E foi assim que passou o tempo, até eu pegar no sono.

Acordei era um pouco mais que cinco horas da manhã. Alguns raios de sol já aparecia, deixando o céu alaranjado. Estava aquecida nos braços de Bruno que agora estava dormindo. Sentei-me olhando para ele, e dei um selinho, que despertou em um abraço preguiçoso. 

- Bom dia princesa! - ele disse me dando outro selinho, e agora me abraçando, e eu deitei do seu lado.

- Bom dia moreno! - disse e virei meu olhar para ele.

- Que horas? - perguntou e eu ri da cara de sono dele.

- Acho que deve ser... pelo menos umas cinco horas da manhã! - disse e olhei para o céu.

Ele sorriu, e me deu um outro selinho. 

Ele ficou me abraçando sob o silêncio que reinava ali, até ele ser quebrado com um suspiro de Bruno.

- Você vai se arrepender? Sei lá... um dia quem sabe? - ele perguntou e logo fez um murmúrio como quem já tivesse se arrependido de alguma coisa.

- Ahn? - disse e o-encarei por um instante.

- Nada.. - ele disse e sorriu, num daqueles sorrisos meio tortos.

- Fala! - falei num tom de voz manhosa.

- É que... é... é um pouco estranho te fazer essa pergunta... mas... - disse tentando achar as palavras certas, e sorrindo ao se embolar com os próprios pensamentos - é que... você vai se arrepender? De ter acontecido algo entre nós? Um dia... quem sabe? - perguntou meio sem jeito. 

Agora eu me sentei e o-encarei com uma das sobrancelhas erguidas.

- Provavelmente... eu não sei! - disse sorrindo de canto - depende muito... talvez não... talvez sim! - disse e me deitei ao lado dele de novo.

- Depende do quê? - perguntou.

- Se vamos estar juntos! - respondi e encarei o céu, tentando não importar com a expressão que ele fazia. Eu me sentia segura. Seus olhos, pareciam estar me fuzilando, mas não no sentido de me fazer morrer... era como se os tiros fossem para me deixar em segurança. Para me ajudar. Para me alertar de tudo e de todos.

Pude ouvir um pequeno som de um sorriso se abrindo, e ele deu um beijo na minha cabeça. Ele me abraçou mais contra si, e eu passei uma mão pela sua cintura, abraçando-o. 

Ficamos um bom tempo assim. 

- Que fome! - disse mais pra mim mesma do que pra ele.

- Sabe? Eu também tó! - ele disse e sorriu assim que o-olhei - a gente, podia sei lá... entrar, e ver o que tem para comer! - ele disse. Eu me sentei e assenti com a cabeça. 

Me levantei, e lembrei que só estava com as roupas íntimas, e senti uma onda de vergonha subir pela perna. Sei, eu sei. Ele já viu esse meu corpinho gostoso - rsrsrs - mas agora, com ele me olhando. Sei lá. 

Tentei não me importar com esse fato, tirei a camisa dele, que cobria até um palmo abaixo do quadril, e joguei para ele, que me queimava com os olhos. Ele ainda estava sentando, me olhando.

Ri, e peguei meu short, e vesti. Logo em seguida, peguei minha blusa, e vesti também. Já estava pronta,e decidi fazer um... tom... meio provocante.

Andei para perto dele rebolando lentamente, e abaixei para ficar na altura dele. Dei um selinho no canto da boca dele, e sussurrei:

- É melhor fechar a boca! - disse e dei um selinho ali perto, e me levantei, e sai, em passos curtos mas um pouco rápidos. 

Olhei para ele, e ele me olhava rindo. Agora em pé. Ele vestiu a camisa, vestiu a bermuda em seguida, e saiu correndo em minha direção. Eu ri, e sai correndo também. Estava chegando perto da porta da casa, quando eu olhei para trás e não vi ninguém. Como já estava sem fôlego, parei e respirei um pouco. Andei até a porta dos fundos, já que a da frente estava fechada. Bruno estava encostado na porta, com os braços cruzados, e som um sorriso malicioso no rosto, o que me fez levar um pouco de susto. Ele correu até a mim, e eu me rendi.

- Te peguei - ele disse me abraçando pela cintura, e me dando um selinho e eu ri.

- Me pegou nada! - disse rindo e saindo do abraço, e fui em direção a porta - você só conseguiu porque eu me rendi! - disse e joguei o cabelo para trás, ele riu e correu para o meu lado.

Me deu um selinho, e me abraçou pela cintura.

  Fizemos um leite com achocolatado, e decidimos ver um filme. Optamos por: Esposa de mentirinha. Claro, por minha existência.

Ficamos vendo filme, abraçados, no colchonete no chão. 

O filme já estava acabando, e alguém deu o sinal de vida nessa casa. Fera acabara de chegar da festa. Ele abriu a porta, e se jogou no sofá.

- Ei pra você também Fera! - disse dando um beliscão na perna dele, que murmurou um "ai", e puxou a perna para junto de si.

- Ei Fatinha, ei Bruno! - disse e deu um suspiro - eu to precisando de um banho! - murmurou, e eu concordei. Ele se levantou, e subiu as escadas, meio tonto, e subiu andar acima.

- Eu te amo minha loira! - ele disse e me abraçou, colocando a mão entre mim e o colchonete.

- Eu te amo meu moreno! - disse e dei um selinho, que logo se aprofundou para um beijo, quente. Ele passou uma mão pela minha cintura, e logo desceu para coxa, que colocou-a em cima do seu corpo. Ele voltou a passar a mão pela minha cintura, e eu parei o beijo.

- Tarado! Aqui não né! - disse dando um tapinha nele, mas prendendo a minha perna na perna dele um pouco mais forte. Ele riu, e me abraçou pela cintura, e me deu um beijo, quente e gostoso.

- Preciso tomar um banho! - sussurrei e ele concordou. Eu dei um tapinha nele, que riu e me deu outro selinho.

- Isso é um convite? - ele disse e eu ri, e dei um tapinha nele, e me levantei.

- Tarado! - disse e fui subindo as escadas - mas... interprete com quiser! - disse deixando um indireta no ar, e subi o mais rápido possível e entrei no quarto devagar, e tranquei a porta.

Me encostei nela, e respirei fundo. Dei um sorriso bobo pra mim mesma,e peguei minha mochila e fui direto pro banheiro tomar um banho quente, e guardar os bons momentos.