O idiota do meu vizinho - Brutinha escrita por Judrigo
Na manhã seguinte, acordei com o barulho do despertador do meu celular tocando. Ainda meio sonolenta, e nem querendo abrir os olhos, cacei meu celular pelo cômoda do lado da minha cama, e desliguei o despertador. Afundei a cabeça no travesseiro, querendo o quentinho gostoso de Bruno de volta, e trazendo em mente, a mesma sensação da noite anterior, e foi assim que fiquei o resto da manhã. Com um sorriso estonteante no rosto, apesar da tristeza/pavor da noite anterior.
Tomei um banho quente - e beeeem longo - para começar o dia. Lavei os cabelos e passei um creme, que os deixou macio e com um cheiro de camomila. Vesti um jeans vermelho e uma blusa branca. O dia não podia estar mais lindo, então, peguei um casaco jeans leve de frio, e vesti. Calcei meu all-star branco, e peguei minha bolsa. Coloquei um caderno, um estojo simples, que coloquei dentro algumas canetas, lápis, e coisas do tipo. Enfiei um livro de leitura qualquer dentro, e a joguei num canto do quarto.
No final, terminei era 8:20hrs da manhã. O horário inicial hoje seria as nove horas, com o prazo até as dez horas.
Desci e dei de cara com meu pai ao lado de Kevin, os dois comendo cereal.
- Bom dia homens mais lindo da minha vida! - digo e vou de encontro ao dois. Abracei Kevin, e baguncei seus cabelos um pouco úmido, e logo em seguida, abracei meu pai e depositei um beijo em sua bochecha.
- Bom dia querida! - diz e eu me sento ao seu lado - Vai tomar o que? - pergunta sorrindo e terminando o cereal junto com Kevin.
- Sei lá! - dou de ombros e sorrio para eles de novo - então, vejo que a noite de vocês foi muito animada, hein? - digo e meu pai ri. Mas não com os olhos. Sei que a preocupação dele ainda não passou.
- Muito... seu pai é muito legal sabia? - Kevin começou e eu ri - Ele disse que hoje eu podia ir trabalhar com ele! - continuou e começou a pular sentado na cadeira.
- Verdade! - meu pai afirma - Vamos ter um dia longo não é Kevin? Começar com o fato de irmos para o trabalho de bicicleta! - fala sorridente.
- Bicicleta? - pergunto e meu pai afirma com a cabeça - Alô-ou! E o carro? - digo rindo do modo que falei.
- Vai ter um rumo melhor! - Kevin anuncia, e começa a bater na mesa e ri.
Meu pai se aproxima de mim, tira a chave do carro do bolso e me entrega.
- Que tal essa semana o carro ficar com você? - meu pai disse, estendendo a mão com a chave em minha direção, e percebendo que de inicio eu não ia pegar - Pode deixar, que mais perto do que imagina vamos ter novas surpresas, não é pequeno? - diz meu pai, agora olhando para Kevin, que afirma com a cabeça e ri.
- Ah, então quer dizer... - digo me levantando e colocando a mão na cintura - que o pequeno sabe mais das coisas do que eu? Sinceramente? Eu não gosto de ficar curiosa, eu sinto mais fome! - digo pegando a chave do carro da mão do meu pai.
- Então, lamento dizer filha: Vai engordar! - diz e me puxa para um abraço - Então, deixa eu ir, se não a gente se atrasa! - continua e me da um beijo na testa, e vai em direção a bancada, pegar seu terno, sendo seguido por Kevin.
- E você? Vai me dar beijo não? - pergunto me referindo a Kevin, que logo volta correndo em minha direção e se joga em meu colo, e me da um beijo na bochecha e aperta meu pescoço.
- Me solta... eu tenho que ir! - fala colocando a mão na cintura, hábito de família - Se não, eu vou me atrasar! - fala, e eu não me seguro e desando a rir. Coloco-o no chão, e ele vai correndo atrás de meu pai, agora, quase chegando na porta.
- Tchau querida! - grita meu pai saindo pela porta.
Ouço o barulho da porta sendo fechada, e sinto a boa sensação de estar um pouco em família. Coloco as chaves do carro em cima da mesa, e vou em busca de algo para comer.
No final, acabei tomando um achocolatado mesmo, e comi um bolinho que tinha ficado na geladeira, provavelmente, da noite anterior.
Logo que terminei, subo direto ao meu quarto, e vou escovar os dentes. Quando termino, pego meu celular e vejo uma ligação perdida de Bruno pelo visor. Sorrio, jogo a mochila no ombro, e desço novamente, ligando de volta.
- Ei minha loira! - fala assim que atende - Então, to saindo de casa daqui á uns...
- Se tá me oferecendo carona, dispenso! - interrompo-o, e me sento no sofá.
- Hã? E você pensa que vai como? - começa, e ri.
- De carro, como você! - digo, dando de ombros.
- Hã? - repete.
- Deixa.. bem, a Ju? Ela vai com quem? - pergunto.
- Bem, a Ju tá lá fora com Gil e Lia, e Dinho já foi, e bem, tem eu, que to te esperando, e tem você, que até agora não entendi.. - ele para e ri - ata! Seu pai vai te levar! - continua.
Eu ri.
- Querido, eu sei dirigir! Bem, me encontra lá fora? - pergunto finalizando a conversa.
- Em menos de um minuto! - diz.
- Vou contar! - respondo e desligo o celular.
Levanto do sofá,e vou em direção a cozinha. Pego as chaves do carro,e dou uma olhada pela casa para ver se está tudo em ordem. E como eu esperava, está.
Atravesso a sala com passos firmes, e saio de casa, vendo o sol bater logo na varanda de casa, e as flores raiar com o dia linda. Fecho a porta por trás de mim, e vou em direção a Ju.
- Ei amiga! - ela vem me abraçando, num tom de preocupação.
Ju vestia um visual bem fofo: uma saia branca com a cintura pouco alta, uma blusa florida e preta, que deixava um pouco a cintura a mostra, sapatilhas e usava um laço rosa no cabelo.
Já Lia, estava mais normal do que nunca: Calça jeans preta, uma blusa branca de manga comprida, tênis pretos, sua mochila preta de bolinha branca.
- Alô-ou! - digo, fazendo-a me soltar, e olhar meio estranho para mim - Ontem. Passado. Já ouviu aquela frase: Passado é passado, o presente é o que importa, e o futuro, que nos espere? - pergunto rindo, e fazendo Ju sorrir, com tanto bom humor.
- Para falar verdade, não.. - começo mas a interrompo.
- Não importa, mas, hoje esse é meu lema! - digo sorrindo ao ver Bruno ao meu lado.
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