O Misterioso Caso Da Mina De Diamantes escrita por Verion


Capítulo 7
E agora?! Minha casa pegou fogo!


Notas iniciais do capítulo

SANTO CRISTO, ALGUÉM ME MATE!... Calma, é melhor não. Eu ainda tenho coisas importantes para fazer na minha vida.

Mas eu ainda estou com vergonha. Faz tanto tempo que eu não posto um capítulo sequer! Alguém pelo menos me torture, porque eu sei que eu realmente mereço e eu vou gostar um pouco por conta de meu sado-masoquismo.

Mas, perdoem-me sério. Eu estava com tudo na cabeça. Eu havia começado a digitar tudo. Aí no meio do capítulo eu não soube o que fazer. Esperei um pouco. ((tudo bem! Um dia não faz mal!)) Aí mais um dia e já comecei a ficar desesperada. E só depois de... não sei quantos dias... Me veio a coisa na cabeça.

Vou parar de me culpar, isso só vai piorar minha sanidade mental (( ou o que resta dela)).

Espero que gostem.



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Agora estou sozinha, apenas com dois caras muito lindos... sem minha pequena aprendiz para me segurar. Mas é claro que sei me controlar, afinal, eu tenho muito potencial.

Eu escrevi tudo isso enquanto a minha pequena Ivy caia no sono, mesmo sendo um tanto cedo para ela dormir. Os senhores Arlovsky e Yektov estão comigo, também. São umas sete horas, por aí, o céu está lindo, o clima, como sempre, frio.

Estamos esperando o doutor voltar para nos dar permissão para sairmos e voltarmos a nossas casas. O meu querido Arlovsky passou a conversar com um agente da polícia de investigação, dizendo que não era necessária a ajuda desta, já que estava comigo (ah~... que lindo! Ele conta comigo ao invés da polícia!). Faz pouco tempo que o Yektov realmente se acalmou, o que é ótimo, mas ele continua, de certo modo, tenso.

Depois de mais dez minutos, o doutor Vrisky voltou, tão belo... com aqueles olhos castanhos escondidos por uma bela armação de óculos... aquele cabelo negro e curto... ah, meu Deus! Por que todos tem que ser tão lindos?!

– Vocês estão liberados, perdoem-me a demora, mas foi difícil encontrar um enfermeiro que estivesse disponível. Parece que, antes da explosão da mina, um prédio um pouco adiante da mesma explodiu e alguns residentes dos prédios próximos foram atingidos.

– Ah, imagina. –Eu disse.- Não estou com muita pressa.

Estou certa de que o prédio citado anteriormente é o qual meu escritório se situa. Como eu fui estúpida de utilizar gasolina e maçarico para fazer um bolo...? Eu deveria ter utilizado óleo e gás nitrogênio!

Bem, focaremos no que realmente importa: Meu escritório explodiu, minha casa é no mesmo prédio que o do meu escritório. Não tenho onde dormir. Agora é só seduzir o senhor Arlovsky para que ele me deixe deitar em sua cama. Este é meu plano e não posso falhar.

– Oh, senhor Esvarovsky~! –Disse agarrando-me em suas roupas- O que eu devo fazer~?! Eu ate--- Meu escritório foi tomado por seres malignos e estes, com raiva de mim, atearam fogo em meu pobre escritório... e minha casa está no mesmo prédio que meu escritório! O que eu faço?!

– Ugh... Meu nome é Leonid Arlovsky –Disse ele, dando ênfase no sobrenome.- E... você não tem nenhum parente que more em Mirny?

– Meus pais morreram, não tenho marido, meus avós já devem ter evaporado e a Ivy nunca, mas nunca mesmo, me deixaria dormir na casa dela. –Disse friamente. –Posso dormir em sua casa~? –Perguntei com um olhar dócil.

– Está bem. –Disse, derrotado. (isso. Agora ele é meu. Prepare-se, Leonid, porque esta noite será inesquecível!).

Dei um beijo leve na testa da Ivy, já que ela estava dormindo e peguei no braço do senhor Arlovsky.

– Guie-me para sua casa. –Disse em tom mandatório.

– Ugh... está bem.

Nos despedimos do senhor Yektov. Já eram umas dez horas da noite. O frio era realmente intenso, mas tivemos que andar até a casa de meu querido Arlovsky. Demoramos cerca de dez minutos a passo apertado até lá. Era um sobrado azul com telhado branco, três janelas superiores grandes igualmente brancas, uma garagem com dois carros... tenho a impressão de que ou o senhor Arlovsky mora com alguém da família ou, infelizmente, ele é casado. Engoli em seco enquanto ele abria o portão para entrarmos.

– Bem, primeiro as damas. –Disse ele fazendo um gesto para eu entrar.

Agradeci e fiz como ele pediu. Logo, o senhor Arlovsky entrou também e trancou o portão.

– Devo dizer que sua casa é muito bonita. –Disse admirada.

– Ah, obrigado. –Seguiu-se um momento de silêncio enquanto ele abria a porta, indicando novamente para eu entrar primeiro.

Entrei e observei tudo o que havia lá: Uma sala de estar mediana, com dois sofás, uma lareira, uma mesa de centro com um pequeno vaso de girassóis e uma janela vertical atrás de uma poltrona de um bege bem claro; do outro lado uma sala de jantar com uma mesa extensa, com oito cadeiras, havia um vaso de petúnias no meio desta... nada mais relevante além de utensílios e móveis de cozinha... acrescentando uma mulher de aproximadamente um metro e setenta e sete. Droga, ele é casado. O senhor Arlovsky logo dirigiu-se à ela.

– Querida, como você já deve saber, houve uma explosão em nossa mina e eu chamei uma detetive, porém houve também uma explosão anterior a essa... bem, esta explosão ocorreu no prédio do escritório da detetive, e acontece que a casa dela é no mesmo prédio que o de seu escritório. Como já é muito tarde eu a trouxe aqui para ficar pelo menos esta noite. –Disse o senhor Arlovsky.

– Oh, tudo bem, querido. –Disse a mulher, cumprimentando o marido com um beijo. –Deveria ter ligado antes, assim teria arrumado a casa para a... perdoe-me, mas, qual é o seu nome? –Perguntou-me.

– Yulia. Yulia Ulianinsky, prazer em conhecer a adorável esposa de meu cliente... Humm... poderia dizer-me seu nome também?

– Claro! Eu sou Anya Kestov, muito prazer, senhorita Yulia. –Disse enquanto me cumprimentava.

Ela era bonita, devo dizer. Tem cabelos castanhos, curtos até o ombro e encaracolados, seus olhos são igualmente castanhos, tem a pele um pouco bronzeada, diria que não é natural da Rússia, não apenas pelo tom da pele, mas também pelo sotaque. Estava usando um avental, certamente tinha começado a cozinhar quando ouviu o portão ser aberto já que quando entrei na sala de jantar ela estava colocando algo para esquentar no fogão.

– Então eu vou ter que fazer um pouco mais de comida, já que temos uma hóspede. Meu bem, você poderia levá-la ao quarto de hóspedes e arrumá-lo? Ah! Seja cauteloso, porque Yerik está dormindo.

– Sim, claro. –Disse ele. –Vamos senhorita Yulia, vou te mostrar o seu quarto.

Ele me levou até o corredor, onde estavam duas portas, uma de cada lado. Deduzi que atrás de uma havia um banheiro. A outra, quem sabe, era um armazém ou algo do gênero.

Subimos as escadas. Na parede em frente ao topo da escada havia um grande espelho paisagem. Haviam dois corredores ligados ao espelho. Um pequeno à direita, com duas portas: uma no final do corredor e outra próxima à escada, logo ao meu lado. No corredor à esquerda havia três portas: Duas espelhando as outras citadas anteriormente e mais uma ao lado da que se anexava à escada.

– Estes cômodos à minha esquerda são dois quartos e um banheiro. –Ele me guiou para o lado esquerdo. Apontou para o primeiro cômodo. –Este é o quarto de meu filho, Yerik. Aquele é o quarto com o qual compartilho com minha esposa. –Disse apontando à porta que estava há uns três metros da anterior. –E ali está um banheiro. –Ele guiou-me para o outro lado. –Este é o quarto de hóspedes, ou seja, o quarto no qual você ficará pelo resto da noite. –Disse abrindo o quarto.

Diria que aquele era um quarto bem confortável. As paredes eram de um azul bebê. Havia um aquecedor, uma televisão mediana na parede próxima à porta, um guarda-roupa, uma sapateira, um espelho e, claro, uma cama... de casal. Ficamos em silêncio enquanto arrumávamos o quarto. Ele disse que não era necessária a minha ajuda para arrumar o quarto, mas eu insisti, já que ambos estávamos bem cansados pelo dia puxado.

Ao terminarmos ele dirigiu-se a mim:

– O seu banheiro está no final deste corredor. Por favor, acomode-se e descanse. Por hora estarei trocando minha roupa. Se precisar de algo, basta bater na porta de meu quarto.

– Obrigada, senhor Arlovsky! –Disse sorrindo.

–Não há de quê. –Disse ele saindo do quarto.

Neste meio tempo liguei a televisão e procurei por algo pelos canais e... nossa! Televisão a cabo até no quarto de hóspedes?! Meu Deus, eles são ricos! Procurei por algo interessante, mas não encontrei nada. Suspirei e pus-me a descansar.

Depois de mais uns vinte minutos a esposa do senhor Arlovsky apareceu no meu quarto segurando algo preto... parecia um saco... será que ela iria...

Contive meu pensamento e me arrastei para trás, para perto da cabeceira da cama, assustada.

– Um... Senhorinha Ulianinsky? O que houve? –Disse ela olhando para trás de si, achando que eu havia visto alguma coisa tentando pegá-la.

– O... o que você está segurando? –Disse com muito medo.

– Isto... –Disse olhando para o conteúdo em suas mãos. Pensei ter visto um olhar surpreso em seus olhos por uma fração de segundo. Mas logo voltou-se para mim. - é um pijama meu que eu quero te emprestar, já que você vai dormir aqui. Não acho que seja confortável dormir com roupas assim. –Disse estendendo o pijama. Ela estava um pouco corada.

Bem, deu para entender, né. Já que era um pijama... sexy... preto e... tinha rendinhas.

– Um... desculpa... este era o único de tamanho grande o suficiente para caber em... se me permite dizer... em seus seios grandes. –Disse envergonhada coçando a nuca e sorrindo desconcertada.

Dei uma pequena risada e um suspiro de alívio.

– Heh, não faz mal, eu entendo. Meu porte aqui em cima é muito grande e eu até que tenho um pouco de vergonha deles. Não se acanhe, afinal, são apenas para dormir e, já que há aquecedores aqui, o tecido leve não afeta meu sono.

Ela suspira aliviada e dá uma risadinha também.

– Ufa. –Disse sorrindo. –Um! O jantar de vocês está pronto. Vista o pijama e desça, por favor. Eu vou fazer os pratos de vocês.

Com isso ela partiu rapidamente do quarto e pôs-se a descer as escadas.

Vesti o pijama... ainda assim ele era um tanto curto para mim, fiquei até com vergonha. Decidi dar uma olhada no espelho. Os shorts praticamente se agarraram em minhas pernas e poderiam quase se passar por uma calcinha... Oh meu Deus, que desgraça! Como eu vou me passar por uma pessoa respeitável com uma coisa dessas?!

Respirei fundo. Parece que o senhor Arlovsky ainda não havia descido. Ótimo. Abri a porta e desci o mais rápido possível, quase tropecei em um degrau, mas logo recuperei o equilíbrio e desci o que restava dos mesmos. Eu me escondi atrás de uma das paredes entre a cozinha e a sala de estar e olhei furtivamente para a sala de jantar. Ninguém, ótimo. Então zarpei para uma cadeira estratégica e peguei meu prato e talheres. De onde eu estava ninguém notaria que as vestimentas estavam de certo modo apertadas em mim. Missão cumprida.

Ouvi alguém descer as escadas, certamente era o senhor Arlovsky. Logo olhei em direção ao som. Ele estava de pijamas e seu cabelo estava um pouco desarrumado. Ele olhou para mim, deu um pequeno sorriso e disse:

– Acho melhor você não comer com seus cabelos soltos. –E então estendeu a mão em punho para mim e, abrindo-a, mostrou o que havia dentro: um pequeno elástico. –Não quer sujá-los, né?

Ri um pouco e peguei o elástico e agradeci. Logo prendendo meus cabelos em um rabo-de-cavalo.

– Então você tem um filho! Um... Eric, né? –Comecei.

– Sim. E o nome dele é Yerik. –Disse, corrigindo-me.

– Certo, Yerik. Quantos anos ele tem?

– Sete anos.

– Hm... bom. –Não sabia mais o que falar.

Seguiu-se um silêncio de certo modo constrangedor. Nós apenas comendo e nos entreolhando. Logo ele levantou a cabeça fazendo um gesto em frente à boca enquanto engolia a comida e logo começou a falar.

– Então... você começará a investigação amanh-- -O senhor Arlovsky foi interrompido pelo som do relógio cuco na sala de estar alertando o meio da noite. -... Hoje. –Por fim completou a frase.

– Sim, mas primeiro tenho que descansar um pouco. –Disse ao terminar de comer.

Levantei-me da mesa, peguei o prato e os talheres e os levei a pia. Quando eu notei que eu não deveria ter feito isso corei e corri para sentar. Ah, como eu sou burra! Eu cai na conversa e esqueci totalmente que eu estava com um pijama totalmente agarrado, curto e apertado a mim! Certamente que ele notou! Ficou olhando para mim como bobo. Parecia hipnotizado! Meu Deus, alguém me mate porque a vergonha que senti já não oi o suficiente para que a mesma me matasse naquela hora!

O pobre senhor Arlovsky, parecia chocado. Devia ter virado mármore já que mal se mexia. Só não parecia porque não estava branco. Eu vi vermelho subir até as orelhas do coitado. Pensei rápido, pigarreei, voltando a atenção dele para meu rosto... porque ele estava olhando para outro lugar que me fez corar igualmente. Logo comecei:

– A comida de sua esposa é muito boa. Dou meus parabéns a ela.

Ele sorriu, tentando disfarçar a vergonha aquiesceu e também terminou de comer, levantou e levou a louça para a pia também.

– Me permite acompanhá-la até o seu quarto?

Concordei com a cabeça e começamos a subir as escadas juntos, a tensão no ar era quase palpável. Terminamos de subir e ele virou-se para mim.

– ... Boa noite... ou bom-dia. Não sei. Mas bom sono. –Disse meio desconcertado.

– Bom sono, senhor Yektov... Arlovsky, perdão. –Disse sorrindo e corei um pouco.

Separamo-nos e cada um foi para o seu quarto. Ainda estava envergonhada com o que ocorrera lá na sala de jantar. Enfiei minha cara no travesseiro, sentindo calor em minhas bochechas aquecer o mesmo. Depois de alguns minutos me insultando decidi que era melhor dormir logo. Mais tarde eu começaria minha investigação e eu preciso de energia para poder fazer uma boa pesquisa.


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Notas finais do capítulo

Uau! Tipo, uau mesmo. Porque esse foi o maior capítulo que já escrevi na minha vida ((não leve em conta minha one-shot de Elfen Lied (claro, se você já leu))).

Não deu muito tempo pra revisar aqui. Se tem alguma coisa escrito errado ou algo que você não esteja entendo, por favor, me comunique.

E... eu estava pensando... será que eu devo mudar a classificação para maiores de dezesseis? Porque... sabe. A Yulia e a mente meio... *cof cof* dela e... o corpão dela e... 'cês sabem, né?

Bem, espero que tenha gostado.

Feliz ano novo!



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