Hurts Like Heaven escrita por diário de uma viajante


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

olá ! ~le se desvia das flechas~ eu sei, eu sei! demorei DEMAIS. Mas é que esse mês eu tive viajando e eu ia postar antes do natal , mas fiquei de castigo ¬¬
Enfim! estou finalmente postando! Aproveitem o ultimo cap do ano!



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– Temos que contar para alguém! – disse Amélia.

– E dizer o que? – disse Jerome – que tentaram envenenar o rei? Quer dizer, nem sabemos se foi ele mesmo... e com o que ? nem sabemos que é isso...

Beatriz se virou , tirando um frasco de vidro do bolso da calça, pegou um pouco do veneno.

– O que você está fazendo?- sibilou Amélia.

– O que você acha?

– Tá, mas por que está pegando o ... veneno.- disse a loira abaixando o tom de voz.

– Nunca pensei que fosse dizer isso, mas Jerome tem razão. Não podemos falar do que não temos certeza. Além disso, se descobrirmos que tipo de veneno é esse, podemos descobrir o antidoto.

– E você sempre anda com esses frascos no bolso? – perguntou Amélia.

– Nunca se sabe quando vou precisar pegar alguma coisa...

– Como....?

– Veneno de sapo. – disse tampando o frasco.

– Por que você iria querer veneno de sapo???

– estou tentando consertar o buraco que eu fiz...

– porque não pode fazer como pessoas normais?

– porque eu não quero tapa-lo. Quero aumenta-lo.

Amélia tomou ar para fazer outra pergunta, mas acabou desistindo. Ela não queria entender porque a amiga queria aumentar o buraco.

– Vamos limpar essa bagunça. – disse Anne- e depois nos encontramos na toca par ver se descobrimos alguma coisa.

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Katherine rolava em sua cama sem conseguir dormir. Alguma coisa inquietava seu sono. Ela olhou pela janela. Era uma noite sem lua , estava tudo escuro e ela tinha a leve sensação que já passavam das três da manhã. Rolou mais duas vezes na cama sem sucesso. Com raiva, jogou os cobertores para o lado e se dirigiu a porta. Quem sabe um pouco de leite não lhe desse sono?

Ela andava calmamente e sem pressa, mas quando estava no corredor do quarto das meninas algo estranho aconteceu: ela começou a ficar tonta. Ela se encostou na parede , tentando se equilibrar e piscou os olhos com força. Nenhuma melhora. Seus pensamentos começaram a ficar nebulosos e ela sacudiu a cabeça com força, mas logo se arrependeu pois pareceu piorar a situação.

De repente suas pernas começaram a fraquejar, ficou mais difícil respirar e começaram a surgir pontos pretos na sua frente. Ela escorregou pela parede e caiu no chão.

– Katherine! – ela ouviu uma voz conhecia chamar – Katherine!

A ultima coisa que Katherine ouviu antes de desmaiar foram o som de passos apressados em sua direção.

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Lady Melaine andava de um lado para o outro no quarto, insultando a si mesma e a maldita empregada que trocara os copos. Agora ela não fazia a mínima ideia de quem havia tomado o vírus e , pior, tinha agora apenas 5 frascos. Um deles fora , basicamente, jogado fora.

Ela para de andar assim que houve uma batida na porta.

– Entre – diz seca.

– Com licença , Milady.- disse uma moça de uns trinta e poucos anos. – mandou me chamar?

– Mandei. – disse a Lady com um olhar assassino – feche a porta.

Hesitante, a empregada obedeceu.

– Você serviu as taças de vinho. – era mais uma afirmação do que uma pergunta.

– Sim.

– Por que você trocou as taças?

– Não sei bem. – disse a moça dando de ombros. – Foi mais por instinto.

Lady Melaine mordeu o lábio inferior. Falar com aquela mulher sem mata-la estava exigindo cada pingo de seu alto-controle

Calma Melaine. Não mate ela... não agora.

Mas ela precisava fazer algo... descobrir quem havia envenenado ao invés do rei sem ser notada, descobrir se ninguém havia reparado nisso...

Foi quando uma ideia brilhante e igualmente maléfica surgiu em sua mente. Ela se virou para a moça que a encarava com certo interesse, provavelmente imaginando por que o fato de ela ter trocado os copos deixava a Lady tão irritada. Ela ainda estava despreparada quando a Lady colocou um dedo em sua testa e recitou algo em uma língua muito antiga. A pedra em seu colar brilhou da mesma cor que os olhos da empregada : azul.

– Quero que seja meus olhos e meus ouvido nesse castelo. – disse Melaine. – quero que descubra quem foi envenenado e se alguém sabe de alguma coisa. Entendido?

A empregada assentiu e seus olhos voltaram ao tom castanhos normal.

– ótimo. –disse a Lady – dispensada.

Assim que a empregada fechou a porta, ela pensou em quão inteligente fora a sua ideia.

– Não cante vitória antes da hora, Melaine – disse para si mesma. – muita coisa ainda pode dar errado.

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– É. Impossível! – exclamou Beatriz. – trezentos e cinquenta venenos e nenhum bate! Essa pessoas tem que se muito boa mesmo.

– Você não conhece mais nenhum, Anne? – suspirou Amélia.

– Não. – disse – minha mãe não me ensinou muita coisa. Bem, ela tinha um livro com esses venenos e antídotos , mas numa hora dessas ele deve estar em cinzas.

– Que frustrante! – disse Jerome despenteando os cabelos. – o que fazemos agora?

– Eu não sei, eu não sei..- disse Amélia se sentando no chão.

– Vamos tentar dormir um pouco – disse Gabe- quem sabe de manhã, descansados , não pensaremos em algo?

– Eu acho uma ótima ideia- disse Alex bocejando – que horas são?

– Devem ser umas três da manhã...- comentou Beatriz distraidamente.

– Então, acho melhor voltarmos para nossos quartos antes que percebam que não estamos lá. – disse Jerome.

Por fim, todos concordaram e eles foram em direção aos seus quartos. Elas se separaram dos meninos e seguiam pelo corredor até Amélia parar e chamar:

– Katherine! Katherine!

As duas amigas forçaram os olhos na fraca iluminação dos archotes e encontraram um vulto que escorregava pela parede.

– Katherine! – chamou Amélia mais uma vez, correndo em sua direção seguida por Beatriz e Anne.

Elas pararam de frente a garota caída enquanto Amélia checava seu pulso.

– ainda está viva... – murmurou a loira.

– Acho que devemos chamar alguém... – disse Beatriz.

– Vou chamar o pai dela. –disse Anne. –ele dorme no andar de cima.

As duas assentiram e Anne saiu desenfreada pelos corredores.

– Acho que descobrimos quem foi que tomou aquela taça...-murmurou Amélia chorosa.

– Nós vamos dar um jeito... – disse Beatriz abraçando a amiga – quem fez isso não vai escapar fácil dessa...

Mal elas sabiam que, no final do corredor , ouvindo a conversa das duas estava Berenice. A empregada que a lady havia “mandado” descobrir se alguém sabia de algo.

–----xxxxx----

Halt acordou com o som de batidas na porta do quarto. Resmungou baixinho e ao seu lado ouviu Pauline fazer o mesmo. As batidas se repetiram e ele levantou da cama, esperando que fosse algo realmente importante para tira-lo da cama as altas horas da noite. Se vestiu rapidamente e abriu a porta revelando uma garota de olhos verdes que cambaleou uns três passos para frente quando a porta se abriu por , provavelmente, estar encostada nela.

– Anne? - perguntou o arqueiro confuso. Ela deveria ser a ultima pessoa que ele esperava que fosse bater na sua porta de madrugada. – O que faz aqui?

– Desculpe a hora, arqueiro – disse ela – mas é importante. É a Katherine. Ela está desmaiada no andar debaixo.

Halt ouviu Pauline se levantar da cama.

– Desmaiada? Como assim? – perguntou.

– Não sei. – disse Anne. – Ela só não reage! Deixei ela com Beatriz e Amélia e vim pedir ajuda!

– Foi muito bom que você não a deixou sozinha. – disse Halt – mas agora eu quero que vá chamar Louise Cherry e Will. Mas acho melhor se trocar antes...

– Não tudo bem. Essa camisola não está nada escandalosa mesmo. – disse a menina mostrando a grande barra que fizera para não tropeçar e saindo em disparada.

–-----xxxxx-----

– Porque será que está demorando tanto? – perguntou Lily.

– Lily, sua mãe entrou no quarto não faz nem 10 minutos. – respondeu Beatriz.

– Esqueça. – disse Harry – ela é sempre assim...

– Nasci de sete meses, não sei esperar.- justificou-se a ruiva.

– Acho que é mais pela cor dos seus cabelos. – disse Anne. – Nunca conheci um ruivo que fosse calmo...

Lily revirou os olhos e voltou a batucar com os dedos na perna.

Eles estavam sentados no chão de frente para a porta do quarto de Katherine. Lá dentro estavam Halt , Pauline , Will e a mãe de Lily e Harry : Louise.

– Eu concordo com ela. – disse Gabe.

– Você nunca conheceu nenhum ruivo que não fosse Lily. – disse Amélia.

– E a Anne já conheceu? – perguntou Jerome.

– Alguns. Mas não sei o nome deles. Eram todos viajantes. Só sei que são todos como ela.

– Um mundo cheio de Lilys? Isso me espanta. – disse Alex.

– por que um mundo cheio de Lilys te espanta? – quis saber Harry.

Mas, talvez por alguma intervenção divina, Alex não precisou responder a essa pergunta. Pois eles viram no final do corredor a ultima pessoa que queriam.

– Ela não...- resmungou Lily.

– Lady Melaine! – disse Beatriz – acordada a essa hora?

– Não seja estupida Sr. La Cortez, eu soube o que aconteceu.

– Como? – perguntou ela.

– Vou responder com outra pergunta, por que você , Amélia e Sr. Martinez estavam fora da cama as três da manhã?

Beatriz fez sinal e rendição com as mãos e indicou a porta.

– Belo colar.- disse Anne. – Onde conseguiu?

A lady pareceu levar um susto e escondeu o colar dentro das vestes.

– Foi um presente. – disse simplesmente.

E , então, entrou pela porta sem ao menos bater.

– Uhmmmm. Suspeito. – disse Beatriz.

– Bom , pelo menos agora ela já sabe quem envenenou...- disse Alex.

– Quem ela o que? – disseram Lily e Harry em Uníssono.

– Idiota. – disse Beatriz dando-lhe um tapa.

– Desculpa! Eu não pensei!

– E quando você pensa?

– Alto lá! Eu...

– Parem vocês dois! – disse Anne.- Eu iria contar para eles de qualquer jeito.

– Contar o que? – perguntou a ruiva impaciente.

– Que nós encontramos venenos em um dos cálices de vinhos usados no banquete no dia que a família real chegou – cochichou Amélia. – E que temos quase certeza de que foi Lady Melaine.

Lily arregalou os olhos e abriu a boca em uma expressão muda de surpresa e Harry pareceu confuso.

– Mas por que não disseram isso a minha mãe antes de ela entrar? Ou pelo menos ao pai de Katherine? – perguntou.

– Você viu como Lady Melaine descobriu o que aconteceu sem ninguém ter ido avisa-la? Ela tem um jeito de descobrir o que falamos- sussurrou Beatriz.

– E o que faremos agora?- perguntou Lily no mesmo tom.

– Nos encontrem a meia- noite no porão da padaria. – disse Anne.- eu tenho uma ideia.

–---xxxx------

Anne não soube exatamente quando dormiu, só sabia que quando acordou o sol já havia nascido e a porta estava sendo aberta. Ela cutucou seus amigos para que acordassem e olhou para as pessoas que saiam pela porta com expectativa.

– E então?- perguntou Amélia não aguentando mais aquele silêncio.- como ela está?

– Ainda não tenho muita certeza- começou Louise – pode ser um vírus, pode ser algo que ela comeu... mas aparentemente é grave.

Ao seu lado, Anne ouviu Amélia abafar um soluço e limpar o rosto discretamente. Foi só então que ela percebeu que a amiga estava se segurando para não desaguar.

– Agora ela está dormindo, mas quando ela acordar eu voltarei para ver como está. Agora, acho melhor vocês irem fazer outra coisa. Ela não vai acordar tão cedo... Harry, Lily! Se quiserem ficar aqui hoje...

– nós vamos – disse Harry.

– Então , eu vou avisar seu pai.- e , voltando-se para Halt , completou – assim que ela acordar , me cchame, tudo bem?

O arqueiro assentiu e Louise se despediu de todos e partiu. Anne e seus amigos decidiram para o pátio, mas no meio do caminho , Amélia começou a chorar e ninguém conseguiu para-la.

–Devíamos ter dito á alguém!- dizia entre os soluços.

– E nós vamos contar.- disse Anne. – á duas pessoas.

– Como? Eu perdi algo?- perguntou Beatriz.

– Vamos contar a mãe de vocês- disse apontando para Lily e Harry – e para um certo amigo de Katherine que talvez nem saiba que ela desmaiou...

– Quer dizer que...- começou Amélia finalmente parando de chorar.

– Sim. Vocês vão contar a Jonathan o que sabem.- disse ela indicando Harry, Lily, Jerome, Beatriz e Gabe.

– E vocês? – perguntou Jerome apontando para Amélia, Anne e Alex.

Anne suspirou.

– Vou ter de fazer uma coisa, mas vou precisar deles.

– O que você vai fazer?

– Minha primeira visita á uma igreja , caro irmão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? agora vou por gifs todo ínicio de cap! hahshahshashash
enfim, feliz natal ( super atrasado) e feliz ano novo também pessoas maravilhosas.



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