Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 55
Capítulo 55: O Estado Ensolarado


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, não deu para desejar feliz natal e nem feliz ano novo... Mas aqui está o capítulo novo, tá bem simples, mas vim preencher esse vazio que ficou por alguns meses. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383166/chapter/55

Quando Blaine chegou à Florida ele não acreditava que realmente estava naquele lugar. Quer dizer, ele tinha acabado de sair do avião e nem tinha visto a cidade, mas tinha certeza que era um lugar incrível como Sam tanto dizia. O Anderson caminhou ao lado de Kurt, que usava óculos escuros e um sorriso leve nos lábios. Ele mal podia esperar para ver Sam, sentia tanta falta do melhor amigo. Assim que ele atravessou o portão de desembarque, seus olhos procuraram o loiro. Kurt teve vontade de rir ao ver a ansiedade do namorado, mas estaria mentindo se dissesse que também não estava ansioso pelo reencontro.

Foi fácil de encontrar Sam no meio daquela multidão, ele estava segurando uma placa escrita “Klaine” em letras garrafadas. Kurt caiu na risada enquanto Blaine logo correu para colidir contra o amigo loiro em um abraço apertado. Algumas pessoas olharam a cena curiosa, sem entender nada.

— Eu senti tanta falta de vocês! — Sam disse, tendo os dois amigos em seus braços. Ele não podia estar mais feliz. — Eu sei posso estar exagerando, mas sério, eu senti falta pra caramba.

— A gente também, Sam. — Kurt sorriu e Blaine concordou. — Cadê Oliver?

— Ollie precisou resolver alguns problemas com Sebastian. — Sam revirou os olhos, dando de ombros. Seu relacionamento com o outro garoto estava ótimo, mas ainda havia o empata foda do Sebastian por perto. Seu sócio não era alguém fácil. Oliver tentava amenizar toda a tensão entre os dois. — Mas está indo tudo bem entre nós dois.

Aquilo aliviou tanto Kurt quanto Blaine.

— Vamos! Espero que não se incomodem com o veículo, mas o meu está no conserto. — Sam sorriu, ajudando os amigos com as bagagens.

— Eu mal posso esperar para sair desse lugar! — Blaine tremeu.

Kurt e Blaine tinham poucas bagagens, mas se dependesse de Blaine, Simon estaria numa das malas. Eles atravessaram o aeroporto e finalmente saíram do lugar agitado. A primeira coisa que atingiu Blaine era o quão quente estava, embora ainda fosse relativamente cedo. Não era nem um pouco parecido com o que ele tinha vivido em Ohio ou New York.

No estacionamento, era impossível não ver a Kombi azul e branca com a logo da Na’vi Surf. Aparentava estar em um bom estado, diferente do que Sam dizia. Talvez fosse a pintura do veiculo que enganasse. Também havia algumas pranchas de surf presas sobre o veículo. Blaine parecia maravilhado com o carro, acabou confessando que sempre foi fã de carros antigos, algo que nem Kurt sabia.

Já dentro do carro e fora do estacionamento do aeroporto, Sam puxou uma conversa.

— Como foi a viagem? Teve algum problema?

— B teve dificuldade para dormir durante o voo, algumas turbulências, mas ocorreu tudo bem. — Sorriu carinhoso para o namorado. — Faz tanto tempo que não venho para cá, está tudo diferente, mas continua lindo.

— Você costumava vir para cá?

— Ele vinha sempre que podia. — Sam respondeu. — Tenho boas memórias de todas as vindas.

— Houve algumas recaídas. — Kurt corou, olhando através da janela. Blaine assentiu lentamente, entendendo do que se tratava. Sentiu uma pontada de ciúme, mas sabia que seria passageiro. — Eu sempre quis que tudo estivesse bem entre eu e Sam, não perdemos o contato depois que terminamos. Quinn também sempre arranjava algum motivo para visitar.

— Ficávamos bêbados e acordávamos na praia no dia seguinte. — Sam lembrou.

Kurt fez uma careta com a lembrança, principalmente com a parte que todos acordavam com uma ressaca horrível pela manhã. O humor de Quinn era pior que o normal, ele riu ao lembrar.

— Podemos levar Blaine em uma festa e ver o que acontece.

— Sim!

— Não. — Kurt cortou. — Cedo demais para isso.

Sam e Blaine suspiraram em seus lugares.

Kurt ainda não estava pronto para um Blaine totalmente bêbado. Claro, ele já tinha visto um pouco disso na festa de comemoração do seu contrato com a editora. Porém, ele conhecia bem os tipos de bebidas das festas que Sam estava falando. Não era nada comparado com o suco batizado que tinha Blaine bebido naquela noite. Ele era meio receoso sobre Blaine e bebidas.

— Então, Blaine, estamos indo para uma vila chamada Júpiter.

— Como o planeta?

— Sim, mas é uma vila. — Sam respondeu sem tirar os olhos da estrada. — Estamos indo para a minha casa, já que Kurt me disse que vocês não estão em um hotel. Eu tenho um quarto de hóspedes e espero que gostem.

— Sua loja fica perto? — Blaine perguntou.

— Oh, sim. — Sam assentiu. — Não fica muito longe da praia, por isso tenho essa kombi para levar alguns equipamentos nos eventos de surf.

— Tipo competições? — Sam assentiu. — Isso é demais. Sobre minhas aulas de surf...

Blaine parecia ter parado para pensar no meio da conversa. Kurt tirou os olhos da janela e cutucou o namorado, que apareceu acordar.

— Sim, Blaine?

— Que tal você me dar um emprego na loja e me ensinar a surfar como pagamento?

Blaine bateu suas coxas, sorrindo ligeiramente com a ideia de aprender a surfar.

— Eu não sei, Blaine... Não é apenas ficar na praia todos os dias. — Sam advertiu.

Blaine balançou a cabeça rapidamente.

— É arenoso, tedioso, ás vezes, muita papelada. Talvez um pouco de levantamento de peso se eu colocá-lo no estoque ou com algumas pranchas.

Sam já tinha tomado uma decisão. Ele sabia que precisava de ajuda extra quando Oliver estava ocupado. Quando pararam em um sinal vermelho, ele observou o comportamento de Blaine, divertido.

— Tudo bem, Blaine Anderson. Amanhã, oito horas começaremos.

A casa de Sam não era grande, mas também não era pequena.

Blaine não queria se impressionar com o lugar, mas não foi possível. Uma varanda fechada, onde cadeiras e mesas de bambu ocupavam o lugar, abria-se em um fresco saguão ladrilhado. Os quartos estavam distribuídos por ambos os lados, iluminados e espaçosos com móveis de carvalho caídos e sofás moles e macios. Almofadas se espalhavam pelas cadeiras e sofás, competindo com o colorido dos muitos arranjos de flores. Era elegante e acolhedor, e Blaine reconheceu algumas das fotografias que descoravam o lugar. Fotos de Quinn, Kurt e Sam juntos, havia até mesmo uma com ele.

No quarto de hóspedes, onde ficaria Blaine e Kurt, tinha uma pequena varanda, dando vista a rua pouco movimentada. Também era possível ter uma ideia de como era a praia.

— You used to call me on my cell phone, late night when you need my love… — Blaine cantava baixinho enquanto Kurt passava o sabonete em suas costas, demorando mais que o normal só para ouvir sua voz.

Kurt falou para ele entrar debaixo da água, e ele fez isso, fechando os olhos quando a água a atingiu, deixando a boca entreaberta. Kurt tinha que se controlar para não foder Blaine ali mesmo, debaixo do chuveiro. Merda. Eles estavam na casa de Sam.

Ele virou de costas e pegou o shampoo, passando em seu cabelo agora molhado, para tirar a atenção de Blaine e não ficar excitado ali mesmo. Depois de alguns segundos, ele sentiu dois braços descendo por seu abdômen e parando em sua cintura, e o queixo sendo apoiado em seu ombro.

—Você é tão bonitinho. — Blaine disse, beijando sua bochecha.

Kurt riu.

— Obrigado, eu acho.

— Deixe-me ajudar com isso. — Ele tirou as mãos de Kurt de seu cabelo, trocando pelas suas e massageando seus fios. Kurt gemeu baixinho em aprovação, fazendo Blaine sorrir.

O menor fez uma conchinha com as mãos, pegando um pouco de água do chuveiro e pediu para que Kurt olhasse para ele, jogando a água em seu rosto logo depois.

— Seu pestinha! — Ele riu e encostou Blaine na parede, ao que ele mesmo ficou debaixo do chuveiro, balançando seus cabelos para tirar o shampoo e segurando os pulsos de Blaine contra a parede, ao lado de sua cabeça.

Blaine só riu, mas não falou nada, ao que Kurt sorriu e soltou seus pulsos, mordendo o lábio.

Blaine o puxou, beijando-o com vontade, fazendo Kurt ficar contra a parede. Ele pegou uma coxa do mais velho e colocou ao redor do seu quadril, ainda o beijando de língua. O ambiente ao redor deles começou a esquentar e Kurt gemeu quando Blaine pressionou seus quadris contra os dele, encostando suas ereções.

— B-Blaine... — Ele tentou falar.

— Shhh... — Blaine desceu os beijos por seu pescoço.

— B, meu celular... — Ele disse, e Blaine finalmente ouviu um toque de celular do lado de fora do banheiro.

— Não deve ser nada demais.

Kurt tentou falar duas vezes, mas o toque de Blaine o deixara sem fôlego.

***

Às sete e cinquenta e oito da manhã, Blaine estava esperando por Sam encostado na kombi. O ar estava quente e ventoso. Sam teve que tomar seu café rapidamente, ele não imaginava que o moreno iria levar tão a sério o trabalho e as aulas. A verdade era que Blaine realmente estava animado, tanto para trabalhar na loja quanto para as aulas de surf. Kurt teria um compromisso pela amanhã e deixaria para encontrar os dois na loja mais tarde.

Em alguns minutos, eles chegaram à loja. Blaine foi recebido com um abraço apertado por Oliver, era meio estranho, mas ele também sentia saudade do outro. Logo depois, Sam tratou de apresentar Blaine aos seus funcionários, poucos, mas o suficiente para manter aquela bagunça sob o controle. Steven, era um dos funcionários, era o irmão mais novo de Sam. O Evans mais novo estava de férias e aproveitou para dar uma mãozinha para seu irmão na Flórida. Ele era um mini Sam, tinha os cabelos loiros e caídos sobre o rosto e os olhos verdes, iguais os de Sam. Blaine gostou da sua simpatia.

— Sam, eu estou indo dar um passeio com Blaine. — Steven anunciou orgulhosamente.

Sam assentiu com a cabeça e tossiu um pouco, com a mão sobre o peito. Blaine virou-se ao som e observo-o em silêncio. Oliver também tinha os olhos sobre o namorado, com uma revista nas mãos.

— Não há muito para ver. — Sam disse, com a voz um pouco rouca.

— Um passeio verbal. — Steven sorriu. Ele colocou um braço em volta dos ombros de Blaine e apontou para a porta da frente aberta. — Esta é uma porta. É onde os clientes entram. Nós normalmente furamos as pranchas lá fora. Nós temos de todos os tipos, normalmente mantemos todos dentro na maioria do tempo.

Ele girou para a esquerda e apontou na recepção da loja.

— Há o registro. Nós temos os aparelhos e acessórios neste quarto, você sabe, as roupas de Na'vi Surf, chinelos, almofadas de tração, todos aqueles presentes. E então a próxima é a sala da diretoria. Todas as pranchas estão à venda, algumas novas, algumas usadas.

Blaine assentiu.

— No fundo, temos a sala de estar, sala de estoque, o banheiro.

Sam abafou outra tosse e respirou fundo e voltou a classificar as roupas.

— Água? — Oliver perguntou enfaticamente, olhando fixamente para a parte de trás da cabeça de Sam.

— Há um oceano à direita na frente de você. — Sam respondeu.

— Olha, se você vai começar o sua tosse ofegante, você precisa... Vá dormir ou tomar alguns...

Sam cortou a fala de Oliver apenas com um olhar. Oliver balançou a cabeça gravemente e levantou as mãos. Blaine observava a interação. Foi como uma batalha silenciosa de vontades, e ele estava completamente no escuro. Steven suspirou e afagou a cabeça de Blaine.

— Vamos lá. Eu vou te mostrar como nós fazemos o estoque.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então os meninos já estão na Flórida, ainda vai rolar muita coisa. No próximo capítulo temos: surf, uma surpresa e talvez alguém bastante alcoolizado. Não esqueçam que eu sempre tento atualizar aos domingos então fiquem espertos! Valeu e falou, gente :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Literally Falling From A Parachute" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.