21° internato em 5 anos.Todos eles deixei minha marca: pessoas que ficaram com problemas na coluna após "tropeçarem" e cair da escada, ou refeitórios que explodiram "misteriosamente" apos uma visita minha e também rastros psicológicos, como pessoas que se internaram após algumas conversas comigo.Nunca conheci meu pai, acho que isso me afetou, o que me restou foi uma adaga de ouro,deixada por ele, com meu nome escrito.Em 15 anos de escola tive apenas um amigo:Cooper.Garoto que era muito zuado por usar muletas e também...é...adorava usar bonés coloridos (muito coloridos).Adorava zuar ele tipo:"Hei Cooper, vamos entrar na equipe de corrida?" ou "Hei Cooper, tem uma promoção de muletas na loja de medicina do centro, corre lá quem sabe você pega um par?".Não tinha nada a reclamar do Cooper.Não sei se não consigo definir se ele é bom ou um mau amigo, porque nunca tive amigos em todos os 15 anos de vida, sempre fui assim...só.Acho que porque nunca foi aquela garota santa, meiga e fofinha que todo mundo queria ser amiga, e ate mesmo, namorado.

Ouso berros de bode que aparentemente estavam sendo cortado pedacinho por pedacinho,quando abro meus olhos vejo Cooper me balançando como se o mundo fosse acabar.Um detalhe pouco importante: Cooper estava sem calça e sem um dos seus famosos bonés colorido.

–AAAAAAA!Cooper coloque sua calças!-já conhecia o que os garotos tinham diferente das meninas e não queria conhecer aquilo pessoalmente.

–Acorda Katheryn!Precisamos ir!Acorda!-Gritou Cooper após uma seqüência de berros “bodescos”

–Por que tenho que acorda?Por que ainda não colocou essa maldita calça?

–Você ainda tem aquela bolsa para ermegência?

–Tenho por quê?

–Vamos precisar dela!

Levantei tão atordoada que só tive a intenção de colocar minhas sandálias de pôneis e corri para meu armário e peguei minha bolsa de emergência, que Cooper sempre insistiu que eu guardasse em minha estante com roupas reserva, comida, água e algumas coisa que eu e ele precisaríamos em situações extremas.Sai correndo pelo corredor aparentemente todos continuavam dormindo.Única coisa que passava em minha mente é: Como ele entrou no dormitório feminino sem que ninguém o vise.Saímos correndo em direção ao pequena estrada que dava caminho o norte de Long Island, é meu internato fica New York, pegamos um taxi e Cooper disse:

–Norte Long Island.

–Senhor é uma área desabitada.-Disse - le o taxista.

Cooper o mostrou um rolo de dinheiro que tinha mais ou menos US$150,00 dólares.

–Ou onde você achou esse dinheiro?-Perguntei um pouco agitada e com o meu pijama listrado.-Ei...espera...VOCÊ TEM PERNAS DE BURRO!

–Bééééé. -Reclamou Cooper.-São pernas de bode!

Taxista deu um freada brusca.

–Nada de bode no meu taxi!

–Mas senhor na... -reclamei

–Nada de, mas, desçam agora.

Descemos, faltavam poucos km para onde Cooper disse que iríamos. Estava cheia de duvidas.

–Então você é um sátiro... Tipo da mitologia?

–Sim... E você é uma meio-sangue.

–Meio-sangue?

–É filha de um Deus da mitologia... Apolo, Hefesto, Hermes, Atena entre outros.

–Deuses não existem. -quando completei essa frase, relâmpagos fizeram um grande estrondo sobre nós.

–Não fale isso, os Deuses não gostam.

–O. k....pra onde estamos indo exatamente?

–Acampamento Meio-sangue... lá é onde os filhos da maioria dos Deuses treinam.

–Treinam para exatamente o que?

–Para lutar contra os monstros, os meios-sangues tem um cheiro que atrai monstros, então eles tem que treinar.

–Então quer dizer que estamos fugindo de um monstro?

–Sim...

–E agora?

Senti o chão tremer.

–O querido Pã nós proteja.

–O que diabos foi isso?

–Um cão infernal, ele esta atrás de você.

–Acho que devemos corre...(avá).

–Precisamos chegar as barreiras do acampamento!

Corremos para a floresta a nossa direita.Peguei minha adaga que meu pai deixou para mim.Cooper berrava quando não houvesse amanhã.Quando entramos na floresta ouvimos trotados e por fim um clarão.