Cartas Para Romeu escrita por Manú san


Capítulo 2
Prologo - Capítulo 2




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Acho que é bem assim que começa... No mundo nasce sempre pessoas novas, denominadas bebês...

Não acredito que um dia  eu fui chamada assim... Um dia fui carregada e fraca como um bebê...

Eu nunca fui uma bebê normal... Aprendi a falar com dois messes e a andar com três... Os médicos falaram que isso era incrível e que nunca haviam visto em sua vida algo assim... Resumindo: Eu sempre fui a diferente nesse mundo de loucos.

Mas nunca entendi porque, até hoje não entendo... O porque das pessoas diferentes serem tão descriminadas... Por que eles querem que os diferentes sejam igual a eles? Isso é terrível!

- Eu nunca serei igual a vocês! - Gritei me levantando da cama em um pulo - Oque? Isso era só um sonho? - Perguntava com a mão em minha cabeça

Olhei para o relógio e nele marcava três e dez da manhã.

- Não acredito... Ah! Agora vou ficar acordada jogando Asasino Screet

[...]

- Você é muito idiota, sabia? - Disse Leo batendo em minha mesa com a mão

- Tsc! Só por causa que eu acordei de madrugada, fiquei jogando video game e agora tó dormindo na aula. Conta outra Leo - Disse me levantando da mesa e indo até a porta da sala que dava até o corredor escolar

- Você vai morrer sabia? - Falou Leo. Meu como ele gosta de irritar!

- Por que jumentinho? - Perguntei apertando sua bochecha

- Por que a senhorita retards não dormiu e agora é a aula de educação física e a professora te odeia, então ela vai te forçar a fazer a aula e aí você morre sendo pisada pelo povo da queima - Disse ele apertando minha bochecha também

- Você é mesmo um jumento, nem me avisa né? - Disse zangada

- Tá na TPM é? - Perguntou me irritando mais ainda

- Cala a boca querido, se não eu irei arranca-lá e coloca-lá em seu cú com muito carinho e amor - Disse dando um sorriso falso

- Sabia que eu adoro esse seu jeitinho de falar "eu te amo" pra mim? - Perguntou me dando um abraço

- Eu sei - Disse dando um beijinho no rosto do mesmo - Mas você é um idiota, sabia?

- É eu sei, você me fala isso todo dia - Disse ele pensativo

Mostrei a língua para ele.

- Chata! - Falou mostrando a língua logo em seguida

- Jumento do meu coração! - Disse rindo da cara do mesmo

- Ok retards, hoje você ganhou - Disse fazendo cara feia

- Avá! - Gritei e saí correndo até a quadra. Acho que não estou tão cansada

[...]

- Aí meu Deus eu to morrendo, me ajuda! - Disse dramaticamente no meio da queimada - Acho que vou cair - Disse canbaleando, estava meio zonza

Caí, mas não senti o chão. Olhei para cima e vi o garoto de ontem.

- Nossa... Quase que você caí hein? - Disse me pegando no colo e atravessando a quadra comigo em seus braços

- Não precisa fazer isso... - Falei timidamente, acho que minha bochecha queimou

- Você tá morrendo lembra? - Disse rindo falando do drama que fiz antes de cair em seus braços

- Eu tó, mas não é pra tanto - Disse cruzando meus braços

- Eu não tive tempo de me apresentar ontem - Disse com um sorriso em seus lábios - Me chamo Alex, muito prazer

- Me chamo Laiza - Disse sorridente

- Um nome bonito, para uma dona mais ainda - Disse me fazendo corar

Ri desajeitada.

- Chegamos em um banco, posso te deixar aqui? - Perguntou sorrindo

- Claro - Disse dando um pequeno sorriso

- Durma um pouco, tá bom? Depois eu volto aqui pra te acordar

- Tudo bem, mas volta viu? - Disse com se fosse uma ordem

- Tá bom sargento, pode deixar - Falou com as mãos para cima - De qualquer forma, tchau - Disse ele me dando um beijo no rosto

- O... Obrigada por me trazer até aqui - Gaguejei

- Nada não - Falou voltando para o jogo

Suspirei.

- Nossa... - Falei me deitando no banco

Daí dormi...

- Você sabe que tem que ser igual a nós se quiser ser social! - Meu pai gritou

- Quem disse que eu quero ser ocial? - Falei quando tinha oito anos

- Garota! Você tem que ser como as pessoas normais! Entendeu?! - Gritou

- Não entendi não, e quer saber? Nunca entenderei. Porque nem você me fará mudar meu jeito! - Gritei fechando a porta de meu quarto com força - Bando de idiotas, acham que pra ser uma alguém temos que ser iguais... Só os idiotas pesam assim - Disse deitada em meu colchão

- Abre essa porta Laiza! - Gritou meu pai batendo com força em minha porta

- Arrebenta ela mais fácil que pedir para que eu abra - Disse deitada em minha cama com fones de ouvido e música no máximo

- O que eu fiz para você ser assim? - Perguntou papai

- Disse essas coisas horríveis para mim - Falei séria

- Oque? - Perguntei assustada

- Laiza? Oque foi? Teve um pesadelo? - Perguntou Alex com a mão em minhas costas

- Não, só uma lembrança triste - Disse pasma

- Quer falar sobre isso? - Perguntou se sentando ao meu lado

- Não, eu acho melhor não Alex. Meu passado foi legal, mas a partir dos meus oito anos parou de ser tão divertido e alegre - Disse o olhando fixamente

Ele me abraçou de repente me assustando com seu ato.

- Calma... - Cuchichou em meu ouvido

- É... Sabe?... Não precisa se preocupar - Disse o estranhando

- Claro que precisa - Falou ele passando as mãos em meu cabelo

- Você é diferente dos outros garotos populares daqui... - Disse parada em meio de seus braços

- E você é diferente de todas as garotas daqui - Disse ele me largando e dando uma risada gostosa de ouvir - Desculpe Laiza, mas eu tenho que ir me trocar, a gente se fala mais tarde pode ser? - Perguntou já em pé

- De boa - Falei me levantando também - Adios cumpadre! - Falei dando tchaucinho

- Adios tica! - Falou ele dando uma piscadela para mim

♥ Continua... ♥


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Notas finais do capítulo

Gostaram???