuma ser tão fácil enganá-los. Eu sempre levei desvantagem nisso, tapear Near era muito mais complicado.

Olhou a prateleira que ficava perto da janela. Excelente gosto pra livros. Começou a puxá-los e abri-los em busca de algo. Depois foi para as gavetas, armários, escrivaninha... Nada.

Watari perguntava o que acontecia e ela respondia que ainda não tinha encontrado o caderno.

– Pare Sophie. – disse baixinho para si mesma. – Calma. Se eu precisasse esconder um caderno da morte onde colocaria?

Girou nos calcanhares olhando cada canto do quarto e parou na estante de livros novamente. É verdade os melhores segredos são escondido bem a vista de todos. Mas um Death Note não é um simples segredo. Ela começou a examinar a lateral que parecia intacta quando viu uma sombra. Alguém segurou seus ombros e bateu sua cabeça na prateleira. Depois a segurou com força e a virou de frente. Foi quando percebeu que era a enfermeira que tinha acordado.

O cabelo da peruca tampava seu olhos por cima da máscara dificultando sua visão. A mulher prensou Sophie contra a parede e então a garota deu uma joelhada da sua barriga. A mulher a soltou e se contraiu com a dor.

– Me desculpe, mas... – começou Sophie, e a mulher parou de atacá-la enquanto a fitava fixamente.

Sophie deu uma rasteira na enfermeira que caiu de joelhos, ela segurou o tornozelo de Sophie.

–Ora sua....

– Não me deixa escolha. – Sophie disse irritada e partiu pro ataque.

Chutou o rosto da adversária que a soltou caindo barriga. Depois a garota pegou o braço direito da enfermeira e o prendeu contra suas costas, apoiou seu joelho e ficou em cima dela evitando que se levantasse. Segurou o outro braço da mulher com sua mão livre pressionando o lado direito do rosto dela contra o assoalho. Mas com essa agitação toda sua mascara acabou caindo exatamente na hora que a mulher a encarava.

– Sophie... – ela disse reconhecendo-a e a garota afrouxou as mãos e começou a sair de cima dela. – Caramba, você me assustou.

– Você que partiu pra cima, além do mais está fora de forma Annie.

– Você que pensa. – A mulher ainda estava caída no chão com Sophie sentada ao seu lado, ela então se moveu rápido tentando chutá-la de surpresa, mas a garota foi mais rápida e deu uma cambalhota para trás fugindo do golpe.

– Tá. Deve ter razão. Você melhorou bastante desde a última vez que brincamos assim.

Sophie ajudou Annie a se levantar.

– Você não avisou se vinha e... – de repente ela se lembrou. – Ah não. Maisy.

– Ela não está aqui.

– Eu apaguei e... Ela fingiu muito bem.

– Você desconfiou que era mentira, por que não avisou os pais?

– O médico já tinha dado o diagnóstico e além do mais estão me pagando por hora. – ela sorriu simpática.

– Dinheiro... Sempre ele.

– Ei. Estou aqui te ajudando de graça não é?

– Só juntou o útil ao agradável.

– E você não? – Shopie sorriu pra ela. – Certo. E agora?

– Me ajude a encontrar qualquer coisa para confirmar que Maisy é Kira.

– Como se você precisasse disso. Uma vez que se convence de algo ninguém a faz mudar de ideia.

– Mas preciso provar para outras pessoas. – ela levantou o dedo indicador e engrossou a voz fazendo uma imitação. – “Deduções nunca são suficientes para eles.”

Annie riu.

– É. Near tinha mesmo razão.

A mulher colocou a luva de enfermeira e junto com Sophie começou a vasculhar o quarto de Maisy. A garota estava cismada com estante. Como o silêncio estava incômodo Amanda, ou melhor dizendo, Annie resolveu quebrá-lo.

– Então... Você está mesmo convencida de que é ela?

– É minha maior suspeita.

– Você não costuma errar. Até porque detesta está errada. – Sophie não respondeu. – Você está atrás do caderno, né? Mas para que? Se levar ele Maisy vai perceber e desconfiar de mim.

– Não tenho intenção de levar o caderno, mas com toda certeza quero encontrá-lo.

– O shinigami. É claro.

– Com certeza foi ele quem te apagou. Meu maior receio é de que ele esteja aqui ou mesmo me seguindo. – a enfermeira ficou um pouco assustada. – Mas como ele deve está sempre com o portador do caderno, acho pouco provável que esteja aqui agora.

– Pouco provável em quantos por cento?

– Uns quatro ou cinco por cento.

Elas continuaram a busca.

– Sophie eu tenho que ser franca com você. Quando avisei que vinha pra cá foi porque queria te ajudar com informações da sua suspeita em nome dos velhos tempos. Mas será que você não está perseguindo ela só por ser filha do Yagami?

– Não.

– Olha, pode falar comigo. É porque se for assim... Bem...

– Onde quer chegar, Annie?

– Steve ou melhor Scott Tuner. Se Maisy é suspeita ele também deveria ser.

– Ela não é Kira nem tem qualquer ligação com ela.

– Eu conversei com os pais. Ela é uma boa garota, estudiosa e obediente. Ela nem sabe quem são seus verdadeiros pais. E isso não quer dizer que ela vai ser como eles. – ela parou o que estava fazendo e encarou a garota. – Além do mais está sob suspeita e é vigiada desde o dia em que nasceu. E nunca fez nada de suspeito em todos esses anos.

Elas ficaram se encarando, Sophie parecia aborrecida com o comentário. Um barulho foi ouvido.

– Vai atender o telefone, Amanda?

A mulher saiu e foi até a sala atender o telefone. Era a mãe de Maisy e ela começou a inventar uma mentira.

Maisy é Kira. Sendo assim onde ela escondeu o caderno e aonde ela foi?

Amanda voltou e se deparou com Sophie parada em frente à estante de livros. Olhava para o móvel como se fosse o próprio Kira.

– Era a mãe da Maisy. Disse que ela continuava dormindo.

– Hã? Ah! Certo.

– Isso me faz pensar onde será que ela foi.

– Talvez esteja planejando algo. Algum assassinato que precise está presente. - disse. Talvez o meu.

– Sendo assim, talvez o caderno não esteja aqui. – a mulher ficou pensativa. – O Watari está lá fora?

– Sim.

– Muito bem. Se você anda tão desconfiada vamos colocar câmeras na casa.

– Não temos permissão para isso. Podemos nos encrencar. Principalmente você.

– Só se nos pegarem. – ela piscou. – E é só uma prova não oficial, apenas pra você. Não é como se pudéssemos dizer que Kira mata usando um caderno da morte. Seria a terceira guerra mundial.

– Tem razão. Vamos lá então.

– Com uma condição.

– Qual?

– Investigue Scott também.

– E o tão falado velhos tempos?

– São só isso. Ficaram para trás.

Elas pegaram as câmeras no carro com Watari e começaram a instá-la no quarto da garota. Não poderiam espalhar muitas pela casa para não levantar suspeita, mas colocaram uma em cada cômodo exceto o banheiro. O problema é que havia muitos pontos cegos.

Elas eram rápidas, principalmente Annie. Afinal aquela era sua especialidade.

– Nunca pensei que você acabaria se tornando enfermeira dos Takeshi, Amanda. – disse Sophie. A mulher instalava uma câmera na estante de livros enquanto a garota segurava a escada.

– Eu sempre gostei de ajudar as pessoas... Do meu jeito pelo menos.

– Verdade. Mas alguém com seus talentos... Achei que assim como Steve você iria entrar para a polícia ou algo do tipo.

– Não. Depois do treinamento eu queria ficar longe de tudo isso.

– Mas foram bons tempos.

– De fato. Sophie, Steve e Annie. Éramos um bom time apesar de tudo. Mas acabou... Pelo menos para mim.

– Ainda sim, aqui estamos nós de novo. – Sophie encarou. – O que me diz disso?

– Que não dá pra evitar o passado pra sempre.

– Agora talvez entenda sobre Maisy.

– E talvez você entenda sobre Steve, Scott ou qualquer nome que ele use. – rebateu.

– É. Mas então deveria rever o meu também. – ela sorriu. – Sempre implicou com ele, mesmo na época do treinamento.

Elas riram e Amanda desceu da escada.

– Tudo pronto! – disse satisfeita. – O que você tanto olha nessa estante Sophie?

– É que...A madeira aqui da lateral nessa parte parece mais espessa.

Amanda bateu na lateral em diversos pontos com o ouvido encostado na madeira.

– Aqui. – disse. – Escute.

– O som difere. Está oco. - a garota ficou pensativa. – Deve haver alguma armadilha, não vai ser fácil abrir. – Amanda tateava o local.

– Tem um furinho aqui. – as duas arrastaram a estante. Sophie analisou a lateral e então se voltou para a escrivaninha.

– Perfeito. – ela tirou a carga da caneta e conseguiu abrir a lateral. Lá viram um objeto de capa preta.

Sophie pegou o caderno e virou do outro lado. Lá estava escrito: DEATH NOTE

– O que você dizia sobre eu estar paranoica e perseguindo a filha do Yagami? – Sophie sorriu satisfeita.


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Notas finais do capítulo

"Annie/Amanda: Quando ouvi a noticia sobre o retorno de Kira fiquei tentada a voltar a minha vida antiga. Voltar a ser uma detetive, mas me contive. Sabia que L seria colocado no caso e pesei que assim tudo estaria bem.

Algumas semanas depois ela entrou em contato comigo, perguntou se poderia contar com a minha ajuda e como sempre eu não consegui dizer não para Sophie. Ela consegue ser muito manipuladora quando quer.

O fato é que apenas nós, aprendizes, sabemos a verdade sobre Ryuuzaki e Yagami. Apenas nós temos as informações sobre Misa, Maisy e Steve. Apenas nós temos a comprovação da existência e poder do Death Note.

Eu pensei que acabaria uma carta fora do baralho, mas o jogo é Xadrez. Quando recebi a ligação de Lain, a mãe adotiva de Maisy quase tive um ataque cardíaco. O destino é mesmo irônico e o passado um tormento. Não tive alternativa a não ser avisar ela, mas eu deveria apenas fazer meu trabalho e observar o comportamento da garota.

Agora acabei me afundando mais nessa bagunça e se bem conheço a sucessora de Near eu não vou conseguir sair tão facilmente. Parece que é hora de voltar a Equipe, de voltar a ser Annie. Como meu antigo professor costumava dizer: Acabou a brincadeira, crianças, hora de voltar ao jogo."



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