Não é amor escrita por kanny


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Fanfic escrita para um concurso de fanfics com tema São João no ano de 2011. Esqueci completamente dela, e agora resolvi postar, tendo em vista que só encontrei agora perdida nos meus arquivos. É bem bobinha, e na época foi feito as pressas. Mas tá aí, caso alguém leia.



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Mexe mexe – Leandro e Leonardo

Festa na roça é pra lá de bom
O sanfoneiro é quem comanda o som
A gente dança a moda sertaneja
Tomando cerveja, comendo batom
À meia noite nada é proibido
Mulher casada troca de marido
O engraçadinho apaga o lampião
E o "amassa mamão" fica mais divertido
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
Festa na roça é pra lá de bom
O sanfoneiro é quem comanda o som
A gente dança a moda sertaneja
Tomando cerveja, comendo batom
À meia noite nada é proibido
Mulher casada troca de marido
O engraçadinho apaga o lampião
E o "amassa mamão" fica mais divertido
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio
É um mexe, mexe
Todo mundo apronta
Faz o que dá conta
É um beija, beija
E nessa peleja
Todo mundo tonto
Eu que não sou santo
Também tô no meio 

- Eu não sei como eu me deixei convencer por você a vir a uma festa junina no dia dos namorados Alice. – eu falei assim que cheguei ao local.

- Cala boca e vê se curte! – a baixinha resmungou e depois arrastou Jasper, seu namorado meio tonto, para o meio da multidão.

 Tá certo que era um clube, mas estava todo caracterizado. Bandeirinhas e palha para tudo quanto era lado, fogueira, uma fumaceira só! Milho em tudo, bolo de milho, pamonha, canjica, mungunzá, pipoca, angu, milho assado, milho cozido, cuscuz, suflê de milho, e outras iguarias a base de milho. A pessoa deve acabar amarela de tanto milho na veia. Ok, a festa tava bem animada, tinha bandas de forró e até tenda eletrônica. Tudo a ver com o clima junino! *ironiaaqui!*

Tinha muita gente, em outras palavras, muita mulher bonita. Eu como não sou bobo nem nada tratei de interagir. Peguei uma batida de alguma coisa e comecei a me soltar. Mesmo não sendo o maior fã de São João eu até que danço bem. E forró é uma dança que eu gosto muito, pois se dança bem juntinho, se é que me entendem. Chamei uma loira alta para dançar. Ela vestia uma mini saia jeans, botas e uma camisa xadrez aparecendo metade da barriga. Ela tinha um corpão. E conversa vai, dança vem, acabei pegando. Ela me pareceu ser daquele tipo de mulher miojo, só leva de três minutos para você comer, sabor galinha.

Me perdi da minha irmã e do meu cunhado, melhor pra mim. Depois de dançar com a loira miojo, a dispensei e fui dá um rolé para avaliar as opções. Como eu disse, muita mulher bonita, mas uma em especial me chamou a tenção. Uma garota branquinha de cabelos castanhos avermelhados que estava sentada em um banco, estilo banco de praça. Ela vestia uma calça jeans escura, uma bota preta de cano curto, e uma camisa xadrez cinza com preto por cima de uma camiseta branca. Ela bebia algo, e estava sempre olhando para os lados. Ela parecia estar procurando por alguém. Acabou de achar... Eu!

- Boa noite. – eu cumprimentei.

- Boa noite – ela disse secamente sem nem ao menos me olhar.

- Eu não te conheço de algum lugar? – todas caem nessa.

- Claro que conhece. – ela olhou para mim. Já tá no papo. – Foi por isso que eu deixei de ir lá.

- Eh, então. Esse lugar aqui tá vago? – eu perguntei para o lugar ao seu lado.

- Está. E esse aqui também vai ficar caso você se sente aí. – ela disse voltando a olhar para os lados.

- Nossa. Você é sempre tão grossa assim, ou foi só comigo?

- Não tenho preconceitos, meu querido. Trato todos de maneira igual.  – ela disse cínica.

- Mesmo se eu te dissesse que senti amor a primeira vista por você?

- Amado. O amor não existe. – ela disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. Essa garota tem problemas.

- É claro que existe. O amor é fogo que arde sem se ver...

- Combustão de metano. – ela disse rapidamente.

- Como? – eu não entendi.

- Fogo que arde sem se ver é combustão de metano, meu querido. – ela disse com um sorrisinho nos lábios. Ela tem sempre uma resposta na ponta da língua, mas vamos ver se ela pode comigo. Agora é questão de honra, eu vou pegar essa garota de qualquer jeito.

- Então tá. O amor é ferida que dói e não sente..

- Hanseníase. –ela rebateu de imediato.

- O amor é aquilo que te leva a lugares inesperados...

- Bengala de cego. – dessa eu tive que rir, mas não desisti.

- O amor é aquilo que te faz viajar nas nuvens...

- Avião.

- O amor é aquilo que acelera o coração...

- Ataque cardíaco. – essa brincadeirinha de gato e rato estava ficando divertida, tanto que ela nem ao menos percebeu ou se importou por eu ter sentado ao seu lado.

- O amor é aquilo de mais forte que alguém pode sentir...

- Isso é bater o mindinho do pé na quina do móvel. Amor é outra coisa.

- Amor é estar junto na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença...

- Irmãos siameses. -- Nós dois estávamos parecendo dois lunáticos. Enquanto um falava o outro, no caso ela, rebatia. Ela até estava rindo.

-O amor é aquilo que faz você perder a força nas pernas...

- Lesão na medula. Amor é outra coisa.

- O amor é feito de altos e baixos...

- Isso é montanha russa.

- O amor é aquilo que te faz passar a noite em claro...

- O nome disso é cocaína.

- Você já experimentou?

- Não, mas conheço gente que sim e pode crer isso é o de menos. – ela respondeu.

- O amor rouba teu coração...

- O nome disso é mercado negro de órgãos. O amor é outra coisa...

E assim ficamos pelo menos uma hora. Eu falava, ela rebatia. Eu perguntava, ela ignorava. E o que começou com uma simples brincadeira estava se tornando algo mais prazeroso. Ela era uma garota muito interessante e pelo que percebi de gênio forte. Mas ao mesmo tempo encantadora. Apesar de intimidadora.

- Chega! Desisto! –Eu disse me rendendo. Ela era jogo duro.

- Mas já? – ela riu.

- Ei, passamos tanto tempo conversando, eu acho, e eu nem ao menos sei seu nome. – constatei esse fato apenas agora. Estava tão entretido na brincadeira que nem havia em dado conta.

- Isabella Swan. – ela disse me estendo à mão. – Mas pode me chamar de Bella.

- Muito prazer Bella. Meu nome é Edward Cullen, ao seu dispor. – eu disse beijando sua mão. Neste momento senti algo inexplicável. Foi como se eu tivesse levado uma descarga elétrica ao entrar em contato com sua pele de porcelana. Um sentimento bom. – A propósito, quando te vi você me pareceu estar procurando por alguém, estou certo?

- Sim. Vim para essa festa com minha irmã Rosalie. Servir de vela para ela na verdade. Mas acabou que ela disse que iria dançar, me distrai e ela sumiu com o namorado.

- E o seu namorado por que não está com você?

- Não tenho namorado. – ela disse corando. A garota já era bonita normal, corada então, ficou linda. Senti até algo como um gelinho no estomago quando vi seu rosto enrubescer.

- Nossa. Então os homens deste lugar estão cegos. Uma garota linda, divertida e com esses olhos hipnotizantes não deveria ficar sozinha. Muito menos no dia dos namorados.

- Vai falar isso para eles então – ela disse sorrindo.

- Já sei! – eu disse me levantando. – Você aceita ter um namorado de aluguel? Apenas por hoje. Veja só, eu também estou sozinho. Então fazemos companhia um ao outro o que acha?

- Namorado de aluguel? – ela disse levantando uma sobrancelha. -- Vai achando que eu vou beijar você.

- Quem falou em beijar? Tá isso não seria má ideia, mas eu estou falando de companhia. Minha irmã sumiu com o namorado dela, a sua irmã também fez o mesmo. Todos na festa estão se divertindo, então vamos aproveitar também.

- Ok, ok. Você me convenceu. – ela disse aceitando meu convite. Peguei sua mão e a levei para dançar.

- Você dança muito bem. – eu disse ao perceber que ela era uma excelente forrozeira.

- Você também. – ela disse com um sorriso lindo nos lábios e que boca era aquela? Rosada e carnuda. Coloquei meu rosto no vão do seu pescoço e comecei a cantarolar baixinho a musica que tocava. Percebi que sua pele se arrepiava quando minha respiração batia em sua pele. Eu não sei o que estava acontecendo, eu nunca fui de agir assim.

A Noite Mais Linda

Limão Com Mel

No princípio foi apenas fantasia de uma noite de verão
Essas noites em que a gente sai a rua procurando distração
Nestes dias em que a gente sente falta de um carinho pra sonhar

O amor está na pele e a música no ar, e os sonhos e desejos
enganando a solidão
De repente você veio tão bonita e chamou minha atenção, No teu
jeito
Teu perfume, teu sorriso disparou o meu coração
Eu queria dominar os sentimentos, mas não pude me conter as
coisas acontecem quando tem que acontecer
E a mágica do amor nasceu quando eu olhei você

Meu mundo mudou, o tempo parou, você tomou conta do meu coração

E foi tanto amor que meu sonho acordou de volta pra vida
O tempo passou, você me deixou, parece que a vida não quer
mais viver
Porque a noite mais linda do mundo vivi com você, com você...

Solidão a gente acaba num abraço, não precisa nada mais

E o desejo adormece num cansaço quando o corpo satisfaz
Mas você não foi apenas uma noite que acabou no amanhecer
Não foi só um encontro que se esgota num prazer
Você foi dessas coisas que não dá mais pra esquecer

Voltei a olhar para o rosto dela, e com os olhos fui traçando cada detalhe de sua face delicada. Meus olhos encontraram-se com os dela, em um momento estávamos dançando. No instante seguinte minha boca já estava indo de encontro a sua. Por um segundo pensei que ela fosse me empurrar negando o beijo, avancei um pouco mais e para minha surpresa ela que selou nossos lábios.  Senti como se tivesse levado um choque que fez com milhares de borboletas se agitassem no meu estomago. Separamos nossos lábios, ficamos os olhando por um par de segundos e então voltamos a nos beijar. Um beijo calmo, sem pressa para acabar como há muito tempo eu não beijava. Era uma sensação maravilhosa sentir seus lábios nos meus. Sentir o calor de seu corpo junto ao meu. Em pensar que quando eu me aproximei queria apenas laçar mais uma, mas pelo que parece eu é que fui laçado.     

 Quero ver ela agora dizer que não é amor...


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