Hurts Like Heaven escrita por diário de uma viajante


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

oii. desculpa ter demorado para postar esse capítulo. E que eu tava com bloqueio de criatividade.Queri saber onde a Dríada se enfiou... Sinto falta dela.
bem , aproveitem e leiam as notas finais . É muito importante.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381908/chapter/7

Anne sonhou que dormia embaixo de uma grande árvore. Ela acordou e olhou para os lados tentando descobrir onde estava. Mas o lugar que via não era conhecido. Perto dela havia uma cidade , não diferente de qualquer outra , mas o mais belo era o castelo ao fundo. Anne já havia visto vários castelos. Afinal, antes de se divorciar sua mãe era uma famosa bailarina e costumava fazer parte das festas e infelizmente Anne tinha de acompanha-la. Mas ela nunca havia visto um castelo como aquele. Suas paredes eram de pedras brancas , ele tinha quatro grandes torres e seus telhados eram negros. Mas onde estava? Era tudo tão real a sua volta que Anne até se perguntou se realmente era realmente um sonho.

Bem , ela não teve mais chance de pensar em mais nada.  Uma garota não a viu e acabou tropeçando nela, derrubando a enorme pilha de frutas que carregava e caindo em cima de Anne, que agora  tinha certeza que não era um sonho. Doía demais para ser um sonho.

- Perdão , perdão – disse a garota  – você se machucou?

Ela tinha cabelos loiros que batiam na cintura. Seus olhos eram azuis e ela tinha algumas sardas no rosto. Devia ter uns doze anos , mas era difícil dizer.

-  Não – respondeu Anne.

- Ai , como sou desastrada! – ela disse se afastando de Anne e começando a recolher as frutas.

Ela pareceu surpresa quando Anne a ajudou. Ela se inclinou na direção de Anne e a olhou com olhar critico.

- Você é um fantasma? – ela perguntou mais pra si mesma.

Anne olhou para ela como se fosse louca.

- Não , não é um fantasma. O que você é ? – ela perguntou se afastando novamente.

- Uma pessoa ! – disse Anne abrindo os braços.

A garota rolou os olhos.

- Disso eu sei! Mas , como conseguiu ... chegar aqui?

- Eu não sei .- admitiu Anne – eu pensava estar dormindo e ai ...

O rosto dala se clareou.

- Ahh. Você veio por um sonho! Como não pensei nisso antes? Prazer meu nome é Gina Garcia.

- Anne Martinez. Como você descobriu que eu não era normal? E que lugar é esse?

- Calma , uma pergunta de cada vez! Tá vamos ver... Como descobri que você não é normal? Fácil. Quando você pega uma coisa sua mão fica meio transparente.

Nesse momento , Anne começou a virar suas mãos e olha-las só para ter certeza que ainda estavam lá. Gina riu.

- Fique tranquila ! Contanto que ninguém veja você pegando nada , você estará segura. Agora por que não vem comigo? Eu estou indo lá para o castelo deixar essas frutas.

Anne deu de ombros e começou a seguir Gina. O caminho todo ela ia olhando ao redor. Observava as casas , as pessoas , tudo. Enquanto andavam várias pessoas cumprimentavam Gina.

- Parece que as pessoas te conhecem bem por aqui... – disse Anne.

- É , eu moro aqui desde pequena com meus pais.  E a maioria por aqui já me conhece... Sabe como é , né?

- Acho que sim...

Na cidade onde Anne morava antes de ir para Redmont ela conhecia várias pessoas. A maioria ela não gostava ou implicava com ela , mas tinha gente legal lá: Giovana , Georgia , Medie... e só. Claro , haviam os amigos de sua mãe, mas Anne sabia que não era a mesma coisa. Ela nunca tivera amigos da sua idade. As outras anteriormente citadas eram todas mais velhas. Mas Anne estava decidida a mudar essa realidade agora que tinha a chance.

- Chegamos – disse Gina. Anne estava tão envolta em seus pensamentos que nem reparou que elas haviam chegado a porta dos fundos do castelo.

A porta se abriu , dando passagem as duas garotas. Elas foram até a cozinha onde , após Gina ter batido papo com várias cozinheiras , deixaram as frutas.

- E agora ? – perguntou Anne.

- Vamos fazer o que mais gosto. Ficar bisbilhotando no castelo. – respondeu Gina

- Você pode fazer isso? – perguntou Anne levantando uma sobrancelha.

- Não – ela disse dando de ombros – e há um grande risco de sermos pegas. Mas o que você tem a  temer ? Nem é daqui mesmo.

Anne pareceu ponderar a ideia por alguns segundos , quando uma expressão de duvida apareceu em seu rosto.

- E você? – perguntou com uma pontada de aflição na voz.

Gina fez um gesto para que ela não se importasse.

- Eu tenho pratica. – disse enquanto andava em direção a uma porta – Você vem ? Por que senão eu vou sozinha.

Anne acabou se dando por vencida. Elas andaram por vários corredores e salas ricamente enfeitadas. Anne guardava na memoria cada uma delas e achava uma mais linda que a outra. E elas continuaram a andar, até que Anne escutou uma coisa: música, tocada de um piano. Voltou alguns passos no corredor e parou ao lado da porta que vinha o som. Ela abriu um pouco a porta e espiou lá dentro. Ela conseguiu ver um belo piano preto enfeitado com detalhes dourados que mais pareciam vigas de uva crescendo nele. Tocando o piano havia um garoto loiro. Era tudo o que ela conseguia ver , já que ele estava de costas. A melodia que ele tocava era conhecida para Anne. Ela muitas vezes já havia tocado aquela música e também já havia escutado sua mãe toca-la.

Anne viu que Gina , agora que deu por sua falta, também se aproximava. O garoto terminou de tocar a música.

- Você a conhece ? – ele perguntou ainda sem se virar.

Gina fez sinal para que ela corresse , mas Anne não via o por que, já que o garoto já sabia de sua presença.

- Sim – ela respondeu entrando no quarto – eu costumava toca-la no piano junto de minha mãe.

O garoto ainda estava de costas para ela. Gina andava timidamente em direção a Anne.

- Sabe o nome dela? – perguntou o garoto.

- Não – respondeu Anne – eu me esqueci. Faz tempo que não toco piano.

O garoto ainda não havia se virado e isso começava a irritar Anne.

- O nome dela é  Sperare, Song of septem electum do latim Esperança , Cântico dos sete eleitos. Você conhece a história deles?

- Sim, minha mãe me contou várias vezes. É uma história gênovesa.

- Que bom – ele disse – assim você pode entender melhor suas origens.

Anne sentiu os cabelos da nuca se arrepiarem.

- Como sabe que sou descendente de gênoves ?

O garoto deu de ombros.

- Geralmente , só vocês conhecem a história.

- E como você sabe ? – indagou Anne.

O garoto finalmente se virou. Ele tinha o rosto fino e pálido. Seu nariz parecia amis um bico e seus olhos eram completamente negros. Ele deu um sorriso sarcástico e disse:

- Isso não é da sua conta , não é mesmo?

Como em resposta a pergunta , ele ganhou um olhar gelado de Anne. Ele se virou novamente para o piano.

- Se querem ver algo realmente interessante acho que deveriam ver a sala do trono, é realmente peculiar , mas sugiram que sejam cautelosas – ele disse remexendo nas partituras – se alguém pegar vocês lá... bom , já sabem.

As duas meninas começaram a andar em direção a porta. Quando Anne ia fecha-la , o garoto se virou novamente e disse:

- Só mais uma coisa. No ultimo andar , há uma porta no fim do corredor. Não entre nela de jeito nenhum , entendeu?

Anne balançou a cabeça afirmativamente e fechou a porta.

-------------------------------------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx-------------------------------------------------

- Quem era aquele garoto ? – perguntou Anne enquanto andavam em direção a sala do trono.

- É melhor nem saber...- murmurou Gina.

Anne rolou os olhos. Ela simplesmente detestava que as pessoas escondessem algo dela. Porém , antes de poder protestar, Gina anunciou que haviam chegado. A frente delas havia uma porta dupla dourada e ricamente enfeitada. Havia desenhos entalhados na porta , mas antes de Anne poder admira-los , Gina abriu a porta e lhe puxou para dentro.

Não havia palavra para descrever a sala senão magnifica.

As paredes eram inteiramente brancas , sem nenhuma pintura ou quadros; o teto era incrivelmente alto com entalhes dourados e prateados ; ao fundo da sala haviam enormes e belos vitrais , por onde entravam os últimos raios de sol. A sala estava vazia , o que servia apenas para deixa-la maior e mais impressionante. Porém , impressionante mesmo eram os belos tronos. Sim , tronos. Não havia apenas um , mais sim 7, em uma elevação no fundo da sala , perto dos vitrais. Estavam dispostos em forma de um grande U : três de um lado , três do outro e um no meio. 

Anne foi se aproximando deles quase que como em transe. O primeiro do lado esquerdo era feito de um material prateado , estanho ela pode reconhecer, e tinha várias marcas como se alguém tivesse  feito para aliviar a tensão ou simplesmente não se importasse com o estado de seu trono. Na parte superior do trono , havia o desenho de uma engrenagem .

O primeiro trono do lado direito era feito inteiramente de vidro. Ele era completamente simétrico , o que lhe dava uma aparência meio “ quadradão “ e mesmo sendo de vidro, estava completamente limpo. Na parte superior havia o desenho de uma balança.

Ao lado do trono de vidro , havia um feito de cobre. Era um pouco rústico , porém majestoso . No alto havia o desenho de uma espada. De frente para esse trono , havia outro feito inteiramente de cristal. Havia muitos detalhes minuciosos e que Anne pensava ser quase impossíveis de se fazer no cristal. Na parte superior havia o desenho de um pena. Ao lado deste ultimo , havia outro trono, este feito de prata. Parecia ter sido planejado nos mínimos detalhes. Na parte de cima havia o símbolo de duas chaves cruzadas.

O trono do centro era exótico , para não dizer estranho. Ele era feito de chumbo e parecia ter sido moldado pela própria natureza: sem muitos detalhes e até mesmo com algumas falhas e partes mais pontiagudas.  Na parte de cima havia o desenho de uma lua crescente.

Porém , o trono que mais chamou a atenção de Anne era o que estava ao lado deste ultimo. Ele era feito de ouro , tinha alguns detalhes mais não muitos. Na parte de cima havia desenhado uma estrela, mas não uma estrela qualquer. Era  a estrela de Davi. A mesma estrela que Anne tinha na pulseira.

Seus pensamentos foram interrompidos pelas palavras de Gina.

- São lindos , não são?

- Sim – concordou Anne passando a mão no apoio de braço do trono dourado. – mas por que sete ?

Gina deu de ombros.

- Eu não faço a mínima ideia – disse.

Ela olhou na direção dos vitrais, onde os raios iam se tornando cada vez mais fracos.

- É melhor você se apressar – disse – Já vai anoitecer.

Nesse momento o pânico tomou conta de Anne.

- Mas , como eu volto ?- perguntou.

Gina pareceu pensar um pouco.

- Acho que sei. – disse se aproximando de Anne.

Gina pegou o braço dela e deu um forte beliscão.

No momento seguinte Anne se levantava aos pulos da cama. Esse sonho talvez, mas somente talvez , fosse pior do que o da dama de preto. Foi tão ... real.

Ela olhou pela janela. Ainda era de noite, mas ela sabia que não iria mais conseguir dormir. Com esse pensamento , ela calçou seus chinelos e foi em direção a porta. Quem sabe um copo de leite não tirasse aquele sonho estranho de sua mente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gente, lá estava eu feliz e contente vendo fanfics para ler quando eu descubro que o brotherband só tem 1 fic.
ABSURDO!
Então eu resolvi escrever uma fic do brotherband também.
Não vou abandonar essa fic (juro!).
Mas a história ainda está em processamento...
bem era só isso.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hurts Like Heaven" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.