Friendly Living escrita por Meire Connolly


Capítulo 8
Capítulo VIII. Rapunzel


Notas iniciais do capítulo

E ai gente linda? Eu descobri que a quinta temporada vai começar na próxima, na próxima semana :( Estou triste com isso, mas pelo menos vai começar, certo? Certo. Vou sentir falta do David,mas eu prefiro o Matt, sem chances.
Enfim, escutaram On Top Of The World? É muita linda essa música, agora, escutem, I Love It.
I don't care, i love it
é muito diva *-*
Enfim, crutam a leitura guris e gurias!



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RAPUNZEL CORONA

 

Rapunzel abriu a janela do seu quarto sorrindo, como sempre. Ultimo dia de férias. Flynn ficou de passar na casa da menina à tarde, para poderem dar uma passeada no shopping. Rapunzel chamou Merida, mas a menina disse que não iria pagar de vela.

Rapunzel abriu o seu guarda roupa e pegou um short jeans, uma blusa verde com uma borboleta branca e uma sandália bege. Penteou os longos fios louros e passou um brilho labial nos lábios.

Pegou o celular e viu uma ligação perdida. Flynn. Resolveu ligar de volta. Ele poderia querer colocar o encontro mais para cedo. Tocaram uma, duas, três vezes até ele atender.

— Oi amor. – Flynn falou do outro lado da linha sem empolgação nenhuma. Rapunzel percebeu isso.

— Te acordei? – A menina perguntou preocupada.

— Eu já ia acordar mesmo. – Flynn respondeu com uma risada. Rapunzel suspirou meio aliviada.

— Porque o senhor me ligou? – A menina foi direto ao ponto.

— Ah! – Flynn pareceu se lembrar do que tratava. – Ahn... Bem...

— Vamos Flynn. Pode falar. – Rapunzel incentivou o rapaz.

— Não vai dar para a gente sair hoje. – Flynn falou mais baixo, meio culpado. Rapunzel sentou na cama desanimada.

— Porque não? – A menina perguntou. Estava tão animada para sair.

— Digamos que eu ainda tenho que arrumar tudo para amanhã. – Flynn respondeu sem empolgação. Rapunzel suspirou desanimada. Mais um domingo entediante, conta.

— Então tudo bem. – Rapunzel comentou. – A gente se vê amanhã.

— Ok meu amor. – Flynn falou do outro lado da linha. – Até amanhã.

— Até. – Rapunzel respondeu sem animo algum. A menina colocou o celular em cima da escrivaninha e suspirou.

Desceu as escadas e encontrou sua mãe lendo algo na cozinha. Rapunzel sentou em um sofá de frente para a mãe e ligou a TV.

— Não ia sair hoje com Flynn? – Gothel perguntou para Rapunzel.

— Ia. – A menina respondeu um tanto desanimada. – Mas o Flynn acabou de ligar dizendo que não vai poder.

— E por isso você esta desanimada assim? – Gothel parecia querer rir na cara de Rapunzel. Rapunzel cruzou os braços. – Vai sair com seus amigos. Soluço, Merida, combine com eles.

— Não sei se Merida vai querer sair comigo hoje. – Rapunzel comentou fazendo uma careta. Depois subiu, sem escutar mais a mãe. Se a bem conhecia, ela ficaria conversando e conversando a mesma conversa de sempre. Namorar não é legal naquele momento. Rapunzel teria que curtir a vida.

A menina entrou no seu quarto e pegou seu celular, discou os números mais conhecidos e colocou o ouvido. Tocou uma, duas, três, quatro, cinco vezes, até finalmente atenderem.

— Alô? – A voz de Merida transbordava sono. Rapunzel teve a sensação de que a tinha acordado.

— Merida, sou eu Rapunzel. – Rapunzel falou calma, como se estivesse falando para acalmar alguém.

— Ah! Se fosse outra pessoa, eu juro que faria algo ruim. – Merida falou mais... Acordada do outro lado da linha.

— Quer sair hoje? – Rapunzel perguntou enquanto sentava na cadeira que tinha ali.

— Depende. – Merida respondeu com a voz ainda um pouco sonolenta. Rapunzel ouviu um barulho do outro lado. – O Flynn vai com a gente? – Às vezes Rapunzel se perguntava o porquê da implicância de Merida com Flynn. Flynn nunca fez nada para a amiga, sempre foi gentil e simpático. Merida que às vezes dava umas respostas para Flynn, que deixava Rapunzel sem graça.

— Não. – Rapunzel resmungou.

— Ótimo. – Merida falou mais animada. Outro barulho. – Vou me trocar e lá pelas quatro eu passo ai, pode ser?

— Pensei em ir almoçar. – Rapunzel comentou. Provavelmente, Gothel sairia na hora do almoço, para ir almoçar na casa de uma amiga. Rapunzel, então, teria de preparar seu próprio almoço. E mesmo não sendo um desastre na cozinha, não gostava muito de cozinhar.

— Hum... – Merida suspirou do outro lado da linha. Rapunzel sorriu. – Passe aqui em casa então. Tem uma lanchonete aqui perto que abriu faz pouco tempo, e segundo meu pai, a comida de lá é ótima.

— Ok. – Rapunzel falou levantando animada. – Estou indo ai.

— Vem andando. – Merida pediu. – Eu acabei de acordar.

— Ok. – Rapunzel respondeu rindo. Desligou o celular, mais animada.

Pegou sua bolsa, tacou o celular lá dentro. Remexeu na gaveta da escrivaninha e encontrou sua carteira, a pegando logo em seguida. Diferente de Flynn, Merida não pagaria sua conta.

Olhou em volta, procurando seu melhor perfume. Foi encontrar o seu preferido na sua penteadeira, parado lá, dentro da caixa. Rapunzel o pegou e espirrou no seu pescoço e depois no pulso. Sentiu o aroma do perfume exalar no ar e suspirou.

Foi em direção a janela, e a fechou logo em seguida. Sabia que quando sua mãe saísse, não fecharia a janela do seu quarto. Colocou algumas coisas a mais dentro da bolsa e saiu do quarto. Fechou a porta e desceu as escadas numa despreocupação incomum.

— Ué?! – Gothel pareceu estar surpresa vendo Rapunzel descer animada e preparada para sair. – Achei que Flynn não fosse mais sair com você.

— E não vai. – Rapunzel respondeu abrindo a porta e parando ali. – Vou sair com Merida.

Gothel sorriu.

— Melhor sair com os amigos, do que ter que ficar presa em alguém.

Rapunzel revirou os olhos, irritada, fechou a porta e saiu andando. Sua mãe, quando queria, sabia muito bem acabar com a felicidade de Rapunzel, dizendo a mesma coisa: “Você não devia se prender em alguém. Agora, não vai mais poder sair com os amigos direito.” O que Gothel não entendia, era que Flynn era diferente. Ele não era tão ciumento quanto Gothel achava que ele era, e muito pelo contrario, ele incentivava Rapunzel sair com seus amigos.

A menina andou mais um pouco. Amava morar em frente à casa de Soluço, mas depois que o Frost se mudou, teve a certeza de que queria se mudar para algum apartamento.

— Hey loirinha! – Jack falou se aproximando e caminhando junta da menina. Rapunzel não respondeu. Estava sem paciência. – Obrigado pelo lanche de ontem. – Jack agradeceu.

— Não foi nada. – Rapunzel comentou enquanto continuava a andar.

— Vai sair com Flynn?

— Não. – Rapunzel respondeu. – Merida.

— Ah! – Jack pareceu lembrar-se de algo e continuou andando, desta vez sorrindo. – A ruivinha é bem legal.

— É eu sei. – Rapunzel afirmou. Por um instante pareceu não se preocupar. – Espera. Achei que não tivesse falado direito com Merida.

— Na festa? – Jack perguntou. Rapunzel assentiu com a cabeça. Jack sorriu. – Não, eu a chamei para sair. Na festa eu nem lembrava o nome dela. – O menino sorriu e soltou uma pequena risada.

— A chamou para sair? – Rapunzel perguntou, já achando que o menino mentia. – E ela aceitou?

— Depois de eu insistir muito... Sim. – Jack falou na maior normalidade possível. Depois um sorriso se abriu no rosto do menino. Um sorriso malicioso e divertido. – Ciúmes, loirinha?

— Não. – Rapunzel respondeu baixo, ainda não acreditando no que ouvia. – É só que... Merida não é de sair muito com os meninos.

— É porque ela me conheceu somente agora. – Jack falou rindo. Rapunzel revirou os olhos.

— Você realmente se acha.

— Não. – Jack respondeu, sem ser perguntado. – Eu só falo a verdade.

— Ok, Frost. – Rapunzel falou parando de andar, fazendo Jack parar brutamente e virar-se para ela. – Pode ir encontrar quem você quiser, menos a Merida. – Jack arqueou uma sobrancelha. – Hoje, me deixe em paz.

— Não vou encher sua paciência loira. – Jack falou se aproximando cada vez mais de Rapunzel.

— Ótimo! – Rapunzel soltou sorrindo convencida. – Perfeito! Agora, me de licença.

— Não se preocupe. – Jack falou ainda na frente de Rapunzel, e ainda sorrindo de um jeito divertido e malicioso. – Hoje é domingo e eu preciso descansar. – Deu um passo para o lado, deixando com que Rapunzel continuasse sua caminhada. A menina deu um sorriso agradecido e começou a andar com rapidez. – Mas amanha é segunda! – Jack gritou ao longe. Rapunzel o ignorou. – E ai acaba o meu descanso!

Rapunzel continuou andando, como se não tivesse escutado nada do que Jack havia dito. Estava começando a sentir tanto ódio por aquele garoto, que estava prestes a estourar a cabeça dele.

Andou mais alguns quarteirões até, finalmente, chegar à casa de Merida. Tocou a campainha duas vezes, até Fergus abrir a porta, e logo em seguida um sorriso. Abraçou Rapunzel a puxou para dentro.

— Princesa, há quanto tempo que eu não te vejo! – O homem falou sorrindo e fechando a porta atrás de si.

Um dos gêmeos se aproximou de Rapunzel e sorriu. Rapunzel sabia que aquele era Harris, o que a garota mais gostava. Harris foi andando em direção a Rapunzel e lhe deu um abraço, Rapunzel abaixou e apertou o menininho nos seus braços.

— Merida esta no quarto dela. – Elinor falou dando um beijo na testa de Rapunzel e indo em direção a cozinha. Rapunzel assentiu e foi até o corredor, parando em frente a uma porta amarela com notas musicais pretas “voando”. Deu duas batidas e abriu a porta em seguida.

— Você nunca vai esperar eu abrir a porta, certo? – Merida perguntou, olhando diretamente para Rapunzel.

Rapunzel sorriu e entrou no quarto, fechando a porta logo em seguida. Sentou-se na cama de Merida, e viu a menina ajeitar sua mochila. Merida já tinha a ideia de que ficariam até tarde fora, Rapunzel tinha a certeza disto.

— Hum... Merida? – Rapunzel chamou a menina. Tinha uma coisa que batucava na sua cabeça. Não queria fazer aquela pergunta, porque parecia extremamente tosca, e além do mais vinha, também, de uma pessoa extremamente tosca. – Você saiu com o Jack?

— Quem, o Frost? – Merida perguntou ainda concentrada no seu caderno, e nas suas canetas.

— Ele mesmo. – Rapunzel forçou a barra. Queria saber se Merida estava saindo com ele. Afinal, sempre contara as coisas para ela, porque ela não contaria para Rapunzel.

— Quem te contou isso? – Merida perguntou já desconcentrada do caderno e das canetas.

— Então, vocês realmente saíram. – Rapunzel conclui. Merida sorriu de uma forma divertida.

— Não foi um encontro do jeito que a senhorita esta pensando. – Merida adiantou-se em falar. Rapunzel arqueou uma sobrancelha. Quando um menino chama uma garota para sair, na maioria das vezes, sempre tem uma segunda intenção. – Ele queria conhecer a cidade. – Merida falou séria. Rapunzel não respondeu. Poderia ser, como também não.

— Não pareceu que ele queria só conhecer a cidade. – Rapunzel comentou ajudando Merida a pegar um de seu caderno. Tinha vários espalhados pela mesa, e a menina não sabia qual pegar.

— Quem te contou tudo isso? – Merida perguntou parando de mexer nos cadernos e encarando Rapunzel, desconfiada.

— Ele mesmo. – Rapunzel bufou de irritação enquanto se lembrava de ver o garoto hoje, já irritando o seu dia.

— Quando o encontrou? – Merida perguntou. Rapunzel viu ai uma chance de zoar a garota.

— Quando eu estava vindo para cá. – A menina respondeu. – Ele mora com Soluço, então, em frente a minha casa. – Rapunzel explicou, antes de tudo. Merida assentiu e continuou olhando seus cadernos. Rapunzel deu um sorriso divertido para si. – Não se preocupe. – A menina falou chamando a atenção de Merida. – O Frost é todo seu...

— Ah! Vá te catar, Rapunzel! – Merida falou dando um tapa no ombro da amiga. Rapunzel foi mais para o lado e começou a rir.

— Ai Merida, você devia ter visto sua cara! – Rapunzel exclamou ainda rindo. Merida revirou os olhos, guardou dois cadernos na sua mochila, e um estojo pequeno. Depois tacou a mochila em um canto do quarto e pegou uma bolsa que estava em cima da cadeira.

— Vamos? – Perguntou animada. Rapunzel parou de rir, enxugou os olhos e seguiu Merida, saindo do quarto da menina. Merida a acompanhou. – Pai! To saindo! – Merida gritou já fechando a porta.

As meninas andaram até a lanchonete. Rapunzel tinha de admitir. Era muito bonita. Toda a lanchonete tinha uma decoração, estilo retro, vintage. Era perfeito para Rapunzel. O chão era todo de piso quadriculado preto e branco. As paredes num tom de verde água bem clarinho. Várias janelas estavam espalhadas pelo local. Alguns quadros, cartazes, de Marilyn Monroe, Elvis Presley ou da Coca-Cola estavam espalhados pelo local. Os estofados dos bancos eram em um tom de vermelho bem fraco, com um triangulo branco costurado. A mesa também era branca, com um potinho de canudinho, um porta guardanapos, um ketchup, uma maionese, e um pote com gelo em cima. Rapunzel estava encantada com aquela decoração, com tudo aquilo ali.

Seus olhos toparam com uma Cadillac vermelha ali paradinha. A menina sorriu surpresa e encarou Merida, que apenas sorriu e deu de ombros. Depois de ficar impressionada com o local, conseguiu ouvir a música. Batidas rápidas, vozes rápidas. Conhecia aquela música, sua mãe escutava muito. Elvis Presley, Rapunzel tinha certeza de que era de Elvis Presley. Sorriu. Sua mãe adoraria essa lanchonete. Olhou em volta e viu de onde o som saia, um jukebox estava ali parado, soltando o som. Rapunzel olhou encantada para as luzes que piscavam, trocavam de cor e “se moviam”.

— Rapunzel? – Merida a chamou ao longe. Rapunzel virou-se para a amiga e sorriu.

— Esse lugar é incrível! – Rapunzel exclamou se sentando de frente para Merida, num almofado ao lado da parede. Rapunzel ficou triste por não ter sentado ao lado da janela, mas percebeu o movimento que a lanchonete estava, e várias famílias vinham ali.

Rapunzel viu uma menininha tentar entrar na Cadillac que estava ali, porém seu pai foi mais rápido, a pegou e voltou a sentar na mesa onde estava. Rapunzel viu os garçons, as garçonetes vestidos com a roupa tema. E patins nos pés! Rapunzel sorriu quando uma garçonete fez uma virada brusca e parou ao seu lado, fazendo sua saia balançar e subir um pouco.

— Querem anotar o pedido? – A garçonete perguntou sorrindo. Rapunzel analisou o cardápio e pediu um lanche mesmo. Não estava se importando com sua alimentação. Já estou fora mesmo.

— E ai? – Merida perguntou tentando puxar assunto. Rapunzel sorriu para a amiga. – Mais um ano vai começar... – Merida olhou para suas mãos juntas em cima da mesa.

— Acho que nada vai mudar. – Rapunzel comentou olhando para uma velhinha que comia um lanche e conversava animadamente com uma moça de mais ou menos vinte anos.

— Ta de brincadeira, né? – Merida perguntou rindo de deboche. Rapunzel fez cara séria. – Rapunzel, o Jack vai entrar! O Frost!

— Isso não muda em nada. – Rapunzel retrucou mexendo no porta guardanapo. – Todo ano entra alguém novo. E nunca muda.

Merida riu.

— Mas olhe de quem a gente esta falando! – A menina parecia querer rir cada vez mais. E sua risada era totalmente debochada e divertida. – Jack Frost! – A menina exclamou ainda dando uma risadinha. – E se ele é do jeito que ele me contou ontem, ele vai aprontar muito.

— Duvido. – Rapunzel murmurou para si mesma. A menina acreditava que Jack Frost poderia sim, mudar a vida de algumas pessoas, mas não mudar a escola, como Flynn fez quando entrou. Era diferente. Bem diferente.

— Eu acho que você esta mais preocupada com o SAT. – Merida comentou encarando a menina. Rapunzel suspirou. Esse era o ultimo ano, e queria passar numa das melhores universidades. Queria crescer na vida, e para isso tinha que estudar. Iria prestar o SAT esse ano, junto com vários colegas. Mas estava com medo. – Não precisa ficar com medo, ok? – Merida perguntou sorrindo. Por um momento, Rapunzel viu o sorriso de Soluço estampado no rosto de Merida. – Você é inteligente, é esperta.

Rapunzel sorriu.

— Mas eu tenho que estudar...

— Ok, ok, ok Rapunzel. – Merida falou sorrindo para a garota. – Hoje é o nosso último dia de férias, amanhã você pode começar a pensar no SAT, nas faculdades, universidades, qual você preferir, mas, por favor, não vamos falar de colégio hoje, ok?

Rapunzel sorriu divertida e assentiu com a cabeça. Merida sorriu vitoriosa. A garçonete chegou sorrindo também. Ela deu uma virada, e Rapunzel se perguntou como as coisas que estavam em cima da bandeja não caíram. Novamente a saia da garçonete voou, e seu sorriso ficou maior. Ela colocou o pedido de Merida na frente dela, e o pedido de Rapunzel na frente da garota.

Rapunzel olhou o prato e sorriu. Todo decorado, o seu prato era da Marilyn Monroe. A menina pegou os guardanapos e pegou seu lanche. Mordeu um pedaço, e sentiu o sabor do lanche invadir seu corpo.

Merida também parecia sentir o mesmo sabor, pois comia com toda a vagarosidade que podia. Rapunzel sorriu e deu outra mordida. A música que antes era do Elvis, mudou para alguma do The Beatles. Rapunzel sorriu, lembrando quando Soluço fez a menina escutar várias músicas dessa banda. Rapunzel podia cantar, mas sua boca estava cheia de lanche.

— Você vai com Soluço amanhã? – Merida perguntou, com a boca já não cheia de lanche.

— Não sei. – Rapunzel falou dando de ombros e quando terminou de dar um gole na sua coca. Não havia falado com Soluço ainda. Flynn poderia buscá-la, mas ela escolheria ir com Soluço, como fez na metade do ano letivo anterior. Só tinha um único problema: Jack Frost os acompanharia.

— Então fala com ele logo. – Merida pediu, logo em seguida mordeu seu lanche com vontade.

— Tem o Frost ainda... – Rapunzel murmurou, mas não baixo o suficiente.

— Acho que você não foi com a cara dele. – Merida falou encarando Rapunzel. A menina apenas deu de ombros. Merida esperava que ele falasse o que? Que ela realmente não havia gostado do jeito dele? Não tinha gostado do jeito atrevido dele. Parecia ser mais metidos que os amigos de Flynn. – Ele é legal. – Merida falou parando de comer. – Você só tem que conhecê-lo melhor.

— É porque ele não se tacou em cima de você! – Rapunzel rebateu. – Vou ver com Flynn. Talvez eu vá com ele.

— E você vai deixar seus melhores amigos na mão? – Merida perguntou meio incrédula. Rapunzel sorriu. Merida não era boa atuando.

— Vocês são bem grandinhos, não acha? – Rapunzel perguntou sorrindo de canto.

— Mas mesmo assim Rapunzel. – Merida protestou. – É o primeiro dia de aula, você devia ir com a gente.

— Mas o Frost vai estar lá também! – Rapunzel quase gritou. Uma moça que estava do lado das meninas, encarou Rapunzel. Rapunzel ignorou, como sempre fazia.

— Eu falo com ele. – Merida falou bufando. – Peço para ele ficar na dele. – Continuou. – Pode ser? Ai você vai com a gente, ok? – Rapunzel pode ver o brilho no olhar de Merida. Rapunzel assentiu lentamente. Se não tivesse Jack, a menina iria mais feliz, e mais tranquila.

Rapunzel voltou sua atenção no pedaço de lanche que ainda pausava no pratinho. A fome já não vinha mais. Mordeu mais um pedaço e então sentiu seu estômago rodar e rodar e pensou que ia por para fora. Ingeriu rapidamente um gole de coca e suspirou. Merida percebeu o ato.

— Esta tudo bem? – A menina perguntou parando de comer o seu lanche e fitando Rapunzel. Rapunzel apenas assentiu. Não estava tudo bem, mas tinha que fingir. Fazia isso muito bem, por isso ainda continuava em cima. – Não Rapunzel. – Merida falou autoritária. Rapunzel a fitou. – Não esta tudo bem. – A menina afirmou.

— Esta tudo bem, Merida. – Rapunzel sorriu para a amiga, porém sua cara de confiança permanecia. Merida voltou a comer seu lanche, enquanto Rapunzel colocava guardanapos em cima do seu lanche. A menina tomou mais um gole de coca e virou para encarar aquele local extremamente lindo.

— Vamos? – Merida perguntou enquanto a garçonete lhe entregava uma “pasta” pequena e preta. Rapunzel assentiu, enquanto se levantava. Pegou a sua bolsa e vasculhou a carteira lá dentro. Tirou-a quando Merida chegou ao caixa. Dividiram a conta e saíram daquela lanchonete linda.

Rapunzel andou ao lado da amiga. Estava cansada e aquele sol não a fazia muito bem. Sentiu sua costa queimar, sua cabeça ficar mais quente e sua barriga enjoada. O mundo parecia querer rodar, rodar e rodar. Rapunzel estava com uma sensação estranha. Tudo ganhou uma cor extra, um vento percorreu o interior do seu corpo. Viu um sapo enorme pulando na sua frente e depois uma enxurrada de neve.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram do final? Para quem não sabe, uma jukebox são aqueles "rádios" onde saiam som, foto:
http://thumbs3.picclick.com/d/w500/pict/290944131882_/Crystal-View-Retro-Jukebox-Juke-Box-AM-FM-Radio.jpg
se alguém quiser me dar uma, eu aceito de boa...
Eu queria agradecer a Myh, pela recomendação divônica, e é claro, você também terá um capítulo em sua homenagem (estou sendo justa apenas). Então, senhorita Myh, escolha um casal, e me fale, o capítulo deste casal saira para a senhorita :)
ENQUETE: Para você que não votou, vote!

Eu comecei a focar num tumblr meu ai, e queria saber a opinião de vocês.
Qual a alternativa vocês escolheriam? Eu criei um tumblr exclusivo para duas fics minhas, uma é Friendly Life, e a outra eu vou falar com vocês dela no capítulo 10, ok? Hum.. lá teria curiosidades sobre a fic, capítulos bônus (por exemplo, muita gente gostaria de ver como foi o 'encontro' entre a Merida e o Jack, certo? Lá teria esse capítulo!) Capítulos vindo do ponto de vista de outras pessoas, tais como Flynn, Emma, Astrid, enfim, várias. Teriam também entrevistas, um pouco sobre a cidade... Vocês conheceriam a fanfic um pouco mais, ENTÃO ASSINALE A ALTERNATIVA:
VOCÊ TOPARIA UM TUMBLR SOBRE A FIC?
a) Sim, acompanharia todos os dias para ver se teria alguma coisa nova.
b) Sim, mas acompanharia somente se você me lembrasse.
c) Tanto faz.
d) Tanto faz. Para mim não faria a minina diferença, já que eu não leria.
e) Não! Isso vai ser perca de tempo para o seu lado.
f) outra resposta.
Ok, beijos, e vejam Doctor Who!