Friendly Living escrita por Meire Connolly


Capítulo 40
Capítulo XL. Rapunzel


Notas iniciais do capítulo

I'm backkkkkkkk!
E ai folks, how are you doing? Hu? Hu? Hu?

Estou animada hoje, mentira, estou me sentindo culpada porque comi muito doce hoje, e eu definitivamente não deveria comer muito doce. Ahhh, mas fazer o que. E estou com sono também, porque acordei cedo (para fazer um MALDITO simulado da MALDITA escola onde estudo, hehe, adorável).

Bom, mas vamos focar na fanfic, right? Right!

No capítulo de hoje vamos retratar um encontro entre o Flynn Rider e Rapunzel Corona, antigos namorados, que agora parecem se odiar. Nossssa, como essa história vai acabar? (rimei, não rimei? Vou ser a nova Fernando Pessoa, vou sim).

Mas enfim, o fato é, leiam o capítulo, e vamos divergir nossas ideias :)



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RAPUNZEL CORONA

 

Rapunzel realmente se assustou quando ouviu Flynn gritar seu nome. E ela não precisou nem olhar para o lado para saber que era seu ex-namorado, Rapunzel conhecia a voz de Flynn melhor que ninguém. E talvez isso a incomodasse um pouco, mas nada mais a incomodou ao vê-lo todo arrumado e cheiroso e com os olhos aflitos e certamente ansiosos. Rapunzel não sabia que Flynn viria na festa. Na verdade, até passou algum tempo imaginando com quem seu ex-namorado viria, mas não conseguia imaginar uma garota ao seu lado — e não sabia se era porque ela sempre se imaginou ao seu lado, ou se era porque sentiria ciúmes ao imaginá-lo com alguém.

— Como você está? — o moreno indagou quando os dois estavam em silêncio sozinhos, numa das salas de estar que tinha por ali. Rapunzel assentiu levemente, sentindo o buquê que Jack havia lhe dado pesar em suas mãos.

— Bem — respondeu voltando a fitar o rapaz, que tinha as mãos no bolso da calça social. — E você?

— Bem também — respondeu com um mínimo sorriso, e algo dentro de Rapunzel se remexeu, sabendo que aquele mínimo sorriso não era por ele estar ali falando com ela, e sim, talvez por estar esperando uma garota chegar. — Então... Nós estamos bem, não? — indagou apontando para os dois, e arqueando as sobrancelhas.

— Oh, sim, sim — Rapunzel respondeu com um pequeno sorriso, sentindo-se certamente estranha ao falar aquilo. Ela não estava mentindo, mas também não estava dizendo a verdade. Era realmente estranho conversar com seu ex-namorado sabendo que você o traiu e sabendo que ele sabe.

— Ótimo — Flynn abiu um sorriso maior ainda, e depois fitou o buquê nas mãos de Rapunzel. — É do Frost? — indagou apontando levemente para o buquê nas mãos da garota. Rapunzel assentiu levemente, olhando também o buquê bem feito e quase sorriu consigo ao lembrar-se do rapaz de fios brancos e olhos azuis. — Isso é bom, mostra que ele gosta de você — o moreno acrescentou, por mais que não estivesse sorrindo.

Rapunzel ergueu seus olhos para Flynn.

— Você acha? — indagou levemente, e Flynn assentiu.

— Não é todo rapaz que pensa em levar um buquê de flores para uma menina na festa de outra — completou, e Rapunzel deu um mínimo sorriso, fitando as flores. — Mas, bem, se ele fizer algo que te desagradar, eu ainda estou aqui pronto para socá-lo — comentou com um pequeno sorriso, e Rapunzel se permitiu rir, por mais que aquilo ainda estivesse constrangedor. — Afinal, nós somos amigos, não somos? — o rapaz indagou e Rapunzel percebeu que ele estava um tanto quanto receoso.

E ela também estava. Eles eram amigos, afinal de contas? Quando Flynn lhe pediu em namoro pela primeira vez, eles não se falavam muito, era apenas pequenos cumprimentos ou reuniões por conta dela ser a capitã das líderes, e ele o capitão dos jogadores. Depois de quando Rapunzel negou, eles prometeram se conhecerem melhor, e Rapunzel sempre soube que Flynn nunca teve interesse em ser sua amiga. Mas, seu namorado.

E agora, eles eram amigos? Depois de tempos namorando, eles eram realmente amigos?

— É, nós somos — respondeu com um mínimo sorriso. Seria mais fácil concordar do que ficar listando o porquê de não serem amigos. Mas Rapunzel sabia, ela tinha certeza, de que eles não eram amigos. E nunca seriam. Eles namoraram, eles trocaram declarações, eles se beijaram, eles passavam tempos juntos. Eles faziam coisas que amigos não faziam. Eles nunca seriam verdadeiramente amigos.

— Que ótimo — Flynn sorriu, e Rapunzel percebeu que ele parecia um tanto quanto animado com a ideia. Ela não conseguia entender. Porque ele mudou tão rápido afinal? Porque o interesse de serem amigos, porque ele simplesmente apareceu ali naquela festa e até brincou com o fato de Jack ter lhe dado um buquê?

Ficaram em silêncio. Rapunzel analisava o buquê de flores em mãos, com o pensamento voando por ai. A estranha sensação inquieta dentro de si, perguntando a si mesmo o motivo de Flynn Rider estar sendo tão legal com ela, como Jack estaria saindo lá fora, com Emma andando por ai e podendo colocar coisas na cabeça do rapaz. Não que Rapunzel duvidasse que Jack ouvisse a garota. Ela sabia que Jack era esperto o bastante para simplesmente recusar as ideias malucas de Emma e voltar a andar por ai.

— Então... — Rapunzel começou a falar, ainda fitando o buquê, mas sentindo-se muito desconfortável com Flynn a sua frente. Sentiu os olhos do rapaz a analisar, e isso a deixou mais incomodada. Numa outra época, Rapunzel até daria uma volta, e Flynn assobiaria com um sorriso divertido no rosto. Os dois ririam e depois se beijariam. Mas por algum motivo, ela não sentia falta disso. — Com quem você veio? — indagou, erguendo o rosto e fitando o antigo namorado.

Flynn mordeu o lábio inferior, e Rapunzel soube na hora que ele estava com alguém que incomodaria a loira. A garota quis suspirar, e dizer que eles não deviam satisfação mais, e que eles poderiam ficar com quem bem entendessem, afinal de contas, ela mesma estava com Jack Frost, o rapaz que Flynn parecia não admirar muito; mas, ela apenas esperou uma resposta.

— Então... Nós estamos bem, né? — indagou com uma ponta de nervosismo nos lábios já vermelhos de tanto morder, e uma mão coçando a nuca, escondendo que estava um tanto nervoso. Rapunzel não falou nada. — Digo, sem ressentimentos? Nós terminamos, meio que eu terminei, de uma forma não tão pacifica, admito, e peço desculpas por aquilo, mas eu não acredito nisso de “dar um tempo” — fez aspas com a mão, ensaiando um sorriso divertido nos lábios. Mas Rapunzel ainda o fitava séria. — Estar aqui nesta festa com certas pessoas não significa muita coisa, não? Tudo bem, que para você deve significar, já que você está com o Frost, e você meio que me traiu com ele, mas-

Oh, meu Deus! — Rapunzel exclamou nervosa, assustando ao moreno que rapidamente calou a boca. — Qual é o seu problema, Flynn? — indagou nervosa, porque porra, não estava nada bem entre os dois. Ele era tão estúpido a ponto de fingir que estava? — Quer ficar jogando na minha cara que eu te trai? Pode jogar, foi a verdade, você sabe disso! Mas e o fato de que você drogou o Jack no jogo da vida dele?

Eu não o droguei! — Flynn respondeu, com a voz levemente alterada, e mais alta. Rapunzel percebeu que todo aquele nervosismo que o menino parecia sentir já não estava mais ali. — Foi ele quem pediu, foi ele quem quis experimentar! — gritou mais alto.

— Cala a boca, Flynn, que você sabe que pode se ferrar se Jack abrir a boca e falar que foi você! — a loira retrucou, um tanto quanto nervosa com o rapaz. Não era a primeira vez que discutia com Flynn, mas diferentemente de todas as outras discussões, aquela não terminaria em beijo. — Você fez isso porque não admitia que ele tinha se tornado o quarterback! Você fez isso porque é um egoísta mimado que não aceita perder para os outros, que não aceita ceder nunca!

— Bem, eu perdi você para ele, e nem por isso fiz algo contra você! — o moreno berrou novamente, e Rapunzel sentiu que falar aquilo magoava o rapaz. Ela sabia que magoava. Afinal de contas, ela também se sentia magoada. Era estranho pensar que Rapunzel o traiu. Que eles terminaram porque Rapunzel traiu Flynn. — Ele pegou tudo o que era meu! Minha namorada, meu cargo, meus amigos, o que você quer, Rapunzel? Que eu aceite, abaixe a cabeça e finja que está tudo bem?

— Mas não precisava tê-lo drogado! — ela gritou mais alto, sentindo os nervos a flor da pele, e uma raiva lhe consumir.

— Por favor, será que vocês dois poderiam parar de gritar? — uma mulher entrou na sala onde estavam, com o rosto nada receptivo, e Rapunzel culpou-se mentalmente, apenas assentindo para mulher. A morena olhou para os dois, e então saiu dali.

Rapunzel observou Flynn passar a mão no rosto e depois no cabelo, puxando-o para trás e desorganizando todo o penteado. A menina suspirou, colocando o buquê de flores em cima de uma mesa, e apoiando-se na parede.

— Então não somos amigos — Flynn concluiu de costas para Rapunzel, que ficou muda. Ela esperava que ele entendesse seu silêncio como um sinal de que não eram amigos. E de que nunca viriam a ser. — Eu nunca imaginei que esse dia chegaria — falou após alguns segundos, e então Rapunzel ouviu um suspiro. — Mas, eu trouxe alguém sim para a festa, Rapunzel, e eu não vou deixar de ficar com ela, só por sua conta.

— E eu fico feliz ao ouvir isso — Rapunzel rapidamente falou, fitando Flynn que ainda estava de costas. — Nós somos livres e independentes para fazer o que bem entender, e isso quer dizer trazer quem bem quiser para a festa. Eu não me importo com quem você fica, ou com quem você deixa de ficar, Flynn, e isso vale o mesmo para você — concluiu, e viu Flynn se virar novamente para a loira.

— Ótimo, porque eu trouxe a Merida — falou com a voz séria, e Rapunzel ergueu uma sobrancelha.

— A Merida? — indagou levemente, torcendo para ter entendido errado. Flynn assentiu levemente, com os braços cruzados e o rosto sério. — A Merida? — indagou novamente, e Flynn assentiu. — A Merida, minha melhor amiga, ruiva de olhos azuis, a Merida DunBroch que estuda no mesmo colégio que nós, e que sempre foi a minha melhor amiga? — frisou o melhor amiga, entretanto Flynn não pareceu vacilar, e assentiu.

— Eu não conheço outra — acrescentou e estava com um pequeno sorriso no rosto.

Rapunzel o fitou, chocada, assustada, confusa, não conseguindo acreditar no tamanho absurdo que ouvia. Merida? A sua melhor amiga Merida saindo com o seu ex-namorado? Mas... Mas a Merida sabia dos dois, claro que sabia, e ela sempre frisou que odiava o moreno, não importasse o que.

— Porque está fazendo isso? — perguntou ainda nervosa, com a mão na testa tentando absorver tudo o que acontecia. — Flynn, Merida é a minha melhor amiga! Você está fazendo isso para me atingir? — indagou irritada. Mataria o rapaz se ele estivesse fazendo isso. Depois do que Flynn fez com Jack, ela não duvidava de mais nada.

— Eu sei, ela também frisou isso, mas Rapunzel, eu gosto dela, okay? Gosto dela pra caramba, e o mundo não gira em torno em você — falou, sério. — Eu não tenho culpa se tenho atração pela sua melhor amiga, mas tenho culpa no fato de que eu não vou desistir dela só porque vocês duas são amigas — continuou fitando a ex-namorada, que olhava para todos os lugares, menos para o rapaz a sua frente.

— É por isso que você veio aqui — Rapunzel concluiu, fitando Flynn.

— Eu só queria saber se estaria tudo bem em entrar com Merida, mas pelo o que parece... — ele deu de ombros, levemente. — Não esta tudo bem — concluiu.

Não, claro que não! — Rapunzel elevou o tom de voz, mas logo deu as costas para o rapaz, controlando-se porque sabia que aquela mulher a expulsaria dali se ela voltasse a gritar. E ela definitivamente não queria ser expulsa da própria casa. — Minha melhor amiga saindo com o meu ex-namorado, você consegue entender o quão absurdo isso é? — voltou a fitar Flynn, que tinha as mãos dentro do bolso da calça social.

— Você está com o Frost, e eu estou aceitando isso — deu de ombros.

É diferente, Flynn! — Rapunzel rapidamente falou. — Você — apontou o dedo para Flynn — está com a minha melhor amiga, com a garota que eu vejo todos dias, com quem eu compartilho segredos, com quem eu sempre saio; eu estou com o rapaz que você odeia, que evita ficar por perto, que passa longe — complementou. — São situações diferentes, Flynn, são situações completamente diferentes — terminou, virando o rosto, e passando a mão na testa, com cuidado para não estragar a maquiagem.

Ficaram em silêncio por alguns minutos — mas que para Rapunzel pareceu serem horas —, e Rapunzel pensou em tudo o que estava acontecendo na sua vida. Era tão estranho, tão diferente, tão estranho, e tão... Horrível. Ela não queria aquilo. Ela só queria poder voltar a sua antiga vida, com todos ao seu redor. Mas parte de si desejava aquela nova vida, onde Jack fazia parte, onde Hiccup estava solteiro, onde ela conseguia enxergar o interesse de Flynn em Merida.

— Eu não vejo diferença — Flynn falou depois do silêncio que foi confortável para ambos. — Nós estamos saindo com pessoas que desejamos sair, somos livres para fazer o que bem entender, somos livres para escolher quem quisermos escolher. E não importa o que você diga, Rapunzel, eu vou insistir na Merida, você gostando sim ou não.

Aquilo definitivamente foi uma facada no peito da menina. O pensamento de que Flynn possa sempre ter gostado de Merida, e que Rapunzel não passara de uma diversão lhe atingiu a mente. Poderia ser verdade, afinal, Flynn nunca realmente demonstrou interesse em ficar com Rapunzel por ser a Rapunzel, e sim porque ela era a capitã das lideres de torcida. Tudo bem que Rapunzel sabia que com o tempo Flynn possa ter adquirido sentimentos profundos por ela, afinal, ele se declarou, mas... E se no início fosse tudo uma mentira só para se aproximar de Merida?

— Por favor, só saia da minha frente — pediu com a voz baixa, sentindo seus olhos arderem e a garganta doer. — Só por favor, não apareça mais na minha frente — sussurrou novamente, olhando para baixo, sentindo uma tremenda vontade de chorar.

— Rapunzel...

— Por favor, Flynn, por favor, saia — insistiu. — Você pode ficar com a Merida, eu não ligo, somos livres para escolhermos quem quisermos, só saia da minha frente — pediu novamente.

Desta vez o moreno não insistiu, e saiu dali. Rapunzel ouviu seus passos se distanciarem, e sentiu vontade de deitar ali no chão, e chorar. Chorar tudo o que tinha para chorar quando imaginava seu ex namorado com sua melhor amiga.

Mas ela não fez isso.

Segurou as lágrimas, ergueu a cabeça, ajeitou o cabelo, pegou o buquê de flores e saiu daquela sala procurando por um vaso. Ela estava livre, fora de um relacionamento, livre para entrar em outro relacionamento, ou apenas em mais uma diversão com Frost. Ela queria apenas sorrir, mostrar a Flynn que estava tudo bem, e dizer a Merida que estava tudo bem eles ficarem juntos, que estava tudo ótimo, ela não se importava.

Por mais que no fundo, estivesse extremamente magoada.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

Gente, eu nunca tive um namorado, e o máximo de uma "relação amorosa" que eu cheguei foi ficar com um rapaz (e olha que a gente nem conversava direito. Ele morava em outra cidade, e vinha aqui quando tinha festas, nós ficávamos e pronto, quem é você?); então eu não sei como a Rapunzel deveria se sentir em relação ao Flynn. Acho que vai demorar um pouco para ela se esquecer completamente do Flynn, afinal de contas, ele foi o primeiro namorado dela, namoraram por bastante tempo, se declararam e toda aquela baboseira, so...

É, eu fiz o que eu achei que ficaria legal fazer, o que eu ACHEI que deveria ocorrer, porque eu realmente não tenho o mínimo de experiência nesse assunto (sou tipo o desastre do desastre do desastre do desastre amoroso).

Bom, mas espero que tenha ficado ao agrado de todos vocês, e espero que gostem do capítulo. O próximo vai ser do Hiccup, e mais uma questão: vocês acham que o Hiccup deve perdoar o Jack? Yes or no?

Beijos de luz no heart e até mais ver o//



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