A Stranger - Season 3 escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 27
3x25 - We were born sick


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura >.< !!



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PDV DEMI

– O que vocês estão dizendo? - pergunto assustada, quase me esquecendo da imensa dor no meu pescoço.

Tyler a essa altura estava com seu pescoço quebrado, devido Hayley tomar uma providencia para que eu saisse viva. Ainda assim, a mordida estava latejando e me deixando fraca.

– Onde está Rebekah? - perguntou Stefan - Precisamos sair da cidade.

– Aqui, é aqui onde Assíria está. - falou Peter Smith apontando para um lugar no mapa da cidade - É perto da divisa com Richmond. Posso salvar Elena e sair ileso.

– Você não vai a lugar algum! - exclamou Alyssa, enfurecida com o heorísmo do irmão - Você irá sair da cidade, junto conosco, Bonnie pode tirar Elena daqui.

– Bonnie precisa quebrar o feitiço, ela não terá tempo para salvar Elena. - acusou Peter, irritado.

– Peter, eu já falei que...

– Mary, pare de agir como se fosse minha mãe. - falou o garoto, enojado e vi minha melhor amiga ganhar um brilho de tristeza nos olhos - Eu sei cuidar de mim mesmo.

Presenciei Kol olhando para Alyssa e Peter com um jeito de que soubesse de algo que ninguém além dele sabia.

– Está bem! Parem com essa discussão idiota de irmãos. - falou Caroline irritada - Nós precisamos sair da cidade antes que Assíria nos transforme em humanos e em seguida todos nós morreremos! Peter e Bonnie vão salvar Elena, enquanto eu tento implorar para minha mãe liberar as saídas da cidade.

E ela se afastou novamente discando o telefone.

– Oh meu Deus! - murmurei em pânico - Precisamos encontrar Damon.

– Demi, temos que tirar Alyssa e Charlotte daqui, as duas estão frágeis de mais. E Damon também deve estar nas mesmas condições, mas eu senti o feitiço de Assíria já no centro da cidade, está ficando perto de mais...

– Eu entendi. - interrompi Stefan, irritada - Eu vou atrás de Damon. Peter, pode me dar uma carona até a cidade?

PDV ALYSSA

– O que você está fazendo aqui? - minha voz não se alarmou, mas eu estava quase me alarmando com a presença dele.

– Eu vim salvar o dia. - falou Kol, sorrindo de orelha a orelha - Como anda seu irmãozinho? Já matou a saudade suficiente? Eu me lembro do quanto você chorou no meu ombro em Chicago por não saber onde ele estava.

– Shi! Cala a boca! - quase me exaltei novamente - Kol, você... Você vai estragar tudo!

– Você precisa dizer a verdade a ele, loirinha. - acusou e me olhou sarcástico.

Quando quis lhe dar a resposta, escutei Stefan chegando no andar de cima. Eu me afastei de Kol imediatamente e este sumiu de minha visão.

– Caroline nao conseguiu convencer a mãe dela, parece que Liz foi...

– Hipnotizada? - questiono meio óbvia e ele concorda.

Sinto um embrulho no estomago e minha visão embaça.

– Bonnie, Demi e Peter já foram. Hayley levou Tyler, para o caso dele tentar se transformar e Charlotte desapareceu.

Stefan me segura nos braços quando começo a me sentir zonza. Ele começa a me levar para fora de lá.

– Precisamos encontrá-la... - sussurro, com dificuldade.

– Eu preciso salvar você primeiro, Lys. Rebekah vai atrás de Charlotte.

Dei um meio sorriso, mesmo que minha vontade fosse atacar o pescoço do primeiro humano que aparecesse.

– Espere... Como vamos sair se as estradas estão interditadas? Você não irá matar os policiais, não é?

– Eu tenho uma ideia melhor e mais rápida. - falou e me colocou no chão da varanda. Notei sua moto a nossa espera e quis sorrir. Sempre tive vontade de andar de moto com Stefan, jamais imaginei que esse momento seria para salvar nossas vidas.

PDV DAMON

– Está de brincadeira com a minha cara? Você está querendo desafiar um vampiro?

– O vampiro que matou a minha tia? Sim! - ela gritou e atirou pela segunda vez no mesmo local.

A bala perfurou minha perna pela segunda vez e queimou de dor como na primeira vez. Cai ao chão e gemi enraivado. As imagens que seguiram foi como em 1864.

A quentura na minha perna desta vez foi para meu peito, como no momento em que fui baleado antes de me tornar vampiro.

– Eu não a matei! - gritei, de olhos fechados e enfurecido.

– Só há um vampiro por aqui e advinha? A minha tia foi morta por um! - ela gritou.

Melissa tinha os olhos vermelhos e com um brilho de mágoa. Ela fechou os olhos com força e fez uma careta de dor. De repente gritei, a dor de quando levei um tiro voltou e senti meu peito sangrar.

– O que está... havendo? Eu... eu não sabia que... Ah, meu Deus! Eu não queria te matar.

– A... culpa... A culpa não é sua... - gemi enraivado e ela se abaixou a minha frente - algo está acontecendo...

– Ele vai se transformar em humano. - falou a voz de Demitria Gilbert. Era estranho eu não tinha notado sua presença, nem sentido sua chegada.

Melissa se levantou no susto e apontou sua arma na direção de Demitria, que nos olhava assustada.

– Nós precisamos sair daqui. - falou Demi, vindo até nós - Precisamos tirar o Damon da cidade. Preciso de sua ajuda, Melissa.

– Eu não vou ajudar vocês. - ela sussurrou, desesperada - Eu não vou ajudar vocês.

– Damon vai morrer se você não me ajudar, Melissa! - Demitria gritou e veio mais próximo de mim - Damon...

– O que... O que está havendo? - tento perguntar, com dor e o sangue quente subindo na minha garganta.

– Você ficará bem. - ela diz, num sussurro - Nós precisamos sair. - insistiu e tentou me levantar. Sem sucesso, e eu mal poderia ajudá-la, estava sem força.

– Eu não posso. - sussurrei, enraivado - Alguém me deu dois tiros na perna! E não está cicatrizando.

– Melissa. - gemeu Demitria, com seus olhos umedecidos - Você precisa me ajudar.

PDV PETER

– Porcaria! - gritei enraivado com a quantidade de carros nas ruas de Mystic Falls. Hoje não poderia ser uma noite tranquila nessa cidade tão caipira?

– Droga, eu não sei nem como parar esse feitiço. - falou Bonnie Bennett ao meu lado, lendo grimórios, enquanto eu dirigia seu carro.

Freei o carro, Bonnie, pela ausência do cinto de segurança, acabou sendo arrastada para frente, mas foi hábil o suficiente para se segurar.

– Mas que diabos...?

– Klaus. – sussurrei vendo o hibrido original parado no meio da estrada, quando eu finalmente tinha largado o maldito transito de Mystic Falls.

– Olá, pequeno Smith, nós temos algumas pessoas para salvar. – ditou ele, ao lado da porta do motorista.

– Vamos, entra aí. – digo, e ele me dá um meio sorriso significativo. Suspiro pesado e me empurro para o lado, até me jogar no banco de trás.

– Pensei que você não se importasse com Elijah. – ditou Bonnie, quando o carro agora era movimentado graças a Klaus.

– Pensei que você tinha um feitiço para quebrar. – falou ele, mostrando que não queria ninguém intrometendo-se nos seus assuntos de família.

Fechei meus olhos quando sinto uma queimação. Faça logo! Eu pedia para Benedetto em meia madrugada, quando eu ainda aquela queimação em meu interior. Seus olhos me encontraram e ele mordeu o lábio inferior. Benedetto sabia o que eu queria, mas não era exatamente o que ele queria.

– Peter?

Abro meus olhos e percebo estar do lado de fora do carro. Eu não sabia nem ao menos onde estava. Bonnie Bennett apareceu na minha frente. Duas Bonnie Bennett apareceram. Fechei meus olhos, tudo estava girando.

– Peter! – Bonnie gritou – Você precisa sair daqui!

– Não... – sussurrei engasgado com alguma espécie de líquido grosso e metálico em minha boca. Cospi no chão meu próprio sangue e Bonnie agarrou meus ombros – Vamos... Salvar Elena.

Ela me olha receosa e caminho saindo de seu agarro firme. Klaus está logo a frente, na entrada da casa. Ele parece receoso e percebe que não é preciso ser convidado. Avanço em sua direção, mesmo ainda zonzo e sem entender como é que eu tinha parado alí.

– Assíria! Onde está o nosso irmão! – gritou Klaus, enfurecido. Caminho ao seu lado e vejo o lugar tremer. Pela expressão de Klaus, não fui o único a sentir.

– Que honra conhecer você finalmente, meu irmão.

Forço minha vista, enxergando tudo tão embaçado. Assíria está a nossa frente, com um sorriso malicioso. Num piscar de olhos, Klaus está agarrando o pescoço dela.

– Onde está Elijah? – perguntou ele, furioso.

Klaus arfou com seu braço virando de volta para próximo do corpo e Assíria sorriu livre do irmão. Ela piscou algumas vezes, com inocência.

– Por que a pressa? Nós nem ao menos conversamos, irmão.

– Eu sei o que você planeja, mas não dará certo, irmãzinha. – falou Klaus, contorcendo-se com alguma espécie de dor psíquica que Assíria lhe causava. Coloquei minha mão no meu peito, sentindo aquela conhecida dor.

– Ah, é mesmo? Então me diga como? Eu estou curiosa. – falou Assíria, cruzando os braços – Você é um vampiro que está prestes a perder a imortalidade, ah, e sua única companhia está alí, derramando sangue. – ela apontou para mim.

Klaus olhou para mim quando afastei minhas mãos da camisa, elas estavam banhadas de sangue.

– Então me diga como você poderá me deter?

– Eu te digo como. – a voz de Bonnie era calma, porém fria.

Olhei para meus pés quando o chão tremeu novamente. Virei-me para trás, vendo Bonnie erguendo a palma de sua mão e trazendo consigo uma forte rajada de vento.

– Oras, uma bruxa Bennett. – ditou Assíria, com falsa surpresa – Eu estou surpresa.

– Não fique ainda, não lhe mostrei o que posso fazer quando mexem com meus amigos. – falou Bonnie e então me olhou – Vá atrás deles.

Quando compreendi seu recado, eu me virei de imediato, querendo mostrar a Klaus o caminho e salvar Elena Gilbert. Fui impedido quando uma dor psíquica me atingiu e cai de joelhos no chão.

– Ainda não, querido. – falou Assíria. Então ela gritou quando a mesma dor lhe atingiu. Olhei para Bonnie que fazia uma careta, usando o máximo de sua magia.

Puxei uma tufada de ar e corri. Sinto que Klaus me seguiu e descemos ao único porão alí. Sinto o cheiro de sangue vampiro e vejo Emily caída no chão, respirando ofegante. Elena está mais distante e vejo Elijah caído em volta de um círculo.

– Só há uma maneira de quebrar o feitiço. – diz Klaus, andando em volta do círculo ond Elijah Mikaelson está preso – Assíria está canalizando o poder dela por meio de um sangue original. Temos que tirá-lo de lá.

– E como faremos isso? – pergunto, ajoelhando-se ao lado de Elena, que tinha uma madeira perfurada no seu estomago. Arranco-a de seu corpo e ela geme, desacordada. Meu corpo estremece e prendo um grito de dor.

Klaus de repente, puxa Elena de perto de mim e me assusto com sua agilidade. Klaus arrasta Elena consigo e eu me levanto.

– O que você está fazendo?

Ele abocanha o pulso de Elena, abrindo um grande ferimento e deixa o sangue dela pingar sobre o círculo de alguma espécie de sal. Uma fumaça leve se faz em volta do círculo e Klaus deixa Elena cair despreocupadamente. Eu a alcanço, deixando-a em meus braços.

Klaus puxa Elijah consigo e de repente desaparece.

Emily está se contorcendo, como se estivesse prestes a se transformar. Sangue está saindo de seus olhos, seu nariz e seus lábios. Elena está se afogando em meus braços e eu não tenho ideia do que fazer.

Jogo o corpo leve de Elena sobre meu ombro e ando com dificuldade até onde Emily está. Ela me olha e sorri, gemendo de dor.

– Vá... eu... eu não...

– Eu vou te levar. – falei, puxando seu braço, estava sendo quase impossível.

– Peter... A gente não tem tempo, não é? – ela riu, engasgando-se com seu sangue – Eu não quero ser salva... Eu... Eu nãomereço. Eles... Eles não desapareceram. Eu os matei.

– O quê? – sussurro assustado.

– Deixar de ser híbrida pareceu diminuir a dor. – ela sussurrou, gemeu e tossiu mais sangue.

Seu pescoço se virou com tudo e seus olhos perderam o foco após aquele estralo, da forma quando Klaus deveria ter lhe quebrado o pescoço após lhe transformar.

Ofeguei assustado. Elena caiu de meus ombros, tossindo cada vez mais, afogada. Corri para longe de lá.

PDV STEFAN

– Você não está se curando. – digo, num sussurro, assustado, quando finalmente descemos de minha moto. No percurso, Alyssa engasgava-se com a água de seu acidente ao se tornar vampira, enquanto a dor no meu peito era quase impossível de não ser notada.

Alyssa me olhou, inquieta. Estava confuso sobre seu jeito, talvez ela só estivesse de tal forma por preocupação com os outros que ainda não conseguiram sair da cidade. Meu irmão era um deles, assim como Rebekah que procurava por Charlotte.

Ou talvez Alyssa estivesse ainda infectada e seu corpo se recusava a imortalidade. Ela estava fraca e sua pulsação era humanamente. Seu corpo estava molhado, magicamente pela água que escorreu de seus lábios. Até mesmo depois de séculos, Alyssa ainda tinha pavor a nadar, agora estava explicado a razão disso, teria sido uma noite horrivel ao se afogar em meia a tempestade.

Ela parecia humana, com sua pulsação e fraqueza. Eu estava com medo de fazer qualquer coisa que fosse prejudicial a vida dela. Tínha a opção de lhe dar sangue de vampiro e ela se curar, caso isso não acontecesse, poderia matá-la a fim dela voltar a ser vampira. Mas caso isso não acontecesse também, correria o risco e perdê-la para sempre.

Eu não sabia com quem mais eu me preocupava. Tentava me convencer de que Demitria e Melissa conseguiriam encontrar Damon a tempo dele não virar humano e depois morrer. Tentava escutar qualquer grito que fosse, capaz de me machucar fisicamente e psicologicamente. Caso isso viesse acontecer, eu saberia o que teria acontecido.

– Elas precisam encontrá-lo. – falou Alyssa, impaciente.

Eu via sua preocupação com meu irmão estampado em seus olhos e, por mais incrível que pareça, eu não me sentia incomodado por ver aquilo. Alyssa de fato sentia algo pelo meu irmão, mas não era algo além de amizade.

Sinto um cheiro diferente, tomando o ar conforme a brisa vindo por de trás de nós naquela noite e escuto Demitria e Melissa. Eu já tinha me curado e meu vampirismo também.

– São elas. – digo, aliviado por também escutar meu irmão junto delas.

Alyssa me olha aliviada e escuto as batidas de seu coração mais leves.

– Suas batidas estão diminuindo, Alyssa. – digo, segurando nos seus ombros e ela prende uma careta.

– Eu estou bem, eu juro. – ela diz, mentindo tão mal. Aly segura no meu rosto, com suas mãos tão frias. Agora percebo que o cheiro diferente é então o cheiro de sangue vindo de Alyssa – Eu vou ficar bem. – ela promete, convicta – Só precisamos encontrar Bonnie e então...

Ela não concluiu a frase, quando seu corpo deu um impulso para frente e seus olhos se arregalaram. Vejo aquela flecha atravessando seu peito, derramando sangue pela sua roupa.

– NÃO! – aquilo sai de minha boca, tão fácil quanto a minha respiração, mesmo eu já não tendo mais a tal. Alyssa cai com seu corpo sobre mim, pouco contendo forças para ficar de pé. Vejo um brilho nos seus olhos e seus lábios tremem.

Seguro Aly com cuidado e não sinto meus joelhos. Acabo a cair no chão, com o corpo sangrando de Alyssa. O sangue, comum de um humano, não mais vampira.

– Alyssa, não... Fique comigo. – peço, angustiado e seus olhos se abrem pesadamente.

Com muita dificuldade, consigo pensar no que fazer e não demoro para enfiar meu pulso na minha boca e rasga-lo com minhas presas. Em seguida, pressiono o local sangrando na boca de Alyssa, que não se recusa a tomar. Porém, ela acaba se engasgando, jogando para fora todo meu sangue que tentou tomar.

– Não... por favor, beba. – peço, pressionando meu pulso que já tentava se curar.

– Ste... Stefan... – ela tentou falar, ofegando e com os lábios banhado com sangue. Agora era seu próprio sangue.

– Shiii! Você ficará bem! Alyssa, você ficará bem, eu juro.

Seus olhos derramam lágrimas e ela tenta sorrir. Até mesmo num moento como aquele, Alyssa tenta demonstrar que é forte, mas eu não precisava de seu sorriso para saber disso.

– Stefan. – ela novamente tentou dizer. Melissa e Demitria estavam cada vez mais próximas com Damon – Eles... Eles estão chegando? Damon... ele está bem? Lig... Ligue... Peter.. Vá... Vá atrás de... dele...

Como ela conseguia se preocupar com outras pessoas num momento como aquele?

– Sim, eles estão chegando. – eu escutava as batidas frenéticas dos corações de Demitria e Melissa, não de Damon. Significava que ele não era humano – Damon está bem. Peter está com Bonnie e perto de Richmond, ele será salvo. Você precisa beber meu sangue, Alyssa.

E novamente rasgo meu pulso para abrir a ferida. Alyssa segurou minha mão e noto que ela está mais fria do que antes.

– Está tudo bem. – ela diz, com seus olhos em mim, ainda derramando lágrima – Está tudo bem.

– Não, Alyssa.

Eu não podia perdê-la agora. Eu não podia.

– Na verdade... Está tudo perfeito. – ela sussurra e vejo um brilho nos seus olhos, era emoção – Eu estou nos braços do meu verdadeiro amor.

– Não... – neguei, percebendo então que meu rosto estava molhado. Eu estava chorando.

– Você foi o único que amei de verdade, Stefan. – ela falou, sem dificuldade e aquilo foi o estopim para meu coração se quebrar em inúmeros pedaços – Eu amo você, Stefan. Stefan Salvatore, eu... – ela começou a se engasgar em meus braços, com aquela flecha ainda presa no seu corpo – amo você.

– Aly... Fique. – imploro, agarrando-a melhor nos meus braços, ainda cuidadoso com aquilo preso no seu corpo.

Sou capaz de escutar o grito de Melissa e tenho a certeza de que o chão que me segura desabou e estou entrando num abismo sem fim, perdido nos olhos azuis que tanto me impressionam. Não sinto a dor física do grito de Melissa, sinto nada, na verdade.

– Ste... Stefan,... Peter... Diga a Peter. – ela tenta dizer novamente, impossibilitada – Diga a Peter que eu... – nego, novamente, mas ela continua – Mãe dele. Eu sou! Diga a Peter, Stefan.

– O... O quê?

– ALYSSA! – era Demi, sou capaz de escutar os passos mais acelerados dela, seu coração acelerando e os olhos de Alyssa se fechando.

– Não! Não! – aperto Alyssa nos meus braços e já não escuto mais batida alguma de seu coração.

– ALYSSA!

PDV DEMI

– Nós precisamos ir mais rápidas! – digo, desesperada ao ver que Melissa está despersa enquanto me ajuda carregar Damon.

O chão úmido e coberto por terra dificulta nossa corrida. As árvores no caminho e a escuridão presente, quase nos derrubam. Tínhamos que tirar Damon o mais rápido possível, mesmo que Bonnie estivesse cuidando do feitiço, Damon não poderia se tornar humano aqui, ele morreria em breve.

– Não. Não. Não. – Melissa começa a sussurrar, assustada. Ela fecha os olhos brevemente e de repente, parou.

– Melissa. – digo, com dificuldade. Agora estou, praticamente, carregando a Damon sozinha.

Melissa arregala seus olhos, daquela sua forma tão estranha e assustadora e nega mais algumas vezs. Estávamos perdendo tempo. Mas eu sabia que isso era apenas um sinal de que algo de ruim estava acontecendo. Alguém iria morrer.

– Não... Não me diga que... – sussurro, apavorada e olho para Damon: inconsciente, mas ainda respirando – Damon?

– Alyssa, não. Alyssa, não. – ela diz, negando desesperada.

Alyssa?

Melissa arfou, com seus olhos pregados no chão. Ela gritou, gritou daquela sua maneira de causar-nos dores na audição. Mas aquilo não me doeu, não fisicamente.

Seu grito despertou algo no meu corpo, que me causou choque, um choque terrível e memórias surpreendentes.

Alyssa esteve comigo em todos os momentos. Alyssa esteve comigo quando Jacob me pediu em namoro, ela esteve comigo quando fomos fazer compras para o baile de primavera em Londres. Fomos juntas com meus pais numa viagem à Paris, onde estouramos juntas os cartões de créditos e nos divertimos fazendo tantas compras e tomando café da manhã com direito a uma linda vista da torre Eiffel. Alyssa me consolou quando descobri sobre o assassinato de meus pais. Ela me abraçou quando precisei de um refúgio.

– Você é minha irmã, eu sempre te protegerei.

– ALYSSA! – gritei, como se meu grito fosse acordá-la e a deixasse bem.

Melissa no mesmo momento segurou Damon com seu olhar apavorado e eu não consegui pensar em mais nada além de correr na direção onde minhas pernas comandavam. Eu não podia deixar minha melhor amiga morrer. Ela não podia me deixar.

Quando minhas pernas deixaram de correr, após não sei quanto tempo, meus olhos pousaram imediatamente na figura em prantos de Stefan Salvatore com minha melhor amiga nos braços. Havia uma flecha mediana atravessando seu corpo e Alyssa não se movia.

Eu tinha griado pelo seu nome por toda minha corrida desesperada, mas aquilo não foi nem um pouco suficiente para ela viver.

Meus joelhos caíram no chão, assim como minhas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Ei gente!! Sei que demorei, só fiquei meio sem inspiração e a falta de comentários me deixa triste. Mas tudo bem, a história já está chegando ao fim e eu não desistirei dela agora, não é? kkk
Espero que tenham curtido este capítulo, mas acho que depois disso, duvido que alguém não queira me matar!
Bem, gente, amanhã começa minha faculdade >.< Vou andar muito ocupada, mas eu não vou deixar de lado as minhas histórias! Ainda assim, os atrasos terão desculpas a partir de agora, só espero que tenham paciencia! Bom espero que alguém aí comente! Estou ansiosa pela reação de vocês!
Até a próximo!!
XOXO



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