– Hmm? - Sieghart despertou, estava em um barco cargueiro olhando para o horizonte, o garoto reparou em suas roupas, usava um peitoral negro e uma calça cargo camuflada, vestia um casado preto com detalhe roxos e seu cabelo estava mais curto, carregava junto duas espadas embainhadas, ele mexeu os dedos e mirou sua frente, o porto de Calnat despontava ao horizonte, totalmente tecnológico se estendendo num borrão prata e azul, a cidade toda era bastante colorida com leds brilhando a distancia, estava a tarde ainda, o moreno olhava para tudo espantado.

– Acalme-se Sieghart - Dio apareceu ao seu lado,a armadura de asmodeus colada em seu corpo com diversos adornos com roxo e prata realçava a soberania do garoto. - Estamos na memória da Mari.

– Onde está Duel? - perguntou Sieghart.

– Ele avisou para mim antes de sumir para que fizéssemos tudo o que faríamos para não modificar as memórias dela mais ainda,e algumas das nossas. - Sieghart pressionou a mãos na borda, ele se virou para frente pesaroso. - Imortal, sabe o que precisamos fazer.

– Então vamos reviver aquele momento de novo não é? - perguntou Sieghart olhando para o horizonte, Dio baixou o olhar ficando em silêncio por uns instantes.

– Sim - respondeu o garoto.

– Senhor Burning Canyon, General Sieghart. - disse um soldado se aproximando - O Brigadeiro Graham esta os chamando - Sieghart arregalou os olhos, ele e o roxo se entreolharam e seguiram o soldado.

– E então, o que será que está ocorrendo lá dentro? - perguntou Jin curioso.

– Sei la - Azin e Ryan jogavam cartas do lado do corpo da Mari inerte. - Seria divertido se desse para ver o que eles estão fazendo lá. - Todos olharam para o Grandark.

– Não sei se consigo fazer algo assim!

– Vamos tentar - Azin pegou a mão do garoto e tocou no cabo da Eclipse, Grandark se sentiu tonto e caiu no chão inerte. - Olha,não é que funcionou!

– E se der algum problema, Duel disse que não podemos-

– Blá,blá,blá - Azin interrompeu Elesis - Vamos logo ver isso. - Grandark brilhou e se transformou numa espada de novo, o garoto deu de ombros e tocou no cabo, desmaiando lentamente, todos se entreolharam com medo,não deveriam fazer aquilo,mas, a curiosidade falou mais alto.

– Sieghart,Dio, essa é uma missão que foi pedida pelo próprio Rei de Calnat - explicava Graham sentando atrás de uma mesa de madeira, havia relatórios e dispositivos mágicos em sua mesa, o local onde estavam tinha uma decoração rústica e nobre, digna de um Brigadeiro, dava um sentimento um tanto nostálgico ao imortal. - Devido aos ataques em massa dos asmodianos, ele pediu uma reunião com o líder dos rebeldes deles a fim de descobrir seus planos, diretrizes de ataques,padrões e tudo mais.

– Irei conseguir uma audiência - disse Dio autoritário.

– Muito bom, e você Sieghart, pedirei um favor seu - Sieghart revirou os olhos, já sabia o que ele ira pedir - Preciso que faça a segurança da princesa de Calnat.

– Eu de babá? To fora - respondeu entrando no papel, ele se virou e se preparou para sair.

– Mas isso é uma ordem. - vociferou Graham - Ordem a mando do rei de Calnat. - Sieghart se virou coçando a nuca e deu de ombros. - Fazer o que né?

– Ótimo, os dois devem se apresentar no castelo real, dispensados - os dois bateram continência e saíram da sala, indo até a proa do navio.

– Bom, até então tudo correndo bem. - comentou Dio relaxando do lado do garoto.

– Sim. - Sieghart suspirou com o olhar pesado.

– O que foi imortal? Você não é hesitações.

– Eu sei mas, sei lá cara, to me sentindo estranho aqui, feito um boneco procurando o ponto chave da memória da Mari. - Sieghart via o navio se aproximar do porto lentamente, de longe ele viu um elfo ruivo a distancia correndo, ele estranhou mas decidiu ignorar.

– Seu idiota quer que eles nos descubra?! - perguntou Azin puxando Ryan pela orelha, todos estavam dentro das memórias deles escondidos atrás de uns containers de comida.

– Ai ai ai! Isso dói.

– Não devíamos estar aqui - disse Lire com medo.

– Eu odeio ficar sem fazer nada, temos que ajudar a Mari de algum jeito! - exclamou Elesis decidida.

– Espera, o que eu to fazendo aqui? - perguntou Elsword, todas as garotas olharam para ele.

– Não confiamos em você para cuidar dos nossos corpos, por isso pedimos ao Zero para olhar para nós. - explicou Lin

– Hmmm - Zero lia uma história em quadrinhos enquanto todos estavam jogados pelo quarto, tirou por um instante os olhos da revista e olhou para todos calmamente. - Tudo certo. - e voltou a ler.

– Ah,não é se como eu fosse apalpar uns peitos ou algo assim sabe haha - riu Elsword nervoso.

– "Sei" - pensaram todos encarando o ruivinho.

– Enfim. - Elesis voltou o olhar ao navio onde Dio e Sieghart estavam porém eles já não estavam mais ali. - Droga, perdemos eles, precisamos acha-los!!!
– Vamos nos disfarçar e observar a distancia, iremos nos mover assim que algo fora do normal acontecer – disse Azin, todos concordaram.
– GRAND CHASE!!!...
– Xiiiiu – todos olharam para a Elesis que ficou envergonhada.
– Separem-se – sussurrou a ruiva, todos assentiram e se separaram.

Os dois guerreiros andavam pelos corredores do castelo de Calnat, o local adornado de dourado, azul e vermelho numa decoração imperial demonstrava poder a cada esquina, os dois pararam em frente ao potente portão da sala do rei onde havia talhado em ouro nos enormes portões o símbolo de Calnat, os dois se entreolharam e sem perder tempo abriram o portão.

– Bem vindos! - exclamou o Rei animado, cabelos morenos e olhos castanhos escuros, forte, alto, vestia uma túnica branca com detalhes azuis e uma calça da mesma cor, sua coroa reluzia numa jóia azul grande, ao seu lado estava a Rainha de Calnat, cabelos azuis longos e olhos da mesma cor, um vestido longo azul escuro com detalhes dourados,usava uma coroa parecida com o rei porém mais fina, ela sorriu e acenou para os dois,ao lado deles estavam dois serviçais cujo o capacete escondia a face, os garotos fizeram uma careta, não se lembravam deles, ele se aproximaram do trono e se ajoelharam.

– Meu Rei,que Calnat viva para sempre. - disseram os dois em uníssono.

– Por favor, levantem-se. - pediu o Rei, e os dois se levantaram sem olhar nos olhos deles, Sieghart se lembrava de como o rei de Calnat era mas ainda sim não podia fugir do papel. - Eu consigo ver dois guerreiros quando os vejo e vocês são guerreiros, mas, não irei tomar muito o tempo de vocês, primeiramente, seja bem vindo Dio von Burning Canyon e obrigado pela ajuda dada nos campos de frente.

– Eu que agradeço vossa alteza - agradeceu Dio sem fazer contato visual.

– Bom, gostaria de apresentar a princesa de Calnat,mas, ela não está aqui…agora.

– O QUE!? UGH! - disse um dos serviçais atraindo toda atenção, um de cabelos ruivos, o outro, de cabelos arroxeados deu uma cotovelada na barriga dele.

– Desculpe vossa alteza, estamos de saída. - explicou o de cabelos arroxeados puxando o de cabelos ruivos pelo colarinho.

– Esperem, levem nossos convidados a seus aposentos. - os dois gelaram por um instante.

– Si-s-sim vossa alteza. - disse os dois nervosos.

– Não precisa vossa alteza, iremos dar uma volta pela cidade antes de descansar. - disse Sieghart.

– Muito bem, estão convidados para o almoço hoje a noite, dispensados - ordenou o Rei, os dois mais uma vez o reverenciaram e se retiraram do recinto.

– Se lembra de onde ela está? - perguntou Dio caminhando pelos corredores do castelo.

– Sim, jardim, mas não podemos nos encontrar lá, já que devemos seguir as memórias dela. - disse Sieghart, o garoto esbarrou em alguém quase caindo. - Ah, perdão.

– Não eu me desculpo - disse um jovem de cabelos e olhos vermelhos,usava uma túnica vermelha com detalhes em preto e dourado e uma calça da mesma cor, Sieghart e Dio o reconheceram de imediato. - Ah, vocês são os convidados do rei,os chamados para cuidar da princesa, prazer,sou o primeiro ministro Bardinar. - cumprimentou ele.

– Prazer, General das forças Highlander, Ecnard Sieghart - cumprimentou Sieghart.

– Lider do terceiro pelotão dos rebeldes, Dio von Burning Canyon - cumprimentou Dio, porém Bardinar segurou sua mão, olhando para a garra.

– Hmm, arma interessante a carrega.

– É a minha mão, fui acometido por um triste experimento - respondeu Dio fitando Bardinar, o olhar dele brilhava de uma forma um tanto maligna.

– Interessante. - Bardinar soltou a mão do Dio, Sieghart fechou os olhos e começou a contar mentalmente.

…3

…2

…1, o imortal abriu os olhos com um sorriso sacana.

– Bom, espero que a estadia aqui os satisfaça e-

– FIZZZ!!!! - chiou um robô empurrando Bardinar até a parede.

BAAAAMMM!!!

– O-o que?! - se levantou o político confuso vendo uma garota correndo até ele, ela usava um short e uma blusa azul, seus olhos tinham uma coloração peculiar, um era vermelho e o outro azul, seus cabelos azuis iguais os da mãe estavam presos no coque mal-feito.

– Perdoe Bardinar. - disse Mari preocupada, Sieghart olhava para ela, a garota de sua vida estava na sua frente mas ele não podia abraça, não agora.

– M-MARI!! O que eu disse sobre mexer com os robôs serviçais?!

– Eles estavam lentos e sem graça! Precisava melhora-los - disse Mari orgulhosa, duas empregas, uma ruiva e uma loira, começaram a varrer os destroços do robô.

– Bom, esses são Dio e Sieghart, vão lhe acompanhar durante seu dia-a-dia a partir de hoje. - disse Bardinar voltando a sua compostura.

– Prazer princesa. - disse Dio reverenciando de leve.

– Coé! - disse Sieghart acenando com uma mão.

– Ah! - a garota olhava para o Dio com os olhos brilhando - Você é um demônio!

– GAH! - urrou Dio irritado.

– Pfff…demônio..- Sieghart segurava o riso.

– NÃO COMEÇA!!! - gritou Dio irritado vendo as duas serviçais rirem também. - GAH!!!

–SUA MÃO!!! - Mari pegou a garra do Dio e olhou mais de perto - Tão poderosa, tão firme, tão linda. - a garota colocou a mão para trás e tirou uma serra elétrica. - Preciso estuda-lá!

– DE ONDE VEIO ESSA SERRA!?!?!? - gritou Dio assustado.

– Fique parado - disse Mari séria - Ou você poderá se machucar.

– VOCÊ VAI CORTAR A MINHA MÃO!!!!

– AHAHAHAHHA - riu mais alto a serviçal ruiva, Sieghart e Dio olharam para ela curiosos, a loira cutucou a ruiva, que se tocou no que havia feito, as duas reverenciaram e se afastaram.

– Aquela risada não era familiar? - perguntou Sieghart.

– Realmente,parecia-

BROWWWW

– EU JÁ MANDEI PARAR AHHHHH!!! - gritou Dio vendo Mari ligar a serra, o garoto conseguiu soltar a mão dela e começou a correr atrás dele.

– Hey espera ai - Sieghart segurou a lamina da serra, forçando a parar, Mari olhou para ele impressionada.

– V-Você parou uma serra mágica.

– Pois é eu…espera mágica? - perguntou Sieghart não se lembrando desse detalhe fazendo a serra cortar dois dedos dele fora, além de machucar a mão - AHHHHHHHHHHHHHHH!

– AHHHHHHHHH - gritou Mari assustada. - Sangue! Sangue!

– É MEU SANGUE, VAI PEDIR AJUDA!!! - gritou Sieghart segurando a mão.

– Preciso coletar amostras - disse Mari pegando uma gota de sangue com um conta-gotas

– QUAL É O TEU PROBLEMA!??!!??!

– PAREM DE GRITAR! - ordenou Bardinar fazendo todos olharem para ele,o jovem caminhou até a princesa e tirou a serra de sua mão, a desligando. - Ótimo agora vão para a enfermaria os três!

– Saco - Sieghart olhou para a mão cicatrizando rapidamente e os dedos novos que cresceram, uma das vantagens de ser imortal, cura instantânea.

– Ai tento entender o porque tanto estardalhaço, você é imortal, não vai morrer tão cedo. - disse Dio escorado na parede da enfermaria, o local era pintado de branco com dourado com seis camas encostada nas paredes,todas esculpidas belamente sobre o carvalho branco e pintado de puro ouro.

– Você é imortal?! - perguntou Mari olhando para Sieghart com os olhos brilhando.

– S-sim eu sou e- - Mari levantou a blusa do garoto e começou a desenhar um linha pontilhada com um marcador. - NADA DE ME ANALISAR!!!!

– Desculpe, eu gosto de analisar tudo o que é diferente e novo porque-

– Você nunca saiu do palácio,né? - Mari olhou para ele impressionada, o imortal sorriu de leve para ela, já sabia a história, acreditava que dar uma acelerada não fará mal.

– S-sim. - disse triste.

– Mas… porque? - perguntou Dio.

– E-eu não sei. - Dio e Sieghart se entreolharam, sabiam o porque, mas não seria bom revelar naquele momento. - Bom, irei para o meu quarto. - Mari se levantou e foi andando até seu quarto.

– Controle-se imortal - disse Dio desencostando da parede e se aproximando dele.

– Desculpe, é dificil me controlar com ela por perto.

– Eu sei mas ainda sim não pode se esquecer de nossa…- Dio parou, preocupando o imortal.

– O que foi?

– Eu não sei, mas acabei de sentir um asmodiano por perto, a energia dele é agitada, descontrolada e autoritária, chega a ser esnobe algo assim.

– ATCHIM! - espirrou Rey vestindo uma roupa de cavaleira, a garota usava o capacete para esconder seu rosto e malhas de metal para esconder sua pele.

– Rainha peituda, está doente?! - perguntou Elsword preocupado, ele usava uma roupa de cavaleiro menor.

– Não me chama disso maldito! - exclamou Rey irritada. - Não, sinto que alguém está falando de mim.

– Acredito que todo mundo. - Elsword olhou em volta, o Malha apertava o corpo da asmodiana realçando o e a armadura não escondia todo o seu seio, criando um decote junto ao malho, coisa que todos os homens próximos "reparavam".

– Bando de tarados - resmungou Rey lançando um olhar mortal para os que olhavam para ela.

– Ah Zero - Edel entrou no quarto usando uma blusinha branca que deixava a barriga a mostra e um short bem curto azul.

– Ah, oi Edel. - sorriu Zero cumprimentando a garota.

– O que estão todos fazendo? - perguntou Edel olhando em volta, ela olhou para Lin e sorriu de leve.

– Estão fuxicando a memória da Mari, dai eu to vigiando para que nenhum mal em potencial os ataque assim e tudo mais. - Zero ergueu um saco de batatinhas para a garota - Quer?

– Obrigada - Edel pegou um pouco e olhou curiosa para todos. - Zero, não tá sentindo algo? - perguntou acariciando os cabelos do garoto.

– O que?

– Acho que você tá diferente, mais…sabe…- Edel o fitou com um sorriso sacana e deslizou o dedo na perna do garoto, uma energia negra correu pela perna dele e…

PUM!

– Opa, é acho que comi algo estragado - disse Zero pondo a mão na barriga e soltando outro pum. - Já volto, olha eles ai eim! - correu o garoto para o banheiro, Edel olhou de novo para Lin e tocou em sua mão, uma energia negra correu novamente e passou pela mão da garota.

– Sim, acorde minha outra parte. - sorriu Edel malignamente. – Está na hora de plantarmos algumas “sementes”.

– Ugh!

– O que foi Lin? – Perguntou Arme junto da Amy, as três estavam numa loja de doce local com vestidos básicos de plebeus.

– Senti uma dor de cabeça. – disse Lin massageando a têmpora.

– Tem como sentir dor aqui? – perguntou Amy de boca cheia.

– Parem de comer, vão falir a loja – disse Lin.

– Porque acha isso? – perguntou Arme também de boca cheia.

– Vocês podem pagar por isso né? – perguntou o dono da loja, as duas olharam para ele.

– Pagar? Por que eu pagaria num so-

– AHAHAHAHA claro que vão senhor – disse Lin rindo forçado para o homem enquanto tapava a boca da Amy, o senhor arqueou uma sobrancelha e se afastou. – Para de lamber minha mão! Sua palerma quer entregar o disfarce?

– Desculpinha, sua mão ta com gosto de doce.

– Ninguém merece – Lin pôs a mão na testa enquanto Arme ria, as três não perceberam a sombra da Lin se distorcendo e depois um parte se separando dela, deixando a sombra da garota normal novamente.

– Nossa, já esta de noite – Dio olhava pela janela de seus aposentos, o quarto dos garotos era todo de madeira, haviam duas camas, uma de solteiro e uma de casado, um armário de madeira negra e um banheiro.
– Sim – suspirou Sieghart deitado na cama. – Nossa cara, eu tenho que me lembrar que isso é uma missão, mas aqui é tão bom. – o moreno fechou os olhos apreciando o conforto da cama

– Pois é, a nossa mente é o melhor refugio para fugir da realidade. – comentou Dio olhando para as estrelas, Sieghart estranhou uma coisa e abriu os olhos assustado.

– AH DROGA!!!
– O que foi? – perguntou Dio olhando o amigo se levantando rapidamente e calçando as botas.
– A Mari foge do castelo hoje e eu a flagro fugindo, como eu pude esquecer disso! – o garoto foi até a janela – Fica aqui! – e pulou de pleno terceiro andar.
– Erm, tá eu acho – respondeu Dio confuso.




– Mari! – garoto alcançou a azulada e pegou em seu ombro, ela se virou irritada para ele, debaixo do capuz ela usava uma calça de linho e uma blusa azul.
– Pare de me seguir! Não voltarei ao castelo senhor Sieghart! – disse a garota se virando irritada, Sieghart respirou um pouco e olhou para ela sorrindo.

– Não vim te levar de volta, vim te proteger – ela olhou impressionada para ele.

– Por que não vai me levar de volta?

– Bom, você disse que nunca saiu do castelo, tem primeira vez para tudo – o garoto sorriu – Tem algum local em mente?

– Sim! – sorriu Mari

De um beco, Lass, Ryan e Ronan observavam escondidos os dois conversando.

– Eu sabia era a Mari! - exclamou Ronan animado.

– Sabia? Nem reparou nela. - disse Lass até notar algo.

– Hey ta ouvindo algo? – perguntou Ryan.

– Calado Ryan, não conseguiremos ouvir assim. – sussurrou Ronan dando um cascudo no elfo.

– Gente... – chamou Lass olhando para trás.

– Xiu Lass! – exclamou o Ronan.

– É Lass, Xiu! - repetiu Ryan.

– Mas gente...

– Droga, eles estão se afastando. – disse Ryan.

– Precisamos de um ângulo melhor – disse Ronan.

– Gente...

– Já tentaram o telhado? – perguntou uma quarta voz.

– Boa idéia Lass não é atoa que você é um ninja! – exclamou Ronan.
– Não fui eu que falei – disse Lass com uma mão no rosto, Ryan e Ronan se entreolharam e olharam para trás.
– Posso saber o que fazem aqui? – perguntou Dio vendo os três fuxicando.

– DIO!!! - gritaram os dois caindo no chão.

– O-Olha, eu e o pessoal estavamos-

– Pessoal? - interrompeu Dio a Ryan - Quer dizer que tem mais aqui?

– Droga Ryan! - resmungou Ronan.

– Na verdade, você acabou de confirmar Ronan. - disse Lass.

– Ta vendo seu burro!

– Que você ta chamando de-

– CHEGA! - gritou Dio botando medo nos dois. - Não vamos conversar aqui, os dois não pode saber que estão aqui! Primeiro, quero ver todos os presentes - Dio pegou os dois pelo braço e começou a os puxar enquanto Lass o seguia mal-humorado.

– Yupi!!!! - sorria Mari enquanto brincava num carrossel, os dois foram para o parque de diversões de Calnat, Sieghart seguia numa cavalo atrás vendo a garota rir a sua frente, aos poucos o brinquedo foi parando, o imortal desceu primeiro e ajudou ela a descer também.

– Isso é muito divertido! - sorriu Mari abraçando o braço do garoto que somente riu para ela, Sieghart acabou comprando um boné cinza e uma peruca preta para esconder a garota, afinal, a princesa andando com um soldado não seria a melhor coisa que o rei gostaria de ouvir.

– Bom, temos o resto da noite para aproveitar, o que mais quer? - perguntou Sieghart, Mari colocou a mão no queixo olhou curiosa para um doce em forma de nuvem rosa.

– O que é aquilo? - Sieghart olhou e riu.

– É algodão doce, nunca comeu um? - a garota negou com a cabeça, ele foi até o jovem que vendia e comprou um, voltando a garota. - Quer experimentar? - Sieghart tirou um pedaço do doce e comeu, Mari ficou olhando para ele até dar uma mordida também, ela olhou impressionada para o imortal, que somente ria.

– Isso é fascinante, preciso estudar essa forma de doce tão incrível - sorria a garota, de repente o bolso de sua calça vibrou, ela tirou um pequeno visor onde mostrava seu pai no seguindo para o quarto dela. - Ah droga, precisamos voltar! Meu pai está indo ao meu quarto.

– Como sabe disso?

– Eu instalei diversos sensores no corredor, assim como câmeras para evitar problemas com ele

– Na minha época eu confiava na sorte da minha mãe não me pegar no flagra. - ele agarrou ela pela cintura- Segure-se!

– O qu- KYAAA!! - Sieghart nem deixo ela terminar e começou a correr, o garoto ajeitou no colo e correu mais rápido em direção ao castelo.

– ESPERA ENTROU TODO MUNDO!? - perguntou Dio vendo todos os "invasores" a sua frente.

– Queridinho não iríamos ficar paradas enquanto nossa tecladista estivesse em apuros. - disse Rey sentada na cama.

– Ta mais, COMO ENTRARAM AQUI?!

– Depois eu explico - disse Elesis estalando os dedos.

– Que cama fofa! - pulava Amy na cama do Sieghart.

– Tudo bem, não podemos deixar que o Sieghart saiba que vocês estão aqui, muito menos a Mari.

– Por que? - perguntou Ryan - Ela não vai pirar caso nos veja vai?

– Sim, ela vai - Duel surgiu na varanda carregando a Eclipse nas costas,o jovem olhou para todos e entrou no quarto. - Eu estou em perigo estando aqui, mas vou explicar o porque ela não pode os ver, se lembram da Amnésia? Então, ela não é de agora.

– O que!? - perguntou todos juntos.

– A Mari não se lembrava de nada do seu passado em Calnat, depois que selei os poderes de La Geas dela só restou uma única coisa, seu amor pelo Sieghart.

– Aww que fofo - disse boa parte das garotas presente.

– Sério mesmo!? - perguntou Elsword impressionado.

– Sabe de nada,inocente! - desdenhou Ronan.

– Depois do choque ela passou a se lembrar de tudo o que havia em Calnat-

– E esqueceu o que passou com a gente, mas isso é ruim? - Elesis olhou para Duel que permanecia sério.

– Você sabe como foi a primeira vez em que ela se transformou em La Geas? - Elesis permaneceu olhando para o Duel e entendeu o que ele quis dizer.

– Então ela-

– Sim, estamos aqui para impedir que ela destrua a si mesma e tudo que a envolta dela,se ela se lembrasse da explosão de Calnat lá fora, nem mesmo eu poderia impedir e- - Duel parou, sacou a Eclipse e cortou o nada atrás dele.

– O-o que foi? - perguntou Arme um pouco assustada já que a lamina quase pegou nela, todos ficaram olhando confusos para o asmodiano, que embainhou a espada nas costas novamente.

– Nada.

– Tsk! Esse maldito - ciciou Edel irritada, a garota sentava de forma "indecente" na cadeira enquanto usava o pé pra brincar com a face do Ryan. - Mas eu tenho mais espiões lá dentro…hmmm…explosão é? Gostei.

– Edel!!! Tras mais papel higiênico por favor - gritou Zero do banheiro. - Ta feia a coisa aqui.

– Droga, era melhor ter desmaiado esse maldito - resmungou a garota se levantando.

– Pronto chegamos! - exclamou Sieghart pousando na varanda do quarto da garota,a varanda por si só era enorme,tinha uma bela vista para toda Calnat, havia uma mesa de chá e cadeira para dois, além de um banco de madeira todo bem acabado no outro lado.

– Obrigada - Mari desceu do colo do moreno mas se desequilibrou quando tocou o pé no chão, Sieghart a segurou pela cintura.

– Tudo bem? - perguntou preocupado.

– S-sim, eu não estou acostumada com a velocidade - riu Mari envergonhada ajeitando o cabelo atrás da orelha,Sieghart a ajudou a andar até sua cama. - Obrigada novamente, você é muito gentil. - De nada - riu Sieghart olhando o quarto, era todo de madeira porém haviam leds azuis e brancos correndo pelo quarto, uma suite,um banheiro e a cama enorme tomavam parte do quarto, haviam também robôs desmontados num canto, uma mesa cheia de livros e uma estante com diversos livros completavam o visual do quarto.- Acho que é melhor eu ir.

– Espere! - pediu Mari, ela puxou o dispositivo do bolso olhando para o visor, seu pai havia passado direto pela porta, a garota acessou as outras câmeras e viu ele conversando com um elfo loiro. - Ele ta conversando com o Grandiel então deve demorar. - os dois começaram a se afastar, a garota suspirou aliviada e se virou para o guerreiro. - Porque não fica um pouco?

– Tudo bem! - Sieghart se sentou na cama. - Sobre o que quer conversar?

– Como se tornou imortal? - perguntou a garota sentando ao seu lado cruzando a perna.

– Bom, eu era um cavaleiro da guarda de Canaban, ouve o teste para entrar pros Highlanders e eu passei, só que um dia antes eu fui investigar uma energia negra pelas redondezas, dai fui atacado por bandidos, no meio da batalha nós fomos atacados por um demonio, literalmente, ele derrotou os bandidos e eu lutei com ele, ele estava fora de si, caímos em uma caverna antiga, continuamos a lutar e ele perfurou meu peito, e eu só quebrei o chifre dele, ahahah, foi humilhante aquilo, dai eu acordei em um hospital do outro lado de Calnat e encontrei Graham, o meu general, dizendo que eu quase morri, porém as deusas me abençoaram e eu me tornei um imortal.

– Nossa, que sorte, mas e o demônio? - perguntou Mari - O que ouve com ele?

– Bom, se quiser perguntar para ele.

– Como assim?

– Ele ta um andar a baixo de nós. - Mari arregalou os olhos e levou a mão na boca.

– O senhor Dio quase te matou?!

– E eu quebrei um chifre dele, não se esqueça disso.

– Isso quer dizer que ele é mais forte? - perguntou Mari curiosa.

– Ele era, agora já não sei?

– Hã?

– Ele selou parte dos poderes quando veio pra cá, não queria pirar de novo sabe? - o garoto sentou mais perto dela rindo.

– Isso é muito irônico, o cara que tentou te matar ser seu amigo.

– Ele pode ser meio cabeça dura mas ele é legal e um ótimo amigo. - sorriu Sieghart.

– Como é Vermécia? - perguntou Mari curiosa, Sieghart olhou para o alto pensativo e sorriu.

– Bom, ela é grande, cheio de florestas, tem uns monstros e tudo mais que as vezes atormentam as cidades mas nada que a gente não resolva.

– Floresta - sussurrou Mari - Eu nunca vi uma, o máximo que me aproximei de uma flora foi no jardim do castelo.

– Florestas são demais, porém perigosas, você consegue ver as estrelas sem as luzes das cidades atrapalharem, deitar na relva fresca e sentir o ar noturno, é tudo muito divertido quando se esta com amigos.

– Amigos - a garota olhou para baixo. - Senhor Sieghart?

– Por favor, só Sieg ta bom.

– Tudo bem "Sieg"…- a garota ficou olhando para baixo envergonhada - …V-você é meu amigo? - Sieghart sorriu animado.

– Claro que sou. - ela fitou ele envergonhada e desviou o olhar para baixo,brincando com o cabelo.

– O-obrigada por hoje - disse ela sorrindo para ele envergonhada, ela se aproximou um pouco mais dele e o abraçou, Sieghart podia se lembrar dos momentos que passaram juntos mas ainda sim sentia tudo como se fosse algo novo, ele sorriu e abraçou ela de volta.

– Mari eu-

PI PI PI!

A garota olhou para o dispositivo e viu o seu pai bem próximo a porta do seu quarto.

– Droga! - ela rapidamente começou a tirar a capa e a calça jogando-os atrás do travesseiro e pulando na cama.

– Opa pera lá, vamos com calma eu-

– Não é isso é o meu pai - Sieghart entrou em desespero Mari puxou a borda da blusa para baixo, se tornando um vestido de dormir na hora.

– E agora - sussurrou o imortal, a tecnomaga viu a maçaneta girar, no desespero ela entrelaçou Sieghart entre sua pernas o jogando pra baixo e o cobriu com o cobertor.

– Mari? - chamou o rei abrindo a porta, a garota chutou um pouco do cobertor aonde o garoto estava, escondendo-o.

– Sim pai. - respondeu Mari mantendo a calma, o rei estava com os cabelos castanhos soltos e com a barba bastante cheia, usava uma túnica gelo com uma calça da mesma cor.

– Vim ver se está tudo bem. - o rei fechou a porta e se aproximou dela, Sieghart mexeu a cabeça de leve e ela apertou mais ele entre as pernas.

– Sim, estou me preparando para dormir. - respondeu Mari sentindo um incomodo entre as pernas. - Tudo bem pai? - perguntou a garota vendo a feição cansada dele,ela começou a sentir algo roçando sua calcinha ficando envergonhada na hora.

– Sim, somente o Caxias me dando mais trabalho, ele não para de me procurar. - riu o Rei passando a mão nos cabelos. - Preciso passar mais tempo com você. - o rei olhou para a filha com o rosto vermelho e ofegante. - Esta tudo bem mesmo?

– C-claro, eu me lembrei de algo constrangedor. - respondeu a garota arfeando, ela sentiu novamente algo roçando entre suas pernas,porém dessa vez mais freneticamente, fazendo a garota segurar um gemido e apertar mais o imortal entre suas coxas.

– Tem certeza, parece muito cansada e-

– PAI! - gemeu alto Mari assustando o rei. - Eu to "naqueles dias".

– Oh - o rei se levantou envergonhado - Quer que eu chame sua mãe? Ela pode te ajudar e-

– Melhor não, uma boa noite de sono e ficara tudo bem.

– Tudo bem, boa noite querida. - disse o rei dando um beijo na testa dela.

– Boa noite pai - disse arfeando pesado, o rei saiu do quarto bastante envergonhado, Mari pegou novamente seu dispositivo e o viu se afastar rapidamente, a garota suspirou aliviada e puxou o cobertor, vendo o imortal com o nariz encostado em sua calcinha tremendo de felicidade.

– Não…sabe…ficar…quieto - disse Mari recuperando o fôlego.

– D-desculpe, é que deu vontade de espirrar…s-s-se queria m-m-me matar né? Se fosse tava conseguindo - sorria Sieghart todo bobo com o nariz sangrando violentamente.

– Você…que é muito lerdo. - disse Mari olhando envergonhada para o imortal - Como fez aquilo só com o nariz?

– Fiz o que?

– …Nada - virou o rosto emburrada – “Idiota” – pensou vendo ele ainda olhando para ela - O-o que foi!?

– Nada, é que você fica fofa envergonhada – ela arregalou os olhos e ficou mais vermelha ainda.

– P-p-para com isso! – gritou fazendo o imortal rir.

– Desculpe devo ir para meu quarto agora. – Sieghart foi andando até a porta e a abriu. – Até. – Mari se levantou e andou até ele, dando um leve beijo no rosto do garoto, eles se fitaram ficando envergonhados de novo.

– Até Sieg – despediu-se brincando com o cabelo.

– A-até – Sieghart saiu rapidamente do quarto porém voltou desesperado.

– O que foi? - perguntou Mari preocupada.

– Seu pai ainda ta ali - sussurrou o garoto. - Preciso de uma outra saída.

– Bom, o seu quarto é um andar abaixo do meu. - disse Mari.

– Então, encontrar o ponto chave da memória, se é só para isso porque não foram direto a memória chave? - perguntou Elesis.

– Se fosse assim tão fácil eu já teria feito. - respondeu Duel.

– Bom, precisaremos "viver" a queda de Calnat novamente, agora precisam que vão antes que-

– Dio,voltei! Cara se não sabe- - Sieghart parou na porta da varanda vendo todos ali - Ai o que-

– TOMA! - gritou Elesis dando um soco no imortal, o desmaiando.

– ELESIS O QUE SE FEZ!?! - gritou Dio.

– Ué, ele não precisa saber que estamos aqui dai eu desmaiei ele.

– " O que uma coisa tem haver com a outra" - pensaram todos presente.

– Hmm - gemeu Sieghart acordando.

– HYA! - Elesis deu outro soco desmaiando de novo o garoto.

– Assim vamos ter de entrar nas memórias do Sieghart pra fazer ele lembrar. - disse Dio.

– Vamos embora. - disse Duel,uma energia roxa cobriu os outros o teleportando para fora dali deixando somente Dio e Sieghart no quarto.

– Hmm - Dio olhou para o imortal deitado no chão, atirou uma almofada e um cobertor no garoto desmaiado. - Pronto, perfeito. - Dio apagou o abajur e se deitou,caindo no sono em pouco tempo.

– Droga, andar escondida não faz meu tipo. - resmungou Elesis usando uma roupa de serviçal dentro do castelo de Calnat, ela andava junto da Lire pelos enormes corredores.

– Se acalma Elesis - disse Lire - Precisamos ficar assim se não, se sabe, a Mari pira.

– Eu sei mais ainda sim. - a ruiva mordeu o lábio e acaba esbarrando em um soldado. - Ah, perdão. - O soldado permaneceu inerte - Er…senhor? - ela tocou em seu ombro, ele se virou com os olhos completamente negros assustando as duas.

– O que!? - se perguntou Lire se afastando junto da Elesis, o soldado puxou a espada e as atacou, forçando as a se afastar.

– Ah, você quer brigar seu filho da- WHOAAA LIRE!!!! - exclamou Elesis irritada sendo puxada por Lire.

– Não podemos entrar em combate aqui! - exclamou Lire correndo.

– Droga eu to odiando ficar aqui! - gritou Elesis irritada, o soldado amaldiçoado ainda as perseguia pelo corredor, antes de chegarem a porta que dava ao Hall do castelo outros três soldados iguais ao anterior surgiram na frente delas, impedindo a passagem.

– Droga - resmungou Elesis parando e entrando em pose de luta.

– Eu sei,acho que teremos de lutar - disse Lire parando de costas para ruiva.

– Acho que teremos de lutar! - exclamou Lass junto de Ronan e Ryan, os três estavam encurralados por sete soldados,todos estavam com armas tecnológicas de Calnat apontadas para eles.

– Se acha? - Ironizou Ronan se aproximando da carroça, Lass analisou os soldados, olhos negros, eles não hesitariam em mata-los e o ninja não estava afim de saber o que ocorria se morresse na mente da tecnomaga.

– Nos rendemos - Lass levantou as mãos, Ronan e Ryan, que estavam preparados para atacar, olharam espantados para o ninja, que notou na hora. - O que foi? Não podemos fazer bagunça por aqui. - os soldados se aproximaram e prenderam os garotos os puxando bruscamente,forçando a segui-los.

– Nossa isso é bom! Muito bom. - elogiou Sieghart, ele e Dio foram convidados a tomar o café com a família real e alguns dos mais nobres súditos e em forma de mostrar gratidão,Dio decidiu mostrar um pouco da culinária asmodiana - Achei que ses comiam sei lá,lagartos e insetos.

– Ta achando que só porque tenho chifres tenho que comer como um animal?! - urrou Dio irritado, o garoto usava uma roupa básica e um avental de cozinheiro,ele se acalmou,tomando compostura. - Em Elyos existem animais diferentes daqui mas ainda sim somos bastantes requintados em nossa culinária.

– Impressionante - disse Caxias, um dos convidados comendo um cupcake servido pelo asmodiano. - Realmente vocês tem bom gosto. - sorriu o elfo.

– Quero mais! - pediu o Rei batendo o garfo na mesa.

– Querido, modos, você é o rei. - pediu a rainha.

– É por isso que quero mais, EU SOU O REI!

– Eu disse modos! - exclamou a rainha puxando a orelha dele.

– Ai ai, desculpa. - pediu o rei causando risadas a mesa, Bardinar, o outro convidado, permanecia olhando para Dio como se fosse a coisa mais valiosa presente.

– Acho que o senhor Dio arranjou um fã. - sussurrou Mari para o Sieghart observando Bardinar

– Ta mais pra namorado. - sussurrou o imortal de volta.

– Eu ouvi isso. - Dio deu um leve tapa na nuca do imortal, fazendo-o rir.

– E então senhor Burning Canyon, como vai a chegada do rei de Elyos? - perguntou Bardinar.

– Bom, infelizmente não tenho contato com ele desde ontem, algo pode ter ocorrido - Dio mordeu o lábio, sábia o que havia ocorrido , naquela época Duel havia aniquilado a caravana do rei e fugiu com outros rebeldes para Ernas, iniciando outra guerra e a aniquilação de Calnat.

– Entendo - disse Bardinar com um olhar sombrio,observando ainda o asmodiano, de repente diversos soldados entraram na sala cercando a sala pelos dois lados.

– O que? O que significa isso? - se levantou o Rei irritando olhando em volta, Sieghart se levantou também olhando assustado para aquilo tudo assustado, ele olhou para Dio que retribuiu o mesmo olhar.

– Isso nunca aconteceu. - sussurrou Sieghart de forma inaudível, Dio confirmou sério.

– Senhor perdoe o interromper mas esses dois ficaram sobre custódia. - disse um dos soldados.

– E por que? - perguntou o rei, o soldado pôs a mão em seu ombro.

– Eles estão sendo acusados de traição meu rei. - uma sombra fina passou pelo ombro do rei, seus olhos trocaram de coloração rapidamente e voltaram ao normal.

– Entendo. - disse o rei calmamente. - Leve-os para a prisão.

– Querido! - exclamou a rainha. - Mas são nossos hospedes!

– Amor, é uma ordem do rei. - disse o rei se sentando, os soldados se aproximaram e algemaram os dois, Dio olhou para Sieghart que meneou a cabeça para os lados," não faça nada" foi o que o imortal quis dizer, ele olhou para trás enquanto era levado e viu o olhar preocupado de Mari, o que apertou-lhe o peito.

– Aie! Não precisa empurrar! - resmungou Amy irritada, a garota é jogada na sala junto da Lin e Arme. - Brutos.

– Eles não parecem normais. - disse Lin - Sinto algo diferente neles.

– Até vocês vieram. - exclamou uma voz familiar, a garota se vira e vê Ryan,Ronan, Lass,Elesis,Lire e Elsword.

– O que está havendo? - perguntou Arme.

– Parece que fomos descobertos ou algo assim. - comentou Ryan sentado no chão. - O Lass não nos deixou acabar com eles.

– Não precisamos causar um estardalhaço atoa não é? - disse Lass escorado na parede.

– Mas estamos presos aqui! Não podemos deixar a Mari ou o Sieghart saber que estamos aqui. - resmungou Ronan

– Tarde demais. - disse Elsword, os garotos se aproximaram das grades vendo Sieghart e Dio sendo arrastados para a mesma cela.

– EU MEREÇO VER MEU ADVOGADO!!! - gritou Sieghart sendo jogado na cela. - MALDITOS,ISSO NÃO ROLOU NO PASSADO - Dio olhou para trás e viu seus companheiros Chasers presos.

– Sieg,me perdoe - disse Dio, a ultima coisa que o imortal viu antes de apagar foi um punho de uma certa ruiva bruta.

– Ta ficando boa nisso. - comentou Ronan vendo o imortal desmaiado.

– Enfim,alguém sabe que não deveríamos estar aqui. - suspirou Ronan.

– Quem? Só sobrou o Zero,a Edel,a Holy e o Lupus lá fora.

– E os que não estão aqui são Azin,Jin e a Rey,falando nisso, você não estava junto dela? - perguntou Lire, Elsword coçou a cabeça rindo nervoso.

– Bom…

"- Isso! - exclamou Elsword animado pendurado na janela de uma terma local tentando ver as garotas tomando banho. - Eu posso me divertir aqui.

– Senhor, você está em uma área proibida, deve se retirar pacificamente. - disse um robô robusto com um quepe de guarda flutuando atrás dele.

– Não enche! Eu to me divertindo - Elsword tentou colocar o rosto mais para frente para ver melhor porém o robô segurou o seu ombro.

– Então terei de usar…a força! - disse o robô num tom sério."

– Espera, você foi preso antes disso tudo!? - perguntou Dio incrédulo.

– Ué nunca disse que foi por caras de olhos negros. - disse Elsword coçando a bochecha e rindo sem-graça.

– Tudo bem…onde fica essas termas mesmo? - perguntou Ronan.

PONC!!

– Maldito - sussurrou Elesis estalando os dedos depois de ter dado um cascudo no Ronan que caiu no chão inerte, Dio,Lass e Ryan se entreolharam vendo Ronan e Sieghart desmaiados tendo uma idéia.

– HOMENS FERIDOS! - gritou os três se apertando nas barras que davam ao corredor.

– Porque estão nos caçando? - perguntou Azin escondido em cima de uma casa junto do Jin, eles tinham visto a Elesis e a Lire sendo capturadas e depois os mesmo guardas os caçaram, usando a agilidade os dois conseguiram fugir,mas sempre que se escondiam conseguiam ser encontrados.

– Não sei, mas o mais estranho é que eles sempre sabem onde estamos. - Azin pensou um pouco e se sentou em pose de concentração.

– O que vai fazer? - perguntou Jin.

– Pesquisar a alma de Souotário. - disse Azin de olhos fechados.

– Sou otário?

– MHahahahaha…desculpe, zoar faz ficar calmo. - o garoto apertou a vista,ativando sua furia interior que diferente do Jin e do Sieghart o garoto conseguia ativar sua aurea de fúria, porém ele a expelia no seu interior,deixando seus golpes mais fluídos,leves e mortais, porém a pouco tempo o garoto notou uma outra característica peculiar, a de detectar outros tipos de energia,Azin abriu os olhos um pouco espantado e rapidamente golpeou atrás deles, uma sombra com forma humana caiu.

– Jin! - o lutador captou a mensagem rapidamente dando um soco cheio de fúria na sombra,fazendo a sumir.

– O que era aquilo? - perguntou o lutador.

– Eu não sei,mas seja o que for. - Azin olhou preocupado para o Jin - Está em todo o lugar. - Jin relaxou os ombros, olhando derrotado para o amigo.

– Maravilha, e agora? Eles podem possuir as pessoas e ainda tem os amigos deles

– Precisamos conseguir uma vantagem também, precisamos da dona do sonho.

– Mari! - disse Jin - Qual é o seu plano? - Azin mordeu o lábio, era arriscado mas iria tentar mesmo assim, até que o garoto se tocou em uma coisa.

– O que aconteceria se uma dessas coisas possuísse a Mari? - Jin arregalou a vista e junto do guerreiro correram de volta para o castelo.

– "Droga, como eles sabem?!" - se perguntou Rey flutuando pra longe dos guardas, a garota usou seu teletransporte para fugir dos guardas e agora cortava as vielas em fuga, um deles havia tirado seu elmo revelando seu rosto de deixando seus cabelos soltos ao vento.

– Rey… - chamou uma voz vinda de um beco próximo, a garota voltou e olhou para o beco, reconhecendo a silhueta do Duel, rapidamente a garota se escondeu ali se aproximando do asmodiano.

– Duel, pelos Deuses o que aconteceu!? - perguntou Rey vendo-o todo ferido sentado no chão.

– Enquanto eu vinha para cá,algo possuiu minha tropa e todos me atacaram, consegui derrotar boa parte mas o resto me atacou. - Duel cuspiu o sangue que se acumulava na boca. - Eu não vou durar muito aqui por isso preciso que passe a mensagem aos outros. - Duel tentou se mover para frente, Rey o ajudou , tocando em diversos cortes profundos na pele dele, algo forte despertou dentro de si, um estranho sentimento pelo guerreiro a sua frente. - Escute bem, não os deixem morrer aqui dentro, uma vez dentro vocês conectaram suas consciências aqui,morrendo suas consciências iram apagar também, parando as atividades cerebrais do seu corpo,matando a mente.

– Entendi. - disse Rey preocupada já que o vingador não iria durar muito tempo vivo.

– Eu irei sair, Eclipse e Grandark estão de olho em nós mas não podem interferir na memória da Mari,mas em contrapartida pode tirar-nos daqui, rápido Rey, precisa passar isso a eles e outra…- o asmodiano respirou fundo - Eles estão chegando. - Duel começou a sumir e antes da garota piscar ele havia desaparecido, a asmodiana mordeu o lábio nervosa, ela foi até os guardas do lado de fora.

– Guardas, eu me rendo. - disse olhando para dois que estavam de costas para ela.

– Que bom, assim me poupa a busca pelos que estão soltos. - disse Azin se virando junto do Jin, os dois haviam desmaiado dois dos guardas e pego suas roupas afim de auxiliar a entrada no castelo, agora totalmente fortificada.

– GAROTOS! - exclamou correndo e abraçando os dois. - Que bom ver uma cara conhecida.

– Digo o mesmo. - Azin sorriu mas ficou sério novamente. - Precisamos proteger a Mari,se essas coisas possuírem ela estaremos perdidos.

– Sim, mas preciso avisar e salvar os outros. - disse Rey.

– Jin,vá com ela, eu vou até a Mari. - pediu Azin.

– Sim. - concordou Jin se pondo ao lado da asmodiana.

– Azin! - chamou Rey antes de se separarem - Não importa o que aconteça, não morra. - o garoto assentiu e correu até o castelo.

– Ugh! Nunca pensei que salgadinhos fossem tão agressivos. - comentou Zero saindo do banheiro com a mão na barriga.

– Hm!? Oi Zero. - sorriu Holy vestindo ainda a roupa de enfermeira que a Tammy lhe deu. - Ta com a cara meio azeda.

– Ah, foi algo que eu comi. - disse Zero fazendo uma careta.

– Posso tentar? - Holy encostou no rosto do Zero,uma áurea azul o cobriu e o garoto começou a se sentir melhor.

– Ah obrigado - sorriu Zero - Eu vou voltar a vigiar o pessoal, a Edel deve estar entediada lá. - Zero começou a andar e Holy começou ao acompanhar.

– Vigiar porque?

– Eles entraram na mente da Mari pra tentar recuperar as memórias dela.

– Nossa, quem pode fazer isso? - perguntou Holy.

– Bom, eles usaram a Eclipse a o Grandark mas nada muito preocupante…eu acho. - disse o Zero chegando na porta vendo Edel sentada decentemente enquanto olhava para eles.

– Obrigado por guardar meu lugar Edel. - disse Zero vendo a garota se levantar.

– Ah não tudo bem Zero,se importa se eu ficar mais um pouco - o garoto deu de ombros e sorriu.

– Não vejo problemas, falando nisso e a cirurgia, ta quieto demais não?

– Estão sedadas. - disse Holy calmamente.

– Ahh…espera, "estão"? - perguntou Zero, Holy virou o rosto sem-graça.

– L-longa história. - riu Holy forçosamente, enquanto isso Edel ainda olhava para Lin de forma peculiar.

– SOCORRO! - gritava os garotos escorados num canto,Sieghart e Ronan estavam caidos no chão, as garotas choravam e Elesis estava babando e rosnando num canto.

– O que ouve!? - se aproximou um guarda normal.

– Nos tire daqui, ela ficou louca! Ela espancou os dois por prazer e disse que vai come-los, COME-LOS CARA! COM SALPICÃO E ALECRIM! - disse Dio com medo, o guarda engoliu a seco e se aproximou da cela, Elesis deu um salto e se agarrou a cela próxima ao guarda, no susto ele caiu e saiu correndo, em busca de ajuda, Elesis continuou rosnando de raiva enquanto ele se afastava.

– RAAA….Ele já foi! - sussurrou a espadachim, Lass abriu a mão com a chave da cela, quando o guarda se aproximou, o ninja rapidamente furtou de seu bolso, dando a deixa para Elesis espanta-lo.

– Muito fácil. - sorriu o ninja, ele abriu a cela e eles começaram a sair rapidamente.

– Vamos, precisamos descobrir o que está havendo. - Elesis liderava os para fora dali enquanto Dio carregava o Sieghart e Ryan o Ronan, eles contornaram a esquina a fim de achar saída e dão de cara com diversos soldados caídos no chão.

– Alguém pediu uma saída? - perguntou Jin sorrindo.

– JIN! - exclamaram todos animados.

– JINZINHO! - Amy pulou no garoto.

– OPA A-AMY! - Jin se desequilibrou e caiu com a namorada nos braços, que deu um beijo nele.

– Eu nunca fiquei tão feliz em te ver. - disse Amy animada.

– J-jura e-eu também to feliz. - disse Jin sem-graça.

– Gente, quer parar o namorico para sairmos daqui. - disse Elesis.

– Não sem armas - Rey surgiu de outro corredor com um saco cheio de armas flutuando atrás dela, a invocadora pousou o saco na frente deles, Elesis rapidamente abriu e tirou uma espada tecnológica.

– Isso! - exclamou animada,Ryan,Lass e Elsword também pegaram espadas, Arme e Lire pegaram fuzis e pistolas calnatianas.

– E você Lin? - perguntou Arme tentando destravar a arma.

– Eu vou ficar com minhas magias. - sorriu a garota, Dio esticou a mão e sua foice foi invocada, ele pousou ela nas costas e olhou para os dois desmaiados.- É melhor acordamos eles.

– Até o Sieghart? - perguntou Ryan.

– Sim, até ele, vamos precisar dele para enfrentar o que estou sentindo. - Ele olhou para Rey que sentiu a mesma coisa.

– Asmodianos, e se aproximam rapidamente -disse a garota entre dentes, Elsword deu uns tapinhas na cara dos dois que começaram a despertar lentamente.

– O-o que? - se perguntou Sieghart, ele despertou e viu parte da Grand Chase ali. - So me faltava essa, to tendo alucinações.

– Não somos alucinações nós-

– São os reforços que Duel mandou - mentiu Dio.

– Reforços, pra que?

– Parece que algum ser das trevas está se aproveitando da amnésia da Mari para pegar o poder destrutivo da La Geas - disse Jin ajudando Sieghart e o Ronan a se levantar. - O Azin disse que eles estão em toda parte, pode até estar nos ouvindo.

– Coisa do banana? - perguntou Sieghart.

– Eu não sei, nem sei quem é o nosso inimigo, mas devemos manter Mari em segurança, Azin foi na nossa frente.

– Duel disse para não morrermos e caso fiquemos muito feridos Eclipse e o Grandark vão nos tirar da mente dela.

– Entendo, precisamos ir até a Mari. - Elesis tomou a postura, para ela ,talvez essa fosse a ultima aventura deles como uma equipe - Grand Chase! Vamos salvar a Mari.

– Mas…eu não sou da Grand Chase. - disse Elsword parado, Elesis olhou para ele e sorriu.

– Por hora é.

Azin entrou disfarçado pelo castelo, ele sabia que as sombras estariam o observando mas não se preocupou em correr pelos corredores, o garoto usou sua técnica de detecção de energia e sentiu o poder da família real nos andares mais a cima,ele subiu as escadas rapidamente e chegou ao corredor onde se encontra o quarto da garota, ele rapidamente correu para frente da porta e abriu, lá estava Mari sentada na cama olhando para a varanda.

– Senhorita Ming Onette - chamou Azin,a garota olhou para ele subitamente - Sou o encarregado para te levar a um local seguro.

– Mas, o que está acontecendo? - perguntou Mari um pouco assustada.

– Não tenho tempo para explicar, só precisamos ir até um local seguro. - disse Azin pegando a mão dela.

– Mas para onde? - perguntou Mari. - Tem soldados possuídos por toda a parte.

– Não se preocupe eu vou- - Azin parou por um instante e olhou para a tecnomaga sério. - Quem te disse que os soldados estão possuídos? - Mari trocou a face espantada para um sorriso sádico.

– Opa, escapou. - Azin largou a mão da garota e se afastou em pose de luta, porém Mari jogou a mão para frente rapidamente. - Arrasador! - Uma rajada rápida de energia saiu de sua mão atirando Azin violentamente na parede. - Fascinante esse corpo dela, imagino que tenho poderes ilimitados aqui não?

– Droga - urrou Azin, sentiu uma costela quebrada com o impacto. - Não me lembro de você ser tão forte assim.

– Um toque de trevas deixa tudo mais forte. - Mari se virou andando até a varanda.

– Acha que não sei quem é você! - exclamou Azin sério, Mari parou ficando de costas para ele. - Acha que não sei quem causou isso tudo! Somente uma pessoa entre nós carrega o mal dentro de si, mas sei que a Lin é inocente. - Mari se virou com um sorriso totalmente maligno, os seus olhos estavam negros, ela correu até Azin e o levantou pelo colarinho, encostando-o contra a parede.

– Azin, você é fascinante, simplesmente fascinante, fascinante! O único que pensou nessa possibilidade, apesar de incompleta, é genial! Eu acho que posso te possuir também. - disse Mari/Puro Mal lambendo o rosto do garoto,que retribuiu com um olhar de nojo.

– Vai tentando! - O garoto deu uma cabeçada na Mari, fazendo-a recuar, Azin entrou na posição do dragão azul, rapidamente deu um soco na barriga dela e girou aplicando uma rasteira, porém antes dela cair o garoto girou mais uma vez e chutou sua barriga, fazendo-a cair no chão rolando.

– Desculpe Mari - ele investiu novamente, porém Mari/Puro Mal se levantou rápido e defendeu o golpe, uma troca de golpes se iniciou, o ser maligno tentou arranhar o guerreiro mas ele defendeu sua mão e a chutou, dando uma distancia entre eles, Azin investiu porém o Puro mal esticou os dedos para frente da face dele, sem chances dele desviar.

– Arrasador! - sibilou com uma voz cheia de desdenho e morte, a rajada saiu mais forte e atirou Azin a porta, quebrando-a, Azin pouso na parede e investiu novamente, a garota entrou em combate novamente e a troca de soco e chutes ia se intensificando.

– Hahahahah eu aprendi a lutar antes de você pensar em ter nascido garoto! - vociferou o Puro Mal aplicando golpes nele.

– E eu - ele deu dois golpes no braço dela, e depois um chute em sua face, o Puro Mal tentou defender, porém sem braço não se mexia, tomando o chute em cheio e sendo jogada na estante de livros. - A não ter piedade. - Azin chutou a escrivaninha da garota em cima dela, prendendo-a. - Acabou.

– Quem disse? - perguntou com desdenho, o castelo estremeceu, desequilibrando o garoto, Mari empurrou a escrivaninha se libertando e correndo até o garoto, ela criou uma porção de esferas negra em volta dela e atirou todas nele, acertando-o em cheio, jogando-o para trás.

Outro estrondo ,Azin caiu perto da varanda e viu uma bola de fogo se aproximar rapidamente, a bola se chocou no quarto, destruindo-o por completo, o garoto conseguiu se proteger da explosão e viu a esfera se desfazer, diversos asmodianos saiu dela, todos com os olhos negros.

– "Droga, precisa sair daqui" - Azin se arrastou, porém Mari/Puro Mal pisou fortemente em seu braço, quebrando-o - AHHHHH!

– Onde pensa que vai Azin? - ela o pegou pelo colarinho novamente, o levantando. - Ainda nem terminamos. - terminou sorrindo malignamente, ela ergueu a mão e enfio no peito do garoto,rompendo a armadura,naquela área a pele dele começou a se tornar negra e começou a crescer como um vírus. - Agora você é meu! - o garoto deu uma violenta cabeçada nela,fazendo-a larga-lo , ele caiu no chão e começou a se levantar lentamente, os asmodianos,já preparados para qualquer coisa atacaram no porém Azin levantou o olhar.

– TEMPESTADE CAÓTICA! - um turbilhão de energia azul o protegeu , atingindo e derrubando todos os asmodianos,quando eles tentaram se levantar,uma áurea azul ficou em cima deles, Azin se levantou e a áurea estourou,desmaiando os asmodianos.

– O que?! Ainda tem energia!? - o Puro Mal olhou para o garoto, um sorriso sádico repousava em seu rosto, um olho estava vermelho forte e o outro negro.

– Você acabou de dar o que eu precisava. - ria o garoto de forma maligna. o puro mal sorriu.

– Realmente, você é incrivel Azin. - ela lambeu o lábio superior e avançou para cima do garoto, iniciando um novo confronto.

– Rápido! - eles corriam contra o tempo, não sabiam do Azin e ainda tinha asmodianos caindo do céu. - Porque isso ta acontecendo?!

– Alguém mexeu na linha de memória da Mari, agora todos nós estamos no dia da invasão de Calnat! - respondeu Dio a Elesis, todos corriam com suas armas em punho em direção ao castelo, asmodianos os atacavam mas eles conseguiam passar facilmente por eles.

Diversos soldados se amontoaram na entrada, rapidamente Sieghart e Dio tomaram a dianteira, uma lança enorme surgiu na mão do Dio enquanto as mãos do Sieghart ficaram com uma chama roxa forte.

– ESTOCADA!!! - gritou Dio.

– INVESTIDA FANTASMA!!! - gritou Sieghart, os dois literalmente abriram caminho entre os soldados, todos os que seguiam tiveram que seguir o ritmo dos amigos.

– Incrivel - sussurrou Elsword correndo do lado da Elesis. - Mas eu preciso mostrar meu valor. - Eles começaram a correr dentro do enorme corredor que dava ao Hall de Calnat, um estrondo estremeceu todo o castelo, mais asmodianos chegavam,Sieghart e Dio se preparavam para mais um ataque porém o pequeno Elsword pulou na frente deles.

– ELSWORD! - gritou Elesis preocupada.

– CADEIA DE CHAMAS!!! - Elsword girou a espada cheia de fogo, ele golpeou o chão criando enormes pilares de chamas que consumiram os inimigos.

– Woa - disseram alguns impressionados com as tecnicas do Elsword, ele olhou para trás orgulhoso.

– Eu sei eu sou de- - um asmodiano que sobreviveu ao ataque do garoto tentou o atacar, Elesis rapidamente sacou a espada, Elsword conseguiu defender rapidamente,dando tempo para a irmã perfurar o peito do inimigo. - Demais.

– A gente sabe. - riu Sieghart, ele ficou sério e correu em direção ao quarto da Mari, eles seguiram entrando em mais combates até chegar ao quarto dela porém eles somente encontraram corpos de soldados e asmodianos e um Azin deitado no chão cansado, um lado do seu rosto estava negro e o outro normal.

– Azin! - todos se aproximaram do garoto, ele olhou para eles e cuspiu sangue pro lado, antes de se aproximarem ele fez um sinal de pare, pedindo distancia.

– Azin… - todos ficaram olhando para o garoto sentado no chão,apoiando as mãos no joelho dobrado,sério e ferido.

– Podemos cura-lo? - perguntou Elesis.

– Não adianta, ela infectou minha alma. - disse Azin olhando para frente,mostrando uma metade do seu corpo com a pele negra assim como os olhos,espantando a todos. - Vadia, se ela não tivesse se transformado…

– Ela? - perguntaram curiosos, Azin apontou para Lin, todos olharam para ela espantados.

– E-Eu!? - perguntou Lin nervosa.

– Não você, o que está dentro de você, sua parte negra deu um jeito de dar uma "fugidinha". - disse Azin.

– Então a culpa de tudo estar assim é da Lin? - perguntou Ryan.

– Claro que não! - exclamou o guerreiro. - Ela é tão vitima quanto nós, parece que alguém conseguiu arranjar um jeito de se comunicar somente com a parte negra dela sem ela saber. - Azin cuspiu novamente sangue pro lado, ele se levantou com dificuldade, Jin e Amy correram para ajuda-lo a ficar de pé. - Acho que quebrei umas costelas, ela possuiu a Mari e agora planeja dar escape da forma mais violenta.

– Droga! - urrou o imortal mordendo o lábio. - Se eu tivesse perto eu-

– Não se odeie imortal, você não tem culpa. - confortou Dio.

– Eu sei mas, era pra isso ser algo fácil e- - Sieghart se tocou em uma coisa. - Azin…como assim dar escape da forma mais violenta? - Azin riu,porém por causa da parte negra seu sorriso se tornou um tanto sombrio.

O Puro Mal andava pelos corredores em direção a o trono do rei com um exército de asmodianos e soldados atrás dela, ela viu os pais da Mari,também possuídos, parados em torno do trono, ela fez sinal com as mãos para que se afastassem e sentou no trono,totalmente feito de ouro, com desenhos que carregavam a história de Calnat, ela usou um pouco do poder da Mari e o linhas azuis começaram a correr pelo trono, o salão inteiro começou a mudar, cinco cristais azuis surgiram em volta dela e começaram a girar,o salão, que era azul com dourado e vermelho, se tornou negro, diversas telas holográficas surgiram a sua frente mostrando toda Calnat em batalha,junto de suas sombras possuindo cada vez mais pessoas,ela sabia que a cada ser que ela possuía ela tomava a mente da Mari, mas não só a dela como a de todos os que estavam ligados a memória da garota.

Um medidor de energia e mira surgiram numa tela maior mostrando Ernas,Elyos e Hades.

– Fascinante.

– MARI! - gritou Sieghart chutando a porta,chegando com toda a Grand Chase, o puro mal sorriu para o imortal, vasculhou a memória da tecnomaga e digitou rapidamente em um teclado tecnológico, os soldados atacaram porém Lire e Arme dispararam contra eles, os soldados armados dispararam contra, Elesis, Ronan e Ryan defenderam os disparos com as espadas e enquanto Dio e Sieghart derrubava, um asmodiano ergueu um canhão calnatiano nos ombros e disparou contra eles.

– ESCUDO DAS ALMAS! - Lin conjurou um poderoso escudo que os protegeu na hora.

– Esquife de ossos! - Dio invocou uma cúpula negra envolta neles, que os engoliu e puxou para a terra.

– MARI! - Sieghart se aproximou da garota porém o rei o atacou, ele recuou e Elesis avançou contra ele.

– Você tem outros assuntos, deixa que nós cuidamos deles - a rainha tentou atacar Elesis porém Arme,Lire e Lin entrou em seu caminho.

– Nem mais um passo - disse Arme apontando pra cabeça da rainha - Eu sempre quis dizer isso! - Sieghart passou pela rainha e parou de frente a possuída amada.

– Mari…eu sei que você está ai e-

– Para,para, para com o clichêzinho de filme furreca, ela não está aqui,você nunca vai vê-la de novo por que esse corpo é meu agora! E não há nada que você possa fazer para me tirar daqui.

– Acho que tem sim. - Azin, que foi curado pela Arme,Jin e Dio se puseram ao lado do imortal.

– O que iram fazer? Espancar sua linda amiguinha para me tirar?

– Há! Eu namoro uma paladina, eu sei muito bem como lidar com o maligno - Os garotos olharam curioso para Azin. - Vocês entenderam.

– Bom, ainda bem que não ando sem reforços. - o Puro Mal estalou os dedos e três seres saíram de trás do trono, um humano, um elfo e um asmodiano.

– Droga. - resmungou Jin olhando para Astharoth.

– Peculiar - disse Azin olhando para o Caxias, Dio e Sieghart ficaram atônitos olhando para o asmodiano, a pele roxa igual ao Dio, os cabelos longos azuis penteados para trás, os músculos definidos, ele só usava um colete,uma calça negra e sapatos de batalha, os dois se entreolharam, aquele era o pior inimigo que eles haviam enfrentado.

– Droga, é o Heitaros. - disse Dio. - Mas a Mari nunca viu Heitaros.

– Quem disse que só a Mari está criando esse mundo? - disse o Puro Mal, Dio se espantou, parte das coisas que estavam acontecendo ali era culpa deles.

– Da ultima vez tivemos que nos unir para vence-lo - disse Sieghart apertando o cabo da espada.

– Sim, mas dessa vez, você tem uma prioridade maior, eu cuido dele - Dio olhou para Sieghart. - Vai!

– Obrigado cara - os garotos olharam para frente e investiram contra seus oponentes, Sieghart passou direto vendo os amigos lutarem, ele correu até a Mari a garota saltou para trás do trono e abriu as portas de uma saída secreta do rei, Sieghart não perderia na corrida, mas com o Puro mal a possuindo ela tinha a força aumentada, os dois foram correndo pelo corredor, Puro Mal ria enquanto Sieghart olhava preocupada para a garota que ama, os dois saíram nos jardins de Calnat, onde originalmente seria o ultimo encontro deles antes do garoto ter de voltar as linhas de frente e Calnat explodir.

– Não tem pra onde fugir! - exclamou Sieghart, Puro mal sorriu.

– Quem disse que eu queria fugir. - Uma esfera negra a envolveu, os cabelos ficaram arroxeados, sua roupa de dormir mudou para um vestido negro com detalhes em vermelho na borda, ele deixava as pernas totalmente a mostra,tapando a virilha,a barriga ficava a mostra com cintos vermelhos a fechando, luva negras com adornos em vermelho e uma meia-calça quadriculada negra,junto de uma tirava negra e vermelha terminava o visual da garota, asas negras saíram das costas da garota,assim como um olhar sádico e doentio, suas WDW saíram e começaram a rodeia-la e seu olho azul se tornou vermelho como o outro.

– Bem que poderia se vestir assim de vez em quando - comentou Sieghart.

– Garoto idiota, agora eu vou acabar com você e dominar o seu mundo, e todos irão tremer. - e investiu contra o imortal, ele desviou porém as WDW foram mais rápidas e cortaram superficialmente o peito do garoto.

– Droga. - ele olhou para o corte atrás da blusa. - Arma mágica!

– Sim - Ela avançou de novo, dessa vez atacando mais violentamente, Sieghart defendia porém quando ia atacar ele via Mari e era acertado.

– O que foi!? Não consegue ferir sua namorada? - Puro Mal o atirou pro alto com as WDW, ela saltou e uma esfera elétrica a rodeou,acertando o imortal.

– GAHHHH -gritou ele caindo no chão com tremeliques graças ao efeito estático. - Droga, preciso fazer alguma coisa. - Ele se levantou e desviou novamente das WDW, ele permaneceu defendendo e desviando, pensando em como ferir o Puro Mal sem ferir a Mari, ele saltou para trás e se lembrou de algo.

– Vamos logo! Tenho um mundo a dominar! - Ela avançou e Sieghart desviou novamente,dessa vez ficando mais distante.

– Eu não posso te ferir, mas sei de algo que pode. - ele levantou a mão, um circulo runíco foi desenhado no ar, uma parte dele começou a subir, e com ele um montante mágico foi invocado, o garoto a agarrou e a girou nas mãos. - Mê de a força que preciso, Soluna! - Puro Mal riu de desdenho e avançou.

– Ainda sim, NÃO PODE ME ATACAR!!! - Ela avançou contra o imortal porém ele desviou, e usou a Sol para fazer um corte no rosto da Mari, porém ao invés de sangue saia uma energia negra, o Puro Mal recuou, aquilo feria a ela diretamente, ela olhou para o Sieghart e trincou os dentes.

– MALDITO IMORTAL! - e o viu de olhos fechados, respirando lentamente, sua energia negra crescia enquanto ele se concentrava no inimigo a sua frente, ele avançou, o Puro Mal tentou desviar porém os cortes do garoto foram rápidos demais, ela criou novamente o campo estático mas o imortal era rapido demais e ele conseguiu fugir do ataque,porém sem dar chance para respirar ele ataca novamente com os rápidos cortes,o Puro Mal usou as WDW para se defender, ficando na defensiva, ela parou para olhar pro corpo, diversos cortes ferindo sua alma.

– MALDITO, COMO CONSEGUE FERIR A PESSOA QUE AMA EIM!? COMO PODE ME FERIR?! - gritou em desespero. - ZERO ABSOLUTO! - uma chuva de meteoros de gelo começou a cair enquanto ela usava as asas para fugir.

– Você não é a pessoa que amo - Sieghart ativou sua fúria e correu desviando dos meteoros. - Nem de longe você é a Mari, porque ela não é assim. - Ele usou os meteoros como apoio e saltou até o Puro Mal. - E VOCÊ NÃO PERTENCE A ESSE CORPO! - ele girou a espada e diversas outras surgiram em volta dos dois. - LAMINA ETERNA! - Sieghart se moveu rapidamente, pegando uma espada e cortando ela em alta velocidade, o Puro Mal gritava, sua alma estava sendo consumida a cada corte ela olhou para o imortal a sua frente com a Soluna empunho, o garoto abriu os olhos e desceu em alta velocidade,quando ele a atingiu ouve um forte clarão.

"5 minutos para o disparo"

– Quem disse isso? - se perguntou Ryan do lado da equipe, todos eles se reuniram para enfrentar os cincos dos mais complicados, Astharoth estava com sua espada em punho, Caxias usava sua bíblia para atacar e Heitaros usava a foice identica a do Dio, o Rei usava uma espada em uma mão e a Rainha um arco e flecha mágico.

– Acho que o Martelo foi ativado. - comentou Dio rindo bastante ferido. - Droga, vamos morrer na mente da Mari!

– Eu temo que não - Azin desviou das flechas da rainha, deu um salto girou no ar, desviando do ataque do rei e do Astharoth juntos, o guerreiro deu mais um salto e pousou perto do trono. - Temos que tentar algo! ARME!! - gritou ele, a maga se teleportou para o lado dele. - Consegue entender algo aqui?

– Bom, eu posso tentar! - Azin pulou em cima dela, a salvando de uma flechada da rainha.

– Tudo bem, boa sorte! - Arme assentiu e sentou no trono,Azin saltou, deu um giro no ar e avançou contra a Rainha, que desviou num giro e tentou acerta-lo com uma flecha,porém o garoto chutou a flecha mágica e avançou contra ela.

– Vamos te proteger Arme! - disse Ronan parando ao lado dela, o garoto tinha alguns cortes no corpo mas nada muito sério.

– Sim - Ryan parou do outro lado.

" 4 minutos para o disparo"

– Ai, se ele só vai disparar, não melhor a gente deixar ele disparar e sair da memoria, sabe, vai ser um local aleatório mesmo - disse Ryan.

– As coordenadas miram aqui, ele vai se auto-destruir com o disparo - disse Arme.

– Tudo bem, vamos correr.

– A área da explosão é de 10 Km!

– TIRA A GENTE DAQUI GRANDARK!!! - gritou Ryan desesperado.

– ACALME-SE! - Arme deu um tapa na cara do Ryan.

– É ACALME-SE! - Ronan deu outro tapa nele.

– Ai,pra que me bater? - perguntou Ryan.

– Porque não precisamos nos desesperar, a tecnologia Calnatiana não é tão complexa assim.

" 2 minutos para o disparo"

– Mas não eram 4?! - se perguntou Arme colocando o dedo no queixo.

– VAMOS ARME!!! - gritou Ronan desesperado.

– É,VAMOS ARME!!! - gritou Ryan do outro lado.

– PAREM DE ME APRESSAR!!! - gritou Arme tentando bater no teclado holografico - VOCÊS FICAM ME APRESSANDO EU FICO NERVOSA TÁ!!! EU QUERO TEMPO, TEEEEMMMPOOOO!!! - a garota passou a mão no teclado holográfico, acionando diversas teclas.

" Disparo imediato!"

– Hã!? - se perguntou Arme nervosa.

– Hã?! - todos da Grand Chase olharam para ela.

– Hã!? - todos os oponentes olharam para ela, a garota ficou,além de nervosa, vermelha na hora.

– … O QUE VOCÊ FEZ?!?! - gritaram todos olhando para a maga.

– E-e eu não queria. E-eu! - um clarão invadiu a sala rapidamente, todas armas,vestimentas e oponentes sumiram, as sombras que as possuíam ficaram flutuando no ar e sumiram, todos ficaram se encarando flutuando num espaço branco usando as roupas de quando entraram.

– Eh?! - se perguntou todos se encarando.

– Então assim é o paraíso!? Ou a gente ta no inferno? - perguntou Lin girando no ar.

– Gente! Ali! - todos olharam para onde a Elesis apontava, Sieghart estava com a Soluna encrava no peito da Mari possuída, essa por sua vez se desfazia lentamente, seus cabelos voltavam a ficar da cor azul e sua roupa voltava ao normal.

– Você venceu imortal, você conseguiu, tsk, malditos imortais - o Puro mal saiu totalmente do corpo da Mari se dissolvendo no branco.

– Sieg…hart… - Mari despertou e estendeu os braços para ele, lentamente a Soluna desaparecia, o garoto esticou os braços e a abraçou, a garota começou a chorar nos braços dele. - Eu lembro, me lembro agora, de quando te conheci, de como me diverti com você, de quando te encontrei novamente e quando você sempre tem me ajudado até agora, Sieghart….

– Mari…

"...Eu te amo..."

Uma luz mais forte cegou todos.

"…eu juro que quando tudo isso acabar…"

"…Sim…nos casaremos."

"Nós nos casaremos."

– Hm!? - Elesis foi a primeira a despertar, ela pôs mão na cabeça, havia caído entre Ronan e Lass, a garota levantou lentamente e olhou os amigos despertando um por um, todos se levantavam e olharam para Mari, a garota estava aninhada aos braços do imortal enquanto ele a abraçava contra o seu peito, ambos chorando, ela abriu os olhos lentamente e sorriu para ele, o garoto fez o mesmo.

– Aceito - disse Mari para o imortal que abriu um grande sorriso - Eu aceito!

– Nossa, que romantico - disse Elesis limpando uma lágrima.

– EHH ELESIS CHORANDO?!!? - disse Ryan em voz alta atraindo a atenção de todos. - Realmente estamos no fim do mundo. - todos riram mas não podiam negar, algumas das garotas também estavam emocionadas com o ato do imortal, Mari e Sieghart se beijaram mais uma vez, eles sabiam que nada iria superar.

– Bom, bem-vindos de volta - disse Duel na forma humana dele, o garoto estava do lado da Holy, do Zero e da Edel. - De acordo com o Zero,passamos 30 minutos na mente da Mari.

– Tudo bem, passamos por aquilo tudo mas,como ela recobrou a memória se bagunçamos tudo? - perguntou Lire.

– Quando o puro mal a possuiu ela usou a memória original da Mari, assim deve ter unificado as duas memórias, a perdida e a atual. - disse Azin se apoiando na parede. - Nossa, ainda sinto as dores da luta.

– Nem me fale. - disse Lass massageando o pescoço - Lutar contra Astharoth e Caxias de novo cansa.

– Sem falar naquele asmodiano. - disse Ryan se espreguiçando.

– Heitaros - Dio mordeu o lábio inferior - Meu antigo mestre.

– Vamos comer algo? - Grandark voltou a forma normal - Eu acabei tirando vocês em hora boa eim!

– Você? - Eclipse voltou a forma normal - Eu que tive de puxar todos, nem interferir você podia.

– Aé, e quem invadiu a mente da Mari eim? - perguntou Grandark ficando cara a cara com a outra espada.

– La vamos nós de novo - disse Duel fazendo todos rirem de novo.

Dareka wo ai suru koto nante dekiru wake naku tte

Dakedo dareka ni ai saretakute

(Não há como eu conseguir amar alguém

Mas quero ser amada por alguém)

– Tudo bem com você? - perguntou Sieghart ao lado da tecnomaga.

– Melhor agora. - disse ela, os dois permaneceram ali deitados, depois de tudo o que passaram,não pensavam mais em viver um sem o outro, mas sim juntos para todo o sempre.

Kawaranai kinou ga zutto tsudzuita to shite wo

(Mesmo que ontem ficasse imutável pra sempre)

Elesis ajeitou o vestido vermelho que usava, todos conversavam enquanto comiam biscoitos, Zero não entendia nada mas tentava animar Lin, que se sente culpada pela bagunça toda.

– Elesis? - chamou Ronan parando ao seu lado. - Tudo bem?

– Sim sim. - disse a ruiva ajeitando o cabelo atrás da orelha. - Tudo sim e você?

– Eu estou bem, falando nisso, está linda. - sorriu o garoto para a ruiva, que ficou um pouco sem jeito. - É raro te ver de vestido.

– São poucas vezes que eu uso - riu a garota.

– Tudo bem mesmo? - perguntou o arcano mais uma vez.

– Eu só…preciso ir - Elesis saiu da cozinha, Lass observava tudo de longe mas nada fez, Ronan ficou olhando atonito para a ruiva, ele não sabia quando nem como, mas algo nela despertou um novo sentimento nele.

Doko ni mo ikeya shinainda, watashi to kimi

(Não iríamos a lugar algum, eu e você)

– Jin? - chamou Azin vendo o lutador na varanda com a Amy. - E então?

– Eu vou junto! - disse Amy inflando as bochechas.

– O que?!

– Sim, ela pode ser útil para nossa caçada. - disse Jin.

– Não ta dizendo isso só porque ela fez birra né? - Jin olhou para o lado nervoso.

– Cla-claro que não!! Eu disse isso porque ela é útil. - disse Jin sem graça.

– Ele é tão bonitinho! - exclamou Amy dando um beijo no rosto do Jin que ficou vermelho na hora.

– Azin! - chamou Holy da porta da varanda, o guerreiro se virou e andou até ela, ele a abraçou de forma carinhosa. - Azin,tudo bem?

Kamisama doko e itte shimatta no ne

(Pra onde será que Deus acabou indo?)

– Sim… Holy, preciso te dizer algo. - o garoto guiou a paladina até o outro lado da casa,uma área onde não havia ninguém, ele levantou a blusa e mostrou uma parte negra no seu peito.

– Azin o que é isso? - perguntou Holy com medo - Fui eu que fiz porque-

– Não, isso foi coisa do lado negro da Lin, não sei como curar por isso preciso me afastar de tudo…até de você.

– Está me deixando? - perguntou Holy preocupada.

– Não, não, eu estou pedindo para me esperar e principalmente. - Azin se aproximou do ouvido da garota e falou, ela arregalou os olhos e se afastou lentamente dele, ela assentiu e limpou uma lágrima que desceu.

– Não chora, eu juro que volto. - disse Azin dando um beijo na testa dela.

Henji wa nakute itsu datte sou dayo

(É sempre assim, não há respostas)

– Tsk, não consegui - disse Edel/Puro Mal andando de um lado pro outro no quarto. - O imortal maldito conseguiu purificar ela por completo mas… - ela olhou para janela onde Azin andava junto com Holy - pelo menos consegui um espécime interessante e poderoso. - ela lambeu os lábios olhando para o garoto - Azin.

O garoto se sentiu observado, ele sabia que estava sendo vigiado, sorriu.

– "Não pense que é a unica que conhece de maldade, " - pensou Azin - "Está na hora de mostrar meu verdadeiro poder".

– Dio - chamou Rey escorada na mesa da cozinha enquanto todos comiam e conversavam. - E então?

– O banana pediu para eu ser embaixador de Elyos. - disse Dio olhando para a amada. - E para isso,preciso de uma embaixatriz. - ele sorriu para ela. - E então, tem interesse?

– Vamos trabalhar para o inimigo? - perguntou Rey curiosa.

– Não sei, sei lá, mas no momento, parece sensato. - disse Dio.

– Não vejo mal. - disse Ryan de um lado.

– Nem eu. - disse Arme do outro.

– GASP! - urrou Dio no susto - Estavam ouvindo?

– Claro que sim, estamos na cozinha do Zero, um ai aqui ecoa. - disse Lin com dois biscoitos na mão.

– Hmmm, como você sabe?! - perguntou Elsword de boca cheia olhando maliciosamente pra garota.

– Erm…foi…pura especulação - riu Lin sem-graça.

– Não minta safadinha! - disse Rey.

– Não me chama assim! - disse Lin nervosa fazendo todos rirem.

– GENTE!!! - gritou Nina entrando na cozinha com as outras garotas. - OLHA MEU NOVO BRAÇO! - ela levantou um braço com linhas mágicas amarelas. - Lindão né?

– Parece normal - a garota sorriu de forma marota para Lire e as unhas se tornaram garras metálicas - Deixa pra lá.

– Operação - Tammy mandou um beijo no ar - Um sucesso.

– Pelo menos algo bom aconteceu. - disse Gwen se servindo de biscoito.

– Muitas coisas boas aconteceram, assim como muitas coisas boas estão para acontecer, contanto que fiquemos unidos nada de ruim vai nos atingir - disse Nina, todos olharam impressionados para ela - O que foi!? Eu precisava dizer algo bonito pelo menos né. - todos riram, afinal era verdade, enquanto estivessem unidos, nada poderia impedi-los.

Are you still here?

(Você ainda está aqui?)

You'll never walk alone

(Você nunca andará sozinha)

Anata to yuku, donna tsumi wa seotte ageru michinaki

Michi wo aruiteku no anata to tarite

(Vou com você, carregarei seus pecados por caminhos desconhecidos

Eu vou andar por este caminho e só com você basta)

– Ultima chamada para o Canaban, Ultima chamada. - Elesis estava na fila de entrada para o ônibus em direção a Canaban, ela conseguiu trocar os bilhetes a tempo, a garota chorou o caminho inteiro até o ponto mas, sabia que era a coisa certa a se fazer. - Sim, a coisa certa - disse para si mesma.

– Com licença, que horas tem? - perguntou um jovem atrás dela.

– São 15:30 senhor. - disse Elesis abatida sem olhar para trás.

– Ótimo, assim dá pra dar um feliz aniversário decente para minha bisneta. - Elesis olhou para trás e viu Sieghart usando uma blusa polo e uma calça jeans e Mari de vestido azul abraçada a ele.

– Sieghart! Mari! - disse ela olhando para os dois.

– FELIZ ANIVERSÁRIO! - gritaram todos da Grand Chase se aproximando do lado dela, Arme veio carregando um bolo vermelho e branco onde tinha o desenho de uma espada, o nome dela e uma vela de 18 anos, Elesis olhou para tudo aquilo impressionada.

– E-eu não-

– Xiiiu - silenciou Sieghart - Hoje é dia de comemorar.

– Amiga, iremos respeitar sua decisão, você precisa. Esse tempo todo nos aturando deve ser dificil. - disse Lire.

– E esse tempo todo nos dando força. - disse Ronan.

– Nos acolhendo e nos unindo. - disse Ryan.

– E claro, aceitando as diferenças sem preconceito - disse Dio ao lado da Rey.

– E divando sempre claro. - disse Nina ao lado da Tammy ,Gwen e da Mary Jane.

– E sendo a melhor irmã que eu poderia ter - disse Elsword junto da sua equipe.

– Elesis, não importa o que digam ou o que pensem mesmo que o mundo venha contra nós, estaremos unidos. - disse Zero.

– Afinal das contas, somos a Grand Chase não? - disse Lass - Feliz aniversário Elesis, hoje é o seu dia. - a ruiva não aguentou ,todos os seus melhores amigos estavam ali, todos os que haviam batalhado, se divertido e até chorado ao seu lado estavam ali, as primeiras lágrimas desceram, e ela começou a chorar bastante, mas dessa vez, de felicidade.

– Nós vamos juntos, precisamos de um descanso, melhor, ela precisa. - riu Sieghart, ele esticou a mão. - Mais uma vez.

– Pela honra - disse Ronan colocando a mão.

– Pela Justiça - disse Holy colocando a mão.

– Pela verdade - disse Lin colocando a mão.

– Pelo amor - disse Amy colocando a mão.

– Por nós ...GRAND CHASE - gritou a ruiva.

– PARA SEMPRE! - gritaram todos juntos jogando a mão para o alto, rindo e se divertindo,não tinha nada melhor que a amizade,afinal das contas, uma vez Grand Chase.

Sempre Grand Chase.

You'll never walk alone

(Você nunca andará sozinha)

Anata to yuku, donna tsumi wa seotte ageru michinaki

Michi wo aruiteku no anata to

(Vou com você, carregarei seus pecados por caminhos desconhecidos

Eu vou andar por este caminho e só com você)

I will stay with you

(Eu ficarei com você)

Anata no te de dakishimete yo

(Abrace-me com as suas mãos)

Omoikkiri nozomenai mono wa

(E com todas as suas forças, porque não há algo...)

Nanimo nai kara anata to

(…Que eu desejo mais do que não estar totalmente sozinha…)

futari de

(..com você)