The Big Six - School Of Guardians escrita por Zakuro


Capítulo 23
O Espião


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários ♥ ♥ ♥ ♥
Leiam as notas finais



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POV Violeta

Assim que chegamos da missão fomos ao dormitório, mas nem descansamos, pois só deu tempo de nos arrumarmos. Pelo visto os meninos não fizeram o mesmo, já que eles não chegaram à aula. O professor Once-ler foi atrás da diretora Claire, pois eles deveriam ir assistir à aula de herbologia; 

   Quando ele voltou um tempo depois estava com a diretora atrás de si, e consequentemente com os meninos, que estavam com o uniforme amassado e cara de sono. É, parece que ao menos tentaram descansar, mas não deu muito certo.

- Espero que isso não se repita Guardiões! Vocês precisam cumprir suas obrigações, e é justamente nesta aula que a Rapunzel irá aprender mais sobre seus poderes. - Os meninos se sentaram com cara de frustrados, e as mochilas na cadeira. - Portanto cumpram suas missões! E para isso nada de ficar dormindo no intervalo que damos para começarem o treinamento! Professor Once-ler inicie sua aula.

- Sim diretora. - Ele respondeu e começou a aula, a diretora olhou severamente para nós e saiu. 

A aula era extremamente chata e saber que tipo de planta teria que usar para cicatrizar queimaduras não era de fato interessante. Passei meus olhos pela sala olhando cada um ali presente; Rapunzel fascinada com uma planta que o professor colocou em suas mãos, Jack dormindo em cima da mesa, Soluço rabiscando alguma coisa no caderno para tentar acordar e Wilbur com cara de sono, olhando para o professor. Fiquei encarando-o por um tempo, até vê-lo esfregar os olhos  e bocejar como uma criança, me fazendo sorrir.

   “O Wilbur está tão fofo assim, com essa cara de sono...”

   “Violeta Pêra! Pare de pensar nele! Foque na aula, e lembre-se do que aconteceu com o Toninho”. Minha consciência me alertou, parecendo muito zangada.

 “Mas e se ele for diferente? Se ele realmente gostar de mim?” Comecei uma briga interna dentro da minha cabeça, mas fui despertada da minha "briga de consciência" por Merida me cutucando e falando:

- Ei Vi, você não faz penteado no cabelo? Ele é tão lindo, me deixa fazer? - Caramba! Será que é tão difícil entender que não?! Eu gosto dele solto e normal. 

- Não Merida, obrigada. Mas prefiro assim. - Ela assentiu e pareceu triste voltando a encostar-se à cadeira, e prestar atenção na aula.

-

   Só tivemos aquela aula mesmo; era para a Punzie aprender sobre as plantas e outras coisas a mais. Entendi algumas coisas fáceis, mas não estava com a mínima vontade de ouvir o resto; estava preocupada e pensando no trabalho de dupla.

Fomos liberamos da aula assim que o professor recolheu suas coisas e abriu a porta. Peguei minhas coisas e levantei da cadeira, pensei em chamar Wilbur para falar sobre o trabalho, mas acho que estava meio atrasada já que não o encontrei na sala.

Dei de ombro e decidi que mandaria uma mensagem para ele quando estivesse na biblioteca. Tirei o celular do bolso e o abri, mas alguém segurou meu ombro. Me virei depressa e encarei nada mais, nada menos, do que Wilbur.

- Hey Vi, o Soluço e a Punzie nos chamaram para fazermos os trabalhos em dupla. Topa ir com eles? - Wilbur perguntou sorrindo para mim. Resisti ao impulso de ficar invisível e respondi, colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha.

- Sim, mas os temas não são diferentes? 

- Cada um com sua dupla. E em um computador da biblioteca. - Ele respondeu e então seguimos os outros pelo corredor.

    Quando chegamos à biblioteca estava meio vazia; apenas alguns seres mágicos estavam espalhados entre as prateleiras gigantes de livros, lendo e escrevendo algo.  Mesas de estudo ficavam na frente das prateleiras, com alguns abajures e canetas em cima. E como toda biblioteca deve ser; havia um silêncio calmo espalhado pelo lugar.

Os primeiros a entrar foram Soluço e Rapunzel,falando baixo sobre os melhores tipos de desenhos. Merida continuava estranha e só falava de Ian, cabelos e roupas, o que estava deixando Jack furioso.

Ainda acho que tem algo acontecendo com ela. Algo muito estranho!

 Me sentei em uma das mesas e tirei meu caderno de dentro da bolsa, procurando o que deveríamos escrever para o trabalho. Os outros saíram para procurar livros e ficamos apenas eu e Wilbur ali, parados em silêncio. Até ele resolver comer a cochichar.

- Vivi, como acha que será seu futuro? - Eu que sei?! O Guardião do Futuro é ele, e não eu!

- Não sei, mas espero continuar viva para descobrir. - Ele fez cara de surpreso.

- Essa doeu hein do Futuro? - Jack disse, saindo de trás de uma prateleira, sorrindo para Wil e imitando um soco no rosto.

- Calado Frost! Ela está certa, tem que está viva para descobrir. - Ele sorriu um pouco constrangido e então retribui. Abaixei meus olhos para meu caderno, procurando minhas anotações, até que senti alguém puxando meu braço; era a Merida.

- Ei Vi, vamos logo, deixa os meninos ai. - Ela me puxou perto de algumas prateleiras, Wil e Jack fecharam um pouco o olho como dissessem “Viu? Essa não é a Merida!”.

Sim, ela está muito estranha. Muito estranha mesmo. Estranha a nível supremo.

Passamos o resto da tarde na biblioteca e cada um fez o trabalho com a sua dupla, bem, Jack fez quase tudo sozinho já que Merida queria arrumar o cabelo toda hora. Eu e Wilbur nos demos bem; dividimos tudo e cada um foi para um computador pesquisar a sua parte, enquanto Rapunzel e Soluço desenhavam na mesa.

Desse modo acabamos rápido, mas o assunto era fácil: tecnologia robótica. E disso o Wil entende. Não é para menos, já que o pai dele trabalha com tecnologia, ele é do futuro, e entende sobre isso. E eu ainda aprendi um pouco sobre isso de robôs; ele me explicou enquanto pesquisávamos em computadores que estavam lado a lado.

- Meninas, vamos? - Perguntou Rapunzel cansada, enquanto apontava para o céu e indicou a noite. - Amanhã vai ser um longo dia.

- Vamos. - Merida se levantou, acenou para todos nós e ficou ao lado da loira. Olhei para os meninos um pouco confusa com a reação de Merida, recebendo caretas também confusas em respostas.

- Tudo bem. - Me juntei a elas. – Boa noite, até amanhã. – Acenamos para eles e saímos da biblioteca, andando pelo corremos um pouco escuro.

  Assim que saímos víamos Ian e Astrid chegando. Merida deu um pulo e chegou próximo ao namorado lhe abraçando. Astrid entrou na biblioteca atrás de Soluço, e eu segui com Punzie para o dormitório. No caminho vi Flecha conversando com uma garota no local onde nós nos reunimos, e decidi:

- Punzie... – Ela me olhou sorrindo quando a chamei. - Se importa de seguir sozinha para o dormitório? - Perguntei devagar a vendo parecer confusa.

- Mas por quê?- Ela fez beicinho e eu indiquei com a cabeça o Flecha e a menina. - Entendi. Mas Vi, ele não vai achar ruim você ficar observando ele e a menina?

- Não sei, mas depois eu vejo isso, tenho que ver o que ele vai aprontar. O Flecha é muito direto, acho que posso ajuda-lo...

- Então tá. – Ela deu de ombros e começou a andar. - Boa sorte Vi. E não demora tá? - Assenti, ela acenou para mim e seguiu andando, prendendo os cabelos.

  Observei novamente o meu irmão; ele e a menina pareciam se dar bem. Fiquei invisível, mas antes que eu desse um passo alguém segurou meu braço e tampou minha boca, me debati por estar meio escuro no corredor que eu estava, mas logo a pessoa falou:

- Calma Vivi, sou eu, Wilbur. - Continuei invisível, mas ele parecia saber onde estava exatamente minha boca e meu braço, já que ele segurava delicadamente. - Olha, se você não aparecer agora eu... Eu...

  O que ele iria fazer?! Decidi perguntar rápido, ao menos tentar já que a mão dele ainda segurava minha boca. Eu não consegui falar; ele já estava me abraçando quando disse para aparecer e não terminou de dizer o que aconteceria. Mas como não falei, Wilbur suspirou e começou a aproximar o rosto do meu, fiquei vermelha e minhas bochechas apareceram, ele sorriu:

- Ah, então está com vergonha? - Dessa vez meu rosto todo vermelho era pela mão no meu rosto e a outra em minha cintura. Do meu rosto o que permanecia "sob controle" e invisível eram os olhos e a boca. Ele estavamuito,muito próximo quando falou. - Ainda assim não vai aparecer?

- Fala logo o motivo de querer que eu apareça! - Ainda estava vermelha quando apareci, e quando ele fez a última pergunta pude sentir seu hálito contra meu rosto.

  

Argh! Quando eu esqueço como é ficar tão perto de alguém, o Wilbur vem e me faz lembrar! Eu fico totalmente desconcertada com essa proximidade toda, principalmente quando consigo observar melhor os olhos dele.

“Violeta! Essa já é a segunda vez que pensa nesse garoto hoje!” minha consciência disse, parecendo muito brava. “Na verdade pensou o dia todo! Acorde!” Ela gritou, me fazendo desviar os olhos dos dele. “Ele ainda está te segurando e está dizendo algo, mas você não responde e ele se aproxima!”

- Violeta? - Ele perguntou ainda perto o suficiente de mim. - Escutou o que eu falei?

- Desculpe Wil - Abaixei a cabeça, mas como ele ainda estava me segurando acabei encostando a cabeça no peito dele. - Eu não escutei, estava meio distante, sabe? - Ele suspirou cansado e apoiou o queixo na minha cabeça.

- Sei, tudo bem. Mas me diz, o que você ia fazer com o Flecha? - Wil me lembrou do que eu estava fazendo ali. Não é mais que obrigação! Ele que me fez esquecer!

- Ia ver quem é a amiga dele.

- Ah, ta falando da Vanellope? - Ele perguntou se afastando. O motivo de ter feito isso eu não sei! Por isso quando me afastei, deixei a minha franja cair novamente no meu rosto para tampar meu olho, coisa que eu não fazia com frequência.

- Se for a menininha morena que estava falando com ele, sim. Mas como sabe quem é?

- Opa, ciúmes de irmã? É isso? Ou é de mim? - Ele perguntou sorrindo irônico. Humpf, eu odeio esse sorriso lindo, irônico! Isso, odeio esse sorriso irônico dele!

- Nenhum dos dois! E eu não teria ciúmes de você! Agora dá para me responder? - Perguntei olhando para onde o Flecha estava antes, nesse momento já deveria estar no dormitório. Ele me respondeu rápido:

- Mas porque não teria ciúmes de mim? - Caramba, é tão difícil assim me responder? Olhei feio para ele que deve ter entendido bem - Tá, tá. Sei quem é porque ela é a presidenta do meu fã club. E se ela é amiga do Flecha, tenha certeza de que ele está bem acompanhado.

- Ela tem cara de quem apronta... E o Flecha é terrível ...

- Hum... A Vanellope é bem danadinha mesmo, mas é fofinha. Ih, tomara que os professores se cuidem, esses dois...

- Pior que você e o Jack? As coisas que vocês brincam na aula... Será que tem chance de o Flecha finalmente gostar de alguém?

- Pior eu não sei... Calma, você acha que ele...

 O sinal tocou alto, bem em cima de onde estávamos. Me assustei por um momento e fiquei invisível novamente, mas então me lembrei; era a hora do jantar.  

- Vem Vivi, vamos sair. - Ele pegou minha mão e corremos para sair dali antes do sinal nos deixar surdos.

-

- Isso estava uma delícia! – Rapunzel disse, colocando a colher em cima da bandeja. – Nunca havia comido pudim antes, é muito bom! – Ela comemorou, passando o dedo dentro da embalagem vazia do doce.

- Vocês deveriam provar os doces do futuro, são bem melhores! – Wilbur comentou, estendendo o pudim dele para Punzie. Acho que ele não gostava muito dos doces do presente.

O jantar acabou rápido e os outros alunos já saiam do refeitório, enquanto nós conversávamos coisas sem importância. Ficamos mais um tempo conversando, até sobrar só nossa mesa e a do lado.

- Acho melhor irmos. – Ian comentou, vendo a mesa ao nosso lado ficar vazia. – Logo vão nos expulsar daqui. – Todos concordaram e levantamos da mesa, saindo do refeitório.

Como nosso grupo sempre ficava junto, na hora de sair nos despedimos quando chegamos no pátio da escola,  fomos para os dormitórios.

Nos dias anteriores – antes de Merida ficar super estranha - ela e a Astrid sempre apostavam uma corrida. Se não fossem só elas duas, Jack e Ian se metiam no meio, e uma vez o Wilbur também foi.

Mas dessa vez a Merida alegou que não iria desarrumar o cabelo dela, então fomos andando normalmente. Punzie e a ruiva andavam falando de cabelos e roupas, então não ligavam para o restante de nós. Aproveitando isso Astrid puxou assunto:

- Ei Violeta. – Ele cochichou ao lado do meu ouvido. - Você concorda que a ruiva ta estranha? - Ela foi andando mais devagar, deixando as duas em nossa frente.

- Sim. Mas o que poderíamos fazer? - Perguntei vendo que as duas ainda conversavam e já estavam bem longe de nós duas.

- Dar um jeito de descobrir. O que acha? Aceita? - Ela perguntou segurando o machado; juro que eu não tinha visto que estava na mão dela.

- Aceito, mas amanhã, hoje estou cansada. - Ela assentiu e entramos no dormitório.

   Abri meus olhos lentamente, depois de escutar um barulho irritante por alguns minutos. Devíamos estar no meio da noite quando escutei o meu celular tocar baixinho na escrivaninha. Peguei ele e o abri; era o Wilbur. Fiquei preocupada, porque ligaria para mim sabendo que eu já deveria estar dormindo?!

- Alô? - Perguntei cuidadosa.

- Vivi, abre a porta da varanda. - Me levantei com o celular apoiado no ombro e me deparei com Jack sentado lá e Wil na nave.

- O que estão fazendo aqui? - Perguntei assustada.

- Precisamos descobrir o que a Merida tem. - Wilbur respondeu e Jack entrou voando silenciosamente no quarto para acordar a Astrid. Vi que ele reparou em tudo, inclusive na cama em que Merida estava deitada.

- Ok, mas a essa hora? - Perguntei novamente, olhando para Wilbur na nave. Ele não estava de uniforme ou pijama, estava com uma camisa preta e calça jeans. Jack estava com  a costumeira roupa; o moletom azul e sua calça marrom.

- Exato, agora. Mas... - Ele respondeu sorrindo

- Mas?

- Você não pretende ir de pijama, não é? - Me olhei assustada, vi que eu estava com um pijama de calça comprida e de mangas, liso e roxo. – Gostei da cor. - Corei na hora e fiquei invisível de novo - Não precisa ficar assim, olha a Astrid já está se trocando no banheiro, te aconselho a se trocar rápido antes que percebam nossa presença...

- Não! Eu NUNCA me trocaria aqui no quarto! - Respondi rápido, eu não iria me trocar ali de forma alguma; ele podia me ver! Ouvi a porta do banheiro abrindo e suspirei aliviada. - Olha a Astrid saiu, vou lá. - Praticamente voei para dentro do quarto, peguei minha roupa e corri para o banheiro.

Ainda bem que eu deixo sempre uma roupa separada para casos do tipo! Posso escolher ela com calma, e é sempre uma que serve para qualquer ocasião; a uma blusa rosa e uma calça jeans azul claro com tênis. Prendi o cabelo em rabo de cavalo.

- Vamos? - Astrid perguntou assim que eu pisei fora do banheiro.

- Sim. - Jack entrou novamente no quarto para nos chamar, andamos rápido para não acordar as outras duas.

  Subi na nave, mas eu estava morrendo de vergonha. Acho que bati meu recorde de dia mais vergonhoso! Cara, eu deveria ganhar um prêmio por ser tão azarada! Por sorte o Wilbur disse que tinha como a Astrid ir conosco no banco reserva; ele apertou um botão lá e dentro da nave surgiu mais um banco onde Astrid pulou com o machado.

- E agora Frost? Para onde vamos? - Wilbur perguntou seguindo Jack.

- Eu tenho uma suspeita. Me siga. - Ele indicou e saiu voando, a nave decolou rapidamente atrás dele.

- De quem ele suspeita Wilbur? - Astrid perguntou tirando minha dúvida.

- Não sei, mas ele disse que acha que é um professor. Só não me disse a matéria. - Wilbur respondeu indo ainda mais rápido. Ele e o Flecha deveriam ver quem é mais rápido qualquer dia desses!

Voamos por cima do pátio e nos afastamos da escola e dos dormitórios rapidamente, até que chegamos em uma parte cheia de arvores enormes e coloridas.  

- É aqui! - Jack parou diante de uma porta afastada. Um tipo de casa na árvore, afastada dos locais geralmente frequentados por alunos. - Wilbur deixe a nave e vamos.

  Descemos da nave e seguimos Jack que congelou a porta e a arrombou com um chute. Entramos na casa e vimos poucos móveis, uma televisão antiga e o chão empoeirado; provavelmente quem morava ali não gostava de limpezas. Adentramos em uma porta logo em frente e Lá dentro tivemos uma surpresa; a sala continha foto dos Guardiões espalhadas por todos os cantos, algumas com certeza foram tiradas escondidas. Um caldeirão soltava uma fumaça verde enquanto fervia algo e vária poções estavam em prateleiras próximas.

Uma pessoa se aproximou do caldeirão com alguns frascos em mãos, jogando-os dentro da coisa que fervia. Jack se aproximou apontando o cajado para a pessoa enquanto Astrid segurava o machado em posição de ataque.

A pessoa se virou para nós, parecendo assustada. Mas acho que quem mais se assustou fomos nós.

- Professor Once-ler? - Perguntamos incrédulos e ao mesmo tempo. 

-Queridosalunos. O que fazem aqui? - Com um estalar de dedos tudo da sala sumiu e deu espaço a móveis normais de um quarto.

- Foi você! - Acusou Jack com o cajado preparado.

- Eu? O que? - Ele perguntou sínico e pegando uma luva; enfiando-a na mão em seguida.

- Foi você que enfeitiçou a Merida! Foi você que tinha dado aquela poção a Astrid para dizer que ela queria nos ajudar! E também quem fez a Peri acabar comigo! - Jack foi dizendo isso enquanto atirava raios de gelo na direção dele, que desviava com agilidade. Wilbur tentou ir ajudar, assim como Astrid, mas fiz um campo de força ao nosso redor impedindo-os.

- Deixe-nos ir Vi. Precisamos ajudar o Jack, se o que ele diz é verdade esse cara é muito ruim! - Wilbur falou preocupado.

- Não! Vocês não sabem como é ter um amor perdido e não poder descontar a raiva. Muito menos gostar de alguém e não poder salvar essa pessoa! - Falei a beira das lágrimas me lembrando do maldito Toninho, e de quando o Bochecha capturou minha família e eu tentei ajuda-los. – Eu não vou deixar vocês se machucarem! Não vou! – Astrid era apenas uma humana e Wilbur só tinha uma pistola estranha com ele. Não podia deixa-los ir.

- Vi... - Começou Astrid com a mão em meu ombro, Wil no outro. - Ok, nós não vamos. Tem razão, não entendemos; só estamos preocupados com Jack.

- Essa batalha não é só dele. Portanto ao invés de nos proteger, que tal evitar os ataques lançados contra Jack? - Perguntou Wilbur apontando para a luta que tinha naquele lugar.

 Jack de um lado quase esgotado de tanto soltar gelo, e o tal professor do outro. Que foi quem começou a falar:

- Você sempre é esperto Frost! - Ele disse enquanto mandava uma bola estranha em direção de Jack. Fiz o campo de força ao redor dele, mas aquilo era muito poderoso. Me assustei com a potencia do ataque e meu escudo falhou. Caí no chão um pouco tonta e fechei os olhos para me concentrar.

- Violeta! - Gritou Wilbur, correu até onde eu estava e me pegou no colo. Não me dei ao luxo de ficar com vergonha, meu amigo estava quase morrendo! Fiz outro campo de força, este com mais intensidade e consegui lança-lo contra o Once-ler.

- Foi esperto ao ponto de notar que eu sou um dos espiões de Breu! E de notar que consegui enfeitiçar suas amiguinhas. - O tal espião recomeçou,

- Como você fez para nos enfeitiçar? - Astrid perguntou lançando o machado que passou de raspão perto do rosto de Once-ler.

- Simples, você ,Astrid, foi durante a aula. Quando usamos as plantas carnívoras, elas estavam com uma poção e as lançaram em seu machado, como você não o larga nunca. - Ele sorriu e terminou. - E a ruiva também, mas ela foram as flechas. Dei sorte de o garoto irmão da Violeta não ter pego a flecha com o efeito da poção.

Com a notícia de que possivelmente o Flecha pudesse estar no mesmo estado que a Merida fiz o campo de força ainda maior e lancei nele. Toda a raiva que tinha, todo o medo e toda força concentrei naquele escudo que explodiria quando entrasse em contato com ele. Mas no ultimo momento Once-ler se teletransportou para onde Jack estava apoiado, se recuperando.

- Jack! – Gritei, vendo-o erguer a cabeça e olhar o professor se aproximando. O machado de Astrid foi lançado em direção do professor, fazendo-o se distanciar de Jack para que ela pudesse pega-lo.

- Vamos! - Chamou Astrid ajudando Jack. Ele - de algum modo que eu não vi -conseguiu congelar o Once-ler, nos dando uma chance de escapar. Quando chegamos na porta ele gritou:

- Não tão rápido! – Olhei para trás e o vi; se mexeu e pegou uma arma do bolso, atirando um raio escuro em cada um de nós. Quando chegou na minha vez vi o que provavelmente todos viram: a escuridão. 


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Notas finais do capítulo

~ gostaram?
~ Once-Ler é dos criadores de O Lorax
~ comentários = aceito U.U
~ Toth, jogue purpurina :)

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