Força Especial da Marinha escrita por Vlk Moura


Capítulo 2
Inscrição


Notas iniciais do capítulo

Oi o/
Um pouco mais para vocês, ainda não começou a ação, sem pow, boom, mas com muito Oh ^0^ Nossa! Como pode?



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Arrumamos, Charles usava uma camisa social aberta na frente, eu usava um vestido até os joelhos e uma sapatilha. Meu pai nos levou até um restaurante de comida asiatica, ele odiava esse tipo de comida, dizia que era de preguiçoso que sequer esperou assar. Mas era meu dia, ele fez esse esforço. 

- Como foi o teste, Charles? - eu olhei meu namorado que encarava a comida parecendo ter problemas para digeri-la. 

- Bom, os garotos eram uns perna-de-pau. - ele falou - E como vai na empresa?

- Bem, estamos crescendo muito.

- Isso é bom.

Um silêncio, minha mãe me observava, as vezes Charles abria a boca e quebrava ao silêncio fazendo perguntas que achava ser interessante sobre a empresa da família e outras vezes falava de futebol. Pedi a sobremesa.

- Você vai lá para casa? - perguntei para ele quando saímos para esperar meus pais que pagavam a conta.

- Se você quiser eu vou - ele falou me abraçando e beijando minha testa como uma forma de carinho.

- Então vá. - eu sorri e lhe beijei.

Chegamos em casa, ele já tinha o kit dormida em meu quarto, arrumamos e nos deitamos, meus pais se incomodavam com o fato de ele ficar até tarde no meu quarto, mas nunca reclamaram oficialmente, então, nada mudou nesses dois anos de namoro. 

- Eu vou fazer treinamento militar pelos próximos quatro meses - falei e ele pareceu se assustar.

- Para quê? - ele perguntou - Você não precisa disso, com a grana que eu vou ganhar você pode ficar em casa sem se expor ao perigo ou a homens sedentos por sexo.

- Charles! - eu sentei na cama e o olhei - Você sabe que esse sempre foi meu sonho, não vou parar só porque você quer que eu guie sua vida na Europa...

- Quem disse que eu quero que você guie?

- Você fala inglês? - ele negou - Espanhol? - ele negou - Frances? - ele negou - Alemão? - ele negou.

- Mas nem você sabe essas línguas - ele me encarou.

- Sei o inglês, espanhol e arranho o francês e o alemão.

- Mas eu vou para a Holanda... - ele rio - isso não irá ajudar em nada.

- Mais da metade do mundo fala inglês, isso irá ajudar e muito. - falei rindo e voltando a me deitar em seu braço - Vamos ficar bastante tempo longe um do outro.

- Nem me fale - ele se apoiou no braço e me beijou - Acho que podemos descontar esse tempo que não teremos agora, o que você acha?

- Gosto da ideia.

...

Acordei antes dele, estava dormindo ao meu lado, as pernas sobre as minhas e eu sobre seu braço. Levantei com cuidado para não acordá-lo, tomei banho e fui arrumar o café, eu teria de sair de casa cedo para poder me inscrever formalmente para a Força Especial. Minha mãe levantou, ela iria me levantar.

Deixei um bilhete sobre a roupa de Charles avisando onde eu havia ido. 

- Você está feliz? - minha mãe perguntou.

- Muito, sempre quis isso e...

- Não sobre ter passado na prova, isso eu sei que você está - ele rio - Digo sobre você e Charles.

- Acho que sim, não sei, tudo mudou, ele conquistou algo que é completamente diferente sobre o que eu quero. E... - ela me olhou me incentivando a continuar - você viu como ele pouco se importa com o que está acontecendo. Isso me irrita um pouco.

- Tenha paciência. Isso pode mudar, é só o fogo de ele também ter passado no teste da vida dele.

Fiz a inscrição, dali uma semana eu iria para um navio fazer meus treinamentos, como seria tudo a partir dali?

Cheguei em casa com todos os papéis, em três dias eu iria pegar o uniforme. 

"Fui para casa, você demorou muito para chegar.

Fui assinar o contrato com os holandeses, irei para lá dentro de uma semana, espero que possamos nos ver antes disso.

     Beijos"

Amassei o bilhete e joguei no lixo.

- Mãe, vou ver o Charles.

Apertei o botão do sinal, a porta se abriu e eu vi... Charles estava parado de mãos dadas com uma mulher, uma menina, mais nova do que ele o que significava, mais nova do que eu, ela usava uma saia verde-musgo, uma regata preta onde os seios quase saltavam para fora, suicidas. Ela havia dado sinal par ao ônibus e ele a puxara para beijá-la, ele olhou para  a porta do veículo e me encontrou parada assistindo aos dois, pude ver o susto em seu rosto. A menina me olhou, mas não parecia saber quem eu era. Entrou no ônibus atraindo os olhares. Conforme nos afastávamos do ponto pude perceber o leve pânico que percorreu o rosto de meu ex. Se não para ele, para mim. Ele deu uma corridinha besta atrás de nós, de mim ou da menina? Quem sabe?

Desci dois pontos depois e voltei para casa, bati a porta do quarto, eu não choraria, não valia a pena, agora mais do que nunca eu iria para a Força Especial, vou dar o meu melhor nisso que eu sempre sonhei em conquistar.

- Está tudo bem? Você está comendo pouco - meu pai falou em tom de brincadeira.

- Está sim. - falei lançando um sorriso falso.

Meu celular começou a tocar.

- É o Charles... - minha mãe falou - Não vai atender?

- Estou ocupada - desliguei na cara dele, meus pais me observavam.

- O que aconteceu entre vocês? - meu pai perguntou.

Contei, ele ficou olhando pensativo e como se um clique o tivesse atingido ele ficou fitando o prato, olhou para minha mãe e depois para mim.

- Isso já faz um tempo - ele falou.

- Quanto? - eu perguntei sem querer saber.

- Dois ou três meses. - minha mãe falou parecendo perceber - Percebemos isso em uma vinda dele aqui em casa, o celular dele ficou aqui na sala e tocou, imaginei que fosse a mãe dele, não vi o nome, e você sabe como somos grandes amigas, mas era uma menina, com todos aqueles apelidos carinhosos, perguntei se era a irmã dele e para minha surpresa ela disse ser a namorada.

- Mãe! - eu quase gritei, não devia ficar brava com ela - Por que você não me contou? Me deixou ficar aqui sentindo tudo como se eu fosse a única e ele se divertia.... ARGH! - eu virei o rosto com raiva 

- Eu achei que talvez você soubesse e gostasse disso - ela falou e com o meu olhar ela se sentiu desconfortável - Você sabe que tem uma tia que gosta disso.

- E eu sempre a critiquei. - falei.

- É, isso é verdade. - percebi a tristeza em seus olhos, meu celular voltou a tocar.

- Estou ocupada! - eu gritei de tal forma que meus pais se assustaram - Desculpa. - eu falei - Estou com raiva.

- Tudo bem, eu deixo dessa vez. - meu pai me fez rir. - Vá dormir um pouco, vai te fazer bem.

Eu fui.


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Notas finais do capítulo

Fim, podem conversar comigo, eu deixo, prometo não morder ninguém.



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