Perdidos Na Escuridão escrita por Mika Garcia


Capítulo 3
Capítulo 2 - Agonia de Shizuo


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem, eu demorei demais pra postar, mas aí está o 2º capítulo, espero que gostem e boa leitura.
Recapitulando, o Izaya tinha o Death Note e testou no Yuhei.



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Capítulo 2 : A agonia de Shizuo

Era um vasto campo verde, havia inúmeros túmulos, em especial um , onde estava um jovem loiro de vestes inteiramente pretas em prantos no túmulo de seu irmão, que havia sido enterrado na manha deste mesmo dia. Shizuo jamais chorará, talvez quando era criança, mas agora sentia uma verdadeira dor, não tinha mais nada em sua mente além de um vago sentimento de vingança, apesar de não ter alguém em específico. Ele sabia que seu irmão havia morrido repentinamente por um ataque cardíaco, mas não aceitava isso, pois seu irmão sempre fora alguém saudável, por mais que fosse infantil seu pensamento, tentava arranjar um jeito de culpar Izaya. O moreno nunca fora de seu agrado, sempre teve rixas com ele, entretanto era impossível culpa-lo por isso.

Voltava da escola junto a Kasuka, eles eram crianças, Shizuo e seu irmão como sempre estavam quietos, quando avistam alguns colegas de classe de Kasuka xingando-o de escroto, pois era claro a inveja deles. Aparentemente o mais novo não ligou, no entanto Shizuo ficou estressado, arrancou uma placa que continha o nome da rua em que estavam, e jogou-a contra os colegas de Kasuka. Eles fugiram de Shizuo, e o louro atrás deles, conseguiu finalmente atordoa-los, seu irmãozinho não estava mais ao seu lado, tinha ido na frente. Quando Shizuo chegou em sua casa, viu Kasuka assistindo TV, o mais velho perguntou:

- Por que não reagiu quando te xingaram?

- ....

- Humpft – Sibilou Shizuo – Não tem medo de mim te bater sem querer?

- Sei que vai me defender, sempre.

Memórias de infância vinham a mente do louro, nunca precisou de palavras para demonstrar seu amor fraternal por seu irmão, sempre cuidou dele, e seu irmão sempre o ajudara de forma recíproca

Shizuo estava sozinho em meio a seus pensamentos, lembrou da última vez que havia falado com seu irmão, quando este o dera várias roupas de barman, ele as usaria para sempre.

Não queria falar com ninguém, mesmo com seus pais os quais também sofriam. A morte de seu irmão afetou milhares de pessoas, fãs, empresários, amigos, e sua família. O ex-barman teve sorte de nenhum jornalista o importunar, provavelmente já estavam alertados de sua fama. Ele não se sente mais como antes, agora estava fraco, obviamente queria se vingar, mas não tinha um alvo para isso, não vendo nem mais um motivo para viver, a não ser chorar. Ele já estava limpando suas lágrimas, e se levantando quando avista a motoqueira sem cabeça na porta do cemitério, ela estava com suas vestes casuais feitas de sombras, e sua moto ao lado. Shizuo não queria vê-la, por mais que já tivesse desabafado vezes com ela, não podia mostrar-se fraco. Porém vendo que não tem outra saída, ele vai em sua direção.

[Meus pêsames Shizuo.] Digitou Celty [ Você gostaria de conversar?]

Ela se sentia acanhada, não tinha certeza se realmente deveria ter vindo.

- Não. Eu estou bem. – Respondeu o loiro secamente, o que era incomum quando conversava com Celty.

[Não gostaria de uma carona até seu apartamento?]

A dullahan realmente queria ajuda-lo.

- Vá embora! – Falou grossamente Shizuo andando pela rua, sem se despedir.

Ela não insistiu, “Ele deve estar sofrendo” pensou a dullahan, não iria se intrometer em um momento como esse, talvez pudesse falar com o louro depois de um tempo.

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A motoqueira negra estava em seu apartamento, ao lado de Shinra, um médico clandestino de cabelos castanhos e um rosto infantil, que a questionava:

- Como está o Shizuo-kun?

[Está um pouco absorto, e aparentemente fraco emocionalmente.]

- Entendo.

[ Você conhecia bem o irmão de Shizuo?]

- Hum...sim.- Respondeu Shinra, que aparentava estar se lembrando. – Quando éramos crianças Kasuka-kun sempre estava com Shizuo-kun. Eu visitava Shizuo quando ele ficava hospitalizado por quebrar seus ossos por conta de sua força, e Kasuka

Shinra continuaria falando, se não fosse pela intromissão de sua campanhia tocando. Ele se levanta para abrir a porta junto a Celty que estava na frente,e logo abriu a porta, onde estava um homem de terno, Shinra o conhecia, era de seu trabalho.

- Doutor, por favor atenda seu telefone quando ligarmos! É uma emergência!

O médico clandestino adquire um tom sério , pretendia fazer uma visita a Shizuo, no entanto ele segue o homem, despedindo-se da dullahan. Ao fechar a porta, o médico inicia a conversa:

- O que houve?

- Um incidente ocorreu em uma das experiências da corporação Yagiri.

- Certo. – Respondeu Shinra com seu tom habitual, já estava acostumado com isso

~ Quebra de Tempo

Era noite quando Shinra finalmente pode sair do trabalho, após trabalhar em inúmeros casos. Ele estava perto da porta de saída quando avista Yagiri Namie, a secretária de Izaya. Ele a reconhece de cara, perguntando:

- O que você quer?

- Izaya quer falar com você.- Falou Namie secamente

Ele acho estranho a atitude de Namie, seria mais comum a Izaya se ele tivesse vindo o ver pessoalmente, mas ele não tinha mais o que fazer, então decidiu visitar Izaya. O medico apreciou o caminho pelas ruas de Ikebukuro até chegar a Shinjuku. Ele avistou o apartamento de Izaya, quando é surpreendido pelo próprio.

- Olá Shinra!

- Olá Izaya-kun! – Disse Shinra adquirindo um sorriso bobo.

A relação do medico e do informante não era muito intima, apesar de eles se conhecerem desde quando eram estudantes, muitas coisas aconteceram, por isso ele não julgava Izaya como alguém confiável ou normal.

- Vamos a um restaurante. É sempre bom cultivar amizades! – Falou Izaya que demonstrava um entusiasmo falso.

O informante guia Shinra até um restaurante simples e próximo do seu apartamento. Eles pedem uma mesa privada, e são atendidos com rapidez. Após se acomodarem, eles fazem seus pedidos, e Izaya logo inicia a conversa perguntando sobre como vai o relacionamento dele e da Celty, até o pedido deles chegarem. Após a conversa fútil, Izaya vai direto ao ponto:

- Shinra, por que você acha que a Celty pode estar aqui?

O médico fica surpreendido com a pergunta de Izaya, não era comum ele pedir informações, principalmente para ele. Shinra então, fala sobre sua teoria que comentou com a motoqueira há um tempo atrás:

- De acordo com o que estudei pela Celty, eu acho que ela apareceu neste mundo porque tem algo que precisa ser feito, que seria encontrar sua cabeça. Este único propósito que se por acaso for cumprido ela possa desaparecer, voltar para sua própria realidade.

O informante escuta estas palavras cautelosamente, fazia um pouco de sentido, mas então, qual seria o propósito daquele monstro? Porque ele ficava o seguindo, inclusive estava agora do seu lado? Ele olha para a cara do Shinigami, que possuía um olhar robótico, ele não mudou seu olhar por nenhum momento, e não adiantava Izaya fazer uma pergunta a ele, pois o monstro sempre se mostrava desinteressado.

- Por que está tão interessado na Celty? – Perguntou Shinra, arrependendo-se de ter falado sua teoria, Izaya poderem querer fazer algo ruim a ela.

- Não precisa sentir ciúmes Shinra – Sorriu Izaya de uma forma falsa, a conversa entre os dois já estava feita, não podia mais falar com o médico sobre esse assunto pois se mostraria suspeito. Shinra podia não aparentar, mas era inteligente.

Após pagarem a conta, o médico se despede de Izaya, e ambos vão embora. Enquanto caminhava por Shinjuku para seu apartamento o informante refletia sua situação, ele necessitava informações sobre esse monstro. Não havia conseguido as folhas pretas que Kida arrancara do caderno, provavelmente o garoto as tinha queimado, ele teria que torturar Masaomi ? O garoto com certeza havia lido tudo, teria que fazer amanha pois já era noite. Estava cansado trabalhara o dia inteiro hoje, e em seu tempo livro tentou arrancar algumas palavras daquele monstro, mas sem sucesso. Quando chegou em seu apartamento, sentou-se em sua cadeira de trabalho e abriu o chat.

–-- Kanra-san entrou no chat

Kanra-san: Yoo!! Do que estão falando?

Tanaka Tarou : Oi Kanra-san, estávamos comentando sobre a morte do ator Yuhei.

Por um momento Izaya havia esquecido que matou o irmãozinho de Shizuo, era uma pena não o ter visto hoje, teria sido divertido brincar com um Shizuo cabisbaixo.

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O louro andava nas ruas, ele para em frente a uma grande construção, observa de baixo a cima, e logo conclui que era o lugar onde Shinra trabalhava, na porta ele avista uma mulher de cabelos castanhos, e o olhos de mesma cor. Ela o olhava atentamente, Shizuo conclui que ela deveria ser aquela que mandou uma mensagem para seu celular dizendo que ele deveria vir a este lugar, ele não sabia porque obedeceu a ela, simplesmente sentiu necessidade de seguir um rumo. Ele se aproxima dela, e ela se dirige primeiramente:

- Me chamo Yagiri Namie.

- O que você quer? – Falou Shizuo rangendo os dentes.

- Heiwajima Shizuo, como você é grosso. Eu posso te dizer uma informação, que tenho certeza que você se interessaria.

Shizuo odiava a palavra informação, ele sempre lembrava-se de um certo informante.

- Não tenho interesse.

Ela expressou um sorriso falso, e continuou olhando para esguelha:

- Você não acha estranho uma pessoa tão saudável como o ator Yuhei morrer de repente de ataque cardíaco?

- Do que você está falando? – Perguntou Shizuo demonstrando interesse.

- Existe alguém por trás da morte de seu irmão.

O louro agarra a blusa da mulher, forçando a olhar para seus olhos repletos de ódio. Ela estremece, mas não tinha com que se preocupar, tinha guardas costas de esguelha, e seu plano estava dando certo.

- Quem é ?

- Orihara Izaya.


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Notas finais do capítulo

Eu particularmente adorei o final, acho que enrolei nesse capítulo, mas sou do tipo que faz as coisas lentamente, então me desculpem pelo atraso do capítulo, não vou atrasar tanto no próximo. Se tiver erros por favor me avisem!