– Zero não deixe que ela escape!

– Ta bom Lin! - exclamou Zero apertando o abraço.

– Zero, não fui eu - disse Lin preocupada.

–... O que?

– Sim, fui eu - uma jovem igual a Lin mas com vestes brancas,pele clara e cabelos loiros se aproxima, ela tinha tatuagem amarelas-claras nas mãos e nos pés,flutuava calmamente e sua presença era extremamente agradável.

– Agnécia! - sibilou Puro Mal dando um desagradável sorriso. - A vagalume resolveu dar uma fugidinha também é ?

– Calada, não vou dirigir palavras a vermes como você, irei nos selar na Lin novamente e tudo voltará ao normal . - anunciou Agnécia com autoridade se aproximando do Puro Mal.

De repente o teto explode assustando alguns presentes, um ser encapuzado pousa entre as divindades e chuta Zero, que bate com força as costas na parede, Lin se levanta rapidamente e junto com Agnécia avançam no inimigo inesperado mas ele saca uma espada e atira uma lâmina grande e negra para o alto, destruindo ainda mais o teto e fazendo-o desabar entre eles.

– Cuidado Lin! - exclama Agnécia puxando a garota e impedindo dos destroços cairem nela.

– Bye, bye - despediu-se com um sorriso falso e uma risada venenosa enquanto o teto desabava, impedindo-as de avançar.

– Ai, que força - comentou Zero massageando o peito.

– Zero rapido atrás delas! - exclamou Agnécia enquanto Lin levava a Holy para um lugar seguro.

Zodd e Salisa se levantaram irritados, ele pos a mão na máscara, estava um pouco quebrada e revelava parte do seu rosto e de seus cabelos ruivos-alaranjados rebeldes.

– Zodd - chamou Salisa visívelmente furiosa. - Não podemos deixa-los viver, destrua tudo.- Zodd pegou a Verstummler, os olhos de sua máscara por um instante brilharam num tom roxo escuro, a Verstummler respondeu com outro brilho e seus olhos abriram olhando freneticamente para todos os lados, ele a levantou a arma, encravando a no chão violentamente.

– Expurgo! - poderosos cortes passaram por todos os lados, estourando e destroçando as paredes como faca em manteiga. A pressão do golpe fora tão forte que derrubou Zero, que havia acabado de se levantar , as garotas e as vigas de sustentação da casa.

– Mas o que aconteceu? - se perguntou Lin se levantando aturdirda, um reboco da casa ameaçou cair nela porém uma marreta gigante a protegeu no último instante.

– Droga. - resmungou Holy estressada apoiada em Lin- me pegaram distraída.

– Rápido vamos sair daqui! - exclamou Agnécia, guiados pela deusa eles correram para a cozinha. Agnécia atirou uma rajada luminosa explodindo a porta e seguindo para a saída, todos correram quintal a dentro, dada a distância olharam para trás vendo os últimos momentos de seu lar, alguns vizinhos se aproximaram pasmos pela destruição repentina, já Lin e os outros estavam tranquilos por terem saído com vida.

– Precisamos sair daqui. - disse Holy com a voz pesada e cansada.

– Espere. - pediu Agnécia calma como sempre observando o local a sua volta. - Eles não retornaram, pensam que estamos mortos. - a deusa voltou o olhar para eles. - Vamos manter assim e ir para a casa de alguém confiável.

– Mas quem? Quem podemos confiar? - perguntou Lin.

Elesis estava na sala deitada no sofá vendo TV, um baby doll vermelho com estampas de espadas e um shortinho branco eram suas únicas vestimentas no momento, os cabelos rubros espalhados no sofá e a feição cansada alertavam sua preguiça como um farol.

– Terei de sair, Ronan teve uma folga e foi para a pizzaria. - disse Lass ajeitando a katana embainhada no cinto. - Parece derrotada, o que foi?

– Nada - respondeu lenta e preguiçosamente, o ninja deu de ombros e saiu, deixando a ruiva com seu olhar melancólico para a porta. Ela voltou o olhar a TV ligada a um canal qualquer, ela não se importava com o que passava, estava pensando no que sentiu naquela tarde e no que significava.

– Droga, eu preciso tanto assim de alguém? Droga - se levantou e deu uns tapinhas no rosto. - Foco no plano Elesis, foco no plano. - repetiu para si mesma. Ela se levantou e seguiu para o banheiro distraída, caminhou preguiçosamente até ele, abrindo a porta sem se tocar na luz já ligada, se despiu e andou até a cortina, abrindo-a finalmente notando que não havia só uma, mais duas pessoas na banheira.

– Hm? Oi Elesis. - cumprimentou Zero totalmente ensaboado na banheira, e incrivelmente com os óculos, atrás do garoto lavando seus cabelos estava a divindade, igualmente ensaboada até o pescoço, coisa que escondia o corpo dos dois.

– Querida, precisa bater antes de entrar. - reclamou Agnécia.

–... - Elesis observava atônita a cena prestes a explodir de raiva.

– Wuuu - Zero soprou bolhas para o alto, uma girou no ar e lentamente estourou no nariz da ruiva, junto com sua paciência.

– O QUE VOCÊS FAZEM AQUI!?!?! - gritou furiosa dando para ouvir do lado de fora.

– DROGA AGNÉCIA TERMINOU? - gritou Lin arrombando a porta irritada.

– Você não confia nem na deusa? - perguntou Holy.

– Não com aqueles peitos. - disse apontando para "os grandes vales" da divindade.

– Eu disse que só iria lavar o cabelo dele, eu amo cabelos. - sorriu Agnécia de forma inocente, Zero relaxou a cabeça para trás sentindo algo fofo, achou curioso e ficou balançando a cabeça para frente e para trás, Agnécia olhava curiosa enquanto Lin fuzilava-os com os olhos, Holy botava a mão no rosto incrédula e Elesis se perguntava como ele conseguia ser tão...ele.

– Olha Lin, são bem macios. - sorriu Zero recostando com a cabeça nos seios da Agnécia.

– AGORA JÁ CHEGA!! VENTOS DA DIVINDADE! - gritou criando um tornado gigante em cima deles.

– AHH EU TO DE TOALHA. - Elesis segurava a toalha enquanto e Agnécia se seguravam no teto.

– Zero, isso é o seu-

– QUEREM ME DIZER O QUE FAZEM AQUI??? - berrou Elesis irritada interrompendo Agnécia.

– Ai ela disse “Sai para lá seu nojento” e eu ganhei um tapa. - contava Elsword andando com Raven e Chung, os três haviam terminado o expediente na Pizzaria Ninja e agora seguiam para suas respectivas casas.

– Mas Els, porque pediu para pegar na bunda dela? - perguntou Chung com uma gota na testa.

– Era grande demais e ela era uma tabua, eu queria saber como isso é possivel! - Chung pôs a mão na testa e abaixou a cabeça, o amigo era um caso perdido.

– Mas se vai ver,se vai ver, ela ainda vai ser minha! - exclamou determinado.

– Se você continuar assim nunca vai conquistar a-

– O que é aquilo? - perguntou Raven olhando para a nuvem de fumaça que cobria o céu, os três se entreolharam e correram para o local, chegando lá encontram o que seria a casa do Zero e do Lupus, o local estava rodeado de bombeiros,guardas e de curiosos, os três se aproximaram de um dos bombeiros que ordenava o serviço de buscas.

– Deixa que eu pergunto. - pediu Chung.

– Porque não eu? - perguntou Elsword, Chung e Raven se entreolharam e depois olharam para o ruivo, que fez um muxoxo em protesto. - Malditos.

– Senhor, por favor, poderia nos dizer o que ouve? - perguntou Chung o mais gentil que ele podia.

– Olha garota, essa informação é sigilosa. - respondeu o bombeiro sério voltando o olhar para a prancheta que segurava.

– Ga-ga-garota. - gaguejou Chung em choque.

– Porque?! Meus amigos e uma morena gostosa moravam nessa casa! - disse Elsword irritado.

– Ordens superiores agora deêm o fora daqui! - expulsou o bombeiro, alguns guardas se aproximaram e começaram a empurrar eles para fora da área.

– OLHA AQUI! ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM NÃO! EU MARQUEI TUA CARA VACILÃO SE APARECER NA MINHA QUEBRADA A PARADA VAI ESQUENTAR PRO TEU LADO SEU MARICA. - gritava Elsword com direito a soquinos no ar e cara feia.

– Hmpf, bobo. - Os três saíram da área se afastando aos poucos, viraram uma esquina e entraram numa ruela.

– E então? - perguntou Elsword, Raven tirou um broche prata do bolso.

– Peguei isso enquanto vocês os distraiam, além de ter lido na prancheta dele uma contagem de corpos, mercenários no geral e guerreiros sem identificação.

– E tinha alguém da Grand Chase lá? - perguntou Chung.

– Não tinha nada escrito, provavelmente querem certificar que eles morreram mas, porque? - os três colocaram a mão no queixo pensativos, Elsword levantou o olhar e sorriu.

– Acho que sei quem vai poder nos ajudar. - sorriu Elsword.

– Espera, ta me dizendo que vocês foram atacados por soldados, perderam a casa e que um ser de pura maldade está a solta e nós estamos aqui parados sem fazer nada? - perguntou Elesis, estavam no quarto da ruiva, ela sentada na cama com as pernas entrelaçadas, Lin, Agnécia e Holy na sua frente e Zero olhando para ao parede.

– Não consigo senti-la, deve ter feito algo para selar os poderes. - comentou Agnécia pensativa.

– Ela teve ajuda, não sabemos quem foi mas era poderoso. - disse Lin.

– E aqueles soldados, o que quase me matou era da Ernas Justice. - lembrou Holy.

– Eles só se movem com as ordens do banana, porque ele nos quer mortos? - perguntou Lin com um tom curioso. - Será que ele libertar o Puro Mal já?

– Não, parecia mais uma mensagem. - disse Elesis.

– Uma mensagem, para quem?

– Lupus. - todos, menos Zero, olharam para Elesis, algo os dizia que ela estava certa, a ruiva fechou os olhos e suspirou, estava na hora.

– Eu falo com o Lupus. - revelou para eles. - Na verdade, nos comunicamos faz um tempo. - ela engoliu a seco e ajeitou o cabelo atrás da orelha, de certa forma era difícil contar aquilo para eles. - Ele ta vindo pra cá e tem provas para derrotar o banana e trazer a verdadeira paz para Ernas de volta. - apertou o olhar. - E salvar a Lire, talvez ele queira usar vocês para fazê-lo vir mais rápido e cair numa armadilha , com a destruição da casa talvez consigam atrai-lo para uma armadilha.

– Não conseguem não. - rebateu Zero ainda olhando para a parede, o garoto estava sentindo se alguém proximo além deles,por alivio só havia um Ryan dorminhoco nos quartos ao fundo. - Eu estou aqui para protegê-los de qualquer mal - estufou o peito e apontou para si mesmo com o polegar - Seja ele banana ou não.

– Que bonitinho. - sorriu Agnécia fazendo-o perder a compostura de leve.

– Que cara é essa? - resmungou Lin de cara feia.

– N-nada. - encolheu Zero com medo,Holy inflou as bochechas de ciúme e afundou o rosto na cama da ruiva.

– Que foi Holy? - perguntou Elesis, Lin e Zero olharam para ela assustados, Elesis estranhou o fato dos amigos fazerem sinais para ela parar de fazer perguntas.

– Nada. - sua voz saiu abafada e preguiçosa,Elesis riu.

– Ora,pode me contar amiga. - sorriu Elesis porém a garota se arrependeu de ter dito aquilo, a pequena olhou para ela com os olhos cheios de lágrimas e fazendo bico.

– EU VOU MATAR AQUELE IDIOTA!!! ELE ME DEIXOU, EU...Eu...eu preciso dele….BUAAHHHHH - a paladina enfiou a cara de novo no colchão, Todos se afastaram um pouco do momento de psique da paladina mas de certa forma Elesis entendia o que ela sentia,por um instante a ruiva sentiu falta de alguém do lado dela.

– N-n-não vamos perder o foco da conversa pessoal.

– Elesis porque está vermelha? - perguntou Zero.

– Hã? - indagou num tom desafinado, ela se assustou com a própria voz,estava fina demais para ser ela. - E-eu estou bem! - por instinto a ruiva acabou saindo do quarto. - Já volto. - gritou do lado de fora.

– Eu não entendo as garotas, sério. - concluiu o andarilho depois daquilo tudo.

A ruiva vestiu um sobretudo e saiu de casa, estava bem confusa e tinha de se concentrar no plano, andou um pouco, estava um pouco frio e tinha quase ninguém na rua para vela vestida daquele jeito, suspirou um pouco aliviada, caminhou até uma pequena praça construida a pouco tempo, o local era familiar, ficava num campo aberto e bem amplo, ela respirou fundo podendo sentir o cheiro leve da relva, sentou no balanço melancólica, aquele lindo parque já fora o local da base da equipe, local onde todos se reuniam,não para serem guerreiros, mas para serem uma família. Olhou para baixo um pouco triste, sentia saudades dos velhos tempos.

– Elesis? - uma voz a chamou, a ruiva levantou o olhar e viu Dio, o asmodiano estava com o cabelo preso num rabo de cavalo, usava um casaco roxo de capuz,uma calça presta com uma listra branca nas laterais e um tenis social marrom. - Tudo bem?

– Dio! Bom te ver. - sorriu amarelo para o garoto. - O que faz essa hora?

– Rey - Dio fechou a cara e levantou a coleira que carregava, erguendo junto Mary, o bastião da Rey.

– AU! AU! AU!

– TO SABENDO SER INFERNAL! - os dois começaram a rosnar um para o outro, Elesis pôs a mão na boca, segurando o riso.

– Vocês não mudam. - Dio e Mary olharam para a ruiva e se entreolharam, Dio pegou a cadela no colo e sentou no balanço do lado.

– Nós nunca mudamos, ganhamos afazeres novos, um visual também. - disse puxando uma mecha do cabelo- Mas sempre seremos os mesmos.

– Pois é. - sorriu Elesis voltando o olhar para os pés. - Dio...como é amar!?

– Ugh! - Dio se assustou com a pergunta. - Olha, e-eu sou comprometido e vamos nos casar sabe e-

– Não você seu idiota é- - a ruiva desviou o olhar para o lado. - O-outra pessoa. - Dio sorriu, nunca pensou ver esse lado da ruiva.

– Bom,eu nunca pensei que iria ter algo com a Rey, ela é muito mimada, gosta de espalhar a desordem, ama uma bagunça e gosta de dominar as pessoas como se fossem bolsas,nós brigamos muito também, você sabia que ela deixa a toalha molhada em cima da cama, eu me mato de trabalhar e pra chegar em casa-

– Dio… - Elesis olhou séria para ele.

– Ah, desculpa, bom, mas. - o garoto olhou para o céu limpo e cheio de estrelas. - Ela me entende sabe, passou o tempo inteiro do meu lado e sempre se preocupou comigo, apesar de tantas coisas negativas sobre ela eu...eu não consigo viver sem ela, ela me dá as forças necessárias para viver, sempre está me apoiando e quando penso em fazer algo sozinho ela me força a fazer junto com ela, como uma equipe. - o garoto voltou o olhar para a Elesis - Como uma família.- Mary olhou para Dio e lambeu seu queixo de leve, Dio olhou para ela e a abraçou. - Isso é o amor sabe, cuidar do próximo como sua vida, talvez algo maior

– Que bonito. - sorriu Elesis.

PUMM

– O que? - o asmodiano olhou para o casaco e ficou branco na hora - AH SACANAGEM QUE VOCÊ CAGOU NO MEU CASACO! - gritou Dio se levantando e olhando para o manchado.

– AU! - Latiu Mary no chão olhando para a cara do Dio.

– AÉ, VOLTA AQUI QUE VOU CAGAR EM VOCÊ!!! - gritou Dio irritado, Mary começou a correr enquanto Dio a seguia irritado.

– Hahahahaha - riu Elesis, foi muita coincidencia ter encontrado logo o asmodiano ali, ela começou a se balançar, seu coração estava mais tranquilo, ela sabia com quem falar, quem sempre estava do lado dela e a apoiou nos momentos mais dificeís, mais do que qualquer um, ela sorriu, pensando na pessoa que confiaria seu coração.

Lass chega prefeitura um pouco mais demorado que o normal, ele vinha se esforçando tanto para que todos ficassem bem que pouco pensava em si. O ninja cruzou o hall de entrada e cumprimentou a secretária que já estava de saída a distância, ela dera um leve sorriso quando o viu, reação normal que ele causava nas garotas, mas infelizmente para ela Lass já tinha uma garota em mente, uma certa ruiva cabeça quente talvez.

Entrou no elevador com a mente distante , pensava na Lire, a elfa havia sido sempre tão carinhosa e ele nunca retribuiu, aceitar sua morte seria como cuspir em sua face depois de tudo que passaram.

A porta abriu no seu andar, ele caminhou devagar pensando em seus amigos, Ronan ralava dia e noite, uma por amor ao trabalho, outra em amor a amada, Ryan por sua vez queimava de ciúmes mas gostava de ver os dois felizes, ele riu, sentia saudades até do Jin, eles discordavam em muitas coisas mas os quatro juntos eram quase irmãos.

Irmãos, melhor dizendo, irmão.

Ele parou no hall, pensou em Lupus dessa vez, desejava querer degola-lo mas não podia negar, estava feliz em saber que havia uma família, mesmo que ela tenha tentado mata-lo umas várias vezes.

Voltou a andar, pensava, se o Lupus é tão bom assassino porque o acertará em um ponto não vital? Talvez fosse uma mensagem para se afastar ou somente uma forma de mostrar traição. Mas porque? Ele desejava tanto matar Lupus que nunca sequer pensou em falar com ele.

Ponderou, mas guardou a idéia, chegou ao seu destino, o gabinete do banana.

Prestes a bater a porta se abre, Zodd e Salisa saíram cabisbaixos passando sem falar com o ninja, algo havia acontecido com os dois, viu alguns hematomas e rasgos em suas roupas, nenhum grupo tinha poder para vence-los.

Na verdade, um certo grupo tem.

– Oh Lass, está atrasado garoto, mas gosto de você. - riu Resdal atrás de sua mesa, haviam diversos papéis espalhados em cima dela. Resdal usava um terno escuro com uma gravata amarela. - Vamos entre! - gesticulou animado para o albino, ele entrou vagaroso fechando a porta atrás de si, notou a falta do banana e por isso parou em frente a mesa de Resdal, ele por sua vez notou o olhar curioso do jovem.

– Ele foi para casa, estou cuidando do resto do trabalho, não posso deixar acumular. - riu novamente, Lass sequer esboçou um sorriso, suspirou. - Vou direto ao assunto, alguns membros do Ernas Justice estão longe e por isso quero que organize a guarda no dia da execução, sei que vai fazer o trabalho com excelência, sempre faz.

– Senhor não quero ser chato mas, execução?! - indagou Lass - Nossos métodos foram tão limpos porque-

– Lass, Lass, Lass - interrompeu Resdal. - Não é pela elfa é?

– O que?

– Ronan e Dio já me imploraram para prender os outros rebeldes, Ronan foi até mais longe oferecendo dinheiro mas precisamos dar um basta nessa repudia ao nosso governo, precisamos mostrar que não podemos baixar a cabeça para qualquer tipo de bandido.

– Podemos fazer isso de outro modo, se conversarmos com eles talvez possamos mudar, possamos descobrir o que faz eles serem tão violentos.

– Lass, o que ouve? Você nunca levantou a voz para mim... Até aquela ruiva chegar. - Resdal abriu um sorriso de deboche. - Diga me Lass, você confia nela?

– Claro, ela era minha líder, a melhor diga-se de passagem.

– Tem certeza, não acha que ela não está escondendo algo?

– Todos nós temos segredos.

– E com traídores, quantos tem? - perguntou Resdal, Lass não entendeu e o homem a sua frente tirou uma foto da papelada mostrando a Lass, o ninja a pegou incrédulo, recusava a se a acreditar naquilo.

– Se quiser, pode ficar com essa. - disse Resdal de forma fria, Lass observou de novo, estava Lupus dirigindo sua moto negra em Elyos e Elesis na garupa, rindo com os cabelos ao vento. Lass continuou a olhar a foto por um tempo, respirou fundo, não podia se entregar a raiva, não podia cair no joguinho dele.

– Senhor, irei perguntar a Elesis sobre a foto, se for verdade a trarei para cá, mas até la quero ouvir o lado dela. - O sorriso de Resdal se desfez, não esperava essa reação do ninja, ultimamente ele esteve tão impulsivo, mas dessa vez é diferente.

– Com sua licença. - pediu Lass caminhando em direção a saída, estranho, os passos dele estavam se tornando mais lentos, o ar ficou mais frio, ele tentou tocar na maçaneta mas ela estava congelando, o entorno se tornou escuro como a noite, ele sentiu um calafrio sem igual e a mesa de Resdal era a única coisa que estava iluminada naquele clima mortífero.

– Lass eu não quero ela presa, ela representa um mal a sociedade e por isso quero-a morta, mas sabia que não ia conseguir. - no seu rosto, um sorriso demoníaco se desenhava, algo doente o suficiente para assustar até o guerreiro mais corajoso.

– Seu amor o domina, você a ama demais para fazer algum mal a ela. - o ninja recuava com uma mão na bainha e outra no cabo da katana. - Por isso, ganhei uma ajuda.

– Ajuda? Que ajuda. - perguntou preparado para um ataque.

Um frio enorme percorreu sua nuca, uma presença esmagadora o suficiente para remover as forças dele somente no som de sua respiração, lábios frios encostaram na sua nuca, sua voz era familiar mas soava como um demônio.

– Eu - sussurrou, Lass se virou rapidamente, desembainhando a katana e prestes a decaptar o ser negro quando algo parou sua lamina, Lass olhou confuso e assustado para Edel, que num movimento rápido o desarmou, o Puro mal ajeitou o cabelo, caminhou até o ninja com um olhar maligno e devorador, ela o agarrou pela cintura e o beijou, o garoto se sentia sufocado a cada instante, a dor que o invadia era enorme, como se ácido descesse por sua garganta , sentia seu corpo contrair de dor e adormecer enquanto o ser maligno continuava o beijo, brincando com a língua dentro da boca dele, seu rosto ficava mais e mais sem cor, seus olhos perdiam o brilho e aos poucos sua visão apagava, a bainha bateu no chão emitindo um som oco e profundo, talvez o ultimo som que ele vá ouvir.

– Como disse Lass, gosto de você, mas essas crianças precisam de um inimigo na qual eles não podem matar, que seja tão bom quanto e que consiga trazer a cabeça doa traidores. - Lass sentia o gosto da morte aos poucos.

– Um inimigo perfeito Lass, você.