Mistake escrita por Becca


Capítulo 1
One shot


Notas iniciais do capítulo

Parabéns, Sarah! Em pensar que, tudo começou com uma review... Sinceramente, quando eu reli a minha primeira fic, pensei: "como alguém pôde gostar disso?", mass... Você gostou! HAHAHA
Daí eu penso: você não é, e nunca foi normal, mas eu te amo ♥
Lembra quando minha priminha falou com você, e mentiu minha idade? Pois é.
E quando eu descobri que você era mais de dois anos, mais velha que eu? HAHAHAHA sério, eu fiquei meio :O HAHAHAHAHA
Você foi a minha primeira amiga virtual, e espero que um dia nós possamos nos encontrar. Lembro que eu enchi o saco pra você traduzir Still Got Tonight, porque eu queria ler, e estava com preguiça de ler em inglês.
Abusada, sempre.
E, quando a gente trocou os números de telefone, as primeiras mensagens! HAHAHAHHAHAHA
Você me chama de neném desde o início da nossa amizade.
Um ano de amizade virtual. Não é muita coisa, mas ainda tem muitos anos por vir, assim espero!
Parabéns!!



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Não consigo acreditar! Olivia faltou o trabalho! Acho que ela está traumatizada com a morte de Jenna. Eu também estou, mas não tanto assim, apesar de eu tê-la matado.

Uma loira entrou na unidade, mas os outros dois - Munch e Fin - ignoraram a presença dela.

- Bons detetives, vocês. - ironizei. Eles nem deram-se ao trabalho de responder-me.

A mulher sorriu ao ver-me aproximando-me dela.

- Procuro o capitão Cragen, ele está? - perguntou ela. Assenti, e apontei para a sala.

- Antes de ir, qual seu nome? - perguntei. Ela suspirou, e hesitou, antes de responder-me:

- Rollins. Amanda Rollins, a nova detetive. - e eu congelei, observando-a afastar-se.

Como assim "nova detetive"? Quem sairia?

Cragen saiu da sala, e eu o olhei, com um olhar curioso. Ele pediu licença para a jovem detetive - que eu esperava que não viesse substituir Olivia - e veio em minha direção.

- Tenho de lhe explicar algumas coisas. - gaguejou ele, puxando-me pelo braço.

Uh-oh!

Será que Olivia tinha mesmo feito aquilo? Será que ela tinha me deixado mesmo? Depois de tudo o que passamos juntos...

- Elliot, sinto muitíssimo, mas Olivia desistiu. - suspirou Cragen, com um peso de culpa, e tristeza na voz.

Fraquejei, e me senti um covarde. Pude sentir os olhares de Fin e Munch ali, olhando-me com pena.

- Foi mal, bro. - pediu Fin. Munch assentiu.

Eles sabiam!

- Vocês sabiam?! - perguntei, mesmo sabendo a resposta. Eles assentiram. - Desgraçados!

O que vi, foram papéis voando no chão, chocando-se com a poeira. Eu não era mais dono de meus atos. Não conseguia pensar.

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Eu já estava no carro, meio que sem rumo. Cragen havia me mandado tirar uma folga pelo resto do dia.

Não tinha rumo. Tinha me separado de Kathy, antes de voltar ao trabalho.

A única pessoa na qual eu podia confiar, era Olivia.

Mas por que diabos ela saiu sem, ao menos me avisar?! Era irritante, e tentador. Eu queria, mas sabia que não podia aparecer lá do nada.

Meus filhos viajaram com Kathy, para onde, eu não sei. A única pessoa que eu, realmente tinha, era ela.

O porteiro me conhecia, o que dava-me uma chance de subir sem ser anunciado. Eu gostava disso, mas acho que seria uma invasão, ao emocional e psicológico dela, se eu chegar lá, no meio do nada. Além disso, o que eu iria falar?

"Oi, Liv, por que você não me disse que ia embora?"

Isso soa meio ameaçador, e conhecendo Olivia como conheço, sei que ela revidaria, falando algo que eu fiz em mil-novecentos-e-vovô-garoto.

Eu até iria para o bar, conversar com Jim, o nosso bartender, mas pareceu-me meio inapropriado. O que eu faria lá, sem ela? Não havíamos terminado nenhum caso, e não precisávamos beber. Bem, pelo menos, eu acho que não.

O porteiro gostava de mim, e no momento, pareceu-me uma boa ir falar com ele.

Estacionei o carro, do outro lado da rua. Quando saí, a brisa gelada bateu diretamente em meu rosto, causando-me calafrios.

Odeio calafrios.

Cheguei no meio-fio, e quase desequilibrei-me. Corri para o outro lado, sem, ao menos ver se havia algum carro vindo.

Por sorte, não havia.

A portaria estava vazia, e o porteiro também não estava lá. Olhei no relógio: dez e quarenta e oito da noite.

É, já era bem tarde. Ele devia estar tirando um cochilo, ou jantando, na sala dele. Olivia devia estar dormindo.

Resolvi ligar, só por precaução.

- Benson. - atendeu ela. Que eu saiba, ela não era mais policial, era?!

- Oi, posso subir? - perguntei. Ela gaguejou.

- El... - reclamou, com a voz sonolenta.

- Acordei-te, não foi? - perguntei, receoso. Ela riu.

- Sim, você me acordou. Mas pode subir. - suspirou. - Até.

E desligou. Suspirei, e vi o porteiro (até hoje não sei o nome dele, pois é...) saindo da própria sala.

- Senhor Stabler! - exclamou ele. Eu sorri, e apontei para as escadas. Ele entendeu. - Ah, sim. Pode subir!

Agradeci, e dei um tapinha amigável em seu ombro. Ele sorriu, e eu corri escada acima. Acho que nunca corri tanto na vida.

Cheguei ao andar dela, e não hesitei, antes de bater na porta do 4D.

- Vamos, Liv, abra. - pedi, num sussurro. Ouvi as trancas, e escondi um sorriso.

Ela abriu a porta, e eu me mantive quieto.

- Ei, El... - sussurrou ela. Não tinha um tom de ameaça, ou vergonha na voz.

- Posso entrar?! - perguntei, meio acanhado. Ela gaguejou, coçou os olhos, e deu-me passagem.

Entrei, e fui direto para o sofá.

- Abusado. - indagou ela, referindo-se a mim. Eu ri. - O que você veio fazer aqui?

Achei tão natural, a forma de ela falar isso, como se fosse algo normal, ou coisa do tipo. Ela não me avisara sobre a partida, e quando eu venho pergunta-la sobre, ela age como se nada houvesse acontecido! Forcei meu cérebro a esquecer tais palavras, mas quando me dei conta, elas já haviam saído.

- Por que você foi embora? - eu me odeio, eu me odeio, eu me odeio.

A expressão dela tornou-se séria. Ela gaguejou, pude ver.

- El... - ela reclamou. Irritei-me, e levantei.

- Não! Por que você foi embora? Sem me avisar?! O que acontece com o "for better or worse"? - perguntei. Senti o tom de acusação na minha voz, e não a deixei retrucar. - Você sempre fugiu de mim! Desde o caso Gitano, você foge! Olivia, eu não consigo entender-te.

Os olhos dela já lacrimejavam, e eu senti-me um idiota, por completo. Minhas orelhas queimavam, assim como minhas bochechas.

- Não sabia que você pensava isso de mim, El... - ela sussurrou, fungando. Eu neguei, com a cabeça.

- A questão não é essa... - tentei mudar de assunto.

- Claro que é! - ela me interrompeu. E eu queria escutar, o que ela tinha a dizer. - Sabe, desde que começamos a trabalhar juntos, eu aguentei as suas criancices, e ataques de raiva. Eu precisava de um tempo para mim, depois de você dizer que eu fui a culpada, da morte do menino. Eu não te chamei lá! E, depois, na minha suposta "fuga" pra Oregon: foi um trabalho, cujo eu estava infiltrada. Você não me procurou. Achei que não se importava, afinal.

Admito, meu queixo caiu. Não sabia que Olivia se sentia daquela forma. Ela não aguentava mais, meus ataques de raiva, e eu não podia culpá-la. Sempre que eu estava numa situação difícil, culpava a única que sempre estivera lá para mim.

O silêncio só era quebrado pelos soluços dolorosos dela. Meu coração partiu-se por inteiro, e eu tive vontade de abraçá-la, e nunca mais soltá-la. Meus olhos estavam quase lacrimejando, e eu sabia que tinha feito o pior erro de minha vida.

- Acho que, saindo da unidade, sem te contar nada, - ela pausou, soluçando. Sentei-me no sofá, ao lado dela. - foi um dos piores erros, de toda a minha vida.

Tentei aproximar-me dela, mas ela esquivou.

- Sabe, eu me sinto uma traidora. - sussurrou ela. Os olhos já não lacrimejavam, e tinham um tique nervoso.

- Liv, o erro foi meu. Eu não queria ter sido tão grosso, e... - comecei, mas ela colocou o indicador em meus lábios.

Parei de falar imediatamente. As mãos dela estavam geladas. O rosto já estava mais pálido, e as olheiras mais aparentes.

- Eu não devia ter acordado-te. - sussurrei, arrependido de tê-la ligado àquela hora.

- Não tem problema. Acho que... Acho que tomei coragem para fazer certa coisa. - sussurrou de volta. Arqueei uma sobrancelha, e senti quando ela aproximou-se de mim.

Centímetros separavam-nos. Eu estava em choque, e esperava que ela separasse estas pequenas unidades de medida. Logo, senti os lábios macios dela, tímidos, encostados nos meus. A segurei pelo pescoço, e dei início a um beijo.

Não sei quanto tempo ficamos beijando-nos, mas agora, sei que podemos ficar juntos, porque não somos mais parceiros, e as regras da polícia não existem mais.

- Sabe, Liv... Eu te amo. - ri. Ela me acompanhou, e sorrindo, disse:

- Eu sei, El... Eu também te amo. - e nos beijamos mais uma vez.

E outra.

E outra.


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Notas finais do capítulo

Ok, primeiramente: podem haver erros, não corrigi, muito menos pedi para alguém fazê-lo. É, isso mesmo. Nunca peço a ninguém para ler as fics de presente que faço, me julguem...
Sarah, espero mesmo (mesmo, mesmo, viu?) que tenha gostado. Já estava pronta há um tempinho (pura ansiedade), e não acho que tenha ficado tão bom. Apelei pro que você pediu: "draminha com romance", e acho que atingi a meta, não? Whatever... Reviews!