Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo, tá curtinho mas pretendo fazer capítulos maiores. Comentem por favor pessoal, podem ser criticas ou elogios.. eu quero saber a opinião de vocês :) sem comentários eu perco a vontade de escrever :// beijão e obrigada à aqueles que comentaram!



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Austin

Ela chegava cada vez mais perto, seus olhos intensamente castanhos penetravam nos meus. Sua boca delineada se abria devagar, eu podia sentir seu hálito fresco me atingir e a vontade de tocar seus lábios aumentava a cada passo que ela dava em minha direção. Ficamos frente a frente e então eu encaminhei minha boca para mais perto, eu queria beija-la. Tentei envolve-la em meus braços e sentir sua pele delicada, mas um abismo se abriu entre nós, ela me olhou desesperada enquanto o chão onde ela apoiava seus pés se quebrava em pedaços revelando um grande buraco, eu tentei de todas as formas salvá-la, mas quando estava quase conseguindo segurar sua mão para traze-la pra mim, ela tropeçou e caiu em meio ao abismo.

Acordei com o grito da garota ecoando por minha mente, levantei com o susto e em seguida peguei em minha testa e constatei suor, eu estava encharcado de suor. Algumas vezes eu acordava no meio da noite por causa dos sonhos, mas dessa vez o grito da garota havia sido forte demais em minha mente.

– Droga! Está quase na hora de me arrumar para o colégio. – disse pra mim mesmo ao olhar para o relógio e lembrar do grande inferno que me espera.

Me espreguicei no caminho para o banheiro e entrei no banho, liguei o chuveiro na água quente e deixei que ele fizesse o trabalho de lavar todo aquele suor. Logo que sai procurei uma roupa limpa no armário, olhei para um casaco preto de capuz e achei que ele seria ótimo para não chamar atenção. Vesti uma calça jeans e um tênis qualquer e desci as escadas a fim de tomar o café da manhã.

– Oi Austin. – minha tia se pronunciou com um sorriso, ela já estava sentada à mesa que por sinal estava recheada de todos os tipos de comida. Minha tia sempre foi muito estudiosa e enfim conseguiu um cargo como Desembargadora, não posso negar que a casa onde moramos é simplesmente luxuosa. Piscina, jacuzi, quadra poliesportiva e muito mais.

– Oi Charlie. – respondi devolvendo o sorriso e sentando-me à mesa. Se fosse em outros tempos umas casa como essa era tudo que eu gostaria de ter, fazer festas e chamar garotas para a jacuzi, jogar com os amigos na quadra, mas agora nada disso importa.

– Eu comprei um carro novo, acho que será bom pra você ter um para ir ao colégio e sair com os novos amigos que tenho certeza que irá fazer. A escola em que te matriculei tem ótimas referencias. – ela disse enquanto dava uma pequena mordida em seu brioche.

– Não precisava tia, mas obrigado. – respondi. Talvez não fosse uma má ideia, afinal ir no ônibus do colégio só faria com que eu não tivesse privacidade nenhuma durante esse tempo.

Depois do acidente eu passei a não falar muito, minha tia com o tempo entendeu que com um trauma como o meu era normal que esse tipo de coisa acontecesse, ela me deu mais liberdade para ficar quieto no meu canto.

Logo que terminamos o café ela me deu as chaves do carro, disse que estava atrasada para uma reunião de trabalho e que mais tarde nos falávamos.

– Ah, nem pense em usar esse capuz Austin! Um garoto tão lindo como você não tem porque se esconder. – ela finalizou com uma piscadela antes de desaparecer a caminho do trabalho. Essa era uma ordem que eu não poderia atender, eu não levava mais uma vida muito social. Me tornei alguém só.


Ao chegar na garagem me deparei com uma BMW preta e fiquei por um momento decepcionado, esse não era um tipo de carro que me deixaria invisível, na verdade chamaria muita atenção, mas por outro lado dar uma volta num desses deve ser altamente emocionante, ele deve ser rápido como um foguete. Sorri de canto e abri a porta.

O caminho para a escola foi tranquilo, cheguei a colocar o carro até 180km/h. Logo que cheguei diminui consideravelmente a velocidade e levantei o capuz do casaco, hoje definitivamente será um longo dia e eu tenho que estar preparado. Havia todo o tipo de pessoa nos corredores, de todos os estilos mais variados e claro aquele em que predomina a arrogância e a superioridade, arg! Eu estava olhando minha folha de horários à procura da minha primeira aula do dia, foi quando alguém falou comigo.

– Você é novo não é? – levantei a cabeça para olhar de quem era aquela voz e me deparei com um ruivo, alto e magricela cheio de sardas. Ele não me parecia má pessoa, na verdade aparentava que só queria me ajudar.

– Sim, sou. – disse sem muita vontade de prolongar aquela conversa.

– Eu posso te ajudar com seus horários. – ele disse se colocando ao meu lado e tomando a folha que eu segurava. – Você vai ter a mesma aula que eu, história. Podemos ir juntos! – ele me olhou esperançoso, o ruivo não parecia ser alguém que tivesse muitos amigos, talvez ele fosse uma boa pessoa, alguém com quem eu pudesse ficar quando estivesse aqui.

– Tudo bem. Sou Austin e você? – disse tentando ser simpático, afinal ele tinha tentando me ajudar.

– Meu nome é Dez. – ele sorriu mostrando duas covas, uma em cada lado da boca.

Nós seguimos para a aula de história, mas em momento nenhum eu baixei o meus capuz. Algumas pessoas olhavam pra mim e riam com seus amigos, eu nem se quer me importei e continuei a andar ao lado de Dez. Quando chegamos na sala o ruivo olhou para mim e disse.

– Vamos sentar desse lado, o outro só os poderosos sentam.

– Poderosos? – perguntei enquanto o seguia.

– Os populares, eles são chamados assim aqui. O grupo dos poderosos. – ele respondeu com uma careta, eu ri de leve.

A aula iniciou e eu dei graças a deus por não precisar me apresentar na frente de todo mundo, isso com certeza seria completamente desconfortável, o tempo passava devagar, quase se arrastando até que o sinal tocou indicando o intervalo.

– Se importa se comermos juntos? – Dez me perguntou, senti sua voz um pouco apreensiva. Acho que ele realmente não tinha amigos.

– Sem problemas. – respondi.

Nós nos dirigimos até o refeitório, a comida não parecia das melhores mas como não tinha outra coisa eu entrei na fila para pegar minha bandeja. Nós nos sentamos para comer e então eu a vi passar com duas amigas em direção à uma mesa cheia de gente, ela era familiar, seu sorriso cativante chamava minha atenção, mas quando olhei para seus olhos meu corpo inteiro estremeceu, não dava pra acreditar. Eu tinha que chegar mais perto, eu precisava saber se ela existia, se eu finalmente a tinha encontrado.


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