Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, como ainda estou muito feeeliz pelas recomendações que ganhei resolvi postar mais um capitulo hoje. Não está muito grande, mas foram dois só hoje então estou desculpada, certo? #) O capitulo é totalmente Austin e gente POR FAVOR COMENTEM. Tem muita gente lendo sem comentar... é muito importante pra mim, ajuda. Bom é isso. Beeeijos :*



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Austin

Todos me olharam boquiabertos, eu passei meus olhos atentamente pela sala que antecedia os apartamentos hospitalares e lá estavam o Sr. e Sra Dawson, o tal cara “amigo” da Ally, Dez, Trish e Lindsay.

– Eu não.. – Trish tentou dizer alguma coisa, mas estava sem palavras. Minhas pernas tremeram em nervosismo.

– Querido. – a mãe de Ally se mostrou doce como sempre, ela provavelmente não sabia o que havia acontecido entre sua filha e eu.

Sorri de leve em resposta, Dez olhou pra mim e aparentemente parecia travar uma batalha interna, acho que ele queria me abraçar, mas a raiva ainda era grande e isso o impedia. Todos prosseguiram em silêncio, exceto pelos pais de Ally que mais uma vez se mostraram muito generosos me abraçando.

– Não tenha tanta certeza, Austin. Você precisa fazer um teste antes. – ouvi o tal cara se pronunciar, sua voz estava um pouco irritada, mas como ele sabia meu nome? Ally deve ter contado.

– Ele fará, não é? – o pai de Ally sorriu com um fio de esperança passando por seu olhar.

– Claro, quando posso faze-lo? – perguntei.

– Bom, você precisa estar em jejum para colhermos seu sangue, sendo assim amanhã de manhã seria mais apropriado, para que possamos fazer uma coleta adequada. – o tal cara respondeu, como se fosse algum tipo de funcionário do hospital. Ergui uma sobrancelha.

– Existem chances Dave? – Lindsay perguntou, então esse era o nome dele.

– Sim, qualquer possibilidade é uma chance. Ele precisa estar amanhã aqui sem falta para fazermos a coleta. – ele me olhou como se eu fosse algum tipo de irresponsável, provavelmente dando alguma indireta pelo fato de eu ter sumido por messes.

– Eu não vou a lugar nenhum, como dormirei por aqui acho que você me verá mais cedo do que imagina. – respondi com um sorrisinho torto de lado e ele engoliu em seco a raiva que passava pelo seu rosto.

– Dormir aqui? Quem você pensa que é Austin? Chega assim de repente e se acha o dono do pedaço? Você nem sabe se a Ally te que por aqui. – Trish estava irredutível e visivelmente raivosa em relação a mim, era de se esperar. Dez puxou levemente seu braço para que se controlasse, ela o fuzilou.

– Não briguem queridos. Acredito que Ally irá amar a surpresa de ter o Austin aqui conosco. – mais uma vez a Sra. Dawson saiu em minha defesa. Sorri de canto.

....

Eu prossegui do lado de fora do quarto de Ally, o horário de visitas ainda não havia iniciado então eu teria de esperar para vê-la. Passada a surpresa do meu súbito aparecimento Trish pareceu controlar melhor seus nervos enquanto Dez finalmente estava falando comigo, eu já não aguentava vê-lo guardar tanto rancor de mim. Era um alívio.

– Cara, você mandou muito mal quando sumiu assim. – ele me advertiu pela milésima vez, eu não podia dizer nada, afinal ele estava certo e eu teria de ouvir quantas vezes ele achasse necessário.

– Sei disso Dez, juro que sei e você não sabe como me arrependo. – respondi tentando passar o tamanho da minha tristeza por meio de minha voz.

– Eu sei disso cara, eu te conheço. Você achou que era o melhor, mas aprenda a ouvir seus amigos e faça o certo a partir de agora. – ele bateu de leve em minhas costas e abriu um sorriso pra mim.

– Não se preocupe, essa lição já está aprendida. – respondi sorrindo, era bom ouvir ele dizer a palavra amigo, afinal isso significava que ele estava me perdoando.

– Sabe que vai demorar para Trish te perdoar não é? – ele disse e eu assenti.

– Sei, mas vou recuperar a confiança dela. - ele sorriu fraco.

De repente o sinal indicando o início das visitas soou, senti minhas pernas tremerem, era agora.

– Acho que primeiro você vai precisar ganhar a confiança de outra pessoa. – ele disse me dando um leve empurrão para o quarto de número 208, senti um arrepio passar pelo meu corpo.

Eu ia abrir a maçaneta, mas de repente senti o tal Dave na minha cola. Não era possível que esse merdinha estava prestes a atrapalhar o momento que eu mais ansiei durante todos esses messes. E se ele fosse o namorado dela? Mas ninguém havia falado nada a respeito disso, eu estava completamente puto com a presença desse cara. Eu o fuzilei com o olhar e ele deu um sorriso desafiador. Foi quando a pessoa que eu menos esperava me defendeu, Trish.

– Deixe eles conversarem Dave, eles precisam desse momento. Você mais do que ninguém sabe disso. – Isso fez com que o moreno mudasse sua postura e sem me olhar ele deu meia volta.

Eu voltei a abrir a maçaneta sem olhar para trás dessa vez, meu coração perdia o ritmo constante das batidas. Ela estava a um passo de mim e enfim eu abri a porta e a fechei, ainda de costas criando a coragem necessária para encara-la ouvi sua voz. E um choque se fez presente por toda a extensão do meu corpo, como eu sentia saudade daquele timbre.

– Dave? – ela chamou, não pude evitar a dor me corroendo. Eu não queria ser chamado de Dave, eu não queria que ela ansiasse pela presença desse idiota.

– Não, Austin. – me virei rapidamente dando de cara com uma Ally atordoada, mais magra e com profundas olheiras. Ela estava aparentemente cansada, mas ainda assim era a coisa mais linda que eu já havia visto.

Ela apertou seus olhos com força, o aparelho que media seus batimentos cardíacos apitou fortemente indicando que seu coração estava acelerado. Eu não sabia o que dizer, eu queria me ajoelhar a seus pés e pedir perdão, mas ainda assim seria pouco diante de tudo o que eu fiz e causei. Ela estava mal e fraca, ela precisava de mim e eu estive ausente.

– Eu não.... eu devo estar sedada. – ela disse e aquilo me doeu infinitamente.

Corri para junto do meu amor, me abaixando junto a sua cama, ela me analisou em silêncio, de repente levantou sua mão em direção ao meu cabelo e meu coração se acendeu, mas ela parou seus movimentos como se hesitasse. Eu coloquei meus dedos sobre sua mão e a guiei até meu cabelo novamente.

– Vá em frente. – eu disse atencioso, apreciando as faíscas do simples toque de sua pele.

Ela acariciou em círculos meus fios loiros soltando um riso cansado, ela era linda sorrindo. Ela era minha... era.

– Você está aqui, eu... eu. – ficou sem fala, seus olhos surpresos.

– Eu sou real Ally, eu voltei por você. – proferi o que esperava ser algo bonito de se dizer, mas que fez o efeito contrário.

– Eu não quero te ver. – ela afastou seu toque de mim e eu me tremi de dor.

– Ally, por favor, me dê uma chance de explicar. – pedi suplicante e ela virou seu rosto.

– Você me largou aqui sem nada, você nem ao menos se despediu de mim ou me deu um motivo para ir embora, simplesmente partiu como se eu fosse lixo pra você. – ela voltou a me olhar, seus olhos marejados me deixavam maluco. Eu havia causado essa dor.

– Eu juro, juro que achei estar fazendo o certo. Droga, Ally! Eu só queria seu bem, só pensei em você todo esse tempo. Eu queria o seu melhor, e realmente achei que a culpa era minha por você estar ai nessa cama. – despejei e não contive minhas lágrimas, era doloroso demais.

– Eu só fiz piorar depois que você foi embora, eu quase morri sem você. – ela disse e eu fechei meus olhos, era insuportável olhar pra ela e imaginar a dor que ela sentiu quando eu parti.

– Você se mostrou indiferente Ally, você sumiu por dias...eu te vi com aquele cara e foi demais pra mim, mas mesmo assim eu pensei em você quando parti. Pensei que não queria o destino dos meus pais pra você. – abri meus olhos para encara-la e joguei pra fora tudo que eu senti.

– Eu só queria assegurar que você ficaria bem independente se eu sofreria por estar longe de você ou não. Pode ter sido no fim das contas uma estupidez, mas as minhas intenções foram as melhores. – completei passando meus dedos sob meus fios desgrenhados, nervoso.

Ela ficou em silêncio, a garota sabia que de certa forma a culpa não era só minha. Ela não podia me julgar dessa forma sem antes se dar conta de que ela também sumiu da minha vida. Apesar dos sonhos, apesar do medo que Ally deve ter sentido deles ela não deveria ter deixado de me procurar para conversarmos.

– De que forma você queria que eu entendesse o jeito como me tratou? Eu entendi que eu não fazia mais parte da sua vida. Eu não vi outra escolha, pra mim partir era o certo. – quebrei o silêncio fazendo uma Ally ficar ainda mais calada.

– Pare. Eu não quero mais ouvir isso. Já dói o suficiente, já estou mal o bastante. – ela disse por fim e eu assenti.

– Tudo bem, eu vou sair por hora, mas não pense que eu não vou voltar. Você não vai ter do que se queixar, por que eu vim pra ficar e só vou embora com você. – declarei batendo a porta sem deixa-la aceitar ou recusar.


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Notas finais do capítulo

Só posto o próximo se houverem 10 comentários, é pedir muito? acho que não. Conto com vocês. :*