Sweet Love, Sweet Guy escrita por Tomoito


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como escrevi mais um pouco(e porque o Prólogo recebeu visualizações!) me senti segura em postar o primeiro capitulo.
A partir desse capitulo vocês vão sentir se gostam da dinâmica da narração, não gosto de leituras arrastadas nem muito rápidas, então tento manter um meio termo...

Qualquer modificação que eu faça, prometo avisar!



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Acordei com a sensação de calor no peito. O despertador tocava Psycho Butterfly irritantemente sobre o criado mudo. Desligo o despertador olhando para o teto.

Um sonho? Eu nunca me lembro de meus sonhos, a não ser que sejam bizarros ou assustadores... não que olhos de cores diferentes sejam normais, é só que... a sensação era boa.

Tomo um banho e assisto TV enquanto penteio meu cabelo que, como sempre, estava bem armado e cheio de nós em meio aos cachos. Moro em um apartamento que minha tia costuma alugar para as pessoas, ela fez um desconto especial para meus pais visto que sua “sobrinha preferida” tinha passado em uma boa faculdade. Hoje, em pleno sábado, estou acordando cedo pois vou sair com a Rosalya.

Rosa é minha amiga desde que começamos a faculdade de Moda, ela tem um lindo e estiloso cabelo branco levemente prateado e é bem mais agitada que eu, então é quem sempre planeja sair pra comer, fazer compras e outras coisas... Somos bem diferentes, mas acho que é por isso que nos damos bem, ela me agita quando preciso e eu a acalmo quando precisa.

Estamos indo a uma loja no centro da cidade, uma boutique de roupas. Rosalya esta tentando me levar desde que as férias começaram porque ela começou a namorar um tal de Leigh que é dono da loja; ele é um ano mais velho que nós, mas decidiu não fazer faculdade e investiu tudo na loja que era seu sonho. Surpreendentemente ele teve sucesso e a loja é até que bem conhecida pra uma cidade grande; Rosa diz que ele não quer abrir filiais pois gosta de cuidar de tudo, mas esta economizando para abrir mais uma do outro lado da cidade e ficar visitando a nova loja toda semana.

Enquanto escolho uma roupa penso em meu sonho. Não é todo dia que tenho um bom sonho e tenho a impressão de que não é por acaso eu conseguir me lembrar dele. Pego minha camisa branca, minha saia de cós alto florida, meia calça de floral antigo e apagado e começo a me vestir; esfrego a toalha em meu cabelo com vigor enquanto calço oxford marrom e começo a escolher meus acessórios, brincos e anel de camafeu, batom vermelho e prendo meu cabelo com pequenas flores falsas em grampos.

Coloco minha carteira e nécessaire dentro da bolsa, assim como meu caderno sem pauta, e ligo a música em meu celular, embalada pelas minhas músicas favoritas embarco no metrô para encontrar Rosalya. Muita gente entra e sai a cada estação que paro; gente de todos, de todos os tamanhos, gente que me dá vontade de desenhar. Olho meus esboços, todos os vestidos que desenho e que ainda não saíram do papel; começo a fazer anotações sobre os mais recentes, tipo de tecido, textura, botão, cor e valor do vestido.

Estação Armênia, desembarque pelo lado esquerdo do trem. —Dizia a voz feminina no alto-falante.

Guardo meu caderno e vou até a porta. Saio calmamente, as pessoas nunca estão com pressa aos sábados e graças a Deus elas preferem ficar em casa antes de almoçar; desligo a música enquanto subo as escadas e logo vejo Rosalya parada perto das catracas, lendo uma revista de moda.

—Ei! –digo ao chegar perto dela.

—Lillie! Não me assuste!

—Você é que estava distraída demais –respondo rindo.

Rosalya estava usando um vestido branco com punho roxo, um colete preto de calda de pinguim e detalhes dourados, por fim uma gravata roxa e sua bota longa preferida. A roupa combinava muito com ela, não só em personalidade, mas o tom do dourado da roupa era o mesmo de seus olhos e o branco era como o de seus cabelos...

—Aliais, esse vestido fiou perfeito em você!

—Você acha? Que bom! Foi o Leigh que costurou pra mim! –disse, corando– Disse que eu precisava usar uma roupa que valorizasse minhas qualidades. Acho que nunca mais vou usar outra roupa!

—Você, usando a mesma roupa durante uma semana inteira na faculdade? Acho que não vai conseguir. Hahahaha.

—Certo, talvez você esteja certa, mas definitivamente vou usar pelo menos uma vez por semana!

—Tudo bem. Posso lidar com isso. Agora, que tal irmos a tal loja? A SweetHoney?

—Sim, sim, claro! –disse me guiando para fora do metrô.

O dia estava ensolarado e o vento passava a leve impressão de que meu penteado desmontaria a qualquer momento.

—O que fez das férias? –perguntou-me Rosalya.

—Ah, acabei ficando umas duas semanas na casa dos meus pais, como sabe, e tive muito tempo para desenhar e pintar... mas realmente senti falta de costurar, me recuso a usar uma daquelas maquinas em que ainda tem que pedalar pra costurar!

—Pelo menos você teria feito algum exercício! Pense nas coxas que poderia ter ganhado nesse tempinho! Perdeu uma ótima oportunidade. Hahahahahaha

—Como se algum dia eu fosse ficar como você! Seus dotes são naturais, fico com a minha magreza, obrigada. Hahahaha.

—Você é quem sabe. Aqui, chegamos!

A loja tinha a fachada em um roxo claro... que era bem parecido com o tom da roupa de Rosalya, aliais... Tinha uma vitrine com dois manequins, um feminino e outro masculino interagindo, como se o cara estivesse chamando ela pra fazer algo e no meio deles tinha uma mesa cheia de acessórios. Ambas as roupas eram em tons claros, como se estivessem sentindo o verão ficando cada vez mais quente.

—Você vai gostar, –disse Rosalya– tem o tipo de vestido que você ama.

Lá dentro a loja tinha uma decoração de tons medianos, com um papel de parede floral envelhecido, as roupas estavam dispostas em várias araras e alguns manequins giratórios com conjuntos. Do lado direito era a ala masculina, do lado esquerdo a feminina.

—Bonita a loja, não é?

—Sim. Foi realmente muito bem organizada. E essa música tocando... seria Mozard?

—Hum... eu realmente não sei, mas é alguma música clássica. O irmão de Leigh deve estar aqui hoje, ele sempre pede para mudar a música para algo “mais relaxante e profundo”. Vai entender...

—Bem, eu entendo.

—Ok, senhorita “nasci no século errado”, vou procurar o Leigh, de uma olhada por ai.

—Ok... – digo vendo Rosalya se afastar.

Olho o mar de roupas a minha frente e imagino o quanto vou sofrer para escolher o que levar. Começo a olhar uma arara de camisas florais e depois passo para as calças jeans claras; todas as roupas tem uma referência a modas antigas, seja no tipo de estampa ou ao corte da roupa. Fico maravilhada ao chegar nos primeiros vestidos, eram rodados com babados e renda, cores claras... e a loja também tinha anáguas! Anáguas! Eu nunca tinha visto anáguas para vender em lojas normais!

Enquanto admirava as anáguas vi uma arara só de roupas brancas. Curiosa, fui ver que tipo de peças tinha e encontrei uma incrível variedade de vestidos e batas; desde colados e brilhantes até rodados e detalhados. Pego um vestido branco de alças, ele era feito de um tecido leve com a saia rodada com várias camadas, sobre a camada superior havia babado no barrado, a cintura do vestido era alta, com uma faixa de cetim vermelho para amarrar atrás, pelo comprimento era óbvio que deveria sobrar uma calda um pouco menor que o comprimento do vestido.

Na arara havia outro igual, só que com a faixa rosa. Ambas as faixas eram em tons pasteis, mas sentia uma grande diferença entre o que ambos passavam. Fui até o espelho de corpo na parede mais próxima e fiquei lá, olhando como ficaria um e depois o outro. Simplesmente não conseguia me decidir.

—Acho que a faixa vermelha fica melhor em você. –disse uma voz perto de mim.


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Notas finais do capítulo

Preferi mudar o cenário da história para o Brasil porque... bem, acho mais fácil de descrever um lugar que conheço. (sou pobre e nunca fui pra Paris)
Espero que tenham gostado!



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