Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 29
Capítulo 29 - Holly


Notas iniciais do capítulo

Sim, isso é uma cópia das notas do cap anterior por que não sei o que o nyah! vai me aprontar agora.
Eu já tinha postado esse, tinha postado dois, na verdade. Mas Não sei por que, o site mostrou que eu postei dois capítulos 29, sendo que eram 28 e 29... :'(
Vou tentar de novo. Se não der certo, vão na história e leiam, lá está certinho.



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Ah, claro que marcaram uma cerimônia. Mas uma cerimônia de casamento não acontece da noite para o dia. O evento estava marcado para dali a alguns meses e o casal, com a ajuda relutante de Jackie, estava organizando tudo.

Claro que Jackie tivera um surto quando recebera a noticia. Foi mais ou menos assim.

Os dois (Rose forçou John) resolveram ir na casa de Jackie para contar a notícia. Ela estava na cozinha com Pete quando os dois entraram.

–-Minha nossa, você está parecendo gente, John. –Comentou Jackie. John ainda tinha os cabelos bem penteados de ontem.

–-Temos uma boa notícia, mãe. –Disse Rose, deixando a mão direita, a com o anel, bem visível.

–-O que? –Perguntou Pete, mas parecia já ter notado.

–-Adivinhem!—Disse Rose, completamente empolgada.

Para o desespero de John, Jackie pegou uma colher de pau e começou a mexer a panela que estava no fogo. Ele deixou escapar, involuntariamente, um barulho com a garganta. Rose riu. Então os olhos de Jackie correram dos cabelos arrumados de John para a mão de Rose e daí para os olhos da filha. Então ela encarou John.

–-O que você fez?

–-Te conto se largar a colher de pau. –Respondeu ele.

Jackie deu um passo para frente e John instintivamente deu um passo para trás. Pete assistia a tudo, meio rindo, meio amedrontado.

–-Calma, mãe!—Disse Rose. –Já sou bem grandinha e...

–-Eu vou matar você! –Disse Jackie a John, interrompendo Rose.

John tentou correr, mas suas pernas não se mexeram. Pete segurou o braço esquerdo de Jackie enquanto ela tentava se desvencilhar e avançar em John, completamente vermelha de raiva. Ele, muito prudente, recuou e ficou atrás de Rose.

Depois de alguns segundos de berros e tentativas de homicídio, Jackie cedeu. Se desvencilhou de Pete e abraçou a filha, falando coisas para ela, baixinho, de modo que os outros dois não ouviram. Rose revirava os olhos a toda hora.

Depois ela se voltou para John.

–-Você vai cuidar dela. –Disse.

–-Vou.

–-Vai ter juízo.

–-Vou. –Respondeu ele. Queria ter algo mais para dizer, mas todas as palavras haviam lhe abandonado.

–-Vão fica bem.

–-Vamos.

–-Não vão fazer nada perigoso.

–-Jackie, nós por acaso já fizemos algo perigoso?

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Alguns dias depois, John e Rose se achavam em torchwood, se preparando para ir embora depois de um dia de treinos particularmente exaustivos que tinha ido das seis da tarde até as sete da manhã. Não tente entender como funciona torchwood, é complicado. Mas se quiser arriscar... Ouve um ataque sontaran em uma base brasileira e Daniel os ligara no meio da tarde dizendo que precisavam estar prevenidos. Além do treino, tinham passado por uma cerimônia. Uma espécie de preparação para o cargo de agentes do tempo. Depois de passar por isso, Rose sabia operar um manipulador de vortex tão bem quanto John.

–-Eu preciso urgentemente dormir. –Comentou Rose quando saiam do prédio e rumavam para o ponto de ônibus.

–-Eu também. –Disse John. –Fazem o que? Vinte e quatro horas que estamos acordados?

–-Por ai. –Confirmou Rose, reprimindo um bocejo. –Essa não...

Isso por que Holly estava vindo em sua direção, correndo.

–-O que será que ele quer, hein? –Comentou John.

O fato é que, nos últimos dias, Holly estava agindo de maneira estranha e até chata. Parava John e Rose nos corredores de torchwood e, quando eles perguntavam o que Holly queria, simplesmente dizia para deixarem para lá. Isso havia se repetido muitas vezes e causado estragos e discursos de Daniel, então o casal meio que estava evitando Holly. Mas ali, parados, esperando o ônibus, não teriam escolha.

–-John, Rose! –Disse Holly, assim que chegou ao ponto. –Preciso de um favor.

–-O que, Holly?—Perguntou Rose, de má vontade.

O ônibus apareceu na esquina.

–-Hã... Eu... –Gaguejou Holly. –Eu... Queria... É...

–-Olhe, estamos exaustos e com pressa. –Disse John, meio irritado, fazendo sinal para o ônibus parar. –Quando decidir o que quer, ligue para a gente.

O ônibus parou e Rose subiu. John estava no primeiro degrau da escada quando Holly disse, de repente.

–-Quero pedir Liz em namoro e preciso da ajuda de vocês.

John parou, virou cento e oitenta graus e encarou Holly. O amigo estava completamente vermelho, mas parecia decidido.

–-Desculpem atrapalhar você nos últimos dias. –Disse ele. –Mas queria ajuda e... Bem... –Sua voz ficou baixa. –Sou meio tímido, sabem?

–-Entra logo! –Ralhou o motorista com John.

–-AH, Holly, que lindo! –Disse Rose de dentro do ônibus.

–-Muito bom, cara! –Disse John. –Olhe, nó vamos te aju...

–-Entra logo, caramba! –Gritou o motorista.

–-Amanhã nós bolamos alguma coisa juntos. –Disse John, subindo no ônibus. –Não posso mais barrar o motorista aqui.

O ônibus saiu e Holly ficou acenando.

–-Já não era sem tempo! –Ralhou o motorista.

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John e Rose dormiram cedo naquele dia, exaustos. Spock, o bichano, se enroscou no meio dos dois. O casal se sentia feliz. Quem diria que Holly, o tímido Holly, faria algo assim? Ainda mais quando o assunto era Liz, extravagante e sem um pingo de vergonha?

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Acordaram com o celular de John despertando. Não queriam levantar, queriam dormir, mas não tinham essa escolha. Então, meio em câmera lenta, os dois tomaram banho, se vestiram, comeram algo e foram trabalhar. O motorista os encarou de maneira rabugenta quando entraram no ônibus.

Holly os esperava no estacionamento. Parecia bastante nervoso. John riu imaginando a cena: Holly, tímido e calado, pedindo em namoro Liz, extravagante e faladeira. Seria interessante.

–-Então, o que eu faço? –Perguntou Holly, sem ao menos um bom dia.

–-Vai lá e fala com ela. –Respondeu John.

Holly pareceu confuso.

–-Mas... Você teve toda aquele preparo para pedir Rose casamento...

–-Isso mesmo, Holly. –Disse Rose, passando o braço na cintura de John e puxando-o para perto. –Foi um pedido de casamento. Casamento. Foi uma coisa mais séria.

Ele pareceu em dúvida. John teve uma ideia. Se o assunto era Liz, por que não agir como ela?

John agarrou Holly pelo braço e começou a andar, levando-o consigo.

–-Espere... Mas o q...?

–-Você vem comigo. –Disse John. –Rose, pode enrolar Dan por alguns minutos?

A loira riu e saiu na direção oposta.

John conduziu (ou empurrou) Holly pelo resto do estacionamento. Liz estava na entrada, passando seu cartão e bocejando.

–-Liz! –Chamou John alto, segurando Holly bem firme. –O Holly aqui veio te pedir em namoro.

Vários funcionários olharam. Holly balbuciou algumas palavras não entendíveis. John e Liz reviraram os olhos ao mesmo tempo.

–-Você até que é bonitinho. –Disse ela. –Eu toparia, se ouvisse da sua própria boca. –E cruzou os braços.

Holly enrubesceu. John virou o rosto para o outro lado para não rir e ouviu a voz do colega, baixa:

–-Eu... Tudo bem, Liz, topa namorar comigo?

Liz sorriu de forma capenga, encarando Holly. Então se aproximou dele.

–-Vem cá, querido. –E o beijou.

John decidiu que eles precisavam de um pouco mais de privacidade e se virou, sorrindo, de volta para o trabalho. Provavelmente não teria nenhuma missão temporal hoje, seu primeiro dia. Ele suspirou. Estava tão ansioso!


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Notas finais do capítulo

Certo, o que acharam? Os capítulos apareceram certinhos??



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