Shell Hudson escrita por RobertaC


Capítulo 18
Encontramos o que havia sido sequestrado por amor.


Notas iniciais do capítulo

Aime béqui, pipou!!!!
Então, fui passar férias em família acampando no interior da Bahia no último mês ( sem internet durante 3 semanas ), razão pela qual eu só estou postando esse capitulo, que está praticamente pronto a semanas, somente hoje.
Fora essa pequena explicação, a única coisa que eu tenho a dizer é:
Aproveitem o capitulo!
P.S.: MANDEM REVIEWS!!!!
P.P.S.: Ah! Antes de começar a ler, eu sugiro que vocês verifiquem se tem lencinhos de papel por perto...



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– HUMF... – Ouvi Leo gemer de dor ao meu lado assim que paramos de rolar.

– Ai... ai... ai... – Reclamei baixinho, me esforçando para me sentar. – Vocês estão bem?

Me rastejei até estar ao lado dele, Annabeth também estava engatinhando para nos alcançar.

Leo estava muito mal.

Quando tropecei, ele tinha me segurado para me estabilizar – o que certamente teria funcionado, se não houvesse uma porta aberta que dava para o exterior do trem – e caí por cima dele, tornando seu impacto contra o chão maior.

A velocidade do trem fez com que girássemos algumas vezes nos trilhos, aumentando os machucados. Eu já sabia que não tinha me cortado nem quebrado nada. É claro que alguns hematomas apareceriam, e que meu corpo estava dolorido, mas eu podia andar e isso já era alguma coisa.

Quanto ao Leo, já não tínhamos tanta certeza.

Ele estava desacordado, tinha um corte na testa, perto do couro cabeludo – não era muito profundo, mas, por ser na cabeça, sangrava bastante -, vários aranhões e seu tornozelo esquerdo tinha começado a inchar.

Eu passei a mão pelo seu rosto, tirando o excesso de sangue que tinha ali. Estava me preparando para rasgar um pedaço de sua camiseta - para pressionar no local e estancar o sangramento -, quando Annabeth me cutucou no ombro.

– Temos que sair do meio dos trilhos. Depois cuidamos dele.

Sem me dar o trabalho de responder, eu me coloquei de joelhos e comecei a arrasta-lo pelos braços, ela se apressou em me ajudar. Não demoramos para tira-lo dos trilhos, mas achamos melhor não ficarmos a mostra – apesar de ser de noite -, então perdemos mais tempo puxando-o até as árvores.

Assim que estávamos devidamente escondidos, rasguei uma tira de sua camiseta – que já estava quase completamente acabada mesmo –, molhei com um pouco de néctar do cantil de Annabeth e pressionei-a sobre o corte. Depois, com um outro pedaço da camisa encharcado com água, eu limpei o sangue do seu rosto e a sujeira dos machucados. Annabeth estava fazendo o mesmo em seu próprio corpo, mas quando terminou passou a cuidar de Leo, dando-lhe néctar para beber e improvisando uma tala para seu tornozelo torcido enquanto eu me limpava.

A noite e a copa das árvores tornavam aquela floresta muito mais escura do que o normal. O breu nos impedia de ver o que tinha atrás das árvores, o que me deixava nervosa. Eu mantinha Furacão pronta na mão, para caso de algo acontecer.

Um farfalhar de folhas chamou minha atenção, atrás de uma das árvores. Tomando cuidado para não fazer nenhum som, fui até lá, dei a volta no tronco, procurando pela fonte do barulho. Não tinha nada, mas eu ainda não me sentia confortável.

O formigamento desagradável, como se alguém me observasse, se tornou mais notável. Me esforcei em ficar calma e dei a volta em mim mesma vagarosamente, correndo os olhos por todo perímetro, até onde a escuridão me permitia.

Uma brisa gelada passava por entre as árvores, balançando as copas, remexendo os arbustos e fazendo as folhas caídas voarem, como uma alma penada se escondendo e nos incomodando, pronta para nos assustar.

Aquele horrível sentimento sufocante que é o medo tomou conta de mim. Apertei o punho da espada até que os nós dos meus dedos estivessem brancos. Não aguentava mais ficar ali, não era seguro, mas não diria isso aos outros. Não adiantaria nada assusta-los, eu podia estar errada, podia ser somente o cansaço causando alucinações. Não, eu arranjaria outra desculpa para partirmos.

Com uma última olhada ao redor, caminhei de volta para o Leo.

– Annabeth, estamos perdendo tempo. Vamos andando. – Pedi, depois de respirar fundo para me acalmar.

Ela franziu o cenho.

– O Leo ainda está apagado, Shell. A gente não vai conseguir carregar ele.

Soltei o ar pela boca, sem poder controlar a impaciência causada pelo medo, e pisei duro até onde Leo estava.

– Levante Leonardo! – Cutuquei-o. – Vamos!

– Ai! Dói! Para! – Ele reclamou com a voz rouca.

Eu imediatamente me retraí, tinha me esquecido dos machucados.

– Desculpe. – Tentei me acalmar. – Você consegue andar?

– Acho que sim. Não sei. Posso tentar.

– Vem cá. – Eu puxei-o gentilmente para ajuda-lo a se levantar e depois passei seu braço entorno dos meus ombros, ajudando-o a se equilibrar.

– Já sei! Esperem um pouco. – Annabeth disse, indo desaparecendo atrás das árvores.

Eu não pude evitar de me sentir um pouco apreensiva quando ela sumiu do meu campo de visão, mas ela voltou não muito tempo depois, com um galho comprido e grosso o suficiente para ser usado de muleta e entregou-o para o Leo.

* * *

Saímos de lá cinco minutos depois, assim que Annabeth usou o mapa que eu tinha comprado – que tinha sobrevivido a queda com apenas um pequeno rasgo, que ia do estado de Washington até Oregon – para nos situar e decidir, com a ajuda de uma bússola, qual direção seguir.

O lugar da loja não era dentro da cidade, Annabeth nos mostrou em seu computador que, era no meio de um bosque, à beira de uma estrada secundária, as únicas casas por perto ficavam á quilômetros de distancia. Se tivesse como ir de trem, chegaríamos lá em quinze minutos, mas como estávamos andando pelo meio do bosque e com o Leo que não conseguia andar direito, levamos por volta de uma hora, talvez um pouco mais.

Uma hora que, para mim, durou mais que um século. Uma hora de puro medo. Uma hora suando frio e estremecendo a qualquer ruído. Uma hora segurando a espada apertada na mão. Uma hora observando as sombras com toda a minha atenção. Uma hora caminhando sem descanso. Uma hora com aquele sensação de que algo nada bom nos esperava.

Quando nós finalmente chegamos, eu nunca tinha estado mais cansada em toda a minha curta vida. Não era um cansaço físico, era um cansaço mental, meu cérebro parecia que ia derreter a qualquer momento.

Ainda assim pude prestar atenção na construção.

Não estava tão destruída quanto a de Nova Jersey, mas também parecia abandonada. A pintura das paredes externas estava desgastada e cada canto estava marcado por uma teia de aranha – o que não agradou Annabeth -. O jardim estava lotado, cheio de estatuas – exatamente como o da outra loja -, a diferença é que aqui elas estavam espalhadas por entre as árvores e arbustos, seus pés escondidos pela grama que estava da altura da minha canela.

– Vocês acham que nós deveríamos nos separar? – Leo perguntou, ajeitando o pedaço de pau em sua mão.

– Não. – Respondi baixinho. – Não, vamos ficar juntos.

Não achei necessário explicar que eu não queria ficar sozinha naquele lugar. Não queria mesmo.

– Ok. Começamos aqui pelo jardim? – Ele aceitou.

– É. Pelo jardim. – Annabeth deu de ombros.

Começamos a nossa ronda pelo jardim. Não ia dar certo se estivéssemos sempre os três juntos verificando a mesma estátua, mas nunca nos afastávamos muito uns dos outros.

Sabendo que aquelas estátuas me afetariam tanto quanto as de Nova Jersey, só prestava atenção nelas o suficiente para me certificar de que não era John. O fato de eu o conhecer tão bem ajudou, eu podia vagar com a minha mente e apenas lançar um olhar superficial ao que estava a minha volta, sem deixar escapar nada importante.

Tudo correu relativamente bem – eu ainda tentava controlar esse medo estranho dentro de mim -, até que comecei a verificar as estátuas perto da casa. Passei por uma janela e achei ter visto sombras se mexendo lá dentro. Fingi não ter visto nada e continuei meu caminho por entre as estátuas. Então, algo estranho começou a acontecer comigo, um nó foi se formando em meu estomago, subindo e fazendo todo o caminho até minha garganta. Quanto mais perto eu chegava da porta de entrada, mais meu coração se acelerava, mais minhas mão ficavam suadas, mais o gosto ruim na boca aumentava.

Parei em frente a porta e olhei em volta, Leo e Annabeth estavam ocupados, tentando achar estátuas parecidas com John – eu havia mostrado uma foto para eles antes de sairmos do acampamento -, nenhum dos dois notou quando eu me esgueirei para dentro da construção.

Sei que fui eu quem disse que não queria que nos separássemos, mas aquela sensação estranha, aquele gosto ruim... Eu sabia que, não importa o que estivesse por vir, seria melhor se eu estivesse sozinha quando acontecesse.

O lugar estava escuro, mas eu achei meu caminho pelos aposentos, encontrando uma estatua ou outra de vez em quando – sempre que isso acontecia, meu coração dava um salto e quase saía pela minha boca -. Pouco depois escutei as vozes de Leo e Annabeth me chamando preocupadas, não respondi, apenas avancei mais rápido, querendo terminar com aquilo antes que eles chegassem.

Segui atravessando portas, até que entrei em um quarto sem nenhuma continuação, a casa acabava ali. Estava escuro e o cômodo não tinha janelas, o pouco de brilho que minha espada projetava só me permitia ver um metro à minha frente.

Fiquei no meio do quarto, segurando a espada à minha frente, e girei em volta de mim mesma, tentando achar alguma coisa, não funcionou. Fui tateando até a parede ao lado da porta e comecei a dar a volta no quarto, seguindo toda a extensão do lugar com a mão ainda colada na parede.

Minha respiração estava pesada e eu ofegava como se tivesse corrido por quilômetros. Meu corpo todo tremia e eu mal podia segurar a espada. Eu dei um passo a frente e uma silhueta podia ser vista, meu coração parou e eu dei outro passo. O brilho da espada iluminou um rosto. Eu gemi.

Sabe quando você decide ir na montanha russa com mais lupins e mais alta do parque de diversões, aí você sobe no carrinho e vem aquele friozinho na barriga, então o brinquedo começa a andar e você ignora o nervoso e só aproveita, mas, então, ele vira de cabeça para baixo e por um momento, na sua cabeça, você está caindo. Você treme e o frio na barriga piora, você se sente como se fosse vomitar, mas não pode, porque seu estômago ficou pra trás? Eu me sentia bem pior que isso.

O nó que havia se formado na minha barriga e subido até a garganta caiu, meu estômago se revirou, minha mão soltou a espada, minhas pernas falharam, eu caí de joelhos no chão.

Meus olhos não desgrudavam do que estava na minha frente. Se a alguns minutos atrás eu achava que meu cérebro poderia derreter, agora ele já tinha derretido. Nada importava mais, nada além daquilo. Mas em algum lugar eu ainda podia ouvir as vozes me chamando, só que agora elas estavam sendo abafadas, superadas por um choro. Era um choro desesperado. Um som horrível, assustador, entrecortado por soluços e gritos. Eu quase me preocupei com a pessoa que o emitia, até perceber que era eu.

Passos se aproximaram e uma luz iluminou o quarto. Não me virei para ver quem era nem o que estava iluminando o ambiente. Eu não me importava. Nada mais importava. Pouco interessava se era um monstro, um deus, um animal, ou um dos meus amigos.

Se fosse um monstro, que ele atacasse. Morrer não parecia grande coisa naquele momento.

Se fosse um deus, ótimo! Ele poderia me transformar em pó ou qualquer outra coisa, eu não ligava.

Um animal não me incomodaria. Mas meus amigos... Eu não os queria ali. Queria estar sozinha, queria chorar sozinha, queria sofrer sozinha.

Uma mão agarrou meu ombro e me puxou, forçando-me a olhar. Em algum lugar no fundo de mim, eu sabia quem era o garoto de cabelos cacheados e rosto bronzeado que me segurava, mas me recusei a reconhece-lo.

– O houve Shell? O que está... – O garoto parou, seu olhar preso no mesma coisa que tinha me feito cair. – É ele. – Ele sussurrou, seu olhar voltou para mim, cheio de pena e compaixão.

Eu quis gritar e manda-lo sair dali, da minha boca só saiam soluços e gemidos, mas eu o olhei com raiva.

Aí ele fez algo que eu não esperava: se jogou no chão ao meu lado e me puxou para si, colocando me em seu colo. Sua mão foi até meu cabelo e começou a acaricia-lo. Minha raiva sumiu, deixando apenas aquela imensa tristeza para trás. Eu pressionei meu rosto contra sua camisa, encharcando-a com minhas lágrimas, ele não pareceu se importar, apenas continuou me abraçando, e sussurrando frases bobas de encorajamento em meu ouvido.

Acho que ficamos um bom tempo assim, tempo suficiente para que eu voltasse a reconhece-lo e para que eu percebesse a presença de Annabeth. Tirei a cabeça do peito de Leo. Eu ainda chorava, mas já tinha conseguido controlar os soluços. Passei a mão pelas bochechas, tirando o excesso de lágrimas e me levantei.

Annabeth me lançou um olhar preocupado, que eu ignorei. Fui direto até a estátua, a razão por nós estarmos aqui em primeiro lugar.

Eu suspirei, ergui minha mão e passei meu dedo de leve sobre os contornos de seu rosto. Se fechasse os olhos, podia imaginar sua pele quente e macia sob meu toque, o brilho de seus olhos coloridos, as ondas de seus cabelos dourados. Acariciei sua boca, ele não estava com medo, estava sorrindo, desafiando, como quem dissesse “Pode vir, eu aguento!”. Desci minha mão pelo seu pescoço, passei-a pelo seu ombro, escorreguei-a pelo seu braço até chegar aonde queria: na sua mão.

De alguma forma, eu sabia que estaria ali, a minha carta. Ele segurava apertado, eu tive que tomar cuidado para não rasga-la quando puxei, guardei-a no bolço do casaco. Depois apenas fiquei ali, observando-o.

Foi Annabeth quem me tirou do transe.

– Temos que ir... Antes que ela venha.

Eu funguei e assenti.

– Como vamos fazer? – Leo perguntou.

– Não precisamos ir muito longe. – Ela explicou. – Podemos puxa-lo, ou arrasta-lo, mas temos que sair daqui.

Trabalhamos em silencio, puxamos John pela casa, saímos no jardim e o atravessamos, quando chegamos á beira do bosque eu parei.

– Vocês podem leva-lo sozinhos por um minuto? – Minha voz estava rouca e eu não fiz nada para melhora-la. - Eu só queria verificar uma coisa lá. – Eu apontei para a casa.

Eles se olharam, tentando decidir se aquilo seria um problema, então Leo assentiu.

– Vai lá. – Ele me entregou uma lanterna.

Com um último olhar para a estátua de John, eu me virei.

Quando explorei a construção mais cedo, encontrei um escritório, como o que havia na loja de Nova Jersey. Não me importei com ele na hora, mas agora queria ver se achava algo importante.

Abri as gavetas da escrivaninha, remexi no armário e verifiquei a estante. Tudo o que pude achar foram alguns dracmas e dólares que poderiam ser úteis, um cobertor de lã e duas guias de remessa do Expresso Noturno de Hermes, cada uma vinha junto com uma bolsinha de couro para moedas, eu guardei tudo na mochila e me virei para ir embora. Foi quando eu escutei o primeiro “Sssssss”.

Imaginei que fosse a Medusa, por isso iluminei o local com a lanterna enquanto usava o reflexo na espada para enxergar sem correr o risco de seguir o mesmo caminho que John – por mais que aquilo fosse tentador, eu ainda não poderia me dar esse luxo -.

Eu estava enganada. Não era a medusa. Era uma cobra, bem mais grossa que o meu braço, mas bem mais curta que ele. Uma crina escamosa entornava sua cabeça triangular. Era um basilisco.

Ele pulou e se esticou, abrindo sua boca para jorrar veneno em mim. A lamina de Furacão o atingiu antes, cortando-o ao meio.

Dei um passo em direção à porta, mas um outro “Ssssssss” me impediu de continuar, lá estava, mais um basilisco, apenas esperando que eu me aproximasse da porta para me atacar. Virei as costas para ele e golpeei a fechadura enferrujada da janela, que se abriu imediatamente.

Pulei, caindo perto de uma estátua. Sem olhar para os lados, comecei a correr. Estava tão desligada que só percebi no último minuto a cobra vindo em minha direção. O choque me atrasou, tentei corta-la com a espada, mas errei o golpe. Suas presas estavam a centímetros de distância da minha perna, então uma faca voadora a atingiu, prendendo seu corpo morto ao chão e enviando o veneno destinado à mim para uma estátua, que começou a se desintegrar.

Olhei para cima e vi Annabeth à apenas alguns metros.

– Você estava demorando demais. – Ela disse.

– Tem muitos, Annabeth! Não podemos matar todos!

– Eu sei. Nós não vamos. – Ela concordou comigo. – Isso vai. – Ela mostrou um pequeno frasco com uma chama verde dentro. – Fogo grego, vai explodir tudo. Temos que correr, está bem?

– Sim. –Assenti.

Ela olhou para os lados, tentando achar um caminho pelo qual poderíamos seguir. Era impossível, agora eu via que dezenas de basiliscos se espalhavam pelo jardim, mas Annabeth não parecia pensar o mesmo. Agarrando a minha mão, ela se virou para a janela e arremessou o frasco, que explodiu em chamas verdes dentro do escritório. Sem esperar para ver se o fogo se espalhava – e ele se espalhou, bem rápido, eu verifiquei -, Annabeth correu, desviando dos basiliscos e de seu veneno, cortando um ao meio de vez em quando e eu ajudei como pude.

Percebi que eles tinham conseguido avançar bastante sem mim, à uma distancia que com certeza seria segura se algo explodisse lá atrás. Chegamos no lugar onde Leo nos esperava e, ao olhar para a estátua, eu imediatamente dirigi minha mão para o bolço do casaco em que a carta estava.

Mais uma vez aquela sensação da montanha russa tomou conta de mim. Eu prendi a respiração enquanto procurava desesperadamente no outro bolço, e depois nos bolsos da calça. Quando constatei que eles estavam vazios também, apenas me virei e corri, voltando pelo caminho que tinha acabado de fazer.

– SHELL! – Leo chamou.

Vendo que eu não iria parar, ele apelou para uma parede de fogo, exatamente como tinha feito durante a caça à bandeira e , para o seu desespero, eu revidei da mesma maneira também, o puxão no estômago veio junto com uma onda de água salgada que apagou tudo.

Leo não podia correr atrás de mim com seu tornozelo machucado, mas Annabeth podia. Felizmente para mim, eu tinha vantagem por ter saído antes dela.

Na beirada do jardim eu parei, o fogo tinha se espalhado por toda a construção e já queimava a grama e as estátuas no jardim. Corri meus olhos pelo perímetro, rezando para qualquer deus que pudesse ouvir, pedindo para que a carta não estivesse queimada.

Ela não estava.


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Notas finais do capítulo

:'(
Reviews, hein?
Bejoooooos