"Credo Bruno!" resmunguei enquanto passava um algodão com álcool em sua testa, na tentativa de ajudar a cicatrizar mais rápido os ferimentos "Aonde você se meteu garoto!" perguntei ignorando a cara de dor que ele fez.

Ele ignorou a minha pergunta e sorriu. 

"Bruno?!" chamei, mas ele continuou me ignorando e somente sorrindo pra mim "Bruno!" pergunto apertando mais o algodão contra o seu arranhão, e logo ele desperta de "algum transe".

"Ai Fatinha!" ele diz apertando os olhos e se encolhendo mais uma vez e colocando a mão na perna.

"Foi mal!" murmuro e embolo os algodões num papel usado para limpar os machucados do mesmo. Ele continuava sorrindo pra mim. Encantador! "Que foi Bruno?" pergunto colocando a mão na cintura, e ele jogou a cabeça pra trás, rindo.

"Eu..." você? "não acredito que você está aqui!" ele diz sorrindo. Eu sorrio de volta, e sinto minhas bochechas queimarem, abaixei o olhar, fechando o remédio que também tinha usado. Ele levantou o meu queixo com o dedo e se sentou mais ereto "Fatinha!" suspirou "Eu..." ele ia dizer alguma mais eu o-interrompi.

"Você sabia que eu voltaria para o Brasil?" perguntei desfiando um outro pedaço de algodão.

Ele afirmou com a cabeça.

"A Ju me contou!" completou e eu sorri de canto ao imaginar a cena da Ju contando para o Bruno que eu viajaria para o Brasil.

"Hum..." murmuro e agora ele sorri. 

"Eu senti sua falta!" sussurra e eu sorrio de volta, muito sem graça.

"Eu também!" sussurro de volta, e me levanto, e vou rapidamente em direção ao banheiro. Jogo fora os algodões e guardo o remédio. Limpo minha mão, e volto para o mesmo lugar em que eu estava. Sentada na cama, junto com Bruno, que estava escorado na parede.

"Porque... você não me falou nada?" perguntou.

Não respondi, ao invés disso, abaixei a cabeça e suspirei.

"Eu... ainda... te amo!!" ele disse levantando minha cabeça e sorrindo de escanteio. 

"Eu também...." sussurro e sorrio de volta.

Ele olha nos meus olhos, e... tá legal, eu acho que tá ficando meio sem graça esse silêncio todo.

Ele pareceu ler minha mente!

Bruno sorrio e se sentou mais perto. Ele acariciava minhas bochechas como se eu fosse uma obra de um autor famoso que logo sairia de exposição. Ele passou a mão pela minha cintura, e me puxou um pouco mais. Agora, eu conseguia ouvir sua sua respiração um pouco valha, e seu hálito de cerveja seguia pelo seu cheiro de hortelã mofado! 

Sorri ao elaborar os meus pensamentos. 

Ele me deu um beijo na testa, e colou seu nariz no meu, ainda acariciando minhas bochechas. Ele sorriu, e suspirou. Jogou uma mecha de cabelo pra trás, e sorrio. Ele me puxou mais um pouco contra si, e me beijou. O que eu tanto quis durante menos que uma semana, está acontecendo. Simplesmente, eu queria aprofundar mais aquilo, se não fosse, o grito de Kevin me chamando. 

Despertei, abrindo os olhos, e os comprimindo num sorriso. Ele acariciou minhas bochechas e sorriu um pouco.

"Mana! Eu to com fome!" gritou e apareceu na porta sorrindo.

"Já vou!" gritei de volta, e levantei. Fechei a porta e me encostei nela. 

Silêncio constrangedor de novo. Andei em direção a ele de novo, e sorri. 

"Bom..." sussurrei um pouco "Eu acho melhor... você ir tomar um banho.. e, acho que sua mãe não vai querer te ver assim!" disse e ele concordou, e riu ao imaginar a cena.

"Consegue levantar?" perguntei. Ele forçou o joelho e fez uma cara de dor, que eu tive que me segurar para não rir. Ele colocou o pé no chão, se levantou e logo caiu de novo na cama. 

"Bruno!" soltei um gritinho e ri.

"Ah... você tá rindo né?! Legal!" disse e me puxou pelo braço e começou a fazer cócegas em mim.

"Para Bruno!" pedi e ele parou. Me levantei rapidamente, e estendi a mão, ele a-segurou, e se levantou se apoiando nos meus ombros. 

O-levei até o box e eu ele se jogou no chão, embaixo do chuveiro.

"Já volto! E liga o chuveiro e, fica só em baixo da água, só para lavar mesmo!" falei e ele concordou.

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Desci, preparei um lanche para todos, e voltei para o meu quarto. 

"Bruno?" chamei-o. Ele não respondeu "Bruno?" repeti. A água no chuveiro ainda caia. Fui em direção ao banheiro. Bati na porta, e logo a-abri. Andei devagar até o box "Bruno?!" chamei e abri o box. 

"Bu!" gritou me abraçando, todo molhado.

Soltei um gritinho e ele riu. Ele se aproximou e me deu um selinho.

"Que merda Bruno!" disse e dei vários tapinhas nele, ele riu e me beijou de novo.