O idiota do meu vizinho - Brutinha escrita por Judrigo


Capítulo 57
Capítulo 57




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Quinze minutos depois, Bruno estacionou o Escape a um quarteirão do galpão onde seria a festa. Descemos do carro, e fizemos o resto do percurso a pé. Bruno segurava minha cintura fortemente mas me deixando na maior leveza do mundo. Me aconcheguei no seu abraço.

- E então... você já conhece muita gente? Tipo... que vai pra faculdade? - perguntei, olhando para os meus pés. O som do salto no chão nem podia ser ouvido, mas as batidas rápidas e fortes do galpão, já estavam ensurdecedoras.

- Sim! - respondeu calmamente.

Sorri, e deixei cair minha cabeça nos seus ombros.

Logo depois, adentramos no galpão. Era grande, o cheiro de mofo e gente suada dominava. A fumaça não me deixava ver um pouco, e dificultou minha respiração. Bruno pediu para eu tampar o nariz um pouco, e assim eu fiz.

Passamos a fumaça, e avistei Ju, e ela me viu. Ela começou a agitar os braços por cima da cabeça e sorriu de leve.

Juntamos a eles na mesa.

- Quase morri ao entrar! - resmunguei sentado na mesa e Ju riu.

- É assim mesmo! Depois você acostuma! - ela deu de ombros, e pousou a mão na coxa de Gil.

- Cadê Lia e Dinho? - perguntei.

- Provavelmente se pegando em algum canto! - respondeu rindo.

Um garçom passou oferecendo bebidas, peguei um copo de refrigerante, sendo acompanhada por Gil e Ju, e Bruno pediu um copo de cerveja, e logo o garçom nos serviu.

Peguei meu celular e vi as horas, 1hr havia se passado desde que chegamos, guardei o celular de volta na bolsa, e olhei para Bruno.

- Você se importa de eu ir ali rapidinho? - perguntou apontando para um grupo de garotos apoiado no balcão e rindo.

Balancei a cabeça negativamente.

Ele sorriu, se levantou, me deu um selinho e se afastou. Ju ficou sem graça de beijar Gil na minha frente, e apenas tossi falsamente.

- Então... eu vou dar uma passada no banheiro, e depois vou tomar um ar! Tem alguma saída sem ser aquela ali? - perguntei apontando para porta, que mal era visível por causa da fumaça que o aparelho jogava a cada minuto.

Ju olhou para baixo, sorriu e disse:

- Sim! Passando a pista de dança, um pouco a esquerda do banheiro masculino! - disse e voltou a olhar para baixo.

Assenti com a cabeça, me levantei, ajeitei a bolsa sobre o ombro na transversa e dei alguns passos, até que senti uma mão leve e suave me puxar. Ju.

Ela sorriu meio sem jeito, me abraçou e disse:

- Obrigada! - sussurrou no meu ouvido.

- Hã... por nada?! - disse e ela saiu ainda meio sem graça, e avistei ela se jogando na cadeira ao lado de Gil.

Sorri, e me verei. O cheiro da "Night" estava me deixando nauseada.

Fechei os olhos rapidamente, e os abri em seguida. Me dirigi a tal porta, que dava a saída dos fundos. Percorri, a pista de dança, e encontrei o banheiro masculino. Olhei para trás, e vi Bruno. Seu olhar se encontrou com o meu. Ele bebia o quarto copo de cerveja. A expressão no olhar dele ficou séria. Eu ignorei, e voltei a andar.

Senti que estava sendo vigiada. Andei mais rápido, e parei. Olhei para trás, e vi que era só impressão minha. Só havia várias pessoas dançando feito loucas. Respirei fundo, e me dirigi a uma porta, que pelo fato de ter um sinalizador escrito: Exit, imaginei que fosse a saída.

Abri a porta, e ela me levava por um beco, até uma outra porta. Andei meio vacilando até lá, quando ouvi um barulho de garrafa se quebrando.

Respirei fundo uma. Duas. Três vezes, e dei mais um passo em direção a porta, até que ouvi o som da porta de trás se abrindo. Andei mais rápido, e a porta - que eu tanto queria alcançar - parecia ficar mais longe. Comecei a ficar sem ar. MALDITA ASMA!

Me encostei na parede e fechei os olhos. Ouvi passos vindo em minha direção. Abri os olhos e gritei quando senti uma respiração sobre meu ombro. A pouco iluminação vinha de uma janela acima da porta. Me arrastei pela parede até ficar um pouco abaixo da luz. A minha sombra estava a mais ou menos 1m de distância da porta. Mais passos. Mais respiração. Fechei os olhos e respirei o mais fundo possível. O beco estreito dificultava qualquer plano. Me afastei um pouco, e elevei minha mão até meu ombro, e esperei até sentir a outra respiração. Dessa vez pude sentir o hálito quente e o forte cheiro de álcool.

- O que você acha da gente... - ele ia continuar a falar alguma coisa que eu de certo, não queria ouvir.

Elevei a minha mão até a cabeça dele e a empurrei com toda a minha força contra a parede. O forte grito dele abafou pelo beco. Tentei me desviar dele, o que não deu certo.

Ele gargalhou e pegou pelo meu cotovelo.

- Ah... a mocinha linda e insegura pensou que iria fazer o que? - perguntou acariciando minhas bochechas, e com o outro braço me prendendo contra a parede.

Percebi que prendia a respiração.

Ele levantou a mão até minha boca e a desenhou. Aquilo agitou meus nervos.

- Não. Toque. Em. Mim! - gritei e logo em seguida elevei meu joelho, batendo contra sua coxa. Tenho certeza que foi com a sua coxa.


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Notas finais do capítulo

.. Hey gente, vamos pro próximo cap? Claro, que sim! Acompanhe rsrsr



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