Meiko's Christimas escrita por Tomoito


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382915/chapter/1

O Natal é uma época "mágica’"em que sonhos podem ser tornar realidade, em que tudo pode acontecer. O presente de seus sonhos, a declaração de amor tão esperada, tudo isso pode acontecer nesse dia...

Nós, que trabalhávamos para Vocaloid Agency, havíamos combinado de passar o natal juntos e fazer um amigo secreto. Fiquei muito empolgada antes de tirar meu amigo secreto, era minha chance de dar um presente para Kaito, algo que demonstrasse meu sentimento... Mas assim que eu li o nome em meu papel, quase não acreditei... Quase não aguentei de felicidade, queria até gritar!
Depois disso fomos cada um para o seu quarto, guardando o papel do sorteio com cuidado.

-Quem você tirou, Meiko? -perguntou Luka ao fecharmos a porta de nosso quarto.

-Não vou dizer!-digo envergonhada- Não é para contar pra todo mundo!

-Eu tirei o Gakupo! -disse-me toda sorridente- Fico feliz de ser a única a dar um presente a ele! Odeio competição!

-Mas você esta mesmo contando com a Gumi? -pergunto sentando-me em minha cama- Quero dizer, ela é só uma criança... Gakupo nunca iria troca-la por você.

-Fácil falar. Ela gosta muito dele! Dá em cima dele tão descaradamente, mesmo eu estando junto! Dá uma vontade de bater nela!

-Hahahaha, posso até imaginar. Você sairia em vários jornais. Seria acusada de ter batido nela por medo de perder seu destaque entre os Vocaloids, afinal, ninguém sabe da sua relação com o Gakupo lá fora.

-É só isso que me segura! Ninguém acreditaria que aquela ‘criança inocente’ estaria tentando me roubar Gakupo... Que nem é meu namorado oficial.

-Você é que não quis contar para as pessoas que estavam namorando!

-Eu sei, eu sei!!! -disse Luka afundando a cabeça no travesseiro para seu grito ser abafado. Depois de um tempo, ela se virou para mim- Então, finalmente você tirou o Kaito?

-O que?! Q-quem te disse isso?! Eu não tirei o Kaito...

-Para seus olhos terem ficado esbugalhados daquele jeito, você só poderia ter tirado ele! -disse rindo- Você não conseguiu tira-lo nos dois últimos anos... Suponho que esteja muito feliz! Vai dar a ele o que de presente?

-Eu... Eu não sei... Havia pensado em tantas coisas... Mas agora nada parece bom o bastante!

-Hahahaha, mas isso é normal! Demoro muito para escolher o presente do  Gakupo... Quero que cada um seja especial.
-Escolher presentes é muito difícil...
-Ande por ai! É o que eu faço. Andar pelo centro sem rumo é bom, pois você olha todos os presentes da loja até achar um que realmente goste.

Durante a semana eu segui o conselho de Luka. Andei cada dia durante uma parte do centro de Tóquio, a procura de qualquer coisa que me chamasse à atenção. Achei presentes lindos e que lembravam muitos de meus colegas de trabalho, mas nada brilhava ao meu olhar, pedindo para ser presenteado para Kaito.

Sexta-feira eu já estava sem esperanças. Andava pelas ruas com um olhar triste para as lojas, sem esperança de achar algo que me agrade. Todos ao redor estavam felizes, conversavam e sorriam o tempo todo, felizes com as suas compras, com a comemoração que já será no dia seguinte.

Sento-me no primeiro banco que vejo e olho para o céu. A noite estava escura, com nuvem, certamente nevaria durante o Natal. Olho para o relógio, já são 19hr, assim olho ao redor, a procura de algum lugar para que eu pudesse jantar; certamente eu não sairia dali até arranjar um presente.

Vejo uma barraquinha de yakissoba na esquina, daquelas com mesa e banquinho em frente as panelas, e vou até lá.

-Quanto é um yakissoba? -pergunto a senhora que fazia a comida.

-Cinco reais, querida.

-Quero um de carne, por favor.

-Sim, sim. Pode se sentar.

Sento-me no banquinho e pego o dinheiro na minha carteira, ao meu lado uma garota do colegial escrevia uma carta em papel rosa. Certamente uma declaração.

-Aqui esta. -disse a senhora colocando a tigela na minha frente.

-Obrigada. Aqui esta o dinheiro -digo entregando a nota para ela.

-Eu é que agradeço.

Começo a comer olhando a senhora cozinhando, ela parecia concentrada, mas isso não a impediu de começar a falar comigo.

-Por que esta tão abatida, querida? Nem parece Natal! Será que não acha o presente que gostaria de comprar?

-Infelizmente você esta certa. Não importa onde eu olhe, não acho algo que me agrade.

-Eu entendo... Hoje em dia só vendem quinquilharias nessas grandes lojas! Não prezam a originalidade e sentimentalismo dos presentes... Já olhou nas lojas antigas?

-Lojas antigas?

-Sim! Alguns quarteirões atrás dessa avenida principal tem um antigo centro de compras, a avenida de compras na época eu que eu era adolescente! Eles ainda preservam o verdadeiro espírito de natal.

-É mesmo...? -digo, pensando- E onde fica?

-Três quarteirões atrás desse, e mais dois a direita. Logo vai ver que chegou ao lugar certo. As decorações simples e aconchegantes trazem muitas pessoas.

-Hum... acho que vou lá! –digo entregando meu prato vazio- Obrigada por indicar o caminho!

-Não tem de que! Faça bom proveito!

Sigo o caminho que a senhora me indicara. Tinha muitas residências durante o caminho, mas quando virei a direita descobri outras pessoas indo na direção de um trecho com varias luzes, ao longe.

-Mamãe, vai ter globos de neve com soldadinhos de chumbo de novo? –perguntava um garotinho a sua mãe.

- Não sei, Haku. Mas vamos procurar e ver se não achamos !

-Espero que os de casal desse ano sejam do templo das cerejeiras! Ele ainda não fez globos com esse tema! –dizia uma garota a seu namorado

-Meu bem, tem muitos lugares para ele fazer ainda! Não tenha muitas esperanças.

-Ah, mas eu queria tanto do templo... até hoje ele não fez... Queria um para lembrar de quando nos conhecemos...

-Oras, você não precisa de um globo de neve pra se lembrar disso! –respondeu ele rindo

Então era isso que todas aquelas pessoas queriam. Globos de Neve. Deveriam ser lindos, pelo que as pessoas falavam. Seriam de uma edição limitada? Mas não tem tanta divulgação assim para ser se algum loja especializada, se não eu teria ouvido falar, ou lido em algum lugar.

A medida que me aproximo das luzes todos ao redor começam a ficar meio eufóricos, as crianças já correram em direção a elas, enquanto seus pais caminhavam calmamente. Como uma procissão, sigo as pessoas até chegar a antiga avenida.

Não era uma avenida de verdade, as lojas eram montadas no quintal das casas das pessoas que moravam naquela avenida, cada família vendendo algo em especial; livros, roupas, tricô, doces, tudo com temas natalinos. Em uma casa havia um grande pinheiro enfeitado e iluminado, ao lado uma grande cadeira alojava um belo Papai Noel com uma Mamãe Noel ao seu lado, cumprimentado as crianças e ouvindo seus pedidos.

Uma casa simples bem no meio da rua era o centro das atenções. Por todo o quintal varias mesas foram postas com toalhas vermelhas e estavam todas decoradas com dezenas de globos de neve. Eram todos tão lindo que não tenho palavras para explicar. As luzes de natal batiam nos globos que brilhavam de uma maneira especial a todo o momento, galhos de arvores secas, decoradas com bolas verdes, enfeitavam as pernas das mesas; folhas de outono também decoravam algumas mesas junto de neve artificial.

Me aproximo das mesas maravilhada. As decorações dentro dos globos pareciam tão reais! A árvore de natal com presentes tinha uma criança brincando com o trenzinho ao lado, parecia que eu poderia vê-la se mexer a qualquer comento; assim como a bailarina e o soldadinho de chumbo, paralisados em um passo de balé, pareciam voltar ao normal assim que tirava os olhos deles. Mesa a mesa vejo todos os globos de neve retratando coisas que só acontecem na época do natal.

Mas foi ao chegar a ultima mesa que eu me senti sortuda de ter aceitado o conselho da senhora. A ultima mesa estava repleta de globos de neve com casais dentro! Casais em bancos de praça, sentados ao lado de uma árvore de natal, casando-se... E logo que vi um deles, descobri que era feito para Kaito. Era um casal de cabelos castanhos, a garota estava à frente dele com as mãos nas costas escondendo um presente de embrulho vermelho; e o garoto olhava para ela esperando ela falar... Como se soubesse todo o motivo de sua timidez.

Pego o globo de neve e sorrio enquanto olho-o de perto. Era isso que iria acontecer amanhã à noite. Era perfeito! Se as coisas dessem certo... Essa seria a nossa lembrança para sempre.

Fui para dentro da casa para comprar o globo e encontrei a sala de estar também cheia de diversas caixas de presente, a maioria do tamanho certo para os globos. Acho uma caixa vermelha e com uma fita verde, assim como a do globo de neve, pego a caixa e vou pagar as comprar; o senhor que estava vendendo coloca o globo dentro da caixa e me entrega um papel vermelho e uma caneta.

-Esse é um presente especial, não é? Merece uma mensagem!

Pego o papel e empaco, não sabia o que escrever! E se eu escrevesse ‘Eu te amo’ mas quando eu me declarasse ele dissesse que gosta de outra? Enquanto eu ficava ali indecisa, o senhor ia atendendo outros clientes. Depois de muito tempo decido o que escrever e entrego o papel para o senhor. Ele coloca-o junto do globo e faz o laço da caixa caprichosamente, me entregando-o dentro de uma sacola.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meiko's Christimas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.