Quero te ter junto a mim escrita por Giih Santiago


Capítulo 17
Plano de Vilu e León


Notas iniciais do capítulo

É o seguinte: tô MUITO chateada com vocês. 6 reviews no capítulos anterior, só? Poxa! Antes eu tava ganhando 11. O que aconteceu? Fiquei chateada com isso.
Então gente, eu to com sono então vamos agilizar: capítulo estava enorme, então o dividi. Essa é a primeira parte ;)



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Sinto meu braço sendo puxado, me impedindo de sair andando mais rápido. Era Germán... ele me puxou e com o impulso, me virei e choquei-me contra seu corpo. Rápidamente ele segurou minha cintura e eu fiquei praticamente presa, colada em seu corpo.

- Me solta. - falei ofegante. Proximidade demais para mim.

- Não. - sussurrou. - Não até você me escutar. - sua voz era baixinha, e eu estremeci. Minha respiração já estava descompassada. Efeito Germán Castillo em mim.

- O que você quer? - falei com apatia.

- Então, ciumenta, quero te explicar o mal entendido. - ele disse dando um sorrisinho com o canto dos lábios.

- Primeiro: não tô com ciúmes. Segundo: não foi um mal entendido, Germán, eu sei bem o que eu ouvi. - tentei me soltar, mas ele me segurou mais forte, sem me machucar, só que de um jeito que era impossível de escapar.

- Sim, você está com ciúmes se não você não estaria agindo assim. E é claro que foi um mal entendido! - ele fez uma pausa e olhou fundo em meus olhos. - Tá, eu disse aquilo para a Esmeralda, MAS...

- "Mas" nada, Germán! Você disse e ponto final. - o interrompi.

- Vamos dar uma pausa na minha explicação para eu lhe fazer uma pergunta: se eu tivesse mesmo falado aquilo de verdade, qual seria o problema se nós não somos nada? - falava em tom espertinho. Ops, ele me pegou de surpresa agora. A resposta era: porque eu te amo, idiota. Mas não, eu não confessaria.

- Porque... porque... - pensava em uma desculpa. - porque somos amigos. Ou melhor, éramos amigos. - respondi e Germán tirou o sorrisinho do rosto.

- Ah, Angie... Olha, eu não falei aquilo de verdade. Você me importa sim, e muito. Se não eu não teria ficado a madrugada inteira contigo no hospital. Se não eu não teria tentado te confortar naquela madrugada fria. Se não eu não teria te acalmado no avião. Se não eu não teria te ensinado a esquiar. Se não eu não estaria tentando te explicar isso agora. - ele falou rápido e pausou para tomar ar. Fiquei o observando, suas palavras soavam verdadeiramente. - Eu só disse aquilo para Esmeralda calar a boca dela, pois ela começaria a me dar a maior bronca do mundo e eu não estava com vontade de ouvir.

- Já acabou? - perguntei impaciente e ele assentiu. - Então me solta. - Germán suspirou triste e soltou-me com cautela.

Ao contrário do que ele esperava, o abracei com todas as minhas forças. Primeiro ele ficou paralisado, mas depois senti seus braços me apertando contra seu corpo. Parecia que ele não queria mais me largar!

- Desculpa. - ele disse me apertando mais forte, enquanto eu fazia o mesmo.

- Eu que tenho que te pedir desculpas. - minha voz era fraca.

- Não, você entendeu errado, e se isso aconteceu a culpa foi só minha. - passou a mão pelo meu cabelo.

Minutos se passaram e não saíamos daquele abraço. O que estava acontecendo com a gente? Aquilo era bom, confortante... Mas ao mesmo tempo estranho.

- Germán, - ri. - vamos ficar assim pra sempre?

- Não vejo problema algum em ficar o resto da minha vida te abraçando. - nós rimos. Ele me soltou aos poucos e quando nos olhamos, eu fiquei sem graça.

Eu estava feliz. A capacidade dele me deixar feliz me assustava. Com um sorriso ele conseguia fazer meu coração perder o ritmo. E quando eu estava perto dele, era como se eu estivesse no paraíso. Eu sentia que ele me amava, sei lá, mas eu sentia.

~~~~~//~~~~~//~~~~~

Pov Violetta

Eu vi papai e Angie se abraçando enquanto voltava da lojinha. Esta era a minha deixa! Estava na hora de eu por meu plano em ação, finalmente! Não aguentava mais esperar.

Já havíamos voltado para o hotel, eu estava tomando banho enquanto planejava tudo detalhadamente. Rezava para que desse certo, meu maior sonho de ver meu pai e minha tia juntos se realizaria. Tomara.

Saí do banho, me arrumei e fui falar com o León. Estava entusiasmada com o plano, contei pra ele tudo o que tínhamos que fazer e ele aceitou. Afinal, não era algo tão difícil. Faremos algo romântico, e espero que isso realmente sirva de um empurrãozinho para eles. Chega de dar voltas e voltas nesse assunto.

Aqui estamos eu e León, no salão de festas do hotel. Ele ajeitava a mesa com dois lugares enquanto eu terminava de fazer o macarrão. O clima estava chato entre nós, ontem discutimos e ficamos mais distantes. Me doía que estivéssemos tão longe. Eu sentia falta de abraçar León, do carinho dele... mas agora preciso parar de pensar nisso e focar na minha missão desta viagem: juntar, de uma vez por todas, Angie e papai.

Às vezes eu acho que eles gostam de sofrer, sabe? Pois eles enrolam tanto, tanto, tanto... ficam sofrendo muito também, pra quê? Pra nada! Eles sabem muito bem que eles se amam e ficam negando pra quê? Desnecessário.

- Tá tudo pronto aqui. - León disse e eu olhei para lá. Havia uma mesa redonda, com duas cadeiras. Uma de cada lado. Dois pratos sobre a mesa, talheres e taças de vinho, uma vela no centro e ao lado dela, um vaso de flores. As preferidas da Angie. Sorri. Estava tudo perfeito.

- Ótimo. Tá lindo. Obrigada, León. - sorri para ele. - Agora vem me ajudar com o molho.

Ele riu e se aproximou de mim. Começamos a fazer o molho juntos, enquanto conversávamos e ríamos como se não estivéssemos brigados e fôssemos realmente namorados, não dois adolescentes que estavam fingindo estarem juntos para conseguirem juntar o pai e a tia da menina.

- Vilu, eu... - ele ia andar para algum lugar mas esbarrou em mim. Ficamos muito próximos, muito mesmo.

- León... - falei em tom de sussurro. Fomos nos aproximando aos poucos e eu comecei a sentir um frio na barriga. E de repente, nossos lábios se encostaram.

Foi um beijo perfeito. Melhor beijo do que todos que eu já dei. Sorri no meio de beijo e quando acabou, senti minhas bochechas tomaram uma cor rosada.

- Er... - disse nervosa. Nossos olhares não desgrudavam e aquilo me fazia meu cérebro bagunçar por completo. - Bom... er... acho que...

León riu da minha dificuldade em encontrar as palavras. Levou a mão até meu rosto e o acariciou, me tranquilizando. Sorri mais ainda e o abracei.

- Vamos? Já está tudo pronto. A comida, a mesa, a música de fundo... - León falou.

- Vamos. - fui pegar minha bolsa e apagamos todas as luzes do local, deixando apenas a vela no centro da mesa acesa.

Saímos e fomos botar o final do plano em prática. Subimos até o quarto deles e o adentramos sem bater. Angie estava dormindo na cama e papai estava deitado ao seu lado assistindo televisão e comendo pipoca.

Assim que ele notou nossa presença, falou:

- León, Vilu! O que fazem aqui? - ele se levantou. Lancei um olhar para León, que significava que ele já podia por o plano em prática.

- Er... Germán, está tendo uma exposição de carros antigos lá fora, vamos ver?

- Oh, claro! Vilu, você fica aqui com a dorminhoca? - ele falou brincalhão e eu ri.

- Sim, pai. Eu fico aqui com a Angie.

Os dois saíram e no mesmo instante fui acordar a loirinha que dormia profundamente naquela cama. Primeiro me ajoelhei ao seu lado e a sacudi. Nada. Depois pulei na cama e nada novamente.

- Meu Deus, tia! No que você tá sonhando de tão bom que não quer acordar? - perguntei mesmo sabendo que ela não responderia.

- Hmm.. - Angie murmurou enquanto ainda dormia. - Germán.. - sussurrou e eu abri um sorriso enorme. Ela estava sonhando com o papai! Ri com isso.

O amor deles era muito lindo, era puro, imune de interesses como Esmeralda e Jade tinham. Era amor verdadeiro, daquele tipo onde a pessoa praticamente perde o ar quando está perto do seu amado. Por isso era com Angie que meu pai tinha que ficar. Ela realmente o ama, ela realmente se preocupa com ele, é ela que o faz feliz. Eles foram feitos um para o outro, infelizmente ambos têm medo de aceitar isso. Mas hoje isso vai mudar. Eles vão se arriscar, não podem fugir da felicidade assim. Se tem que ser, vai ser.

- YA VERÁS QUE ALGO SE ENCIENDE DE NUEVO! - comecei a cantar meio alto a música que Angie havia composto uns dias atrás. - TIENE SENTIDO INTENTAR CUANDO ESTAMOS JUNTOS!

Ela se remexeu na cama e finalmente abriu seus olhos.

- Ah, finalmente! - falei e ela me olhou uma cara de interrogação enquanto espreguiçava.

- Que horas são? - minha tia perguntou.

- Oito da noite. Vamos, coloque uma roupa bem bonita porque nós vamos sair. - me levantei da cama e fui mexer na bolsa de Angie.

Encontrei um vestido longo e vermelho, fazia frio mas este vestido era o perfeito para o encontro surpresa com o meu pai. Depois procurei uma meia-calça preta para ela colocar por baixo, caso contrário ela morreria de frio.

- Vai, veste isso. - joguei o vestido e a meia-calça na cama.

- Vilu, o vestido é de uma alça só. Vou congelar com isso, literalmente!

- Calma, estou procurando um casaco. - voltei a mexer na mala dela e encontrei uma jaqueta de couro. - Perfeito.

Angie se vestiu e passou um pouco de maquiagem. Ela estava intrigada e já estava suspeitando um pouco, mas eu acho que a convenci quando disse que meu pai estava jogando ping-pong com o León. Mal posso esperar para a hora em que tudo vai acontecer, e espero que finalmente eles se entreguem um ao outro.

Pov Angie

Violetta me guiava pelo hotel enquanto eu estava vendada. Sinceramente, eu tinha medo do que estava para acontecer. Pra que tanto mistério? Aonde ela estava me levando? Não custava nada me dizer. E aliás, eu tive que me arrumar toda para isso, e isso acabou me deixando mais tensa ainda. O que estava por vir era uma surpresa, dizia Vilu, mas a surpresa pode ser tão boa quanto ruim.

Só queria entender o motivo de eu estar vendada. Qual o problema de eu ver o que está ao meu redor? Aquilo era estranho. Cheguei a suspeitar que era algo relacionado ao Germán, mas logo tirei essa ideia da minha cabeça quando passamos pelo salão de jogos e ouvi o barulho da bolinha de ping-pong batendo nas raquetes. Deviam ser eles.

- Vilu, eu quero ver! Tira isso de mim!

- Não. - ela riu. - Você está preparada? Estamos chegando..

- Como eu vou estar preparada para algo que eu nem sei o que é?!?!

- Simples, esteja preparada para qualquer coisa.

Bufei e continuei andando enquanto minha sobrinha me guiava. Só espero que eu não me arrependa. De repente Vilu para de andar e eu paro junto. Escuto o barulho de uma porta se abrindo e minhas mãos estavam suando frio. Algo me dizia que o que estava por vir mudaria minha vida. Eu só queria entender como.

- Vem, Angie. - Violetta puxou meu braço. - Agora você tem que fazer completo silêncio, ok? Nenhum som, nenhum ruído, nenhuma palavra, certo?

- Tá. - sussurrei com certo receio, mas mesmo assim fomos andando. 

Até que sinto o clima do ambiente mudar, acho que entramos em uma sala onde era mais quente. Do nada Violetta tira minha venda, me solta e sai correndo! Como assim? Aonde eu estava? Tudo estava preto, não dava para enxergar nada além da luz de uma vela no centro da sala. Resolvi caminhar até lá.

Pov Germán

Assim que saímos, León me vendou. Confesso que aquilo foi meio suspeito, não havia motivos para me vendar, não havia algo que eu não pudesse ver. Ou havia?

- Pra que isso, León? - questionei. - O que está tramando???

O menino riu.

- Nada não, Germán. É que tem um carro pra eu te mostrar que é uma surpresa. Aguarde e verá.

Não sei o porquê, mas algo me dizia que León estava mentindo. Com certo receio, deixei-me ser guiado por ele. Andamos muito, parecia que nunca chegaríamos ao tal local. Ficamos em torno de trinta minutos caminhando, será que era tão longe assim? Eu estava com um pouco de medo.

Depois de um tempo, adentramos um ambiente mais quente. Não senti mais a mão de León sobre meus ombros. Não ouvi mais sua voz tampouco sua respiração. Uma angustia invandiu meu corpo e meio que por impulso, tirei a venda. Não vi absolutamente nada! Estava tudo escuro, vi apenas uma luz no meio do nada. Era... uma vela. Caminhei até a luz, e quando eu me aproximava, mais uma pessoa se aproximava também.

Angie. Era Angie. Ela chegou perto da vela e eu pude ver seu rosto ser iluminado pela mesma. Ela levantou o olhar e seus olhos se chocaram com os meus, sua expressão mudou, seu rosto meio que adquiriu uma expressão surpresa e alegre. Angeles usava um vestido meio vermelho meio rosa, com alguns brilhinhos. Seu cabelo estava solto e uma mecha caía pelo seu rosto.

- Germán... - ela disse abrindo um sorriso.

- Angie...


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Notas finais do capítulo

Acho que vocês vão amar o próximo hehehehe, comentem! Se não eu não vou postar tão cedo. Sim, chantagem u-u
Agora boa noite :)



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