Boneca De Pano 2 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Certo, dessa vez eu fui rápida, hein? psoka'
Pessoal se eu ficar algum tempo sumida é porque semana que vem vou levar o note pra arrumar de novo ;//
Anyway... Espero que vocês gostem desse capítulo! ;D
Boa leitura! xD



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— Posso entrar? — Tony perguntou com a metade do corpo a vista, a porta do quarto de Nicole estava aberta e ela estava deitada na cama, lendo a Bíblia.



— Pode. — Ela colocou as palmas das mãos sobre a cama e forçou seu corpo a sentar-se, enquanto a Bíblia ficara sobre seu colo. — Onde está a Pepper?

— Foi trabalhar, mulher minha tem que ser assim, trabalhar pra me sustentar. — Brincou enquanto sentava-se na cama, ao lado de sua filha, que riu.

— Pai, posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Como você se sente sabendo que a Pepper está grávida?

Tony franziu o cenho ao receber aquela pergunta, pois por sua cabeça passara todo o tipo de pergunta, até mesmo um "posso namorar?", mas não aquela.

— Eu fiquei feliz. — Sorriu.

— Ah.

— Por quê?

— Eu só estava pensando se você também teria ficado feliz se minha mãe tivesse te contado que estava grávida de mim. — Jogou de ombros, mas por alguma razão ela sentiu seus olhos arderem. — Bobeira. — Acrescentou puxando o ar com força para seus pulmões.

— Não é bobeira. — Tony sentiu seu coração se apertar. — Eu não sei como eu teria reagido Nicole, mas você quer saber de uma coisa? — Pegou na mão esquerda da loura e sorriu. — Eu não poderia ter tido uma filha mais maravilhosa. Você é a maior razão da minha felicidade, eu posso não ter participado da sua gestação, do seu nascimento ou infância, mas só o fato de eu ter te conhecido já valera a pena. — Ele puxou ela para mais perto e lhe deu um beijo no alto da cabeça. — Eu te amo pirralha. — Nicole fechou os olhos, com a cabeça ainda encostada ao tórax dele, e uma lágrima escorreu por sua bochecha, enquanto ela sorria.

— Eu também te amo pai, te amo de uma maneira que não achei que fosse possível e perdão por às vezes eu ser tão mal-humorada. — Ela se afastou e secou o rosto.

— Ah, tudo bem, eu sei como é estar naqueles dias. — Nicole arqueou uma sobrancelha confusa e Tony logo tratou de se corrigir: — Não sei exatamente, mas antes de você aparecer como mágia eu convivia com uma mulher, então eu sei pela experiência de...

— Eu já entendi pai. — Nicole riu. — Mesmo a gente brigando e você sendo um pé no saco por muitas vezes eu fico bastante feliz de você ser meu pai. — Tony sorriu e passou as costas das mãos pela maçã do rosto dela.

— Eu realmente nunca pensei que fosse me preocupar tanto com uma pessoinha tão pequena e frágil, sabe, com qualquer outra pessoa que não fosse eu mesmo, mas vejo que estive enganado todo esse tempo.

— Ah, vamos lá. — Ela disse segurando as lágrimas. — Eu não sou frágil.

— Mas é pequena. — Zombou.

— Ah, é? — Ela pegou seu travesseiro. — Mas sou mais forte que você.

— Seu sonho, pirralha. — Tony disse pegando o outro travesseiro.

Logo eles iniciaram a guerra de travesseiros que durara um bom tempo, até que os dois cairam sobre a cama, Tony na vertical e Nicole na horizontal, por cima de seu abdómen.

— Certo, você é forte, mas não mais que eu. — O moreno fez questão de deixar claro.

— Aham, 'ta. — Disse sarcastica e riu.

— Nicole? — Chamou-a.

— O que?

— Você pensa sobre a proposta do Nick Fury?

Nicole ficou em silencio por alguns segundos, pois ela não sabia o que dizer exatamente, mas ela não queria mentir para seu pai e dizer que não, até porque ele mesmo entenderia aquilo como um sim.

— Eu penso sobre muitas coisas e sim, Nick Fury está na lista.

— Sobre o que mais você pensa? — Se interessou.

— Sobre minha mãe, sobre como eu perdi um ano da minha vida, sobre minha faculdade que eu ainda não comecei e sobre como quanto mais eu peço para ser normal mais esquisita eu sou. — Terminou com uma pequena risada.

— Você não é esquisita. — Tony disse rindo. — Pelo menos não muito. E quando você quiser começar a faculdade é só me dizer que eu te coloco na Universidade de sua preferência o mais rápido possível.

— É, eu sei, mas eu queria resolver uma coisa antes.

— Sabe Nicole, se você quiser aceitar fazer os testes tudo bem.

— Sério? — Ela perguntou saindo de cima dele e sentando-se sobre suas pernas.

— Sério.

— Qual é a pegadinha?

— Não tem pegadinha, mas eu vou com você e não vou sair do seu lado, fechado? — Esticou o braço para darem um aperto de mãos.

— Fechado. — Ela concordou, mas ainda desconfiada. — Mas por que você mudou de ideia?

— Não quero que você me odeie. — Foi sincero.

— Eu não faria isso. — Defendeu-se.

— Eu não te culparia, eu sou chato quando quero, mas é que eu fiquei muito perto de te perder e isso ainda mexe comigo, então você vai ter que ter paciência. — Avisou.

— Eu terei e eu sei que também não sou fácil de lidar.

— Eu quem diga. — Concordou rindo.

— Bobão.

— FIlha de bobão é o que?

— Fabulosa, linda e maravilhosa. — Disse sorrindo e Tony riu.


Nicole com certeza não tinha boas lembranças daquele lugar que lhe passava sentimentos de tristeza, ela tentava não sentir-se assim, mas era inevitável.



Flashback On



Faith continuou correndo e entre dobrar corredores e subir escadas ela se deparou com uma enorme vidraça que revelava o céu azul... ela estava em uma espécie de avião? Nave gigantesca? Seu coração batia tão fortemente contra seu peito que chegava a doer. Mas a conclusão de que ela estava sobrevoando Nova York — ou seja lá onde eles estavam, ela dormiu a noite toda, então sabe-se lá se eles já não estavam em alguma parte da França — não a intimidou e ela voltou a correr, porém ela estava cercada por um homem de estatura mediana, roupa preta, cabelo escuro e olhos azuis que lhe apontava um arco com flecha, uma mulher ruiva com roupa de couro preta e com duas pistolas direcionadas a ela, um homem de jeans, camiseta verde, olhos azuis e louro, mas fora esses três em especial — eles eram os únicos que não usavam roupas iguais aos dos outros que a cercavam — os outros sete ou nove vestiam calça camuflada azul escuro, camisa preta de manga longa e uma espécie de colete cinza, estes lhe apontavam armas.



Flashback Off



— Fico feliz por você ter aceitado. — Fury disse enquanto recebia Nicole e Tony no Quinjet da S.H.I.E.L.D.


— Não fique tanto. — Tony respondeu com os olhos semicerrados.

Nicole olhava de um lado para o outro, eles estavam exatamente na sala de controle, havia muitas agentes sentados de frente para computadores e andando de um lado para o outro. A loura reparou no moreno que lhe apontara o arco e flecha na primeira vez que o vira e a ruiva das pistolas, mas como da primeira vez, o Steve não estava ali.

— Antes de você ter descoberto que possuía poderes você sentia algo de diferente? Pode ser importante. — Nick comentou.

— Sim, eu percebia que podia fazer algumas coisas com certa facilidade, coisas que outras pessoas não conseguiam.

— Por exemplo? — Quis saber.

— Pular de um lugar para outro quando a distancia era consideravelmente grande. Descer de um prédio com os pés? — Sua última frase soara como uma pergunta. — Força também e os pesadelos que se concretizavam.

— Claro, as visões.

— É. — Respondeu a contra gosto.

— E você se lembra qual foi a última visão?

— Quando minha mãe morreu eu so... — Ela se interrompeu e engoliu em seco.

— O que foi? — Tony colocou uma mão nas costas dela. — O que Nicole?

— Ah, não. — Nicole balançou a cabeça negativamente. — Eu tive outra que ainda não aconteceu. — Ela olhou para seu pai com pavor.

— Do que você está falando? — Tony perguntou frustrado.


Flashback On



De quem eram aqueles gritos de dor? Era como se alguém estivesse rasgando sua pele e tocando sua carne, o sangue escorria pelas as unhas e descia pelos antebraços e sujava o lençol da cama. Por quê? Por que ela estava se ferindo? Por que ela não conseguia parar de gritar e de se machucar? O que estava acontecendo com ela? “Pare! Eu ordeno que você acorde!” a loura dizia a si mesma enquanto imagens horríveis tomavam sua mente. Lágrimas desceram pelos seus olhos fechados. “Acorda! Não! Por favor! Não!”


— Não! Não! Tony! Tony! Não! Por favor! — Os gritos antes ditos em sua cabeça ganharam vida e ela conseguiu parar de gritar de dor para gritar as palavras.

A porta do quarto de Nicole foi aberta bruscamente e Tony correu em direção a ela e prendeu os braços dela sobre a cama suja de sangue.

— Nicole! Acorda! Eu estou aqui, eu estou aqui! Shhh! — Tentou acalmá-la. — Vamos lá, garota, acorde.

— Não! Tony! Por favor, não! — Tony a apertou contra os seus próprios braços e fechou os olhos.


Flashback Off



— Teve uma vez em que acordei gritando e você foi no meu quarto, eu tinha machucado meus braços, lembra que eu estava gritando por você?


— Lembro, mas a visão que você teve aquela noite já aconteceu. — Informou.

— Quando?

— No dia que fomos salvar a Pepper e você se afogou.


Flashback On



— Nicole! Filha, por favor! Não faz isso comigo! Não! — Ele pressionava as mãos sobre o peito de Nicole e soprava ar em sua boca.


E ali estava o sonho, o pressentimento ruim... a maldição se concretizando, apenas em uma coisa o sonho de Nicole se enganara, não era ela quem gritava por seu pai, era seu pai que gritava por ela.


Flashback Off



— Não, pai! — Disse nervosa. — Eu não me lembro o que aconteceu naquela hora, mas se eu tivesse gritado por você como no meu sonho eu me lembraria.


— Você 'ta me dizendo que alguma coisa ruim vai acontecer comigo? É isso?

— Não pode ser. — Ela balançou a cabeça negativamente.

— Você nunca se enganou? — A ruiva ao lado do moreno perguntou.

— Não! — Seu coração estava disparado. — Há alguma chance de podermos impedir isso? — Ela perguntou a Nick e todos olharam para ele.

— Talvez agora seja uma boa hora para comerçarmos os testes. — Respondeu.

Antes dos testes iniciarem Tony foi até a sala onde Nicole estava deitada em uma maca com fios conectados a sua cabeça.

— Como você está? — Perguntou segurando na mão dela.

— Com medo. — Respondeu com um nó em sua garganta.

— Medo?

— Medo de mesmo tendo esse dom idiota eu não consiga evitar que algo de ruim aconteça com você. — Disse por fim olhando dentro dos olhos do seu pai, que demonstravam, lá no fundo, um pouco de medo também.

— Quem disse que não? Talvez tenha um jeito de impedir que suas visões aconteçam.

— O talvez não é certo, o talvez não me tranquiliza.

— Isso é verdade, mas eu fui apresentado a uma pessoa que pode te tranquilizar e que pode te dá a certeza. — Respondeu carinhoso e Nicole franziu o cenho.

— Quem? — Tony sorriu e soltou a mão dela, levando a sua própria ao colar que estava no pescoço dela.

— Jesus. Esse dom que você tem é um presente para que você possa impedir que coisas ruins aconteçam para que as pessoas tenham a chance de viver para ele e por ele, para que através dele alcançem a salvação.

— Pai. — Os olhos de Nicole nesse momento já estavam cheio de água.

— Está na hora de você depositar toda sua fé nele, você não acha?

— Aham. — Ela jogou os braços ao redor do pescoço dele, o obrigando a se inclinar sobre ela. — Obrigada.

— Eu te amo, não se preocupe, tudo vai dá certo. — Confortou-a.


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Notas finais do capítulo

Ele foi mais nostálgico com lembranças da primeira temporada, né? spakpa' E tbm foi mais focado na Nicole e no Tony, mas no próximo vocês verão o que aconteceu com o Cho DDDD:
E... POSTEI A FANFIC NOVA! E o nome dela é "70x7", eis que contei a sinopse para meu irmão e ele sugeriu esse nome e eu super amei porque tem tudo haver com perdão, sobre o que é mais tratado nessa fanfic, e eu super amei tbm a capa que a linda da Lady Anne fez (obg Enie por ter me recomendado ela ;D)! Deem um passadinha lá meninas *u*
E ótimo domingo a vocês!
Fiquem com Deus ;***