Whatcha Say escrita por Lady
Notas iniciais do capítulo
Olá leitores de Whatcha say! Primeiramente eu sei que sumi e que sou uma idiota. Tipo que não sei se notaram mas eu tinha colocado a fic como finalizada. Bem, não tenho mt o q explicar, MAS eu tive um ano passado difícil e minha vida anda complicada. Só quero agradecer mt por tudo q vcs fizeram e a todos os leitores. MT MT OBG GENTE! Essa foi a minha hist. favorita e a mais antiga aqui, e vagando pelo nyah! achei que vcs mereciam um final por todo o tempo e paciência que tiveram comigo.
Aqui é o último capítulo de WS, e espero que gostem pois fiz com o maior carinho possível! Obrigada por todas as 10 recomendações, vcs me fizeram mt feliz!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!
(desculpem qualquer erro)
Capítulo 13 - The Best Worst Dinner
Se existia uma coisa que Chris nunca conseguira compreender era o nervosismo de seus amigos quando começavam a namorar. Na verdade, falavam eles que o pior medo mesmo era quando o momento de apresentar a namorada para a família chegava. Sempre que um de seus irmãos entrava desesperado no chalé 11sem a menor ideia do que fazer em seguida, ele apenas recostava sua cabeça no travesseiro e ria. A ideia parecia incrivelmente hilária... Mas só parecia mesmo.
Já era final de férias de verão e tudo corria perfeitamente bem. Ele e Clarisse já estavam juntos há um ano e sua felicidade não podia ser contida. Mas apesar disso, Chris já estava imaginando que a situação estava boa demais para ser verdade. É... Sua mãe sentira um repentino interesse em conhecer Clarisse La Rue.
A princípio o jovem não viu problema algum. Seria apenas um jantar comum e informal entre mãe, filho e sua namorada, sabe, algo super simples apenas para que a mulher conheça e seja muitíssimo simpática com a mais jovem.
Só que havia um pequeno empecilho no meio disso.
Provavelmente um mamute seria mais simpático que Cecelia Rodriguez.
Uma situação crítica. Como raios Chris conseguiria apresentar a empresária Cecelia Rodriguez, aquela cabeça-dura, assassina de felicidade e que emana um ar superior para Clarisse La Rue, que nunca em sua vida aceitou um desaforo e que provavelmente preferiria levar uma machadada no pescoço ao invés de dar o braço a torcer?
É. Chris Rodriguez estava definitivamente empalado.
Enrolar não adiantaria, pois uma hora ou outra ele teria que falar com Claire sobre isso. Então, foi direto ao ponto, torcendo internamente para que a menina recusasse.
E ela aceitou.
Clarisse estava animada com o jantar.
Droga.
Então lá estava ele, olhando para a entrada da enorme mansão Rodriguez, e tendo a total consciência de que ele era um homem morto. Ao seu lado, Clarisse ostentava felicidade, apesar dos múltiplos avisos dados por Chris.
– Ah, fala sério Chris, isso não importa! – ela falava com impaciência e revirando os olhos – Ela é sua mãe, eu sou sua namorada, e, aliás, é quase que um ritual conhecer a mulher que pôs seu namorado no mundo – era sua resposta.
Então, segurando a mão de Clarisse ele tocou a campainha, logo sendo recepcionado por Evangelina, a governanta. Esta já estava mais velha, já com seus 65 anos. Ela sorriu abertamente e abraçou Chris.
– Christopher! Quanto tempo não te vejo, querido! – falou ela, arrancando um sorriso do garoto ao falar com seu sotaque do interior.
– Também estava com saudades, Eva! – falou, logo pegando a mão de Clarisse – Essa é Clarisse La Rue, minha namorada.
Evangelina pareceu analisar a garota, mas por fim exibiu seus dentes branquíssimos em um último sorriso.
– Muito bonita essa sua menina, hein! Espero que dê tudo certo para vocês com ela – Eva apontou discretamente para o corredor que dava na sala – Aquela moça é dura feito pedra, melhor tomar cuidado. Mas enfim, desejo muita sorte para vocês dois. Formam um casal belíssimo.
E assim encaminhou-se para o corredor e entrou na cozinha, onde provavelmente estaria ajudando Rúbens, o cozinheiro italiano, a preparar os pratos para o jantar. Lembraria depois de passar na cozinha para cumprimentar Rúbens, que tantas vezes já lhe dera comida escondido quando sua mãe o deixara de castigo sem jantar.
Em uma última tentativa de acalmar os nervos, Rodríguez respirou fundo e olhou para Clarisse que ainda segurava sua mão. A jovem estava muito bela, isso era fato. Estava claro que perdera preciosos minutos arrumando o cabelo e escolhendo a roupa, e apesar da vestimenta feminina, ainda era visível o estilo que Clarisse adotava e que tanto encantava Chris. Por exemplo, a menina não forçara a barra em colocar um milhão de brilhantes e também não abrira mão de uma sapatilha simples ao invés de caros sapatos de salto.
Ela estava perfeita.
– Escute Honey, se minha mãe falar algo inconveniente...
– Christopher Rodriguez! – cortou-lhe a frase com uma expressão séria no rosto – Eu já falei que não me importo! Agora pare com isso antes que eu me irrite!
Nossa. Ela ficava muito sexy quando falava seu nome inteiro.
Arregalou levemente os olhos e assentiu com a cabeça, tentando tirar esses pensamentos negativos de sua cabeça. Estava na hora.
– Certo, certo, vamos entrar na sala. Minha mãe já deve estar impaciente a este ponto.
E assim passaram por um pequeno corredor e entraram na sala de jantar, onde Cecelia Rodríguez se encontrava parada, fuzilando ambos com seus olhos verdes escuros e frios.
Ela trajava um belo vestido longo azul marinho e formosos sapatos de salto. Não usava muitas joias, e nem precisava. Seus belos brincos dourados ressaltavam seus olhos e seus cabelos louros arruivados estavam presos em um coque arrumado. As semelhanças com Chris não era muitas, porém o garoto tinha a cor e o formato dos olhos na mãe.
– Estão atrasados.
Pronto. A noite já começara a se transformar em um inferno com cheiro de lavanda.
– Olá mãe... – sorriu amarelo, sem saber bem o que falar.
Cecelia ignorou deliberadamente o comentário de Chris e, franzindo a testa, fixou seus olhos em Clarisse.
– Muito prazer senhorita La Rue – a senhora Rodriguez analisou vagarosamente a roupa de Claire, deixando-lhe um pouco sem graça.
– O prazer é meu, senhora Rodriguez - a mais jovem respondeu firme.
Elas apenas haviam trocado duas frases e o clima já estava pesado. Mil e uma maneiras de fuga circulavam na cabeça de Chris, para caso a parada ali ficasse muito feia e objetos começassem a voar (deixando claro que isso é apenas uma expressão, Cecelia nunca perderia a classe ao ponto de quebrar intencionalmente uma escultura ou seus pratos de gente rica).
– Er... Vamos comer! Estou cheio de fome – falou o filho de Hermes rapidamente, em um tom quase desesperado.
Como o esperado Cecelia lançou-lhe mais um olhar ameaçador.
– Christian Rodriguez, achei que tinha lhe educado corretamente, porém vejo que seus modos me indicam o contrário – falou ríspida – Mas sim, a refeição será servida daqui a alguns minutos, podem se dirigir a mesa.
Clarisse e Chris se entreolharam.
– Uou, você não estava brincando quando falou que ela era severa... – Claire falou baixinho no ouvido de seu namorado enquanto caminhavam até a mesa.
– Eu avisei.
Inacreditavelmente o estranho clima do início da noite mudou.
Para pior.
Eis que Cecelia decidiu que queria conversar com a namorada de seu filho. Bem, no seu caso conversar significava agredir Clarisse com palavras, o que simplesmente não estava no “livrinho de aceitação” da mais jovem. Ela odiava ser provocada.
– O que seus pais fazem da vida?
– Minha mãe é uma ex atleta.
– De que modalidade?
– Luta Greco-romana.
Cecelia lançou-lhe um olhar de menosprezo.
– É de se esperar olhando para a senhorita... – fez uma pausa, alisando a toalha de mesa – Local onde mora?
– Arizona.
– Onde em Arizona?
Clarisse cravou as unhas na palma de sua mão, forçando-se a permanecer calma.
– Phoenix.
– Já tive um cliente que morava em Phoenix – Cecelia soltou um riso nasalado de desgosto – Realmente um local interessante...
Não, aquilo definitivamente não foi um elogio.
– A senhorita tem algo contra o uso de sapatos com salto? Notei que está de sapatilhas em vez de saltos e em um jantar como esse a elegância deve vir em primeiro lugar, não acha?
– Na verdade senhora Rodriguez, me sinto extremamente desconfortável com sapatos com salto – sorriu ironicamente agradecendo mentalmente a sua falecida amiga Silena pela frase que diria a seguir - a elegância está em atos, e não apenas em roupas de grife e sapatos caros.
– De fato isso é uma verdade senhorita La Rue, porém ainda não encontrei sua elegância nos tais atos que parece prezar tanto.
– Deve ser por que não tive a oportunidade de mostrá-la pois a única coisa que aconteceu até agora foi uma agressão verbal desnecessária.
Um silêncio mortal instalou-se no cômodo e lá estava Chris, no meio, alternando seu olhar entre sua mãe e sua namorada que se fuzilavam mentalmente.
E como se a frase anterior não tivesse sido dita por Clarisse, a senhora Rodriguez recomeçou a fazer perguntas.
Naquele ponto Chris provavelmente deveria estar com uma terrível pizza em baixo dos braços de tão nervoso que se encontrava e se pudesse morreria ali mesmo. Enquanto isso a conversa/disputa em forma de diálogo fluía como uma batalha de tiro ao alvo sanguinária.
Mas então algo aconteceu.
A campainha tocou.
Cecelia, com o cenho franzido parou por um momento, seu rosto expressando dúvida.
– Mas quem...?
A pergunta foi cortada por um homem alto de cabelos ligeiramente encaracolados usando um charmoso terno Armani. O queixo de Clarisse e Chris foram parar no chão, porém nada se comparou com a cara de Cecelia Rodriguez.
– Hermes? – Clarisse se pronunciou primeiro.
– Pai? – logo foi a vez de Chris.
– Saia de minha casa – Cecelia foi apenas um pouquinho menos receptiva.
A senhora Rodriguez levantou-se da cadeira revoltada e começou a caminhar lentamente (e ameaçadoramente) em direção ao pai de Chris.
– Sai. Agora.
– Ei ei ei – Hermes falou sorridente – Um jantarem família e eu não fui convidado? Ora Ceci, por que tão rude? Achei que seria mais receptiva!
– Hermes – Cecelia estreitou os olhos – Já fazia mais de 10 anos que o senhor não me visita e por mim poderia continuar assim. Agora saia.
Aquilo era definitivamente uma cena estranha. Chris olhava para seus pais que estavam ali conversando. CONVERSANDO! Não que a conversa estivesse muito amigável, porém ele nunca tinha sonhado em ver seus pais perto um do outro.
– Nossa Ceci, você era mais carinhosa quando...
– Não ouse – grunhiu – E não me chame de Ceci.
Hermes sorriu, parecendo se divertir.
– Mas querida, eu até me vesti apropriadamente – apontou para o traje social – você fala como se não tivesse gostado! – e desviando o olhar de Cecelia, Hermes acenou brevemente para o filho e Clarisse – Chris! Como está? Bem, eu vi o que fez naquela feira de astronomia para passar de ano, meus parabéns!
Cecelia estava a ponto de explodir de ódio.
– Mas o que o senhor aprontou Christian? – perguntou revoltada – Se seu pai está lhe parabenizando aposto que foi algo ruim e...
– Epa! Isso é segredo nosso querida Ceci, não é mesmo Chris? – o bem humorado Hermes piscou para o filho, que não sabia ao certo o que fazer. Os seus pais estavam tendo uma espécie de DR ali?
Recapitulando, aquilo era pra ser um jantar amigável entre sogra e nora, que estava dando muito errado, pois a sogra era fria e provocativa e a nora era cabeça dura e estressada, daí quando tudo parecia desmoronar o pai – Deus (literalmente) de Chris que ele provavelmente só encontrou umas 7 vezes durante a vida inteira aparece e começa a conversar com sua mãe, que só faltava atirar no Deus os seus sapatos de salto de 15 centímetros.
–Hum... É – foi a criativa resposta de Chris.
Aquilo estava muito esquisito.
– Filho, você se incomodaria de deixar eu e sua mãe a sós um momento?
– NÃO!- Cecelia quase gritou – Não saia daqui Christian. – tentou se recompor.
– Oh sim, sei que está sofrendo com esse jantar Chris, então pode ir com Clarisse para qualquer lugar melhor do que essa tortura chinesa com Cecelia – falou gesticulando e sorrindo – aliás, está muito bonita Clarisse!
Clarisse estava tão chocada com a cena quanto seu namorado.
– Er... Obrigada... Já estamos de saída – e olhou para Chris segurando o gargalhada entalada na garganta e levantando-se.
– Fiquem onde estão – a voz da senhora Rodriguez carregava um ódio palpável.
– Uou não me lembrava do quão sexy ficava quando estava estressada
– Cale a boca Hermes e devolva agora o meu brinco.
O deus dos ladrões revirou os olhos e tirou os brincos do bolso.
– Uma pena, são belos brincos. Achei que não perceberia.
– Eu sempre percebia.
Hermes sorriu e Cecelia revirou os olhos, porém já não demonstrava ódio.
Chris e Clarisse já tinham deixado o cômodo há um tempo, mas isso também não tinha sido notado.
Do lado de fora da enorme casa Claire gargalhava enquanto Chris tentava assimilar o que tinha acabado de acontecer.
A garota abraçou seu namorado e ambos, ainda rindo, falavam sobre esse jantar.
– Foi definitivamente o melhor jantar que eu poderia ter tido – sussurrou Clarisse.
É, essa noite daria o que falar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente estou pensando em fazer um bônus final. Eu tinha feito uma enquete há mt tempo de que tema vcs gostariam e acho que pegarei de lá. Ou vcs podem postar nos comentários. OMG é tão estranho postar um cap, não postava aqui no nyah! há uns 8 meses O.o!