Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Geeeente por favor não me matem e não abandonem a fic! eu realmente estou muito ocupada com meu projeto final da faculdade e com os estágios e afins. Estava escrevendo esse capitulo sempre que tinha tempo até termina-lo para poder postar. Espero que gostem e continuem comentando... posso demorar para postar, mas não vou abandonar a fic e nem passar messes sem escrever. Obrigada pelo apoio.

beijão e mais uma vez me desculpem, qualquer duvida é só me procurar nas msgs privadas. :* COMENTEM POR FAVOR!



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Ally

- Não pode ser. – disse ainda confusa enquanto Dez franzia seu cenho.

- Por que? – o ruivo perguntou fazendo Trish se encolher.

- Eu só... só não suportava essas pessoas. Tão cheias de si, elas precisavam sentir na pele o que é ser humilhado. – ela respondeu ainda envergonhada por revelar seu segredo.

- Ah e você acha que ofender os outros nas suas postagens anônimas ajuda? Você só está sendo igual a eles. – Dez a olhava incrédulo, Trish se encolheu mais ainda.

- Pega leve cara. – Austin tentou ajudar, mas o garoto saiu irritado.

- Ele me odeia, não é? – Trish tentou esconder as lágrimas.

- Claro que não! Ele só está surpreso. – tentei acalma-la a abraçando.

- Olha vou tentar recuperar a senha do meu site e logo depois vou deleta-lo. Juro que não postei nada sobre você, na verdade nunca postei sobre quem não merece. – ela tentou esboçar um sorriso e eu lembrei da humilhação que passaria ao entrar no colégio.

- Tudo bem, eu confio em você amiga. – a olhei com ternura e nós nos abraçamos.

- Ally, você quer mesmo entrar? – austin me perguntou chamando minha atenção.

- Não posso viver fugindo não é? – respondi ainda sem jeito e ele sorriu pra mim.

- Vai ficar tudo bem. – ele me disse ao segurar minha mão, olhei pra elas entrelaçadas e meu coração bateu descontrolado. Só ele me fazia sentir isso.

O dia não estava tão ruim quanto eu pensava que iria ser, mesmo com a foto postada no site ninguém pareceu dar tanta importância, pareciam mais preocupados em me perguntar se eu iria morrer... francamente eu não acreditava que meus colegas de sala chegariam a esse ponto. Tudo isso estava me deixando deprimida, mas no fim de cada aula Austin estava me esperando na soleira da porta com aquele sorriso iluminado que fazia o dia ficar mais leve.

- Muitos inconvenientes? – ele me perguntou com um risinho suave.

- Ate que não. – sorri.

- Sabe.. não sei quem descobriu sobre a minha leucemia. – ele me olhou pensativo.

- Alguém pode ter nos ouvido ou estado no hospital no dia do seu acidente e descoberto. Muitas coisas podem ter acontecido para essa informação chegar.  – ele me segurou pela cintura enquanto caminhávamos para fora do colégio.

- O que me deixa incrédulo é a capacidade de alguém para usar isso contra você. – ele disse e senti sua mão se apertar ao redor de minha cintura, ele estava com raiva.

Eu me desprendi de suas mãos protetoras e me coloquei na ponta dos pés e o beijei devagar.

- Calma, você está aqui e isso é o que importa. – eu sussurrei ainda com os lábios próximos aos dele, senti seu corpo estremecer.

Como de costume ele estava me deixando em casa na sua BMW preta incrivelmente linda, notei o quanto Austin estava distante, sua mente presa em outro lugar enquanto seus olhos apenas o guiavam pela estrada. Ele estava do meu lado, mas apenas de corpo, pois sua mente voava longe e isso só aumentou a minha curiosidade e insegurança, afinal haviam muitas coisas que eu não sabia sobre Austin.

Austin

As coisas estavam até que indo bem, Dez se entendeu com Trish depois que a mesma se explicou e prometeu deletar o maldito site de fofocas. Minha relação com Ally se mostrava cada vez mais forte, ela estava executando a quimioterapia com muita força e garra e o médico ainda disse que a alopecia, nome que define a perda de cabelo em casos de câncer, poderia não acontecer, pois isso variava de remédio para remédio e de paciente para paciente.

Os espetáculos no teatro só aumentavam e assim as economias da família Dawson também, eles conseguiram fazer um acordo e pagar a casa que haviam perdido na mesa de jogo e agora a minha princesa não iria precisar fazer mudança nenhuma.  Estava tudo indo muito bem pra ser sincero, meus sonhos estavam se tornando mais fracos e era estranho ter semanas sem um único resquício do meu sonho com Ally.

- Como você está? – eu perguntei ao vê-la saindo da sala médica.

- Estou bem, mas farei alguns exames amanhã para ver como está o andamento da quimioterapia. – ela sorriu fraco.

- Vai ficar tudo bem querida, você vai ver. – ouvi seu pai dizer enquanto passava uma mão em seu ombro e sua mãe sorria levemente.

- Claro, pense positivo! – eu afirmei e ela sorriu mais aliviada para mim.

....

- Porque você continua desse jeito tão reservado? – ela me perguntou enquanto eu enrolava uma mecha de seu cabelo no meu dedo, estávamos em sua cama e ela abraçada a mim.

- Ally... – disse simplesmente, mas ela pareceu irritada demais para ceder.

- Estou farta disso! Nós estamos juntos a alguns messes e eu nunca fui a sua casa Austin. – ela declarou se soltando de meu abraço e sentando-se na cama. Eu fiz o mesmo que ela e ficamos a nos encarar.

- É só que tem certas coisas que são complicadas. – eu disse, como explicar os sonhos e os desenhos que uma vez ou outra eu já havia feito de seu rosto? Desenhos que rabisquei quando nem a conhecia?

-  O que pode haver de tão complicado em me contar sobre você? Eu realmente aprecio saber que te tenho aqui num momento como esse, mas preciso de algumas respostas e essa não é a primeira vez que te peço isso. – ela disse séria demais para que eu pudesse desconversar, senti meu corpo tremer e minhas mãos suarem de nervosismo.

- Tudo bem.. eu .. eu. – olhei bem para ela antes de dizer algo que talvez a fizesse achar que sou louco.

- Eu já te conhecia antes. – disse fazendo-a franzir o cenho.

- Co...como assim? – ela disse ainda surpresa com a frase que eu tinha proferido.

- Droga Ally! Eu não sei como dizer isso sem que você me ache louco, ou até mesmo sem que me ache... culpado. – disse a última palavra olhando bem em seus olhos, passei a mão em meus cabelos claramente nervoso.

- Do que está falando? Diga de uma vez! – ela me pediu apreensiva, mexendo em seus dedos descontroladamente.

- Eu sonhava com você! Eu sempre sonhei, eu via seu rosto a cada noite que eu deitava para dormir. Eu imaginava o dia em que a veria, que a teria. – disse passando suavemente as costas da minha mão esquerda em sua face, mas seus olhos permaneciam abertos me olhando.

- Sonhava comigo? – ela balbuciou ainda sem ter certeza do que estava ouvindo, eu apenas assenti.

- Mas eu... eu.. – me levantei num gesto covarde, eu não poderia falar isso e olha-la nos olhos. Me virei de costas e terminei o que havia começado.

- Eu não deveria te amar, mas eu não consegui.. não fui forte o bastante para me afastar. – disse fracamente.

- vo... você me ama? – ela disse, sua voz parecia estar maravilhada e eu cerrei meus punhos.

- Você não entende? Eu não sou bom pra você! Eu sonhava com a sua morte, eu via você morrer em meus sonhos. Eu sou a causa da sua doença. – me virei, já não suportava mais esconder a culpa dentro de mim. Meus olhos estavam marejados e Ally estava claramente chocada, sem palavras.

- Eu via você desfalecer diante dos meus olhos em cada sonho e eu não conseguia salva-la. Eu tentei me afastar, fazer com que você não se aproximasse, mas você foi teimosa e eu mais ainda...a diferença é que você não sabia das consequências, mas eu sabia! Eu fui egoísta e covarde. Os sonhos sumiram por hora, mas eu não sei o que está acontecendo.. não sei se isso é permanente ou se talvez eles voltem com força total. O que sei é que aconteceu a mesma coisa com meus pais... e eu não dei ouvidos e... você sabe o resto. – disse por fim, derrotado e exausto.

Ally permanecia calada, eu não sabia se ela me odiava agora ou se apenas me achava um louco idiota. O que sabia era que meu coração se apertava a cada segundo que passava, pois eu tinha consciência de que assim como 1+1 são dois eu iria perde-la.

- Acho melhor você sair. – ela disse depois de longos minutos em silêncio, meus pés não se moviam. Uma lágrima traiçoeira deixava à mostra toda a dor que eu carregava.

- Preciso que diga algo, não posso sair sem saber o que você está pensando de mim agora. – respondi atordoado.

- Eu não sei o que dizer, não sei se acredito ou se te bato por esconder tudo isso de mim. – ela respondeu rapidamente e logo depois expirou fortemente e proferiu a coisa mais dolorosa que eu poderia ouvir.

- Se isso realmente for verdade e tiver ligação com a minha doença... acho... acho que não poderemos mais nos ver. – ela disse com dor e raiva ao mesmo tempo. Ela estava triste por se despedir, mas tinha raiva e essa raiva era de mim.

Eu apenas assenti e sai dali, estava machucado demais para continuar olhando-a. Eu fui tão burro, como poderia achar que algum dia ela seria realmente minha? Nada disso deveria acontecer, todo aquele papo de vidente só me fez fazer tudo errado e agora talvez ela esteja doente por minha causa.

....

Algumas semanas já haviam passado e eu nem sempre ia ao colégio, era doloroso demais vê-la sempre longe e afastada. Desde o dia em que fui embora de sua casa ela não me procurou uma única vez, eu queria falar com ela, mas sabia que não deveria, pois estaria ultrapassando os limites e de qualquer forma eu e ela não é algo que possa acontecer novamente.

- Você precisa se animar. – ouvi Dez dizer atrás de mim enquanto eu fechava meu armário escolar bruscamente.

- Como Dez? ela deve me odiar agora. – respondi frustrado.

- Você sabe que não! Trish disse que ela apenas estava confusa e que precisava de um tempo. – ele tentou claramente fazer com que eu me sentisse melhor, impossível.

- Eu não sou seguro para ela Dez. – retruquei.

-  Acho que você deveria ir na Madame Sabine novamente. – ele disse enquanto eu fechava o zíper do meu casaco, o velho capuz estava de volta.

- Aquela velha não sabe de nada, por pouco eu quase não matei Ally. – disse raivoso, eu estava me tornando um pouco agressivo e não era algo de que eu me orgulhasse.

- Tudo bem cara, foi mal! Eu só queria ajudar. – me senti culpado quando o vi se afastar. Ele não merecia ser tratado assim, ou talvez eu não merecesse o amigo que tenho ou tinha sei lá.

Andei até a sala, a aula de matemática com Ally era torturante, mas eu não poderia cabular, pois eu já estava fazendo isso o bastante para ser reprovado. Minha tia Charlie já estava preocupada demais com o meu estado depois que contei a ela sobre meu término com Ally, a garota que ela nem se quer conheceu, logo não era justo preocupa-la mais ainda com reprovações e notas baixas. Eu tentava fazer com que Ally não adentrasse demais em minha vida, por isso nunca a levava em minha casa ou fazia qualquer outra coisa que a fizesse se prender demais a minha vida.

Respirei fundo antes de abrir a maçaneta da porta e logo depois abaixei meus olhos, limitando-me apenas a olhar o chão. Eu tinha certeza que ela já estaria lá sentada no seu lugar de sempre e eu não poderia olha-la, eu merecia sofrer, mas eu não poderia suportar. Entrei rapidamente e sentei-me no lugar mais longe possível, Kira ainda tentava puxar um assunto ou outro, mas se antes eu não tinha cabeça agora eu estava a ponto de arrancar sua boca para que parasse de tentar puxar assunto comigo.

- Ela não vale a pena. – foi a única coisa que consegui ouvi-la dizer durante a aula de matemática, pois o resto eu nem se quer prestei atenção.

- Não fale dela, nunca. – ordenei grosso e ela apenas deu uma risadinha.

- Ah qual é Austin! Já faz messes que eu te dou mole, você nem se quer me dá uma chance e ainda fica ai sofrendo por causa da Ally, todo mundo aqui já percebeu que ela rompeu com você. – ela disse tentando mais uma vez oferecer uma vista de seu decote para mim, em plena aula.

- Você não vale a pena. – repeti suas palavras e realmente vi uma kira furiosa, ela se virou brutamente e me xingou baixo de algumas coisas que eu prefiro não dizer.

De repente notei um sorriso escondido no canto dos lábios de Ally, ela teria prestado atenção em minha conversa com Kira? Talvez ela ainda não tivesse me esquecido. Sorri fraco com a possibilidade, mas logo depois a descartei... ela era proibida.

....

- Você sabe alguma coisa sobre o tratamento de Ally? – perguntei a Dez e Trish antes que eles fossem de encontro à garota dos olhos castanhos.

- O doutor que está acompanhando o tratamento dela disse que estava indo tudo bem desde os últimos exames que ela fez, mas Ally irá fazer mais alguns logo. Ela ainda não me disse quando, mas assim que eu souber te aviso.

- E o cabelo dela Trish? – disse suspirando aliviado por saber que estava correndo tudo bem.

- Caiu um pouco nos últimos dias, mas nada muito alarmante. O médico acredita que ela não perca todo o cabelo, apenas alguns fios. – a morena me disse sorridente e eu pude me dar o luxo de sorrir um pouco.

- Ela acha que está bem por que eu me afastei?  - perguntei firme, eu não sabia o que ela pensava da situação.

- Austin, dê tempo ao tempo. – ela pousou levemente sua mão em meu ombro e abriu um sorriso fraco para mim.

- Está tudo bem Trish, pode falar. – eu pedi, estava claro que ela sabia a resposta, apenas não queria me dizer.

- Pare de se torturar meu amigo. – foi a vez de Dez de se pronunciar.

- Eu prefiro saber a verdade, talvez quanto mais eu me sentir rejeitado por ela mais fique fácil de sumir daqui e seguir em frente. Se não posso tê-la.. é melhor deixa-la em paz, em vez de ficar a atormentando com minha presença nesta escola.

- Se você quer assim, tudo bem. – ela suspirou. – Sim, ela acredita que talvez esteja se curando por conta de sua ausência, mas não tem certeza se acredita nisso tudo. – ela enfim me deu a facada e eu a recebi firme.

- Imaginei, é melhor assim. – disse e fui embora, logo Ally iria chegar e era melhor evitar uma situação como essa.

....

Faziam três dias que eu não aparecia no colégio, mas já estava na hora de dar o ar da graça. Se eu não frequentasse as aulas reprovaria por falta, apesar de que minhas notas estavam tão baixas que nem as faltas seriam motivo suficiente para me fazer reprovar. Ri baixo com o meu fracasso. As aulas tinham acabado e eu me dirigia para o estacionamento em busca de meu carro, foi quando a vi. Ela estava sorridente e colocava um capacete de moto em sua cabeça, um cara alto e musculoso a ajudava, eles iriam andar de moto juntos? Quem era esse cara? Então... ela já havia me esquecido.


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