À Espera De Você... escrita por Érica


Capítulo 8
E eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Dia de postagem, estou aqui! XD É só um capítulo, mas tá bom... Fatinha e Fera ~NumMomentoAWN~ Bruno mostrando o quanto foi babaca e Lia desarmada e decidida a ver seu Idiota! XD Vamos lá!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382574/chapter/8

– Meu filhote não deu muito trabalho, deu?

– Não, ele se comportou muito bem.

– E você diria se ele não tivesse se comportado? – Indagou Fatinha sorridente. Ela sabia muito bem da afeição que Fera tinha por Miguel e já perdeu as contas das inúmeras vezes que ele acobertou as travessuras do menino – Você é cúmplice do meu filho, Fera!

– Bem... Sou. Mas é porque não posso dizer não para ele.

Fera carregou Miguel adormecido no colo até o quarto do menino. A mãe tirou os sapatos e cobriu o filho com o lençol e após dar-lhe um beijo, acompanhou o amigo ate a sala.

– Como foram as coisas lá? Ainda não acredito que concordei com essa ideia maluca de falar para Lia sobre o Dinho.

– Talvez você tenha razão, foi loucura.

– Como assim?

– A Lia de agora não é muito diferente da de anos atrás, sabe? Ela ainda guarda uma grande mágoa do Dinho. Se você visse a forma como ela reagiu ao ver o Miguel... Acho que ela não pode perdoar o que aconteceu – Fera desviou o olhar, penalizado. Fatinha segurou seu rosto entre as mãos e deu um selinho nele. Foi um gesto espontâneo, mas que ela sabia que ele precisava naquele momento.

– Não se culpe, Fera. Tudo o que você fez foi pensando no melhor... Eu também tenho me questionado muito sobre as minhas decisões, sobre tantas coisas. Independente da boa intenção, sempre acabamos magoando alguém.

– Obrigado... Por ser quem é. Tenho muita sorte em te ter na minha vida, sabia?

– Claro que você tem! – Riu Fatinha espantando a tristeza.

Ela sabia que Lia não se dobraria fácil, mas ela estava decidida a ir ate o fundo daquela história. Ela devia isso a Dinho, por tudo o que ele lhe fez de bom. Não era justo com nenhum dos dois, principalmente, com a Marrenta que nem desconfiava do que se passava.

– Tem mais uma coisa... O Bruno estava lá.

– Lógico que estaria, afinal é o casamento da irmã.

– Você não pensa em procurá-lo? Já faz muitos anos, mas imaginei que talvez você quisesse falar sobre o Miguel.

– Falar o que Fera? Ele sempre soube de tudo, desde o inicio. E ainda assim preferiu ir embora e fingir que nada estava acontecendo. Eu amo demais meu filho para submetê-lo a um pai que nunca se importou com ele.

– Talvez ele tenha mudado.

– Acontece que eu também mudei e nessa nova vida não existe espaço para o Bruno. Se ele quiser ver o filho, ele que o procure.

– X –

– Felicidades, Ju.

– Valeu Bruno! To tão feliz por você estar aqui... Senti tanto sua falta, mas você em Nova York e eu em Brasília não tinha como nos ver muito. Mas agora que eu e o Gil vamos morar aqui no Rio e que você também resolveu voltar, não permito que a gente fique tão distante.

– Eu prometo que isso não vai acontecer.

– Eu sei... Sinto muito pelo o que te disse. Pensei que a Fatinha fosse passado, mas pelo visto você ainda não a esqueceu.

– Saber que ela está casada foi realmente um golpe... Mas que direito eu tenho de exigir alguma coisa? – Bruno ainda estava muito surpreso por saber que Fatinha tinha casado, ainda mais com Adriano. Ele sabia que se fosse o mesmo de anos atrás, deduziria que eles já tinham um envolvimento desde a época em que ele e ela ficaram. Mas o Bruno que ele se tornou nunca pensaria isso dela, e mesmo se aquela fosse a verdade, ele não podia pedir nada. Ela seguiu a vida, era obrigação sua deixá-la ser feliz, embora isso lhe fosse extremamente difícil.

– E pensar que o filho dela esteve na festa.

– Filho?

– Sim, um menino lindo que estava com o Fera.

Imediatamente, Bruno se lembrou do menino que tanto impressionou sua mãe e que lhe lembrou de alguém. Mas aquele menino era muito grande para ser filho dela... No mínimo deveria ter uns seis anos, a idade que teria... Não era verdade, era?

– Ju você sabe quantos anos aquele menino tem? – Perguntou um pouco sem ar, mil possibilidades surgindo na sua mente.

– Acho que uns seis... Não sei muito, mas parece que o Dinho e a Fatinha casaram quando ela tava com a gestação avançada. Mas não importa, isso é um problema deles. O que me preocupa é a Lia, notei que ela conversou com ele... Não deve ter sido fácil para ela, sei que ela ainda não superou o que viveu com Adriano.

Mas Bruno não ouvia mais o que Juliana falava. Ele sentia-se jogado fora de órbita, uma sensação de perda crescendo dentro dele. Era como se alguma força o levasse de volta no tempo e ele voltasse a ver o olhar de decepção dela ao lhe contar que estava grávida... E ele a acusou de estar mentindo.

– Você não quer mesmo que eu acredite nisso, quer?

– Por favor, me escuta... É a verdade. Aconteceu, não sei como, mas aconteceu... Bruno, acredita em mim – Suplicou Fatinha com os olhos marejados. Ele a olhou de cima a baixo, no rosto, uma máscara fria de desdém.

– E quem pode me garantir que é meu? Você é a ‘Facinha do Quadrante’ e pelo que parece está louca para fisgar qualquer otário que cair no seu papo. Eu nunca, escuta bem, eu nunca vou ficar com você! Vê se entende de uma vez por todas, você nunca significou nada mais do que uma transa gostosa... Apenas isso!

– Não fala isso, eu te amo... Por favor, não faz isso comigo.

– Fatinha, Fatinha... Já chega desse seu teatrinho, né? Vai sair ou espera que eu te coloque para fora? Eu quase sentiria pena, quase, mas você é tão burra... Acreditou mesmo que eu iria te querer na minha vida? A Ana é a mulher certa para mim. Linda, educada, descente... O que você nunca vai ser. Você é uma doença da qual eu já to curado – Ele caminhou ate a porta e a abriu num claro aviso de que a conversa tinha acabado.

Fatinha olhou para o Moreno, incrédula. Cada palavra dele ferindo-a mais do que ela podia suportar. Ela devia ser mesmo muito burra para sonhar que ele a amava e amaria o filho dos dois. Ela estava derrotada, mas não deixaria se abater por ele. Fatinha sabia, no fundo do seu coração, que ele nunca mais a humilharia como fazia agora. Bruno iria se arrepender amargamente, por tudo.

– Acho que é o fim, não? – Ela passou a mão pelo rosto molhado – Você tem razão, eu nunca vou ser igual à Ana ou ao que você espera... Mas sabe, agradeço por isso. Ser o que você espera, me anular por seu amor... Não, Bruno. Você é quem nunca me mereceu. Você quem nunca me amou. E só você vai se culpar por hoje.

– Me culpar por quê? Por uma mentira? – Ele titubeou por um momento, mas manteve-se firme. Ele sempre usou camisinha com ela, não havia possibilidade dela estar grávida... Só se o filho fosse de outro – Se é verdade que você está grávida, eu me disponho a fazer um exame de DNA e pode ter certeza que se o filho for meu, ele vai ficar comigo.

Fatinha riu como costumava rir quando alguém lhe feria e não queria demonstrar. Seu deboche o fazendo acreditar que era tudo mentira.

– Ai, Moreno... Até posso te ver trocando fraldas, mas não vai ser preciso. Eu já fiz o que tinha que fazer, não vou te obrigar a nada. Só quero que lembre bem desse momento, quero que olhe bem para mim e lembre-se que foi aqui que você me perdeu. Ah... E antes que eu vá embora, deixa eu te dar meu presente de casamento.

– Bruno? Tá me ouvindo?

Ele tocou no rosto como se fosse possível sentir o ardor do tapa que ela lhe deu. Fatinha o deixou lá, sozinho no apartamento, prestes a seguir para igreja onde Ana o esperava para casar. Bruno não acreditou nela, pior a acusou de tentar enganá-lo e mentir sobre uma gravidez que não existia... Melhor, que ele escolheu não aceitar que existia. Mas o menino que ela teve... Poderia ser dele também.

– X

– Lia não consegue dormir?

– Não, e não ajuda nada você ficar falando comigo.

– Tá... Eita mau humor, hein? Se tá com saudades do Vitor, pode deixar que daqui a dois dias a gente volta para Londres. Mas enquanto isso, só quero aproveitar o tempo que eu tenho aqui no Brasil.

– Quero ficar o mais longe possível desse país o mais rápido possível – Confessou por alto – Se não fosse pela Ju e pelo Gil, nunca teria voltado.

– Será? E o Dinho? Pensei que estivesse curiosa para vê-lo... No seu lugar eu estaria.

– Acontece que você não sou eu. Então, para de me amolar e trata de dormir.

– Tudo bem... Só acho que você se devia isso, sabe? Apagar tudo de uma vez ao invés de ficar imaginado coisas. Pensei que você não tinha medo de nada, mas parece que se ponto fraco é Adriano.

– E o que você quer que eu faça?! – Exasperou-se a Marrenta sentando-se na cama. Tatá sorriu e sentou-se na dela – Porra, ele tá casado! Não dá para aparecer na porta dele e dizer “Nossa, quanto tempo hein? Ah... e sabe? Eu te amo!” – Lia pôs a mão sobre a boca pelo o que acabou de dizer.

– Não tão sincera, mas sei lá... Na hora você inventa qualquer coisa. Agarra, beija ou dá um socão, você escolhe.

Lia voltou a deitar na cama e fechou os olhos com força. Na sua bolsa havia um cartão com o endereço dele que Ju havia lhe dado, mas ela nem precisava disso já que ele ainda morava no mesmo lugar. Só que agora com a família que formou. Lia se imaginou tocando a campanhia e sendo recebido por Adriano, imaginou-se dizendo um monte de verdades e xingamentos... E imaginou os dois juntos no telhado. Ela não podia voltar para Londres sem falar com ele. A Marrenta sabia que isso a perseguiria para sempre, e mesmo tendo dito que não queria saber de Dinho, ela precisava vê-lo mais uma vez nem que fosse para mandá-lo para o inferno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:* Pobre da Fatinha... E com um Fera a tira colo, não vai ser fácil perdoar o Moreno. Será que ele consegue? E a Lia hein? Será que ela terá coragem de encontrar Dinho? E que irmã lindja é a Tatá! XD Até sexta que vem, pessoas! Beijos e mandem reviews hein? ;)