A Profecia escrita por Nat


Capítulo 1
Tudo muda


Notas iniciais do capítulo

...



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Hoje foi o dia mais confuso da minha vida. Fui atacada por um cara gigante de um olho só e meu melhor amigo se revelou: jogou suas muletas longe, tirou as calças e, com suas pernas peludas e pés cascudos, salvou o dia. Foi assim:

Era mais um dia na minha escola. Estávamos na aula de educação física, jogando basquete. Ed, como sempre, estava sentado no banco, dispensado por seus problemas nas pernas.O problema o envergonhava muito. Ele nunca, nunca, usa bermudas nem nada. Só calças, para cobrir tudo. Estavámos no jogo. Até que, comparado aos outros jogos, meu time estava melhorando. 4 x 20 para o time oposto. No meio da aula,a porta saiu voando, e um cara gigante - quando digo gigante, quero dizer gigante mesmo. O cara tinha uns três metros de altura e era bem gordo. Mas isso era o mais normal dele - ele tinha só um olho. Só me lembro de ele jogar um pedaço da cesta de basquete em mim, e depois desmaiei. Também lembro de algumas coisas, por exemplo, Ed tirando as calças e revelando suas pernas de bode com cascos. Se eu não estivesse morrendo, teria rido muito com seus cascos pintados com esmalte, mas aquele não era um bom momento para isso.

Acordei em uma espécie de enfermaria. Reconheci Ed ali, com mais três pessoas: Um garoto loiro, de olhos azuis e uma cicatriz bem forte no rosto, uma garota, também loira, porém com cabelos cacheados. Tinha grandes e inteligêntes olhos cinzentos, e um garoto com cabelos escuros, olhos verdes e um cheiro forte de... água salgada? Todos aparentavam ter uns treze anos, menos o garoto loiro, que parecia ter uns quinze. 

Percebi que eles estavam conversando com um homem que estava ali também. Ele, em si, parecia normal, até a cintura, mas depois, tinha uma bunda de cavalo branca.

[...] Mas e se ela for 'o campista' da profecia? - Dizia a garota loira. Parecia preocupada, tensa.

- Annabeth, você precisa descansar. Teve um dia difícil. A profecia pode acontecer tanto nesse momento quanto daqui mil anos, e além disso, ainda nem sabemos de quem ela é filha! Só nos resta esperar. - Disse o cara com bunda de cavalo

- Mas... - A garota, acho que seu nome era Annabeth, parou bruscamente ao ver o olhar do bunda de cavalo. Ei, gostei desse apelido!

Não queria interromper a conversa, mas não podia ficar ali parada o resto a vida. Sentei na cama e percebi o quanto eu estava acabada. cada músculo do meu corpo doía, minha cabeça parecia prestes a explodir e tinha certeza de que minha perna deveria estar virado para o outro lado. Minha boca estava completamente seca.

- Mas que.... - fui interrompida pelo garoto loiro.

- Prometo que logo logo explico tudo, mas agora você precisa descansar. 

- Sim. Como está se sentindo? - perguntou o cara de bunda de cavalo.

- Hã.. Não muito bem. - respondi, confusa. - ér.. aquela parede.. era para ela estar girando? 

Annabeth conteu um sorriso.

- Tome - disse ela, enquanto me deva uma taça com uma bebida estranha. - Beba isso, vai se sentir melhor.

- O que.. o que é isso? 

Acho que minha expressão estava meio exagera, pois ela deu um risinho e disse:

- Isso é nectar, a bebida dos deuses. Você não vai morrer. Bem, a menos se você beber demais, então você pode explodir em mil pedacinhos...

O garoto com cheiro de água salgada cutucou e sussurrou: pare com isso, está assustando ela!

- Me desculpe. - Annabeth sorriu e me entregou a bebida. - Sério, beba, vai melhorar muito.

Mesmo estando apavorada, bebi. Senti o gosto de todas as coisas que mais gostava. Lembranças felizes vieram na minha mente, as paredes pararam de girar e meu corpo parou de doer, assim como minha perna, que também voltou para o lado certo com um CRACK. Acho que teria doído muito se não fosse a bebida. Não senti nada. Queria bebir aquilo para sempre, mas o garoto loiro tirou o cálice da minha mão.

- Então.. ér... o que Annabeth disse é verdade. Não exagere ou... - ele colocou o dedo indicador no pescoço. Acho que ele quis dizer que eu morreria, mas ainda estava meio atordoada pela bebida, o tal de nectar. Foi uma das melhores sensações da minha vida. 

- Certo, agora que já estou bem, podem me explicar o que é isso, porque Ed tem pernas de bode, porque esse cara tem uma bunda de cavalo, porque estou aqui, o que é isso...

Fui interrompida por Annabeth.

- Certo, vamos explicar tudo, venha. - Levantei e segui ela pelo Acampamento.

Ela me explicou sobre os deuses, o Acampamento, monstros e tudo mais. Aquilo era tão.. Assustador e ao mesmo tempo DEMAIS! Imagine só? Meu pai/mãe ser um deus! Uau *-*

Era aterrorizante ver aquelas pessoas lutando com espadas de verdade. Annabeth me levou para um galpão cheio de armas. UAU! Aquilo era aterrorizantemente demais. Ficamos um tempo escolhendo armas, até que uma me impressionou. Era uma espada, com uma lâmina de bronze celestial, porém era escura, praticamente preta, Seu cabo era de couro. 

- Por que ela é assim... escura? Não é de bronze? - perguntei.

- Esse é o grande mistério dessa espada. Ninguém sabe. Ela simplesmente apareceu aqui. 

- Vou ficar com ela - Sorri, embora estivesse muito nervosa.

- Você quem sabe. - Respondeu Annabeth.

Peguei a espada e voltei a andar com ela pelo Acampamento, enquanto ela me explicava a coisa dos deuses. Estava bem confusa e ao mesmo tempo curiosa. Tipo, os antigos deuses gregos existem e um deles é seu pai/mãe. Mas eu andei pensando... Eu tenho mãe e pai presentes comigo, então.. um deles não é realmente meu pai/mãe? 

Aquilo me deixou perturbada, mas com tantos acontecimentos em um só dia, precisa descansar. Fui jantar, mas como ainda não tinha sido reclamada, não tinha bem uma mesa, mas, como Annabeth estava me guiando e me ajudando, fui na mesa dos filhos de Atena com ela. Era incrível! Uma mesa de meninos e meninas loiras de olhos cinzas! Impressionante. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-*



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