The Dark Secrets escrita por Franklin Uchiha


Capítulo 5
Capítulo 5 - Preguiçoso




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O despertador toca.

Me sinto um idiota em não ter ido desligá-lo na noite anterior, afinal o que faria tão cedo no domingo, pior, em um feriado em pleno domingo. Encaro o teto do meu quarto enquanto pergunto-me se isso foi uma brincadeira cruel. Os feriados ultimamente têm caído muito nos fins de semana. Não é segredo que gosto de dias livres. Alguns os aproveitariam para colocar os afazeres em ordem, repor tempo perdido. Eu no entanto, os utilizava para adia-los ainda mais. Contemplar as nuvens, sim... Para alguns perca de tempo, para mim um meio de encontrar a paz.

Tento me encobrir nas cobertas voltar a dormir, o clima esta perfeito para a manhã, um frio gostoso que percorre meu corpo, como em uma relaxante tarde chuvosa. Antes de dormir, talvez eu queira encarar minha doce amada. Tudo bem, doce nem tanto, só comigo, ainda por cima apenas quando estávamos a sós. Era incrível, todas as manhas mesmo a meu lado eu perguntava se a noite anterior havia sido real. Não acreditava que alguém tão bonita como a Temari estava com alguém tão desleixado quanto eu.

Lembro-me da noite passada onde o amor nos consumiu. Não a primeira vez, mas para mim tão especial quanto. Abaixo um pouco as cobertas apenas para ver seu rosto, delicado como um anjo, a dormir ao meu lado. Mas que pena, ela não esta lá. Sinto pena, tão rígida com os compromissos. Provavelmente arranjou algum, pena, não poderia adormecer abraçando o seu corpo aquecido. Costumava acordar mais cedo. Ela tinha muitas vezes sua típica cara seria. Eu ate achava fofo a maneira como ela tentava esconder seus sentimentos na frente dos outros, sabendo que por dentro ela sorria quando me olhava.

Hoje, não acordei com o cheiro de café na casa. Provavelmente não havia saído ainda, ela não ousava sair sem ao menos tomar um pouco de café. O humor dela dependia disso, sair sem pelo menos beber uma xícara a matinha irritada o dia todo. E ninguém gostava disso. Pessoalmente não gosto muito de café, não pelo gosto, mas porque eu gostava de me manter calmo, no mesmo estado que logo após acordar de um sonho ou o mesmo que sentia enquanto contemplo o céu deitado à grama de uma calma tarde ensolarada.

Me levanto, não conseguirei voltar a dormir sabendo que posso perder a chance de dar um adeus para ela. Não lembro de que horas eu havia colocado aquele despertador. Olho para o lado apenas para ver que estava quebrado. Afinal já era claro e o despertador mostrava 2:06. Fui ao banheiro, me olhei no espelho, meus cabelos ainda bagunçados, apenas os ajeitei como fazia todas as manhas, prendendo-os. Jogo água fria em meu roto e escovo os dentes. Não queria beijar minha amada sem ao menos ter um hálito agradável de hortelã. Não sou do tipo detalhista, mas acho que pequenos caprichos era o que fazia ela me suportar. O cheiro de café ainda não tinha começado, talvez ainda tivesse tempo para um banho. Mas estranho o boxe ainda não estar molhado. Talvez ela ainda não tivesse tomado banho, mais uma indispensável parte de seu ritual matinal. Sorriu quando penso se poderei participar desse ritual esta manhã.

Caminhei ate a cozinha da minha casa. A maioria dos seus amigos morava em apartamentos, mas naquela casa ele se matinha afastado do barulho e movimento constante de áreas mais próximas ao centro. Não moro mais com os meus pais. Já tinha idade o suficiente para viver sozinho. Acho que seria estranho manter meus encontros com Temari com meus pais por perto. Ainda sim, devo admitir, sinto falta deles.

Ao chegar a cozinha, nada. Nenhum talher ou prato à mesa, a cafeteira também não tinha saído do armário. Olhei em volta, ma tudo estava bem guardado e limpo. Não entendo, talvez o despertador tivesse tocado tarde demais. Não, quando ele tocava era porque eu tinha um compromisso logo de manhã cedo. Se Temari saiu antes de se quer me levantar só indicava que ela estava com pressa. Mas... Ela teve tempo ate de limpar a cozinha? Talvez o despertado tenha mesmo tocado atrasado, afinal estava quebrado.

Caminho ate a entrada e deslizo suavemente a porta para o lado. O vento frio percorre meu corpo, me deparo com o que parece ser uma bonita nevoa. Como se estivesse dentro de uma nuvem... Me animo com esse pensamento como um criança. Era raro ter nevoa em Konoha. Mas era algo de se esperar daquele tempo. Fecho a porta e volto para dentro, talvez ainda tenha tempo daquele banho...

Após um banho rápido, ele pensei o que faria agora. Voltar para a cama? Parecia uma boa idéia. Mas longe do que vou fazer. Meus projetos de engenharia eram tão valorizados que eram usados por profissionais de Konoha. Isso exigia levar informações de um lado a outro. Mesmo aos domingos a biblioteca de Konoha, onde também no mesmo prédio era o centro de informações publicas, permanecia aberta. Eu deveria fazer um relatório a uma semana sobre a relação entre Suna e Konoha, idéias também eram bem vindas. Tipicamente adiaria, me empolgava enquanto escrevia mas antes de começar apenas via como algo bastante entediante, mas se acabasse logo poderia ficar em casa e passar o resto do dia em casa sem ninguém indo me perturbar devido o atraso.

Visto meu típico colete verde com camisa e calças pretas e parto. Enquanto caminhava notei que o céu não havia nuvens, na verdade, não conseguia vê-lo devido a nevoa. Acho contemplar as nuvens não era uma opção para aquele dia.

Notei que devia haver poucas pessoas saindo de casa, não encontrei ninguém a caminho do prédio onde iria deixar o relatório. Quando entrei esperei ver aquela recepcionista que sempre grandes óculos e tanto me olhava. É uma pena, ela é bonita, mas eu não desejava alguém alem de Temari. Se bem que era bom saber você era desejado.

–Ola?

Sem resposta. Devia estar ocupada no momento. Apenas me dirigi para uma sala no segundo andar onde eu tinha um pequeno escritório onde guardava as informações necessárias. Para isso eu tinha que passar pela grandiosa biblioteca. A arquitetura era enorme, nunca tinha notado, mas acho que foi feita seguindo um ideal de beleza. É uma pena que tão poucas pessoas visitassem.

Não pude deixar de notar que apesar de quase tudo esta em ordem, havia alguns livros abertos em cima da mesa. Haveria alguém pesquisando algo? Apenas por curiosidade me aproximei. Aparentemente ninguém a vista. Observei as paginas do Livro.

“Hospital psiquiátrico de Konoha”

Um assunto um tanto incomum...

–O que esta fazendo?

–Neji?

–Não gosto que fiquem bisbilhotando.

– Me desculpe. É que eu não vi ninguém achei que haviam esquecido o livro. Afinal porque esta pesquisando sobre isso?

–...

–Sei... Bem, depois a gente se fala eu tenho que terminar algo logo.

Ele achou aquela situação meio desconfortável. O jeito que Neji o encarava. Nossa. Aquilo dava arrepios.

Confesso que nos primeiros momentos que comecei a sair com ele, não gostei do enigmático Hyuuga . Notei certa empatia com seu jeito calmo. Bem mais difícil de provocar do que Naruto ou Sasuke. Mas seus olhos as vezes demonstravam uma certa malevolência e ambição, sim, seus olhos tinham um brilho misterioso. Era complicado ler as emoções de Neji, sem saber o que sentia, sem saber o que pensava, Shikamaru sempre achou o Hyuuga o mais imprevisível dos seus amigos. Todavia, eles se tornaram bons amigos. Os laços entre eu Neji e Shikamaru apesar de não tão fortes quanto os de Naruto e Sasuke era maior do que por outras pessoas. Quer dizer, exceto uma claro...

Comecei o trabalho, antes de terminá-lo eu já queria desistir. Olhei para meu relógio no escritório.

–2:06?

O relógio estava parado. Aquilo foi efetivo. Neji estava brincando com comigo, havia chegado cedo apenas para perturbá-lo. E pensar que ele não tinha senso de humor. Não sabia como havia entrado na sua casa. Talvez ate Temari estivesse envolvida. Com certeza não era aquela hora, mas ainda era de manhã. Bem isso não vai me impedir de terminar meu trabalho... Bem, talvez uma pausa...

–Neji? Você esta ai?

Estranho, pensei que ele fosse viajar cedo hoje. Tera partido apenas agora? Pelo que parece havia saido, mais que isso, o livro havia sido levado. O que Neji fazia com um livro desses eu não sei. Acho que já trabalhei demais por hoje. Amanhã eu continuo com o relatório...

Enquanto caminhava até em casa Shikamaru percebeu que ainda não havia ninguém nas ruas. No começo ate gostou da falta de ruídos, da serenidade. Mas isso já estava incomodando.


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