A Prova De Um Amor Verdadeiro escrita por Garota Sonhadora, bacblack


Capítulo 15
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

*olha de um lado pro outro*
Cheguei pessoal!!! Podem comemorar :)
Aqui está mais um capítulo, espero que não queiram me matar depois...
... Bem, é isso. Divirtam-se!



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Isso não poderia estar acontecendo!

Não... NÃO!

Minhas pernas doíam, mas eu não podia parar. Eu tinha que ficar longe, longe de todos, longe dos corpos de Lian e Dylan. Eu tinha tomado à decisão errada e isso custou tudo. Nesse momento meus joelhos fraquejaram e eu caí. Não havia sentido em levantar, eu havia falhado com eles, e comigo mesma.

— Não adianta tentar fugir, princesa. – Os olhos negros de Antony brilhavam maliciosamente. Eu queria gritar pra ele me deixar em paz, mas minha voz não saía.

— É sua culpa, Dóris. – Meu irmão apareceu de repente, eu me arrastei pra trás, mas ao me virar pra fugir, vi Dylan me olhando com ódio.

— É culpa sua que estamos mortos. – Disse ele e eu engasguei com um soluço. Não, não podia ser verdade...

— Dóris... Dóris! – Eu acordei com um sobressalto. Meu coração estava disparado e meus olhos ardiam com lágrimas não derramadas. Olhei pra Rebeca, seu cabelo estava desarrumado e ela estava de camisola.

— Dóris, o que... – Ela não terminou a frase, pois eu praticamente me joguei em seus braços. Ela se assustou, mas então tentou me consolar enquanto os soluços balançavam meu corpo. Era só um pesadelo, um pesadelo que parecia muito real.

— Foi horrível. – Eu consegui sufocar depois de um tempo, e Beca me abraçou mais apertado.

— Shh, calma. Você não tem que me contar agora.

— Mas eu preciso. – Falei e me afastei pra que pudesse olhar para o rosto dela. Beca me olhava com olhos preocupados, e eu me senti mal por fazê-la se preocupar comigo.

— Foi... Estávamos aqui no castelo, Dylan estava visitando nesse dia. Tudo parecia perfeito, mas então Antony chegou. – Eu parei e respirei fundo. Rebeca me ouvia com atenção e eu sabia que não poderia parar agora.

— Ele começou a falar que Dylan não tinha o direito de estar aqui, como ele não era um príncipe, então Lian rebateu dizendo que Dylan tinha mais direitos aqui do que Antony. O príncipe mimado então perguntou o que aquilo significava e eu respondi que estava noiva de Dylan – Aqui eu me permiti sorrir um pouco. Me imaginar como noiva de Dylan, então casar com ele; nossos filhos, como seriam? Será que teriam a minha personalidade independente e curiosa ou seriam calmos a razoáveis como Dylan?

— Dóris? – Perguntou Rebeca e eu voltei à realidade.

— Certo. – Respirei um pouco quando lembrei a próxima parte do sonho. – Antony então enlouqueceu. Disse que eu pertencia a ele e eu seria dele nem que fosse pela força. Ele então sacou a espada da bainha e apontou pra Dylan. Meu sangue gelou nessa hora, pois Dylan estava desarmado. Mas Lian não estava e também sacou sua espada. Antony e Lian começaram a lutar, uma explosão de cores aconteceu e a cena mudou. Nessa cena, apenas Antony e eu estávamos em pé. Você tinha desaparecido e Lian e Dylan estavam, estavam... – Com isso eu comecei a chorar novamente. Eu não queria olhar pra minha irmã, não queria ver a acusação em seus olhos. Beca ficou tensa quando eu terminei de falar, mas então ela me surpreendeu ao me abraçar.

— Nada disso é culpa sua, Dóris Alicia! Nós fizemos nossas escolhas e pode ter certeza de que se tivermos que morrer, o melhor modo é te protegendo. Eu sei que você faria o mesmo conosco. – Ela levantou meu rosto delicadamente, e embora houvesse lágrimas em seus olhos, seu olhar estava determinado. Eu acenei com a cabeça e sorri um pouco. Eu estava com medo, com certeza, mas com meus irmãos ao meu lado, eu conseguiria passar por tudo.

Me ignore, eu sou uma linha.

Passei a maior parte do dia em meu quarto, só saindo para as refeições. Lian é claro percebeu meu estado de espírito, mas eu não queria passar por uma queda emocional novamente, então Rebeca tomou em si pra contar meu pesadelo pra ele. Pra dizer que Lian ficou preocupado foi um eufemismo, mas havia outra emoção também, que no momento eu não queria tentar decifrar.

Quando era hora de dormir, eu estava com medo. E se eu tivesse outro pesadelo?

Mas por sorte aquela noite foi pacífica.

Acordei me sentindo muito melhor, havia sonhado com Dylan, o dia em que ele havia me dado a pulseira. Sorri ao me lembrar de sua declaração e pulei alegremente pro banheiro. Estava terminando de me arrumar quando Beca entrou.

— Bom dia. – Disse ela, e eu sorri mais amplo.

— Bom dia! – Respondi e ela levantou uma sobrancelha com meu entusiasmo.

— Viu o passarinho verde? – Provocou e eu mostrei a língua pra ela.

— Vamos pra o café da manhã?

Fomos as primeiras a chegar a sala de jantar. A mesa já estava posta e nós nos servimos. Depois de um tempo Lian entrou.

— Bom dia. – Disse ele sonolento e Beca e eu nos entreolhamos.

— Bom dia. – Respondemos e ele olhou pra nossas expressões com cautela.

— Vocês não colocaram nada no meu leite, não é? – Perguntou ele e nós não aguentamos e rimos. A coisa é: Lian primeiro enche sua xícara com leite, bebe, e só depois é que enche de novo com café e leite.

— Não se preocupe gatinho, seu leite não tem nada. – Respondeu Rebeca ao pegar outro pedaço de torta, ignorando o olhar aborrecido de Lian. Eu sorri por trás da xícara.

— O que vocês vão fazer hoje? – Perguntei depois de terminar de comer.

— Estudar. – Respondeu Lian. – A coisa que eu mais estou fazendo ultimamente.

— Pare de beicinho. Estudar é bom. – Repreendeu Beca.

— Bom pra você. – Rebateu Lian e os dois começaram a discutir. Parecia que foi há muito tempo nós parecíamos tão despreocupados. Desde aquele baile. Eu suspirei, o baile que mudou tudo, onde conheci o amor da minha vida, mas também a perturbação dela. Melhor não pensar nisso agora.

— Crianças, parem de discutir. – Falei provocante, recebendo olhares das referidas crianças.

— Você vai ver criança. – Disse Lian levantando e correndo até onde eu estava, mas como eu sabia o que ele ia fazer corri em direção da porta. E assim começou a perseguição, eu correndo de meus irmãos. Aquele dia prometia ser ótimo.


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Notas finais do capítulo

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