Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 5
Capítulo 5 - Explosão


Notas iniciais do capítulo

*-*
Voltei. Sentiram minha falta? --Não precisam responder...
Mas o que conta é que escrevi mais um. Ai está, lindo e maravilho esperando seus olhinhos curiosos.



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Só teriam uma chance.

--Onde vão nos esperar?—Perguntou John.

--Vão nos achar. –Respondeu Rose.

Eles deram as mãos e correram. Correram o mais veloz que suas pernas puderam levá-los. Os espectros logo os seguiram.

--Onde é que eles estão???—Berrou John. Sua garganta estava tão seca que ele estava achando difícil respirar. Os espectros se aproximavam cada vez mais. Suas pernas não queriam mais correr...

Duas pessoas se materializaram: Uma ao seu lado e uma ao lado de Rose e agarraram seus braços. Um segundo depois estavam em um jato. Pela janela John viu a cidade um pouco longe: Estavam pousados em um lugar seguro.

--Estamos bem... –Sussurrou Rose, se sentando no chão, exausta.

--Salvos... –Murmurou John, se sentando com as costas na parede do jato. –Ai, caramba... Eu preciso de água...

Um dos soldados que havia participado do resgate tirou uma garrafa de uma caixa em um canto e entregou-a a John.

--Beba devagar, caso contrário pode ser que você vomite.

John bebeu um enorme gole, aliviado. Tomou outro. E mais um.

O soldado entregou uma garrafa a Rose também. Agora que estava mais calmo, John olhou ao redor. O jato parecia uma casa: Havia camas, que se fundiam na parede do jato se você as levantasse. E em uma dessas camas estava...

--Liz!—Exclamou John, quase engasgando com a água.

Rose ergueu a cabeça e encarou a amiga. Liz estava deitada, parecendo inconsciente. Sua blusa estava um pouco levantada e sua barriga estava queimada como o braço de Rose.

--Ela está bem. –Informou o outro soldado. –Só cansada. E por falar em cansaço, acho que deviam descansar um pouco também.

--E Alden?—Perguntou Rose de repente.

--Falam de mim?—Perguntou uma voz familiar. –Eu não iria dispensar um resgate quando todos aqueles espectros estavam atrás da gente...

Alden surgiu pela porta do jato. Usava um sobretudo de torchwood por cima do vestido de cigana.

--Você não sabia que eles estariam lá?—Desdenhou John.

--Sabia. –Respondeu ela com simplicidade. –Mas se eu não estivesse lá, teriam feito um banquete com a jovem Liz. Fui eu quem acendeu uma das lâmpadas do poste, sabiam? Acho que isso ajudou vocês também.

--Ajudou. –Concordou Rose. –Muito obrigada mesmo, Alden.
Alden se sentou na pontinha da cama de Liz.

--Torchwood lhes deu duas escolhas: Podem receber assistência básica aqui no jato e voltar para a missão ou podem voltar agora. Não haverá punições caso voltem.

John olhou de esguelha para Rose. Se dependesse dele, a missão continuaria. Já tinha até um plano, embora fosse precisar de uma fonte de energia muito alta...

--E Liz? Ela vai ficar?—Perguntou Rose.

--Quando ela acordar vamos perguntar o que ela quer. Vocês podem ir saindo na frente, se quiserem. –Respondeu o soldado.

--Que acha, John?—Perguntou Rose.

--Eu quero continuar... Se você ficar, eu fico. –Respondeu ele, dando de ombros.

--Eu... Vou ficar... –Disse Rose, meio em duvida.

--Eu vou acompanhar vocês. –Disse Alden lá do seu canto. –Vão precisar de mim.

John deu de ombros uma segunda vez.

Os soldados prepararam uma refeição para os três. Nada demais, mas quando acabou de comer todos se sentiram sonolentos.

--Deviam cochilar por algumas horas— Disse Um dos soldados. –Drenaram bastante energia, mas com essa comida e mais algum sono, vocês vão ficar novinhos em folha.

Eles se deitaram. John achou que não conseguiria dormir, não sabendo dos espectros lá fora. Entretanto, menos de cinco minutos após deitar estava dormindo.

Achou que havia se passado apenas alguns segundos quando os soldados os acordaram. Foi um tanto mais devagar que o costume que eles colocaram as mochilas nas costas e saíram.

Andaram até a cidade em um tempo surpreendentemente curto.

--Acho que Liz vai nos decapitar quando souber que a deixamos para trás. –Comentou Rose assim que chegaram a casa que Alden estava hospedada.

--Ela vai esquecer. –Respondeu Alden, se sentando junto com eles.

--Se ao menos soubéssemos como dete-los... –Disse Rose com as mãos cobrindo o rosto.

--Acho que sei de ago que poderia funcionar. –Disse John. Rose tirou as mãos do rosto e voltou seu olhar para o humano. –Eles são seres de energia. Se duas cargas se chocam, temos um curto...

--Mas aquele que estava comendo a energia do fio entrou em curto e os outros simplesmente se alimentaram dos restos dele...

--Eu sei. É por isso que temos que fazer todos eles baterem de uma vez. Podemos fazê-los batê-los um no outro ou em outra fonte de energia. Como o nosso jato...

--E de quebra nem teríamos que esperar outro jato de torchwood, temos aquele com os soldados!—Acrescentou Rose, exultante.

--E o melhor de tudo— Comentou Alden. –É que esse plano vai dar certo.

John não resistiu: Se abriu em sorrisos para Alden.

Meia hora depois, haviam conseguido ligado o jato e carregado-o até uma praça mais na ponta da cidade. Era combinado de usarem toda a energia que o jato possuía para fazer uma espécie de prato principal ambulante: Iriam voar em círculos amplos e na velocidade máxima até todos os espectros estarem os seguindo.  E então vinha a parte principal: deviam conduzir o jato em direção ao solo e saltar no ultimo segundo, deixando o avião e todos os espectros colidirem.

--Isso é loucura!—Disse Rose quando chegaram a praça, o local de partida.

--Você não precisa ir se não quiser. –Disse John.

Alden acenava de uma janela. Havia decidido ficar em uma casa de onde era possível ver a praça. Os moradores ainda a olhavam desconfiados .

--Claro que eu vou!—Exclamou Rose, indignada.

--Então, suba. –Disse John, fazendo uma profunda reverencia na porta do jato. Rose entrou, sorrindo.

Eles assumiram as posições de piloto e co-piloto.

--Lembre-se, quando estivermos com todos eles trás de nós, travamos o piloto automático, colocamos os para quedas e pulamos.

--Eu sei. –Respondeu a loira.

Ligaram os motores e levantaram voo. Como se pilotassem um ima, logo alguns espectros apareceram. Depois mais alguns. E mais. Muitos mais. Até que tudo atrás do jato era uma massa branca brilhante.

--Falta pouco!—Disse John do seu lugar de co-piloto.

Os espectros estavam ameaçadoramente perto, mas os motores na velocidade máxima eram mais rápidos. Logo tinham certeza de que não havia ficado um espectro sequer no chão.

 –Agora!—Ordenou Rose. Em menos de um minuto eles haviam travado a localização da colisão e se levantaram, andando com dificuldade por causa da inclinação do jato. Haviam quatro para quedas perto da saída. Eles colocaram-nos rapidamente, junto com os óculos, que também estavam ali. Abriram a porta e um vento muito forte quase os derrubou.

Rose suspirou. Estava completamente branca. John notou isso e pegou sua mão.

--Juntos. No três. –Disse. –Um... Dois... TRÊS!

Os dois saltaram. O vento assoviava alto em seus ouvidos; Os cabelos de John foram varridos para trás; As casas lá embaixo eram meros quadradinhos. Os dois se forçaram para a frente, afinal, quando chegassem ao solo, estaria acontecendo uma enorme explosão.

Os para quedas foram abertos e John teve a impressão que era puxado para trás. Haviam programado o jato para dar mais uma volta antes de voltar e bater no chão. Chegaram ao chão bastante aliviados e só tiveram tempo de correr alguns metros e se jogar no chão, os braços protegendo a cabeça, John tentando proteger Rose.

A explosão encheu seus olhos com uma luz forte, de modo que tiverem que fechá-los. Sentiam pequenos fragmentos baterem neles ao passarem. A explosão provocou uma ventania quase tão forte quanto a da viajem de para quedas. Finalmente, quando achavam que não iria acabar mais, tudo cessou.

John levantou a cabeça e olhou para trás: Haviam um enorme buraco completamente queimado e cheio de ferro retorcido e chamuscado. Não havia mais nenhum espectro. Haviam conseguido.

John e Rose se levantaram, meio trêmulos, completamente coberto de poeiras e descabelados, mas completamente felizes. Eles sorriram um para o outro, meio tontos devido ao barulho da explosão.

Várias pessoas, com Alden no centro, encorajando,  foram saindo das casas e olhavam estupefatas para a enorme cratera queimada no centro da praça.

--Obrigado!—Gaguejava um senhor muito velho. –Obrigado...

Várias pessoas agradeciam e passavam as mãos em suas cabeças, descabelando-os ainda mais. Foi com um enorme esforço que conseguiram sair da aglomeração e puxar Alden, que parecia estar gostando de toda aquela atenção.

--Minha nossa!—Riu-se John quando já estavam na divisa da cidade.

-Acho que eles amaram a gente. –Comentou Rose. –Não acha, Alden? Alden?

Mas ela havia sumido. Eles olharam em volta, mas não havia nenhum rastro dela.

--Mas o q...?—Começou John.

Então ele olhou para baixo e tomou um susto agradável: Ele e Rose ainda estavam de mãos dadas. No susto e ansiedade dos últimos acontecimentos, ele não havia sequer notado. Seu espanto parecia ter transparecido em seu rosto, por que Rose disse:

--Calminha, humano. Ou tem algum problema para você?

John balançou a cabeça e eles continuaram andando.

--AI! SAI-PARA-LÁ-SUA-MENINA-LOUCA!—Berrou John no momento em que entraram no jato. Liz se lançara em cima dele, estapeando-o.

--Vocês me deixaram para trás, seus... Dois!—Exclamou ela, furiosa. –Eu esperava mais de você, Tyler! E você, senhor cabelos!—Ela se jogou em uma das poltronas e colocou o cinto. –Vamos, vocês dois ai na frente, quero ir para casa...

Os dois soldados riram enquanto partiam. John e Rose se sentaram também. Liz não falou com eles durante toda a viajem de volta. 


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer à Any Sparda, que sempre deixa comentários muito legais e à Jéssyca, que me atura fora da fic também. Eu continuo a fic mais por vocês duas do que por qualquer outra pessoas. :3

ps: Jéssyca, leia minha fic mas não esqueça de postar a sua, tá? ;)



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